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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Correio da Manhã inicia sua operação para ser um jornal de Brasília

Depois de uma sequência de veículos de comunicação fechando redações ou reduzindo seus plantéis na Capital Federal, enfim, uma boa notícia. O jornal carioca, Correio da Manhã, que desde outubro já imprimia um reparte local para Brasília, na própria cidade, passa a contar com uma sucursal no Distrito Federal.

Quem relata os planos do jornal no Planalto Central, em texto na 3ª pessoa, é o jornalista Rudolfo Lago, que será o diretor da sucursal candanga.


Durante boa parte do século passado, o Correio da Manhã, fundado em 1903, foi o jornal mais importante do país. Tinha a vocação de ser o grande jornal da capital do país. Até a perseguição sofrida durante a ditadura militar, que levou então sua proprietária à época, Niomar Moniz Sodré Bittencourt, a fechar as portas do jornal. Agora, sob o comando do jornalista Claudio Magnavita, o Correio da Manhã voltará a ser um jornal da capital, produzido e impresso em Brasília. 

Magnavita adquiriu o título Correio da Manhã e retomou a circulação do jornal no Rio de Janeiro em 20 de setembro de 2019, inicialmente como um jornal semanal. Aos poucos, o jornal foi crescendo no Rio e hoje é um jornal diário, com circulação entre segunda e sexta-feiras (quando circula uma edição especial de fim de semana). 

Com um tipo de diagramação em módulos, que permite que manchetes e matérias possam ser trocadas sem nova diagramação, o jornal ampliou-se para novos títulos. Hoje, além do Correio da Manhã do Rio de Janeiro, circula o Correio Petropolitano (com sede em Petrópolis), o Correio Sul-Fluminense (com sede em Volta Redonda), o Correio Norte-Fluminense (com sede em Campos). E desde outubro do ano passado o Correio da Manhã Edição Nacional, com sede em Brasília. 

Em todas essas regiões, o jornal é impresso em gráficas próprias. Em Brasília, está montada uma gráfica com duas rotativas de oito unidades, instalada no Núcleo Bandeirante. Até agora, porém, a produção de conteúdo da edição nacional estava sendo feita no Rio de Janeiro. 

Há três semanas, começou a funcionar a redação de Brasília, que está sendo instalada no Setor Hoteleiro Norte, no Edifício Le Quartier Hotel&Bureau. Inicialmente, será uma estrutura enxuta, formada por um diretor, um repórter e dois estagiários. 

O jornalista Rudolfo Lago, com 37 anos de experiência na cobertura política em Brasília, comandará a redação. Que tem como repórter Gabriela Gallo. 

Segundo Claudio Magnavita, no início a produção local se concentrará mais na produção própria de conteúdo político, assuntos do Congresso e do governo. Mas em breve o jornal também terá conteúdo próprio de cultura. 

O antigo Correio da Manhã foi o pioneiro na produção de um Segundo Caderno cultural. E hoje essa segue sendo uma de suas características. O próprio Magnavita é autor e produtor cultural. Entre outros, ele é o autor do musical Constellation, sucesso que conta a história do voo inaugural Rio/Nova York do avião Super Constellation, na década de 1950.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Finanças: Jornal Brasil Popular realiza noite de caldos na próxima sexta (5/7)


Confraternização vai reunir colaboradores e leitores para comemorar os 4 anos de circulação do Jornal do Brasil Popular. Participe!


Jornal independente, alternativo, é assim: tem que buscar fundos de todas as maneiras: doações, vaquinhas e até promovendo confraternizações. Por isso, está agendada uma noite de Caldos e muita conversa boa para o dia 5 de julho, sexta-feira, às 19 horas, na sede da Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte.

Os antigos e novos colaboradores e leitores do Jornal Brasil Popular vão se reunir para comemorar o quarto ano de vida deste jornal que já se tornou símbolo de resistência na luta por uma comunicação democrática.

Ingressos já estão disponíveis antecipadamente pelo WhatsApp 61 99196-124.7. A colaboração é de R$ 30 para o ingresso individual ou R$ 50 para o casal), dando direito a um rodízio de caldos.

