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segunda-feira, 31 de maio de 2010
Texto do Le Monde diz que Brasil está bem na foto na imprensa francesa
Veja abaixo, em francês, o artigo Le Brésil dans l´Hexagone, escrito por Joseph Sivieri
Le Monde du 25 mai dernier titrait : Le Brésil de Lula sur tous les fronts. Tant par son actualité politique, économique et sociale, que par la présence internationale de son président, le Brésil est de plus en plus présent dans les médias français. Petite revue de presse de ce mois de mai dans l´Hexagone
Dans son éditorial du 25 mai, Le Monde nous chanterait presque la chanson "Il est passé par ici, il repassera par là... " tant Lula est présent. "On a entendu Luiz Inacio Lula da Silva tancer l'Allemagne pour ses réticences à sauver la Grèce, et proposer sa médiation dans le conflit israélo-palestinien." L´éditorial se poursuit précisant qu´"on l'a vu essayer de désamorcer avec les Turcs le dossier nucléaire iranien, et soutenir les Argentins dans leur conflit contre les Britanniques à propos des Malouines et de leur pétrole." Il est vrai aussi que le développement économique du Brésil attire de plus en plus d´investisseurs français. Gwénaelle Barzic, dans Le Point, explique que "Les ventes [au Brésil] ont augmenté de 1,6% par rapport au mois précédent alors qu'une progression de seulement 0,75% était attendue. L'économie devrait croître de plus de 6% en 2010, selon l'enquête hebdomadaire de la banque centrale (...)." Pour le seul mois de mai, Les Echos ne consacrent pas moins d´un article par jour à la plus grande économie d´Amérique Latine titrant par exemple le 15 mai : "La famille Mérieux muscle les fonds propres de ses filiales Transgene et Silliker" et le 20 mai : "La forte reprise de l'économie brésilienne se confirme". De janvier à mars, le PIB a augmenté de 9,84 % en rythme annuel et de 2,38 % d'un trimestre à l'autre. Toutefois, selon Le Point, le Brésil va réduire ses dépenses pour éviter une "surchauffe". Quant à la saga du Rafale, elle a continué d´alimenter tant les quotidiens nationaux que régionaux avec ce sentiment général d´une signature imminente du contrat en faveur de l´avionneur français. Matthias Blamont dans Le Nouvel Observateur titre : "Le rafale dernière ligne droite".
Des élections très suivies
Dans le domaine politique, Le Point fait part d´un sondage réalisé du 8 au 13 mai sur un échantillon de 2.000 personnes démontrant "la percée de Rousseff, qui pourrait devenir à 62 ans la première femme présidente de l'histoire du Brésil.(...) Sa notoriété grandissante est relative au fait qu'elle accompagne régulièrement Lula dans ses déplacements". Le Nouvel observateur précise que "la candidate du PT est créditée de 38% des intentions de vote contre 35% à Serra son principal rival", Le Journal du Dimanche quant à lui se demande si Roussef ne sera pas la prochaine présidente.
La mi-temps africaine
La grande parenthèse de la coupe du monde est évoquée dans Marianne qui revient sur le fait que les banques brésiliennes seront fermées pendant les matchs de la sélection : "La passion du football au Brésil a conduit la Banque centrale (BCB) à décréter la fermeture des agences bancaires et/ou l'adaptation des horaires d'accueil du public les jours où la seleçao disputera des matchs pendant le Mondial-2010 en Afrique du Sud (11 juin-11 juillet)." Certes, le Brésil n´était pas en compétition officielle au Festival de Cannes, mais Marianne réhabilite un court métrage brésilien réalisé en 1989 par Jorge Furtado qui explique la notion de mondialisation à travers l’itinéraire d’une tomate.. Ne vous fiez pas à ce générique qui a mal vieilli, l’histoire que raconte l’Ile aux fleurs (Ilha das Flores) est des plus actuelles qui soit. L’Ile aux fleurs a été déniché sur le blog Les Nouveaux Cinéphiles.
Repórter da Telesur é detido por israelenses que atacaram frotilha da paz
El periodista Segarra se encuentra en buen estado de salud, pero se desconoce su paradero debido a la incomunicación a que está sometido.
La información la dio a conocer el presidente de Telesur, Andrés Izarra, este lunes, en declaraciones al programa La Noticia, de Venezolana de Televisión.
Izarra señaló que según informaciones que difunden este lunes las agencias internacionales, este hecho dejó un saldo parcial de 19 muertos, cuyas identidades se desconocen.Asimismo indicó que al igual que Segarra, los israelitas detuvieron a otros pasajeros que iban a bordo de la flotilla y también se desconoce el paradero de esas personas.
La expedición llevaba ayuda humanitaria, entre medicamentos, materiales de construcción, sillas de ruedas y material educativo, con el objetivo es romper el bloqueo israelí.
El periodista David Segarra estaba a bordo de la flotilla, para realizar la respectiva cobertura periodísticas para Telesur.
Izarra relató que Telesur estuvo transmitiendo imágenes del ataque desde el momento mismo en que ocurría. Sin embargo, al comenzar el hecho perdieron contacto con el corresponsal.El presidente de Telesur calificó este hecho de una verdadera masacre: “Una nueva masacre de Israel en contra del pueblo palestino y ésta vez en contra del esfuerzo internacional por ayudar a una población que está aislada por la acción de Israel”.
Apuntó que Telesur está dando cobertura a las reacciones internacionales que ha generado este hecho.
En el programa Agenda Abierta, que transmitió Telesur este lunes, el analista internacional Raimundo Kabchi, expresó: “A todas luces, este hecho se trata de un acto violatorio de todos los tratados y convenios internacionales, contrario al derecho internacional”.“El portavoz de la cancillería israelí señalaba que era un acto de autodefensa y que el bloqueo contra Palestina es parte de la política de Israel”, refirió Kabchi quien criticó rotundamente la acción violenta.
Explicó que este hecho fue perpetrado con premeditación y alevosía: “Premeditación, porque desde hace más de una semana, los israelitas venían advirtiendo que iban a interceptar la flotilla, y alevosía, porque fueron contra de más de 600 personas pacíficas, desarmadas'.
Veja aqui cenas da BBC Brasil do ataque israelense
Projeto de lei obriga advertência sobre uso de photoshop
As situações são várias. Mulheres muito magras ganham corpo mais voluptuoso. Mulheres gordas emagrecem por mágica. Seios crescem ou diminuem. Imperfeições, como celulites, cicatrizes, sinais, rugas, desaparecem. Desde a invenção do photoshop (ferramenta de manipulação de imagens em meio virtual), São Tomé ficou obsoleto. Não é mais possível se acreditar em tudo o que se vê. O photoshop e seus congêneres retratam uma realidade relativa, de acordo com conveniências comerciais ou editoriais. Mas agora o uso do recurso terá um preço.
Se depender do Projeto de Lei (PL) 6853/10, em tramitação na Câmara, toda e qualquer publicação ou veículo que alterar de alguma forma a fotografia publicada terá de registrar a seguinte advertência: "Atenção: imagem retocada para alterar a aparência física da pessoa retratada". Quem desobedecer à determinação pagará caro: multa de até R$ 50 mil por anúncio, com valor dobrado em caso de reincidência. É o que define o texto original do PL, de autoria do deputado Wladimir Costa (PMDB-PA).
Chamada de artigos sobre rádio e mídia sonora
Enviada por Debora Cristina Lopez, Editora Rádio-Leituras
Os pesquisadores que trabalham com o tema rádio podem submeter seus artigos para a recém lançada revista Rádio-Leituras, especializada em rádio e mídia sonora. Ela é editada semestralmente pelo Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria e vinculada ao Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (ConJor). O objetivo da publicação é ser um espaço para a análise e reflexão sobre a mídia sonora, o rádio, o radiojornalismo e os processos de convergência que dialoguem direta ou indiretamente com este meio de comunicação
Esta chamada é para o número inaugural da publicação. O prazo para submissões termina em 26 de julho de 2010. Os artigos devem ser enviados para o endereço radioleituras@
Congresso debate economia política da Comunicação
Livro: A volta do radioteatro
Enviado por Teresa de Souza da Acerp/Rádio MEC
Hoje, 31/5, a partir das 17 h, estará sendo lançado o livro A Era do Radioteatro, de Roberto Salvador, no Auditório da Rádio Nacional, Praça Mauá, n. 7, 21o. andar. O livro conta a história do radioteatro, com histórias , depoimentos e fotos de época, lembrando a contribuição de atores, produtores, roteiristas, sonoplastas, músicos e técnicos para este importante gênero radiofônico.
Durante o evento será anunciado o projeto de constituição do Núcleo de Radiodramaturgia das Rádios da EBC (Rádio Nacional e Rádio MEC), em fase final de construção de Convênio, tendo como proponente a SOARMEC – Sociedade de Amigos Ouvintes da Rádio MEC, que dentro de poucos meses permitirá resgatar este gênero radiofônico que durante décadas seguidas marcou a história de nossas importantes emissoras, através de parcerias com várias instituições do universo das artes cênicas, como escolas de teatro, grupos de teatro amador, comunitário e universitário, instituições de artes cênicas.
domingo, 30 de maio de 2010
Livro na web retrata a Comunicação na Iberoamérica
Para o livre acesso ao livro, clique aqui.
Andi ensina orçamento público para jornalistas
A turma tem 40 vagas e terá início no dia 08 de junho. A duração é de 40 horas/aula, com encerramento previsto para o dia 05 de julho. Os interessados devem preencher, até o dia 31 de maio, o formulário de seleção que será avaliado pela ANDI. A escolha dos participantes será feita de acordo com o tipo de trabalho desenvolvido pelo profissional, região onde atua e sua experiência com as ferramentas de Internet. Os selecionados recebem um e-mail solicitando o acesso à plataforma de cursos à distância da ANDI, com data para o convite expirar. Os alunos que concluírem todas as atividades, com bom desempenho, recebem um certificado.
O curso Descomplicando o Orçamento Público além de trazer conceitos fundamentais relativos à análise orçamentária, ainda ensina a operar o Sistema de Monitoramento do Investimento Criança, criado pelo Unicef, que permite acompanhar pela Internet os programas e ações do Orçamento da União voltados para a Infância e a Adolescência.
Nesta turma, o conteúdo e o formato do curso sofreram reformulações, o que vai propiciar mais dinamismo às atividades. A novidade também é a presença de um consultor de orçamento na sala de aula virtual, participando de chats e esclarecendo dúvidas.
Mais informações: Núcleo de Mobilização - ANDI, telefone (61) 2102-6538 ou pelo e-mail pauta@andi.org.br
sábado, 29 de maio de 2010
Livro trata da homossexualidade no telejornalismo
Na obra, o autor analisa diversos aspectos do tratamento dado aos gays na programação humorística, em telejornais e em novelas, demonstrando as diversas formas pelas quais o preconceito é estimulado. Baseando-se no pensamento de Michel Foucault e noções da teoria queer, ou teoria do estranhamento, o autor comprova que a televisão brasileira acaba transmitindo valores negativos, depreciativos e caricatos no que se refere aos gays. “Está na hora de mudar de rumo”, afirma Ribeiro, lembrando que a mídia tem um papel determinante na formação de identidade.
O autor discorre sobre o limiar dos gêneros, abordando questões como ambigüidade, identidade, sexualidade e formas de pensar. Fala sobre o desenvolvimento das identidades sexuais “proscritas” no decorrer do século XX e as relações de poder na mídia televisiva. Faz um breve histórico do movimento homossexual no mundo e de algumas de suas lutas até chegar à década de 1970, quando o gênero passa a ter uma conotação social ampla. “O conceito de gênero se refere à construção social e cultural que se organiza a partir da diferença sexual”, revela o autor.
O livro traz ainda um breve relato histórico do surgimento da TV no Brasil e o levantamento da cobertura jornalística televisiva da Parada do Orgulho Gay de São Paulo. Em seguida, o autor examina alguns programas humorísticos que tratam o gay com escracho, um game show que perde a oportunidade de esclarecer que a diferença é saudável e uma novela que acaba apelando para o sentimentalismo na hora de retratar o amor homossexual. “Procuro demonstrar as sutis abordagens em que o preconceito é estimulado e impede a existência de um mundo onde a diferença seja respeitada”, explica o autor.
“Ribeiro tem a rara capacidade de expor as inclinações preconceituosas e reforçadoras de preconceitos que as emissões de TV disseminam em relação aos homossexuais sem cair na tentação de enxergar nisso uma conspiração dos setores dominantes da sociedade. Ele entende a dinâmica da indústria cultural e não a acusa de intenções diabólicas”, afirma Carlos Eduardo Lins da Silva, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo, que assina o prefácio da obra.
O autor
Irineu Ramos Ribeiro é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), pós-graduado em História pela mesma instituição e mestre em Comunicação pela Universidade Paulista (Unip). É membro do Centro de Estudos e Pesquisa em Comportamento e Sexualidade (CEPCoS), organização não governamental ligada às questões de gênero e sexo. Integra ainda o Grupo de Estudos “Estética, Mídia e Homocultura” da Universidade de São Paulo (USP). Apresenta trabalhos acadêmicos em diversos congressos e simpósios nacionais e é palestrante da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual (Cads), órgão vinculado à Secretaria de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo, no qual desenvolve trabalhos de capacitação nas questões de gênero, sexualidade, mídia e educação com professores da rede pública.
Cinema e Vídeo: Goiás Velho realiza o XII FICA
Além da Mostra Competitiva, durante o FICA, são realizadas também palestras, mesas redondas e cursos sobre Cinema e Meio Ambiente, com a participação de profissionais considerados referência em ambas as áreas. Nesta 12a. edição, por exemplo, o FICA contará com a presença do professor e pesquisador da Nova Sorbonne, Jacques Aumont, reconhecido como uma das maiores autoridades mundiais em crítica , história e teoria de Cinema (será a 1a. vez que vem ao Brasil); do professor e cineasta argentino David Oubnia; do crítico Inácio Araújo; do prof da USP Ismail Xavier, da documentarista Patrícia Moran; do cineasta João Moreira Salles, entre outros. Durante o festival, haverá debates entre os realizadores.
Curso online ensina cobrir a Copa do Mundo com telefone celular
Para a Copa do Mundo que começa no dia 11 de junho, na África do Sul, a Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI) preparou um curso online de três dias em espanhol sobre o uso de telefones inteligentes (smartphones) na cobertura do campeonato.
O treinamento gratuito será ministrado de 1 a 3 de junho pelo jornalista equatoriano Christian Espinosa, fundador do premiado site Cobertura Digital e do Cobertura Móvel. Os temas das aulas incluem integração de vídeos, fotos, redes sociais, aplicativos e canais de difusão para a cobertura do mundial.
Veja o anúncio da FNPI para mais informações. O formulário de inscrições está disponível aqui.
Crise! Que crise? Circulação de jornais brasileiros cresce 1,5%
A circulação dos jornais brasileiros voltou a crescer este ano, após a queda verificada no ano passado durante a crise econômica, informou O Estado de S. Paulo. Os 97 jornais filiados ao Instituto Verificador de Circulação (IVC) registraram um aumento de 1,5% na circulação no primeiro quadrimestre de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009. O que explica o bom resultado brasileiro, enquanto a imprensa em países como Estados Unidos enfrenta uma queda preocupante de receita e circulação?
Esta matéria recente do New York Times pode trazer alguns insights, ao comparar a situação americana ao panorama mais promissor da imprensa alemã. A matéria cita um relatório da Associação de Editores de Jornais da Alemanha, que atribui a crise dos diários americanos à estrutura da indústria de notícias no país.
“Enquanto a maioria dos jornais alemães têm como proprietários famílias ou outras empresas pequenas com raízes locais, a indústria americana é dominada por companhias abertas. Diante da pressão dos acionistas, pedindo resultados de curto prazo, os jornais americanos fizeram cortes temerários na qualidade editorial e de produção, acelerando a migração dos leitores e anunciantes para a internet”, diz o texto.
O relatório avalia que, ao invés de focar no jornalismo, “os diários americanos fizeram investimentos pouco prudentes em novas mídias, e aumentaram os danos entregando seu conteúdo de graça na internet.” Na Alemanha - assim como no Brasil - a maioria dos jornais nunca deixou de cobrar por seu conteúdo integral online.
O IVC apontou este ano uma “efetiva recuperação" dos jornais brasileiros: a média total de circulação foi de 4.279.482 exemplares por dia, superando o índice de outubro de 2008, que antecedeu a crise, completa o AdNews. A associação de jornais da Alemanha conclui que a imprensa do país não deve temer um destino semelhante ao dos americanos. O mesmo se aplicaria ao Brasil?
Rádios via internet são proibidas de transmitir os jogos da Copa
A medida imposta pela FIFA visa proteger a detentora oficial dos direitos de transmissão da Copa 2010, a Rede Globo. Mantendo a mesma medida de 2006, as rádios via internet não estão autorizadas a transmitirem os jogos da Copa do Mundo FIFA 2010, que será realizada na África do Sul a partir do mês que vem. A medida também vale para as estações AMs e FMs que possuem seus áudio ao vivo disponibilizados na internet.
A medida é imposta pela FIFA para proteger a detentora oficial dos direitos de transmissão da Copa 2010, a Rede Globo. A emissora carioca vai realizar transmissão com imagem dos jogos da Seleção Brasileira através de seu portal, conforme já anunciado pela própria rede. As demais rádios como Eldorado, Jovem Pan, Itatiaia, Bandeirantes, Gaúcha, Super Radio Tupi, Transamérica, entre outras, também possuem os direitos de transmissão, porém por vias terrestres.
Em resumo: essas estações realizarão a transmissão apenas por via terrestres, ou seja, via radiodifusão convencional. As afiliadas dessas redes nacionais deverão desligar seus sistemas de streaming durante as transmissões dos jogos da Copa, ou inserir outra programação na internet. Essa situação já foi constatada em 2006: as grandes marcas de São Paulo executaram outra grade na internet.
Também está proibida a transmissão para dispositivos móveis, como celulares smartphones.