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Jornal

O Brasil Popular é um jornal colaborativo que busca estimular o debate sobre os rumos políticos do Brasil, sempre em contraponto à mídia tradicional, mostrando a importância da normalidade democrática e a necessidade da manutenção dos direitos trabalhistas e sociais. Nasceu denunciando o golpe político-midiático-judicial, no dia 4 de dezembro de 2015, com a manchete “Golpe, nunca Mais”.

E o alerta feito pelo Brasil Popular em 2015 se transformou em realidade e segue rumo ao desmonte do Estado, com a quebra da soberania nacional, destruição da Previdência Pública e conluio para prender opositores políticos. Em seu ano 4, o Jornal Brasil Popular continua sendo uma resistência aos tempos sombrios, sempre em busca de esclarecer a população sobre essas questões.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Jornal Brasil Popular completa 3 anos de vida


O Jornal Brasil Popular completa três anos de existência, nesse período foram 66 edições, de em média 20 mil exemplares, as vezes mais. Tudo distribuído gratuitamente em todo o país, principalmente em concentrações populares, como a Rodoviária de Brasília.
O jornal é fruto da iniciativa colaborativa de jornalistas e de cidadãos, militantes progressistas, preocupados com o rumo do Brasil. Tanto no seu custeio, criação e circulação, todos participam. A redação principal fica na Capital Federal, mas ele é impresso em diferentes cidades do país.
Abaixo uma reflexão dessa experiência pelo editor executivo, Eduardo Ramos.


Por Eduardo Ramos
A decisão de montar um jornal, em tempos de crise política que o Brasil vem vivendo nos últimos anos, não é decisão fácil. Sobretudo por ser um jornal democrático, dirigido a defender as causas populares, os interesses nacionais e, principalmente, por ter nascido para alertar para um golpe de Estado que visava derrubar – como derrubou – a presidenta eleita, Dilma Roussef.
Mais do que isto, o Jornal Brasil Popular denunciava que o golpe de Michel Temer visava entregar o petróleo, desnacionalizar a economia e, fundamentalmente, prender Lula. Alertamos para a necessidade, estando no governo, de se organizar uma resistência para defender a democracia, com o uso corajoso dos meios de comunicação, de acordo com a lei que condena a conspiração ilegal, e, fundamentalmente, convocando o povo a sair às ruas e defender a presidenta eleita pelo voto.
O governo Dilma não organizou a resistência, não organizou meios de comunicação em defesa da legalidade democrática – como fizera Leonel Brizola, em 1961, derrotando o golpismo.  Ao contrário, minimizou o perigo, manteve o financiamento da mídia golpista, não investiu em uma comunicação democrática, não mobilizou o povo. Assim, a derrota foi inevitável.
Ao completar 3 anos de vida, o nosso Jornal Brasil Popular lamenta a falta de prioridade das forças progressistas em relação à comunicação, mas se compromete a seguir lutando para que esta dificuldade seja superada, bem como se compromete a fazer um jornalismo visando a defender o Brasil das garras do capital estrangeiro, pela recuperação dos direitos trabalhistas perdidos e a promover a união do povo brasileiro para reconstruir uma democracia plena, com justiça social.

________________________
Nota de Roda-pé.
O Jornal Brasil Popular aceita doações financeiras.
  • Banco do Brasil.
    Ag. 2901-7
    CC 41129-9

    ou
  • BRB
    Ag. 105
    CC 105-031566-6

CNPJ 23147573/0001-48


segunda-feira, 23 de abril de 2018

A história do JB, o jornal que amava a notícia, com Cézar Motta

Por FC Leite Filho

O Jornal do Brasil, JB para os íntimos, marcou época na imprensa brasileira, principalmente pela maneira que tratava a notícia. Longe do facciosismo e da intolerância que marcam os dias de hoje, a redação do JB procurava retratar a realidade a partir de um ponto de vista factual. E o fazia com extrema elegância e até um certo lirismo. 