Banda larga móvel atinge 11% dos assinantes
A banda larga via telefone móvel no padrão UMTS-HSPA (3G) é assinada por quase meio bilhão (493 milhões) de pessoas em todo o mundo, segundo os dados da 3G Americas, entidade de operadoras e fabricantes que trabalham com o padrão GSM. Esses assinantes representam 11,4% de toda a base mundial de 4,3 bilhões de usuários de telefonia móvel. As redes baseadas nesses padrões chegam a 346 no mundo, em 148 países, inclusive no Brasil.
Também o padrão LTE (4G) começa a evoluir nas redes das operadoras: já existem 100 operações que começaram a implantar a tecnologia. As primeiras redes comerciais de 4G (exceto o Japão, que usa tecnologia 4G própria) já foram lançadas pela TeliaSonera nos mercados da Finlândia e Suécia. Brevemente, mais 60 anúncios devem ser feitos no mundo inteiro.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, a banda larga móvel registrou expansão de 81% nas três Américas. Esse crescimento se deve, sobretudo, à expansão do parque de usuários que usam banda larga móvel de cartão, no netbook e no smartphone.
Na América Latina e Caribe, o padrão GSM chega a 486 milhões de usuários, dos quais 19 milhões são de assinantes de serviços 3G. Na América do Sul, a mudança de foco das operadoras dos serviços de voz (2G) para serviços de dados (3G) redundou em aumento da base de usuários 3G. A Telefônica, que opera sob a marca Movistar na região (exceto no Brasil, onde detém 50% da Vivo), registrou que os serviços de dados foram os principais responsáveis pelo crescimento da base: o número de assinantes 3G cresceu 2,5 vezes no último ano e chega a 5 milhões no primeiro trimestre.
Também a América Móvil (que controla a Claro e Embratel no Brasil) implantou a rede 3G em 17 países da região e registrou aumento de 28,7% na receita procedente do uso de dados. Na América Latina e Caribe, existem 56 redes comerciais em operação, em 24 diferentes países.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Comissão da PEC dos Jornalistas tem reunião na próxima terça
Mesmo sem a indicação de três membros por parte do bloco liderado pelo PMDB e pela oposição (PSDB, DEM e PPS), a Câmara instalou ontem a comissão especial destinada a analisar o mérito da PEC 386/09, que restabelece a obrigatoriedade do diploma em nível superior para o exercício da profissão de jornalista. Na próxima terça-feira (1), o colegiado se reunirá para votar os primeiros requerimentos de audiência pública.
Este é o segundo passo da proposta na Câmara. Após passar pelo colegiado, a matéria será encaminhada ao plenário. Em dezembro passado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou a constitucionalidade da proposta.
A exigência da formação superior em jornalismo para o exercício profissional caiu por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em junho do ano passado.
Confira aqui a composição da comissão especial.
STF adia deliberação sobre legalidade do decreto da TV digital
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não deliberaram sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) questionando a legalidade do Decreto nº 5.820/06, que criou o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).
O processo estava na pauta desta quinta-feira, 27, mas a sessão do Plenário foi encerrada antes que houvesse tempo para que o caso fosse julgado. Ainda não há previsão para a Adin retornar à pauta do STF.
A ação foi iniciada em 2007 pelo PSOL, que questiona a validade de o governo ter consignado os canais digitais para as emissoras comerciais que já atuavam no mercado à época da edição do decreto. Para o partido, a oferta de TV digital é um serviço novo e, portanto, um novo processo de concessão deveria ter sido iniciado para a liberação dos canais digitais.
Da parte do governo, o argumento utilizado para defender a legalidade da consignação é de que a transmissão digital seria uma evolução do serviço de radiodifusão. Assim, estaria correta a consignação dos canais sem uma nova concorrência às empresas que já atuam na radiodifusão comercial na operação analógica.
Unisinos oferece cursos de jornalismo policial
Novos cursos de extensão voltados para a área da comunicação estão com as inscrições abertas na Unisinos, no Rio Grande do Sul.
Como fazer Jornalismo Policial: riscos, desafios e possibilidades vai tratar das características e riscos do jornalismo policial, de suas manifestações mais populares até as mais complexas esteticamente (como a obra "A Sangue Frio", de Truman Capote).
O texto, a apuração, a captação de imagens e as questões legais envolvidas neste tipo de reportagem são alguns dos temas abordados. Serão apresentados “cases” de coberturas recentes.
O outro curso é de atualização em História e Economia para jornalistas.
Os cursos são abertos a estudantes e profissionais de Jornalismo.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Livro analisa a comunicação pública no processo de mobilização social
REDE PROMOVE ATO PÚBLICO PELA REFORMA DA LEI DE DIREITOS AUTORAIS
O Idec e outras 19 organizações realizam manifestação pela abertura da consulta pública do projeto que reforma a atual legislação. As entidades querem lei que equilibre proteção do autor e interesse público.
A "Rede pela Reforma da Lei dos Direitos Autorais", que reúne 20 organizações civis, entre as quais o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), realizará no dia 26 de maio, às 19h, na sede do Ministério Público Federal, em São Paulo, um ato pela abertura da consulta pública da LDA (Lei de Direitos Autorais - Lei 9.610/98).
Com a manifestação, as organizações cobram do MinC (Ministério da Cultura) a abertura imediata da consulta pública do projeto de reforma da lei atual, para que toda sociedade possa participar e discutir o assunto.
O que está em questão é como assegurar o acesso ao conhecimento e a democratização da cultura, preservando o interesse do autor. Segundo o advogado do Idec, Guilherme Varella, "o Brasil possui uma das leis mais rígidas do mundo. Precisamos de algo mais flexível, que facilite o acesso às obras por todos, uma lei mais adequada à nova realidade digital. O direito autoral tem o papel de proteger o autor, mas também de garantir os direitos fundamentais à educação e à cultura".
Durante o evento, será divulgada uma carta de princípios para nortear uma nova e democrática legislação autoral. Além disso, será lançado o caderno "Direito Autoral em Debate", produzido coletivamente pela Rede, que esclarece as relações entre o direito autoral e os recursos educacionais, a produção artística, o acesso à cultura, as possibilidades digitais e os direitos do consumidor.
Sugestões para o Marco Civil da Internet podem ser enviadas até o dia 30/5
sonha em ver esta lei votada ainda este ano, apesar das dificuldades para aprovar muitas outras matérias antecedentes.
Para enviar as sugestões, clique aqui.
Segundo o Ministério da Justiça, trata-se de uma proposta de lei para determinar direitos, responsabilidades e diretrizes no uso da rede no Brasil. As contribuições podem ser registradas em site.
Com a ampliação do prazo, que inicialmente era de 45 dias, a sociedade ganha mais uma semana para discutir a redação da proposta. O uso público da rede mundial de computadores começou no Brasil há 15 anos e até hoje não conta com nenhuma lei específica.
Para propor uma lei que regulamente a internet no Brasil, a secretaria iniciou em outubro de 2009 uma consulta aberta à sociedade, que já recebeu mais de 1,9 mil comentários.
Coleção de livros faz panorama do audiovisual brasileiro
O Instituto Iniciativa Cultural e a Escrituras Editora lançam a coleção de livros "Indústria Cinematográfica e Audiovisual Brasileira", que apresenta um panorama sobre o mercado, a economia e as políticas públicas voltadas para o setor. A coleção é composta por três livros: "Cinema e Políticas de Estado: da Embrafilme a Ancine", "Cinema e Economia Política", e "Cinema e Mercado". A coordenação foi da pesquisadora Alessandra Meleiro.
A coleção é resultado da premiação do Programa de Ação Cultural (PAC) da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, edição 2009.
STF julga na 5ª feira decreto da TV digital
Está marcado para esta quinta-feira (27) o início do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade do Decreto 5.820 de 2006, que estabeleceu o Sistema Brasileiro de TV Digital e as regras para a digitalização da principal mídia do país. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3944) foi protocolada em 21 de agosto de 2007 pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e contesta quatro artigos do decreto. O caso tem como relator o ministro Carlos Ayres Britto.
A principal motivação da ação é a avaliação de que o decreto em questão mantém as bases para a concentração da propriedade das emissoras de TV no país. Neste sentido, o PSOL questiona principalmente os artigos que consignaram aos atuais concessionários de televisão novos canais digitais. A consignação foi feita sem que fossem abertos a um processo licitatório para outros possíveis interessados em prestar o serviço, além de não terem seguido os trâmites previstos na Constituição para a concessão de serviços de radiodifusão.
Em 19 de junho de 2009, a Procuradoria Geral da República (PGR) entrou no debate e emitiu um parecer considerando procedente a ação de inconstitucionalidade. A PGR corrobora o argumento presente na ADI de que a digitalização não é apenas uma atualização do atual serviço de radiodifusão. Para além disso, trata-se da configuração de um novo serviço que cria, por exemplo, a possibilidade de transmissão de dados – permitindo interatividade direta com o telespectador – e a recepção móvel do sinal. Sendo assim, a transmissão em sinal digital teria de ser considerada como um serviço diverso da transmissão analógica, para o qual seria necessário nova outorga de concessão de canais.