Seus jornalistas e patrões, quaisquer que fossem as posições ideológicas e injunções empresariais de cada um, priorizavam os fatos, antes de mais nada. 

A poesia desses profissionais - jornalistas, escritores, artistas plásticos e outros sonhadores que sofreram com a censura política, a auto-censura, os desmandos e a megalomania dos patrões, ainda produziu outro efeito colateral: uma certa revolução na cultura e mesmo nos hábitos daquele Brasil que parece não voltar mais.


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O dia em que o JB voltou a circular


Veja bem, não estamos falando de um jornal alternativo. Nada, o JB  pertencia à grande imprensa, ou mídia hegemônica, como dizemos hoje. Estava sujeito às pressões do poder e dos negócios, mas sempre fazia prevalecer o primado da notícia.

O jornalista Cézar Motta, 68 anos, ex-JB, ex-O Globo, ex-TV Globo, ex-Veja, é o nosso entrevistado do programa Café na Política. Ele conta como pôs a mão nesta história, que rendeu um livro de 564 páginas, recentemente editado pela Objetiva. Seu título: "Até a última página - Uma história do Jornal do Brasil". 

Minucioso e detentor de farto material, cedido pelos donos do jornal e testemunhos vivos de mais de uma centena repórteres e editores, políticos e administradores, ele nos relata, como era este grande jornal, por muitos considerado como um The New York Times ou um Le Monde brasileiro.


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sexta-feira, 9 de março de 2018

O dia em que o JB voltou a circular

Por Romário Schettino 

Mal acabou o carnaval da Tuiuti, surge no Rio de Janeiro o “muso” do verão de 40 graus/2018: A volta do Jotabê. Hoje, domingo, 25 de fevereiro, os cariocas tiveram a felicidade de se reencontrar com o seu jornal mais querido: o velho/novo Jornal do Brasil impresso.

Quem que já nasceu com o smartphone nas mãos pode achar estranho tanta festa por um jornal impresso. E comemoração foi o que se viu neste domingo nas ruas do Rio. Diante dos montinhos de jornais colocados no asfalto liberado a pedestres, por toda a Orla de Ipanema, muita gente se surpreendia: "O Jornal do Brasil voltou!" E levava seu exemplar para folhear na praia, como nos velhos tempos.

E o “muso” veio cheio de novidades, prometendo a tão esperada diversidade de opiniões, as versões dos fatos como eles são, tudo escrito por um time de jornalistas da pesada: Hildegard Angel, Jan Theophilo, Otávio Costa, Romildocomemoração  Guerrante, Gilberto Menezes Côrtes, Marcelo Auler. Muitos já de cabeça branca, mas com o espírito em pleno século XXI. Hildegard diz que se sente uma Benjamin Button. 

Ziraldo, o caratinguense à esquerda, fala em defesa de espaços para a juventude. O JB pode ser de novo a porta de entrada inteligente para a invenção jornalística, tão perdida na grande imprensa de nossos dias.

Os artigos de estreia, todos de saudação à volta do jornal, são assinados por gente de esquerda e de direita, além de detentores de cargos públicos. Tem Lula, Benedita da Silva, Lindbergh Farias, Sarney, Rodrigo Maia, Crivela, Temer, Marco Aurélio e muitos outros. O artigo de Lula diz que a "democracia precisa de muitas vozes" e torce para que o JB volte a ser referência de jornalismo que um dia foi "e que a democracia brasileira tanto necessita". A edição é uma retrospectiva histórica relevante para o momento, e foi redigida por personagens contemporâneos dessa trajetória.

A coluna da Tereza Cruvinel como sempre, certeira. Profissional qualificada, é dela a frase de estreia que destaco: “O Brasil da polarização raivosa precisa reaprender o convívio na divergência e libertar-se das bolhas de pensamento único”.