A Procuradoria defende também que a outorga dos novos canais surgidos com a digitalização da TV deveria seguir o rito atual de renovações e concessões, sendo examinadas pelo Poder Executivo e Legislativo, nos termos do Artigo 223 da Constituição.
O parecer da PGR questiona ainda a falta de transparência durante o momento da escolha, pelo governo brasileiro, do padrão japonês como base tecnológica do SBTVD. Relatórios explicando a sociedade os motivos da adoção de tal modelo deveriam ter se tornado públicos e não foram, o que violaria o direito à informação dos atos da Administração Pública.
Outras três entidades sociais endossam a ADI, na condição de Amicus Curiae. São elas: Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Conectas Direitos Humanos e Instituto Pro Bono.
Por sua vez, o governo tem defendido que as novas outorgas dos canais digitais – que em um mesmo espaço de 6 Mhz podem transmitir até oito programações – foram consignadas aos atuais radiodifusores porque não constituem novas concessões, mas meros ajustes nas concessões em vigor, em razão da implementação da nova tecnologia.
Defendem a constitucionalidade do decreto, também com o instrumento do Amicus Curiae, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD) e Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Brasil: faturamento publicitário cresce 25% no 1º trimestre
O mercado publicitário cresceu 25,1% no primeiro trimestre de 2010, em comparação ao mesmo período do ano passado (sem descontar a inflação). Fechados os números do Projeto Inter-Meios, o faturamento dos veículos com venda de espaço publicitário chegou a R$ 5,447 bilhões, contra R$ 4,354 bilhões dos três primeiros meses do ano passado - quando os principais efeitos da crise econômica ainda não haviam se manifestado, pelo menos para a mídia.
O destaque do período é a TV aberta, que registrou o segundo maior índice de crescimento entre os meios pesquisados (31,9%), perdendo para a internet. O faturamento conjunto das emissoras alcançou a marca dos R$ 3,43 bilhões (ante R$ 2,6 bilhões do primeiro trimestre de 2009), elevando a participação da TV aberta a inéditos 63% do total do bolo publicitário.
A internet, cujo faturamento subiu nada menos do que 37,6%, chegou a R$ 234,8 milhões (foram R$ 170,7 milhões em 2009). Com isso, sua fatia agora é de 4,3% do total das verbas publicitárias, praticamente a mesma do rádio e à frente da TV por assinatura (3,3%) e da mídia exterior (3,2%).
A TV paga, aliás, registrou o terceiro melhor desempenho (31,3%), tendo faturado R$ 180 milhões. O rádio também se saiu bem, reafirmando o bom momento pelo qual passa, com faturamento 21,2% superior ao dos meses de janeiro, fevereiro e março do ano passado, o que em dinheiro vivo dá R$ 237,6 milhões. O crescimento da mídia exterior foi bem parecido (20,7%), com faturamento de R$ 177 milhões - sendo a maior fatia a do outdoor (R$ 99,3 milhões) e o maior crescimento o do digital out-of-home (74,8%).
Entre os meios impressos, jornais e revistas conseguiram performance positiva, embora abaixo da média geral do mercado. O faturamento das revistas com vendas de anúncios foi de R$ 334,8 milhões (18,4% superior) e o dos jornais, R$ 767,4 milhões (5,1% acima do mesmo período de 2009). Na contramão, guias e listas recuaram 3%, faturando R$ 71,3 milhões, e o cinema computou 7,2% a menos (R$ 15,1 milhões).
FGV: Brasil terá, em 2014, 140 milhões de PCs
O Brasil deverá atingir a marca de 140 milhões de computadores em uso até 2014, o que representará praticamente o dobro dos 72 milhões que existem hoje. Caso a projeção seja concretizada, o País contará com dois PCs para cada três habitantes, ante o patamar atual de cerca de dois para cada cinco. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Uso da Informática, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"O mercado vai vender nos próximos quatro anos praticamente o mesmo volume dos últimos 30 anos", afirmou o coordenador da pesquisa, Fernando Meirelles, professor da FGV. Segundo o especialista, o crescimento será puxado pela expansão da base de máquinas voltadas ao uso doméstico, em razão do aumento da renda, sobretudo na classe C, mas também pelo avanço da informatização entre as pequenas e médias empresas.
Meirelles justificou ainda o forte potencial de crescimento da venda de computadores no Brasil nos próximos anos pela baixa densidade, que está em 37 computadores para 100 pessoas. Nos Estados Unidos, existe praticamente o mesmo número de pessoas e de PCs.
A previsão da FGV é de que o Brasil atinja a marca de 100 milhões de máquinas em 2012, quando, na média, haverá um computador para cada duas pessoas. "O Brasil foi um dos poucos países a não registrar queda nas vendas no ano passado", destacou. Em 2009, foram vendidas 12,2 milhões de máquinas, o mesmo volume do ano anterior.
Investimentos. A pesquisa apontou ainda uma elevação dos gastos em informática pelas empresas. De acordo com o levantamento, essa fatia atingiu 6,4% do faturamento líquido no ano passado, ante 6% de 2008. A expectativa de Meirelles é de que este patamar ultrapasse 7% nos próximos anos. Um dos motivos desse crescimento é a migração de investimentos de telecomunicações para a área de informática das empresas. Sistemas de telefonia via internet utilizam a infraestrutura de comunicação de dados para fazer chamadas.
A mesma coisa acontece com os celulares inteligentes (smartphones), que muitas vezes custam mais do que um computador, e são computados pelas empresas como gastos de tecnologia da informação. "Classificamos o iPhone como um computador ou como celular?", questionou Meirelles.
Custos. O custo anual médio por teclado, que contabiliza os gastos das empresas com cada micro instalado, avançou 6% no ano passado em relação a 2008 em dólares, para US$ 10,8 mil, e 10% quando contabilizados em reais, para R$ 21,6 mil.
Estatísticas
- 3,3% dos microcomputadores do mundo estão no Brasil
- 14% dos PCs do mundo estão nos Estados Unidos
- 3,9% das TVs do mundo estão no Brasil
- 10% das TVs do mundo estão nos EUA
O que aconteceu com as propostas da Confecom?
Decorridos mais de cinco meses do término da Confecom, o que aconteceu com as 672 propostas aprovadas? Até agora, rigorosamente nada. Entre nós é assim que funciona. A realização da conferência provocou reação “barulhenta” na grande mídia, mas corre-se o risco de que seus resultados concretos sejam nulos.
Chega a ser intrigante a velocidade com que temas de interesse público são omitidos ou desaparecem da agenda de debates no nosso país. As propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada entre 14 e 17 de dezembro de 2009, certamente constituem um caso emblemático.
Enquanto a cada semana pipocam no Rio e/ou São Paulo seminários patrocinados, em sua maioria, pela grande mídia para discutir as ameaças autoritárias à liberdade de expressão, a Confecom só entrou na pauta para ser devidamente satanizada. E não se falou mais nisso.
Propostas
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Brasil pode crescer como pólo de offshore de TI
Mão-de-obra e infraestrutura barata devem fazer com que o País receba investimentos e ganhe destaque global em serviços de computação em nuvem.
A reorganização das infraestuturas tecnológicas, com o fortalecimento do conceito de cloud computing, e da economia mundial pode fazer com que novos países se destaquem na área de serviços de tecnologia. E, neste contexto, o Brasil tem uma grande oportunidade de crescer, de acordo com o vice-presidente de pesquisas da consultoria Gartner, Daryl Plumer.
Segundo ele, a recuperação rápida da economia brasileira e a oferta de mão-de-obra qualificada e barata pode colocar o País em uma posição central no que diz respeito ao fornecimento de serviços de TI. “O Brasil está entrando na lista de opções de sourcing e na lista dos principais players que procuram países para montar sua infraestrutura”, aposta.
Os principais concorrentes do Brasil continuarão sendo, principalmente, as nações asiáticas, mas, segundo Plumer, a Índia já perdeu posições na lista de fontes preferenciais de sourcing. “Os custos naquele país estão subindo, o que dá mais espaço para o crescimento do Brasil”, completa.
Um dos pontos fracos apontados pelo consultor no País é a falta de domínio do idioma inglês. Plumer, no entanto, acredita que o Brasil vá superar essa questão.
Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), realizado pela consultoria A.T. Kearney e divulgado em abril de 2009, mostra que o Brasil é o quinto destino global para offshore.
A análise aponta que o País tem qualificação para competir com outros países emergentes por uma fatia maior dos recursos destinados a offshore outsourcing - um mercado que deverá atingir 101 bilhões de dólares em 2010. De acordo com a consultoria, o Brasil poderia ficar com metade desta soma. No entanto, para se posicionar como um dos três principais players globais, o Brasil precisa voltar os olhos para a questão tributária.
Segundo a Brasscom, em 2009, o Brasil exportou 3 bilhões de dólares em software e serviços de TI - valor 36% superior ao verificado no ano anterior. A estimativa para 2010 é de 3,5 bilhões de dólares em negócios no exterior. Para 2011, a expectativa é que as exportações de software e serviços somem 5 bilhões de dólares, segundo a Brasscom.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
UEPB realiza Encontro Regional de Jornalismo Científico
comunicação e ciência. O evento dará oportunidade de discutir a juventude brasileira sobre a perspectiva educativa e cultural da comunicação no país.