Acho que não será apenas mais um jornal na banca pra gente escolher. O conteúdo deve ser a diferença. O editorial de primeira página afirma: “Estamos de volta sem qualquer vínculo ou comprometimento com setores da economia, o que dará ao leitor a certeza de que praticamos um jornalismo profissional e isento”. Esse é o grande desafio, pois na economia neoliberal a independência tem um preço elevado. Mesmo assim, numa espécie de carta ao povo brasileiro, o JB, na palavra de seu presidente Omar Resende Peres, promete: "Defenderemos a livre economia".

Todos nós vivemos e aprendemos com o JB. A novidade editorial se esgotou nas bancas antes do meio-dia. Nas calçadas de Ipanema a surpresa empolgou quem não sabia do lançamento. Muita gente queria saber: “Como faço para fazer uma assinatura?”

Embora, seja um jornal de âmbito nacional, o JB é essencialmente carioca. O ritual de comprar jornal no jornaleiro faz parte da rotina de qualquer um até pela facilidade urbanística do Rio, que tem uma banca em cada esquina.


Já o brasiliense, informado pelas redes sociais, ficou esperando o jornal chegar. Disseram que o Jornal do Brasil será impresso na gráfica do Jornal de Brasília e estará nas bancas a partir desta segunda-feira (26/2). Que seja bem-vindo lá também!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Semanário Brasília Capital sofre ataque de hackers

O portal do semanário Brasília Capital foi alvo de ataques de hackers no dia 9 de janeiro e só conseguiu voltar à normalidade dezesseis dias depois. No ar desde março de 2010, aumenta a audiência a cada mês. Em junho de 2016 foi modernizada a plataforma e passou-se a contar com  conteúdos exclusivamente para o veículo virtual, fortalecendo o trabalho em redes sociais. 
Em setembro de 2017 toda a equipe de redação foi treinada para que os textos, legendas e imagens ficassem melhor posicionados organicamente nos sites de buscas, como o Google. Isto aumentou consideravelmente o número de visitas e fez crescer o olho dos invejosos.
As reportagens ficaram cada vez mais “quentes”, exclusivas e, certamente, dolorosas para alguns. Esta agressividade editorial é vista pelos responsáveis da publicação como a potencial razão para que o semanário seja alvo de hackers. 


Leia também:



Retrospectiva

No dia 5 de fevereiro de 2018 foi dado um alerta do Jetpack (software utilizado para monitorar o site) de que o portal havia caído (saído do ar) por sobrecarga. Desconfiando de um ataque DDos, foi instalado imediatamente no servidor um software de segurança, e o site voltou a funcionar normalmente.
No dia 9, outro alerta de integridade, desta vez, envolvendo a entrevista com o Professor João Carlos Teatini, sobre queda do viaduto do Eixão Sul. O texto foi alterado externamente. Nova varredura com antivírus e alguns testes de funcionamento: nada foi encontrado.
No dia 10 de fevereiro (sábado de Carnaval) a equipe foi alertada novamente de que o site estava com Erros 403. Isso acontece quando um software instalado bloqueia um usuário por segurança. Reiniciamos o servidor e nada voltou ao normal porque alguns arquivos estavam corrompidos (destruídos). Na tentativa de resgatar os arquivos, foi feita a restauração do site para o dia anterior, o que chamamos de Snapshot Restore. Sem sucesso.
Depois de mais de um dia fora do ar e o servidor ainda com problemas, tomou-se a decisão de mudar de servidor e restaurar o backup que tínhamos localmente para evitar que o site ficasse por mais tempo offline. Por este motivo o site ficou com o layout e notícias de anos atrás. Como o banco de dados é muito grande, demorou alguns dias até a página inicial voltar ao normal.

Somente no dia 21 de fevereiro, dezesseis dias após o primeiro ataque, tudo voltou ao normal e 90% dos dados publicados durante todos esses anos estão intactos.

domingo, 14 de janeiro de 2018

O que o brasileiro pensa sobre o viés partidário da imprensa

No Brasil, 48% acham que os órgãos de imprensa não reportam diferentes posições sobre as questões políticas do debate público.


Publicado originalmente em  El Pais



O brasileiro quer uma mídia imparcial, mas quando comparado aos cidadãos de outras nacionalidades, é um dos povos com maior tolerância ao viés partidário da imprensa, segundo pesquisa realizada pelo Pew Research Center. Apesar das diferenças nos meios de comunicação e estruturas políticas, três quartos dos entrevistados em 38 países concordam que nunca é aceitável para uma organização de notícias favorecer um partido político em detrimento de outro.

O Brasil ficou abaixo da média mundial: 60% dos participantes rejeitam o partidarismo da imprensa, um resultado que só é maior do que o registrado no Vietnã (57%), Filipinas (52%), Israel (47%) e Índia(25%).

Mesmo entre os brasileiros com maior nível de escolaridade (ensino médio ou mais), a porcentagem dos que não aceitam o partidarismo (72%) é mais baixa do que a média global (75%). E essa tolerância fica maior entre os entrevistados com menos estudo: 50% rejeitam o viés partidário.

A maior rejeição ao viés partidário da mídia foi identificada nos países europeus pesquisados. Espanha (89%), Grécia (88%), Polônia (84%) e Suécia (81%) são os países que apresentam uma oposição mais forte. Apesar de uma rejeição ainda alta, os europeus que censuram menos o partidarismo são os italianos (74%) e os franceses (76%).

Há uma tendência mundial em achar que a imprensa não cobre de maneira equilibrada os temas políticos. Na América Latina, esse aspecto é acentuado: na média, 54% acham que os órgãos de imprensa não reportam diferentes posições sobre as questões políticas do debate público. Na Argentina, 55% acham que a imprensa falha neste ponto. No Brasil, o índice atinge 48%.

Os dados são resultado de uma pesquisa com quase 42.000 pessoas realizada entre fevereiro e maio de 2017 e publicada nesta quinta-feira. No consenso global contra o viés da mídia, há exceções em países como Índia, Israel e Filipinas, onde quatro em cada 10 entrevistados consideram aceitável que um meio de comunicação, às vezes, favoreça um partido político. 27% dos brasileiros também aceitam o partidarismo "as vezes", um percentual superior ao da média mundial de 20%.

O trabalho diário da mídia, para leitores e espectadores, também foi abordado pela pesquisa. O estudo identificou uma satisfação geral em relação ao desempenho da mídia impressa, rádio e televisão –, 73% dos entrevistados consideram que a mídia faz um trabalho bom na cobertura de grandes acontecimentos. Mas o grau de satisfação muda em diferentes regiões pesquisadas, sendo os latinos são os mais críticos em relação à qualidade da cobertura de grandes eventos da imprensa.

Para uma parte dos chilenos (43%), argentinos (41%) e colombianos (41%), a mídia não faz uma cobertura adequada. Há apenas dois países em que a maioria dos entrevistados disse que a mídia não faz um bom trabalho no quesito acontecimentos: Grécia (57%) e Coreia do Sul (55%). No Brasil, 28% dos entrevistados afirmam que a imprensa não faz uma boa cobertura; 66% afirmam que a imprensa tem uma cobertura boa ou muito boa.

Embora sejam moderadas na maioria dos casos, as maiores críticas estão em relação a membros dos governos. Os gregos e os sul-coreanos são os mais críticos: 72% consideram que seus meios de comunicação não informam bem sobre o desempenho do Executivo e seus membros. A avaliação dos holandeses (82%), indonésios (85%) e tanzanianos (89%) nesse aspecto é mais positiva: a grande maioria considera que a imprensa faz seu trabalho “bem” ou "muito bem".

Entre os brasileiros, 37% criticam o trabalho de supervisão do Governo, enquanto 57% elogiam.

O estudo também avaliou o tipo de informação que é mais seguida. Mais de duas em cada três pessoas entrevistadas seguem notícias locais ou nacionais, uma proporção menor quando se trata de informações internacionais (com uma média de 57% em todo o mundo). O interesse informativo dos habitantes de outros países em relação aos Estados Unidos, a grande potência mundial, é ainda mais baixo: apenas 48% na média global.