As inscrições de trabalhos serão recebidas até 30 de maio, exclusivamente por formulário on-line (como documento anexo), em três categorias: Iniciação Científica (estudantes de graduação), Relatos de Experiência (profissionais de empresas, assessorias de comunicação, ONG's, Agências de Notícia, Agências Acadêmicas Experimentais) e Pesquisa e Estudo em JC ou Comunicação Pública da Ciência (estudantes de pós-graduação, professores e pesquisadores).
Consulte aqui a programação e veja também mais informações sobre mini cursos, oficinas e hospedagem.
Rondônia sedia Congresso Nacional de Comunicação da Justiça
realizado pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ) discutirá a utilização das novas ferramentas, como o Twitter, na divulgação de informações para a sociedade.
Na programação do Conbrascom há oficinas, palestras, mesas redondas, apresentação de cases, painéis, workshops e reunião setoriais.
Para participar, acesse aqui.
Opinião: Os desejos virulentos da antiga imprensa brasileira
Editorial da Carta Maior
Nas horas seguintes aos primeiros anúncios do acordo com o Irã, começaram a surgir vozes e textos tentando diminuir ou simplesmente desqualificar o feito alcançado. A pressa era compreensível. Dias antes, o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, havia dito durante uma entrevista em Porto Alegre, que jamais receberia ou se reuniria, caso fosse eleito, com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. A diferença de horizonte expõe o tamanho, a qualidade da visão e o compromisso de quem fala. Mas, se a visão é curta, por um lado, é crescentemente virulenta, por outro. E o grau dessa virulência parece ser proporcional aos acertos do governo brasileiro.
Esta semana reforçou a percepção de que a chamada grande imprensa brasileira – ou antiga imprensa, como afirma, entre outros, o cineasta Jorge Furtado – está não apenas desempenhando o papel de uma “oposição fragilizada”, mas também defendendo, sem mediações ou sutilezas, os interesses da política externa dos Estados Unidos. Estariam fragilizados também estes interesses? Em um certo sentido, sim. A iniciativa do governo brasileiro, em conjunto com o governo da Turquia, de buscar uma solução negociada para a crise nuclear envolvendo o Irã mostrou que é possível outro caminho do que aquele das “guerras preventivas”, dos “bombardeios cirúrgicos”, do “choque e do pavor”. O presidente Lula, representando o Estado brasileiro, fez um movimento ousado e corajoso. E acertou em cheio.
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Representação da UNESCO no Brasil condena atentado a jornalista no Ceará
A Representação da UNESCO no Brasil recebeu com profunda indignação e elevada preocupação a notícia sobre o atentado contra o jornalista Gilvan Luiz, no município de Juazeiro do Norte, Ceará, publicada no jornal O Povo, no último dia 20 de maio. Segundo o diário, o jornalista, idealizador da publicação regional “Sem Nome”, foi sequestrado e torturado por três homens e encontrado desacordado dentro de um carro abandonado.
Este crime representa total despereito aos direitos fundamentais da liberdade de expressão e imprensa e ao direito à informação, pressupostos inegociáveis para a consolidação do regime democrático e para o exercício do jornalismo livre e investigativo, instituição da mais alta relevância para a promoção e proteção dos demais direitos humanos.
“O atentado aponta para o fato de que as ameaças à liberade de imprensa são concretas, mesmo em democracias como a brasileira, o que reforça a percepção internacional de que a constante vigilância e o aprimoramento dos mecanismos de proteção da atividade jornalística devem sempre ser uma preocupação das autoridades públicas e da sociedade como um todo”, afirmou o Representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny.
Nesse sentido, a Representação da UNESCO manifesta sua solidariedade e ressalta a necessidade de que o caso seja eficientemente apurado pelas autoridades competentes.
domingo, 23 de maio de 2010
Bolsas:Reuters abre inscrições para treinamento multimídia em Londres
Jornalistas de países em desenvolvimento têm até 15 de julho para se inscrever no processo seletivo do curso Ferramentas multimídia para jornalistas, promovido de 6 a 10 de setembro de 2010 pela Fundação Thomson Reuters.
Os participantes devem ter pelo menos dois anos de experiência profissional. A Fundação Thomson Reuters oferece um número limitado de bolsas para custos de viagem, acomodação e outros gastos.
Veja aqui, em inglês, mais informações sobre o curso e o formulário de inscrição.
Cinema: Tanzânia recebe primeira edição de festival de cinema brasileiro
Começa na próxima quarta-feira, 27, o I Tanz Cine Brazil Festival, com dezoito filmes selecionados para apresentar o cinema brasileiro aos tanzanianos nas cidades de Dar es Salaam e em Zanzibar. O evento é produzido pela Puente, da jornalista Cecília Queiroz, também responsável pela realização do Festival de Filme Brasileiro em Toronto (Brafftv).
O Festival conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Cervejaria Serengeti, patrocínio do Hotel Golden Tulip e é apoiado pelo Embaixador do Brasil na Tanzânia, Francisco Luz.
TV Digital: Paraguai pode aderir ao sistema brasileiro
No que depende dos engenheiros de TV do Paraguai, o país deverá adotar o padrão nipo-brasileiro de TV digital, o ISDB-Tb. O Grupo de Engenheiros de TV Aberta do Paraguai encaminhou ao governo daquele país um documento recomendando a adoção do ISDB-Tb.
O documento conta com um quadro comparativo entre o padrão com os concorrentes europeu e norte-americano, destacando a superioridade no que se refere à qualidade do sinal e à possibilidade de fazer transmissões para dispositivos móveis e portáteis na mesma frequência.
Os engenheiros dos canais abertos do Paraguai chamam atenção ainda para o fato de o ISDB-Tb ser um padrão totalmente aberto, bem como para a forte adesão ao padrão na América do Sul, gerando uma escala de cerca de 300 milhões de pessoas.
Opinião: A dor da gente não sai no jornal
O verso da canção de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, gravada pelo Chico, me socorre diante do elevadíssimo grau de anti-jornalismo a que alcança hoje a imprensa brasileira, merecendo certamente a crítica de Lula logo ao chegar de sua gira internacional. A mídia nativa torce abertamente pelo fracasso da iniciativa do Brasil junto ao Irã. Prefere novas sanções, a lógica do castigo, o que cria perigosos riscos de desdobrar-se em guerra, em destruição e morte como se vê agora mesmo no Iraque.
A mídia americana torceu fervorosamente pela invasão militar aquele país. Chegou a mentir sobre a existência de armas de destruição em massa.. Depois, o jornal New York Times pediu desculpas aos leitores pela desinformação, mas aí já havia mais de um milhão de iraquianos mortos. A mídia brasileira vai pela mesma linha? Se as potências mundiais resolverem aplicar uma sanção contra o programa nuclear brasileiro a partir de pretexto de que aqui também se constrói uma bomba, o que já foi insinuado, a mídia brasileira ficará contra o Brasil e o seu povo?
Recuperemos alguns momentos na nossa história para saber como nossa imprensa, agora mídia, tem se colocado. Nos momentos de crise, episódios dramáticos, encruzilhadas históricas, momentos de decisão, vamos constatar que freqüentemente esta mídia, aquela que é majoritariamente representante dos interesses dominantes na sociedade, esteve divorciada de soluções nacionais, opondo-se raivosamente aos interesses populares, descumprindo descaradamente sua auto-proclamada vocação democrática, assumindo, repetidas vezes, o viés golpista, oligárquico e anti-nacional.
Ela se opôs quando o país conquistava uma legislação de defesa dos direitos trabalhistas e, coerente com esta vocação oligárquica, até hoje estes mesmos segmentos midiáticos, - agora modernizados pela eletrônica, mas não nos padrões civilizatórios - continuam a conspirar e a pretender a destruição da CLT implantada na Era Vargas. Antes da CLT era comum patrões espancarem seus empregados....
Há pouco vimos o brutal assassinato de uma jovem jornalista cometido pelo diretor de um destes grandes jornais oligárquicos simplesmente porque ela teve a “ousadia” de......terminar o namoro. Esta mentalidade desdobra-se muitas vezes em linha editorial eivada de ódio social contra o povo. E qual não deve ser a dose deste ódio contra um retirante Lula quando ele “ousa” cruzar não apenas os mares e os continentes - com a agilidade que o moderno avião permite - mas, também cruzar e questionar com coragem os padrões de uma diplomacia convencional, conservadora e hipócrita que não apenas se conforma mas também cultiva sanções e guerras, desprezando a priori o diálogo entre os povos?
Se lá atrás, estes barões da imprensa foram capazes de festejar, escondidos e amedrontados, a morte de Vargas porque ela significaria o fracasso de uma política de industrialização de um país agrário, do estabelecimento de direitos trabalhistas e previdenciários, como não estarão agora os herdeiros destes barões a torcer para a derrota generalizada das iniciativas de Lula? Sobretudo quando Lula já bradou em momentos mais complexos que não se suicidaria como Vargas, não renunciaria como Jânio e não sairia do País como Jango!
Noticiaram: o Brasil não tem petróleo!!!
Para se medir até onde poderá chegar este anti-jornalismo, basta citar apenas um exemplo histórico: praticamente toda a imprensa fez campanha contra Vargas quando ele criava a Petrobrás. Essa mesma imprensa noticiava reiteradamente que não havia petróleo no Brasil, conforme diziam os relatórios de espertíssimos técnicos norte-americanos. Pode-se medir o tamanho da desinformação, do anti-jornalismo, pelo tamanho dos trilionários poços de petróleo pré-sal recém descobertos!
Pelo grau de precariedade jornalística, pode-se medir também que as elites jornalistas criticadas na fala presidencial estariam engrossando ainda mais, com a vassalagem de sempre, o coro da mídia internacional que percebeu claramente que na sua dialética de retirante Lula contraria interesses da indústria bélica, patrocinadora da lógica das sanções pelo Conselho de Segurança da ONU, avesso ao diálogo. Provavelmente veremos que em certos segmentos da mídia internacional aquele espaço editorial que reconheceu em Lula um mandatário com iniciativas para enfrentar a fome e a miséria, para integrar os povos e também para promover soluções democráticas, poderá passar a ser ocupado, também, com críticas a um presidente que “afronta a segurança e a paz internacional”, tradução esperta que dão para os interesses imperialistas, sobretudo do comércio internacional de armas. No dia em que Lula desembarcava no Irã a manchete do Estadão era “Farc tem acampamento na Amazônia”. Ou seja, Lula “tolerante com o terrorismo” lá e cá, era a mensagem subliminar.
Armas: lucros em cheque
Quando a Princesa Diana libertou-se do ambiente arrogante e despótico da realeza britânica e passou a fazer campanha contra a instalação de minas terrestres instaladas em Angola e outros países - e que ainda matarão ou mutilarão inocentes por décadas - logo logo a grande mídia sustentada por anunciantes ligados à indústria bélica tratou de estampar como controvertidos alguns de seus aspectos pessoais, suas pretensões pacíficas "inconseqüentes" e ,inclusive, o ”inaceitável” namoro com um árabe, peça que compunha a novelinha midiática para a destruição de sua imagem.. Estes poderosos interesses bélicos poderão insinuar que Lula estaria “ passando dos limites”.....Mas, até o Obama, em carta a Lula recomendou o acordo com o Irã. Agora foi enquadrado. O fantasma de Kennedy, ronda...
Por isso mesmo, é preciso ver o outro lado da crítica de Lula à imprensa. E talvez isto signifique encorajar as forças progressistas a uma reflexão que está presente nos esforços para realizar a Conferência Nacional de Comunicação, para aplicar o que ali se decidiu, mas, nem sempre encontra a capacidade para organizar as forças sociais que podem preencher a lacuna gigantesca que fere de morte a cidadania brasileira: a inexistência de um grande jornal popular, de massas, capaz de um jornalismo que promova os interesses nacionais, que encontre o seu lugar como ferramenta criativa e necessária para a construção de um Brasil verdadeiramente Nação!
Última Hora
Voltemos nossos olhos novamente para nossa própria experiência histórica. Já tivemos o jornal Última Hora, popular, nacionalista, capaz de refletir os interesses das classes trabalhadoras diuturnamente atacados pelo conjunto da imprensa oligárquica. Era um respiro democrático! Havia a polarização, a diversidade opinativa e política. Hoje há uma asfixia midiática anti-democrática. Não há sequer a controvérsia! E aquele jornal, que chegou a ter duas edições diárias, circulação nacional massiva, foi uma iniciativa encorajada por Vargas. Quando em 1954 a mídia conservadora comemorou a morte de Vargas, o Última Hora chorou e resistiu ao lado do povo que saiu às ruas. Quando em 1964, esta mesma mídia oligárquica suplicou e colaborou com o golpe de estado, o Última Hora resistia e defendia a democracia.
Jornalismo estratégico
Dentro da visão estratégica de um país que pretende desempenhar legitimamente um papel importante e protagonista no jogo do poder internacional - e era assim na Era Vargas e é assim novamente agora com Lula - nós, como povo brasileiro e como Nação, não podemos deixar de lado esta questão que continua a nos desafiar. Vários passos importantes foram dados, entre eles a conquista simbolizada na criação da TV Brasil. E mais ainda agora quando na próxima segunda-feira será lançada a TV Brasil Internacional, inicialmente para dialogar com os quase três milhões de brasileiros espalhados mundo afora. A iniciativa, louvável, trará com mais realismo a necessidade do Brasil também dialogar com outros povos já que pretende atuar para que as relações internacionais sejam democratizadas, reequilibradas e marcadas pela cooperação.
Vale lembrar que a Rádio Nacional, também criada na Era Vargas, chegou a ser a quarta mais potente emissora do mundo, além de ter programação em 4 idiomas, alcançando vários continentes e tendo em seu corpo de redatores brasileiros como Nestor de Hollanda, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Cecília Meirelles etc. A TV Brasil Internacional tem uma herança em que se apoiar e tem um caminho que pode recuperar para levar a mensagem de uma nação brasileira que se empenha por um mundo mais justo e baseado na cooperação, não nas sanções.
Será que as forças progressistas não deveriam encarar de fato esta tarefa da construção de um jornal popular, nacional, de ampla circulação, fazendo jornalismo na verdadeira acepção da palavra e recuperando para o jornalismo a missão de bem público e de ferramenta civilizatória hoje ignorada em boa medida pela mídia hegemônica no Brasil?
Será que estas forças que foram capazes de articular, se organizar, para resistir à ditadura, enfrentar o neoliberalismo e se fortalecer para chegar à presidência - um feito de proporções históricas numa sociedade com os arraigados esquemas dos donos do poder - não teria também a capacidade de construir um jornal e de praticar um jornalismo público, civilizador, humanista? Não se trata de estimular aqui nada contra as iniciativas para democratizar a informação no espaço digital. Trata-se de complementar, de articular, até porque com toda a importância e o grande efeito que comprovamos na internet, tuitar não esgota a necessidade de fazer jornalismo. Não se deve pretender apenas repercutir, contestar, confrontar a unanimidade conservadora da mídia hegemônica e seu anti-jornalismo em vias de deterioração acelerada.
Surra midiática diária
Há iniciativas importantes, a realização da Confecom é uma delas, a TV Brasil já citada, a recriação da Telebrás estatal, aliás, uma clara aplicação de decisão tomada na Confecom, são outras. Surgiram a Altercom, o Barão de Itararé, o Mídia Livre, todos os blogs e portais, os jornais e revistas alternativas, as TVs e rádios comunitárias etc mas, ainda assim, estamos em boa medida dispersos, desarmados no campo da comunicação e os interesses nacionais, populares, democráticos, levam várias surras por dia, todos os dias.
Vemos que algumas das forças que se articularam para levar Lula á presidência também poderiam coordenar-se para que milhões de brasileiros pudessem entrar também na Era de Guttemberg, ao mesmo tempo em que este seria, obviamente, um jornal também digital. Um jornal que permitisse chegar aos grotões, urbanos ou não, um instrumento para a discussão, a mobilização, a ação e a organização política nas mãos de uma militância carente de ações organizadas que já teve no passado.. Será que a união de certos fundos de pensão (tão lucrativos), centrais sindicais, empresários vinculados ao mercado interno não poderia enfrentar esta tarefa que sempre volta à baila?. Há dois anos foi aprovado num congresso do PT a prioridade para a criação de um jornal de massas, mas não se realizou. Hoje, na Argentina há um Página 12, no México, há o La Jornada, na Bolívia, o jornal Cambio, criado por Evo Morales e que já é o de maior tiragem no país, com apenas 7 meses de nascido, rivalizando com o jornal conservador La Razón, que tem 70 anos. Na Venezuela, nasceu o Correio do Orenoco, está em todas as bancas, ainda que o governo tenha fortalecido a mídia pública de rádio e TV, sem contar que Hugo Chávez tem mais de 300 mil seguidores no twiter, que usa com entusiasmo. Aqui, desde o desaparecimento do Última Hora, estamos sem um jornal de ampla circulação e com capacidade de sustentar uma visão jornalística dos interesses nacionais e populares. É uma grande lacuna.
E nós?
Assim, a bronca de Lula nesta elite de jornalistas que se posiciona claramente contra o sucesso das iniciativas que visam levar o Brasil a ter um papel construtivo no mundo, sendo correta, será que não deveria também servir para provocar uma reflexão, certamente autocrítica, nas forças populares? O jornalismo ou o anti-jornalismo das elites cumpre o triste papel que lhes reserva a subordinação a interesses anti-nacionais. Mas, onde está o jornal das forças progressistas?
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Data base: Jornalistas do DF rejeitam proposta patronal de reajuste inferior à inflação
Os prepostos patronais ofereceram apenas 4,5% de reajuste dos salários, extensivo aos pisos da categoria e às cláusulas econômicas (seguros, creche etc). Esse reajuste não cobre nem a inflação do período, que chegou a 5,79%, segundo o ICV do Dieese.
A comissão de negociação dos jornalistas considerou a contraproposta ridícula e foi às redações do Jornal de Brasília, TV Globo, Correio Braziliense, TV Bandeirante, TV Brasília, TV Record e SBT, consultar os profissionais atingidos pela CCT. O resultado foi um não absoluto à proposta dos patrões.
Reivindicação da categoria
A proposta original do Sindicato, aprovada pelos jornalistas, prevê reajuste de 5,79% (ICV do Dieese, cheio) mais ganho real de 5%, correspondente ao crescimento do faturamento da publicidade dos meios de comunicação em 2009, mais 10,32% para recuperar as perdas acumuladas.
O Sindicato propõe piso unificado em R$ 2.060,25 (Hoje jornalistas de assessoria de imprensa possuem um piso e os de rádio e TV outro). Nos próximos dias, diante do resultado da consulta, a Diretoria do Sindicato vai elaborar nova contraproposta ao sindicato patronal.
Diploma
Os patrões também rejeitaram o a exigência da formação acadêmica em Jornalismo para o exercício da profissão em suas empresas, bem como a realização do censo étnico-racial, de gênero e orientação sexual nas redações.
Muitos jornalistas também estão questionando a permanência do banco de horas pela falta absoluta de controle.
A diretoria do SJP-DF vai apresentar uma nova proposta na reunião do dia 26/5, às 14hm com o patronato e depois voltará às redações.
Espanha oferece bolsas para jovens jornalistas
Por Amanda Assad
O portal Universia informa sobre bolsas de estudo para jornalistas na Espanha. As bolsas fazem parte do Programa Balboa para Jovens Jornalistas Iberoamericanos e são referentes ao ano de 2011.
O intercâmbio, voltado a profissionais graduados em comunicação, tem duração de seis meses e proporcionará aos participantes a oportunidade de conhecer o funcionamento de um meio de comunicação espanhol no exercício da função. Os selecionados receberão passagem de ida e volta desde a cidade de destino até Madri, na Espanha, seguro médico, seguro de vida e bolsa mensal de 1.000 euros.
Programa de Bolsas Balboa
Estão abertas as inscrições para o Programa Balboa para Jovens Jornalistas Iberoamericanos referentes ao ano acadêmico de 2011. Nesta edição, a Fundação Diálogos, da Espanha, em colaboração com os meios de comunicação de Madri, oferece 20 bolsas.
O intercâmbio, que tem duração de seis meses e acontece, anualmente, entre os meses de fevereiro e julho. Ao todo, são 208 horas de aulas divididas em sessões intensivas de um dia por semana e 1.300 horas de trabalho prático. Os participantes terão ainda a oportunidade de conhecer o funcionamento de um meio de comunicação espanhol, trabalho como um jornalista.
Os selecionados receberão passagem de ida e volta desde a cidade de destino até Madri, Espanha, seguro médico, seguro de vida e bolsa mensal de 1.000 euros.
Requisitos:
Para participar é preciso ser graduado em Comunicação, ter menos de 32 anos, ser natural de um dos países da comunidade ibero-americana, excluindo a União Européia, e atuar em meios de comunicação da região. Além disso, é necessário ter fluência no idioma espanhol comprovada por certificado do Instituto Cervantes.
Prazo: Até 15 de julho de 2010.
As inscrições devem ser realizadas exclusivamente via internet. O formulário eletrônico está disponível no site oficial do Programa Balboa
Mais informações podem ser encontradas aqui.
Livro: O Rádio na Educação
No lançamento também serão apresentadas em primeira mão trechos da peça radiofônica A Vida de Franz Biberkopf, de Alfred Döblin e de uma adaptação de um dos programas de rádio do Movimento de Educação de Báse (MEB) que, na década de 60, eram utilizados para a alfabetização de adultos em movimentos populares com o método de Paulo Freire. Esses programas foram gravados pelas equipes da Rádio Teatro Web, da Escola de Teatro da UFBA, sob a direção de Gideon Rosa.
O livro Do Meb à WeB apresenta um panorama do uso do rádio na educação em diversos países (Brasil, Portugal e Espanha) e conta com apresentação do professor Guillermo Orozsco, da Universidade de Guadalajara (México), uma referência nos estudos da relação educação-comunicação, com uma reflexão maior sobre o uso do rádio na América Latina pelos movimentos sociais.
O livro é fruto dos trabalhos de pesquisas sobre software livre e uso do rádio na educação e nasceu de um encontro de Nelson Pretto com o professor José Peixoto Filho (UEMG), militante do Movimento de Educação de Base (MEB ) da década de 60.
Como afirma Pretto, "a medida que a conversa fluia vinha à cabeça um movimento da letra M virando W - de web, da internet - e, dessa forma, as pesquisas e o livro foram ganhando corpo".
Como fruto destas pesquisa foram implantadas na Bahia as Rádio Faced WEB, a Rádio Ciberparque Anísio Teixeira (um Ponto de Cultura) em Irecê/Bahia e a Rádio Teatro WEB, rádios que vão transmitir o lançamento.
Os capítulos do livro foram escritos por pesquisadores de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e também de Portugal e Espanha, com o objetivo de pensar o rádio desde os seus primeiros usos na educação até os dias de hoje.
Ficha Técnica do Livro
Páginas: 208 - Formato: 14 x 21
Editora: Autêntica - ISBN: 9788575264485
Valor: 37,00
Emprego: OEI seleciona dois Jornalistas para atuar no Mec
A atividade ocorre em parceria com a secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação.
Os candidatos devem enviar até o dia 30/5 o CV para oei.sesu@mec.gov.br.
Mais detalhes, entre no portal do MEC e depois clique em Opção: Serviço - Opção: Concursos e Seleções - Opções Seleções.
Atenção, não confundir esta seleção, com outra divulgada aqui anteriormente (ver nota Dicas de emprego para Jornalistas) pela qual a OEI seleciona um redator e revisor de textos. Esta seleção se encerra hoje, domingo 23.
Seleções do PNUD/MDS excluem profissionais de Comunicação
O primeiro caso é uma parceria com o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. o Edital, publicado neste domingo na página 10 do Correio Braziliense, anuncia a seleção de um consultor para fazer REVISÃO e EDIÇÃO de textos de cartazes voltados à populações indígenas.
O perfil do profissional esperado é que tenha graduação em Ciências Humanas ou em Linguística e Letras.
Bem, até onde eu sei, a revisão de material gráfico de peças de divulgação como cartázes e edição de textos são atívidades concernentes à Comunicação Social, em especial Publicidade ou mesmo Jornalismo.
O segundo caso, também uma parceria MDS/PNUD, publicado à página 9 do mesmo jornal, visa selecionar profissional que PRODUZIRÁ MATERIAL INFORMATIVO com temática racial para a secretaria de Avaliação e Gestão da Informação. O requisito estipulado é que o candidato seja graduado em Ciências Humanas ou Sociais.
Aqui, o desrespeito ao Decreto Lei 972/69 é total, pois a podução de material informativo é função privativa de Jornalista (agora com ou sem diploma).
É certo que a Comunicação Social está no campo das Ciências Humanas, mas a Arquitetura, a Administração, a História, a Geografia e várias outras também o estão. Parece que os órgãos públicos estão entendendo que o DL 972/69 foi totalmente revogado pelo STF. Se for isso estão equivocados, a decisão foi exclusivamente quanto ao artigo que trata da emissão de registro profissional.
Os sindicatos de jornalistas e dos publicitários do DF deveriam dar uma prensa no PNUD e no Ministério de Desenvolvimento Social.
Estes editais precisam ser revistos. Além disso, é de se perguntar porque um revisor ou um redator de textos tem que ser contratado na condição de consultor. Os dois editais publicados não exigem dos candidatos nem mesmo uma pós graduação. Que diabo de consultoria é esta? Isto mais me parece uma fórmula de driblar a exigência dos concursos públicos.
sábado, 22 de maio de 2010
Opinião: O jornalismo econômico como porta-voz do capital financeiro
Reconheço não ser algo novo quando um pesquisador faz a crítica da cobertura midiática supostamente especializada da economia. Reconheço que o tema é algo redundante e justo por isso vejo sua importância. Tampouco se trata de novidade o uso de eufemismos e do emprego do jargão “técnico” como forma de mascaramento de situações factuais dos agentes econômicos. Em se tratando de grandes investidores de base especulativa, comprando, vendendo e repassando produtos financeiros, muitas das vezes aquilo que é midiatizado encobre a ocorrência de atos criminosos. Neste texto, abordamos esse cruzamento, quando a produção de sentido gerada através do noticiário de economia, naturaliza, mascara ou alivia a letalidade dos atos premeditados de especuladores de distintas ordens de grandeza e os efeitos que causam no cotidiano de populações inteiras, tal é o caso hoje dos mais de 10 milhões de cidadãos gregos. Na atualidade, a luta entre os efeitos desse mascaramento com cumplicidade da indústria das mídias e a perspectiva do povo em movimento, tem seu campo de batalha nas ruas e praças da Grécia.
A hipótese que aqui levanto é simples. Afirmo que a maior parte da cobertura jornalística em economia oficia mais como porta-voz do capital financeiro e não como intérprete de seu acionar. E, por optar pela angulação da cumplicidade, os especialistas, colunistas e fontes da indústria da comunicação quase nunca narram o “jogo” como um cassino de roleta viciada. A contrapartida é desigual. Por vezes, a teoria da brecha jornalística se evidencia nas exceções. É quando especialistas que trabalham através da angulação crítica expõem seus pontos de vista, denunciando através de uma base factual irrefutável, a selvageria criminosa dos agentes econômico-financeiros.
Em tese o ato de especular deriva das informações fragmentadas e no risco. Desse modo, um gerente de operações de um Fundo de Investimento (hedge fund) teria a capacidade de antecipação, vendendo títulos e ações na alta e comprando-os na baixa. Nesse jogo, a aleatoriedade é a regra para evitar as fraudes. Logo, o acionar fraudulento é a combinação de vendas e compras em conjunto, manipulando o chamado comportamento de manada, quando em tese todos os investidores se moveriam na mesma direção. Além da conspiração, são formas típicas de burlar as regras: obter informação privilegiada (inside information), antecipando-se aos demais especuladores; “maquiar” balanços de modo a elevar a apreciação dos papéis; rebaixar propositadamente os títulos de um país de maneira que custe mais caro para o Estado financiar sua dívida de curto prazo; negociar de forma “exposta”, quando a capacidade de pagamentos está comprometida a ponto de não realizar-se. Todas estas “técnicas” de enriquecimento ilícito, embora usuais, são amplamente praticadas e, por sua vez, quase nada midiatizadas.
Para quem não se recorda, a primeira crise do Euro tem sua origem no acionar fraudulento das vendas e revendas, em escala mundial, dos ativos tóxicos ou sub-primes. Estes “produtos” financeiros nada mais são do que carteiras de hipotecas cujos titulares estão inadimplentes e não poderiam pagar. As duplicatas destas carteiras sem lastro, empacotadas como “produtos de risco”, foram (e são) comercializadas mundialmente, e quase sem nenhum controle. Ora, se na base não há lastro, logo não há dinheiro para remunerar. Isso é classicamente conhecido como Esquema Ponzi, e também chamado nos termos contemporâneos de pirâmide ou corrente. A hipótese de ato criminoso levando ao “estouro” da bolha imobiliária que levara à crise do capitalismo em geral, da economia estadunidense primeiro e hoje da Zona do Euro, não é apenas minha. Dezenas de especialistas difundiram essa angulação, o que poderia haver rendido centenas de reportagens investigativas. Estes seriam textos de primazia exemplar como as matérias clássicas de Bob Woodward e Carl Bernstein na cobertura do escândalo do edifício Watergate. Os dois repórteres, munidos do dever de investigadores públicos e empurrados pela coragem de suas chefias diretas, denunciaram um esquema também criminoso, o que levara à renúncia de um presidente dos Estados Unidos, o republicano Richard Nixon em 8 de agosto de 1974. Infelizmente, este caso é uma exceção honrosa e heróica, e não a regra de comportamento da indústria da comunicação e de seus trabalhadores.
Ao contrário de exagerar, também aqui estou empregando eufemismos para atenuar a contundência verbal do texto. Qualquer operador ou analista sabe que, quando há informação perfeita, não pode haver equívoco no erro e sim premeditação. Esta tese é corroborada pelo francês Jean-François Gayraud, comissário divisional para crimes financeiros (equivale ao posto de coronel) da Direction de La Surveillance Du Territoire (DST) a agência de contra-espionagem da França. Gayraud sustenta que a “crise” da bolha estadunidense foi um ato criminoso de empresas especuladoras. Seus enunciados foram publicados na contracapa da edição de 25 de setembro de 2008 do jornal La Vanguardia, da Catalunha.
Assim a possível fonte explicativa para investigar e denunciar mundialmente o crime da maior transferência de renda coletiva para cofres privados foi enunciado num conglomerado midiático e, logo após, posto ao léu, no limbo das pautas inconclusas. É a própria indústria da mídia que amortece a possível ira popular diante da ação cúmplice, entre mandantes de governos em função-chave e criminosos de colarinho branco operando com a especulação fraudulenta.
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Salvem o acervo fotográfico da Bloch Editores!!
Todo este acervo foi a leilão sem que houvesse interessados. Ou melhor, apenas uma pessoa se mostrou interessado em comprar este acervo calculado em 12 milhões de fotos,
cromos e negativos feitos por fotógrafos do quilate de Ronan Soares, Cláudio Alves, André Dussek (com estes três tive o prazer de trabalhar), Roberto Stuckert, hoje na Presidência da República (Alô Stuckert, dá um toque ai no Lula sobre isso!!!), Gervásio Baptista, Dettmar, dentre tantos outros. Nos tempos de ouro, a equipe de fotógrafos de Manchete ultrapassava a centena, espalhada entre o eixo Brasília-Rio-São Paulo, as sucursais nacionais e internacionais e free-lancers pelo mundo inteiro.
Além dos funerais de Getúlio, lá também estão os de Francisco Alves, o Rei da Voz (1952), de Carmen Miranda (1955), as rebeliões fracassadas contra o governo JK: antes da posse, a bordo do navio Almirante Tamandaré (1955) e o levante de Jacareacanga, uma base na floresta amazônica, que estourou no sábado de Carnaval de 1956 e não durou muito.
Quem teve a oportunidade de trabalhar na Manchete, sabe que Adolpho Bloch tinha um insuperável padrão de exigência em relação as fotos, que chegava a assustar qualquer fotógrafo. Quado lá estagiei como repórter de texto, em 1977, a primeira lição que aprendi do meu então chefe, Sérgio Ross - ele também um fotógrafo de formação - foi: "aqui na Bloch o lead é a imagem, é a fotografia".
Bem, todo este acervo foi a leilão, com um lance mínimo de R$ 1.249.249,30 (um milhão duzentos e quarenta e nove mil duzentos e quarenta e nove reais e trinta centavos). A quantia arrecadada destina-se a pagar créditos trabalhistas devidos aos ex-empregados da Bloch. A expectativa era de que os interessados fossem empresas de comunicação, instituições de pesquisa, universidades, bibliotecas ou de preservação da memória, como o Arquivo Nacional. Mas nenhuma instituição deste perfil apareceu.
Como não houve interessados, o leilão foi aberto para ofertas do tipo ‘quem dá mais’. O advogado Luiz Fernando Fraga Barbosa ofereceu, então, R$ 300 mil. O lance foi aceito, mas de forma condicional, como manda a lei. Ou seja, a oferta está sujeita à aprovação das partes envolvidas: a Massa Falida, a
Justiça, que conduz o processo de falência, e o próprio representante da empresa falida. Indagado sobre o que faria com um acervo de milhões de cromos, negativos e ampliações fotográficas, Luiz Fernando foi vago e limitou-se a dizer que comprou ‘para a família’ e não confirmou se representava alguém ou algum grupo”.
Como a União, em especial a Receita Federal e a Previdência são uns dos maiores credores da extinta Bloch, o governo bem que poderia resgatar todo este acervo e abater da dívida que a Bloch tem com ele. Todo mundo sabe que a União não vai ver a cor do dinheiro da massa falida da Bloch, pois o filé mignon, a TV e a rede de rádios foi transferida para a Rede TV e para a Nova Brasil FM, sem que houvesse benefício aos credores,em especial os antigos trabalhadores e o contribuinte.
Desta forma, ao resgatar esta história documentada, que precisa de dispendiosos processos de conservação, a União estaria resgatando para a sociedade brasileira um pouco de sua história e, por que não dizer, de seus impostos.
Emprego: vaga aberta em SP para quem tem vivência no exterior
Jornais: Destak começa a circular gratuitamente no DF em 21/5
Com tiragem de 50 mil exemplares,começa a circular dia 21/5 a edição Brasília do Destak,
gratuito criado em São Paulo, em 2006. Ele será distribuído por 60 entregadores, de 2ª a 6ª feira, em 16 cruzamentos e em mais de 100 pontos fixos da Capital Federal. Segundo o diretor do jornal, Cláudio Zorzett, a tiragem da publicação será a maior do DF:
“Serão no mínimo 16 páginas, mas com a venda de publicidade poderemos chegar a 32, no máximo”.
Brasília é o terceiro mercado contemplado na estratégia de expansão do produto editorial, que já circula na capital paulista, com tiragem de 180 mil exemplares, e no Rio de Janeiro, com 80 mil. Com notícias regionais e nacionais, a publicação teve edição de teste em 20/4 (véspera do cinqüentenário da cidade), e será apresentada oficialmente ao mercado publicitário nesta 6ª.feira (14/5).
A equipe local será comandada por Raphael Bruno, ex-editor-executivo da sucursal do JB. O diretor editorial Fábio Santos, que fica baseado em São Paulo, diz que “por conta das
características do público leitor, a edição também trará notícias sobre o funcionalismo público federal; e a seção de Esportes será um mix do que é produzido em SP e no Rio, com alguns inputs locais, já que os times de Brasília têm torcida pequena no Plano Piloto”;
Emprego para jornalistas na França
Lá rola ofertas de todo tipo, mas tudo e francês.
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