A América Latina é a região com menor interesse nos EUA 32%, contra 53% da Ásia, 52% da África e 51% da Europa.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Semanário Brasília Capital chega a 300ª edição

     
Em meio a crise que alcança a imprensa em todo o Brasil, Em Brasília, na semana de 25 de fevereiro a 3 de março, em pleno Carnaval, circulou a edição de número 300 do jornal Brasília Capital. O feito marca sete anos de circulação desse semanário de distribuição gratuita e também disponível na internet.

O primeiro número do tablóide foi às ruas no início de abril de 2010. A proposta inicial era fazer uma cobertura das cidades de Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Riacho Fundo.
Com o passar do tempo, e influenciado pelas experiências profissionais do editor Orlando Pontes, o periódico ganhou força e vem se firmando como um dos mais influentes semanários na cobertura da política do Distrito Federal, preenchendo inclusive uma lacuna temática deixada pela chamada grande imprensa.

A equipe conta com cinco jornalistas, duas estagiárias e três funcionários na parte burocrática. E conta com diversos colaboradores, que atuam como colunistas. O plantel além de fazer o semanário tem a missão de acompanhar o noticiário local, atualizando diariamente o portal e focada na produção semanal da versão impressa, que além das cidades anteriormente citadas passou a ser distribuída também no Plano Piloto, Lagos Sul e Norte, Sudoeste, Noroeste, Octogonal e cidades do Entorno e de Minas Gerais.

“É um grande desafio editar e manter uma publicação de linha independente. Mas, graças a uma gama de colaboradores e à confiança de nossos leitores e anunciantes, temos conseguido sobreviver num mercado cada vez mais concorrido”, diz o jornalista Orlando Pontes. 

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Portal do jornal Brasil Popular sofre sete ataques de hackers

Depois de sofrer o sétimo ataque, portal do Brasil Popular volta ao ar
Por Eduardo Ramos
O site do Jornal Brasil Popular sofreu, no último fim de semana, seu sétimo ataque de hackers. A invasão ocorreu um dia após a postagem da versão impressa, que saiu na sexta-feira, 24 de junho.
Com mensagens fascistas, o ataque é um claro descontentamento com a manchete do jornal, que mostra aquilo que a grande mídia esconde. A manchete principal, “Temer admite golpe”, relata o ato falho cometido pelo presidente interino, quando ele disse, em uma entrevista, que Dilma "utiliza o avião, ou utilizaria, para ir fazer campanha denunciando o golpe".
O jornal Brasil Popular, com tiragem de 20 mil exemplares, é distribuído gratuitamente a cada duas semanas, na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, e em vários outros pontos da cidade. E aos poucos começa a chegar a algumas capitais brasileiras, com a colaboração de distribuidores voluntários. 
Para ler a versão impressa na internet, clique aqui.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Segundo mais antigo do Brasil, Jornal do Commercio encerra atividades após quase 200 anos

Fundado pelo francês Pierre Plancher em 1827, veículo foi comprado pelo Grupo Diários Associados em 1959. A publicação é a mais antiga do Rio e a segunda mais antiga do Brasil.

Da  Agência Brasil

Jornal do Commercio e o Diário Mercantil, do Grupo Diários Associados, encerraram, dia 29/4, suas atividades. Fundado pelo francês Pierre Plancher em 1º de outubro de 1827, o Jornal do Commercio foi comprado pelo Grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand, em 1959. A publicação é a mais antiga do Rio e a segunda mais antiga do Brasil, depois do Diário de Pernambuco.
Na capa da edição de 29/4, o jornal ressalta que é o veículo de comunicação há mais tempo em circulação ininterrupta no país. “Nesses quase dois séculos foi testemunho de todos os episódios que marcaram a história”, diz o comunicado aos leitores. 
O texto também lembra que o veículo sobreviveu às mais “severas e dolorosas” crises políticas da sociedade brasileira, mas que não teve êxito em superar a atual crise financeira, que classificou como a “mais dramática e mortífera já vivenciada pelo país”.
“Não foi possível suportar a tempestade dentro da qual o Brasil, ferido, se debate, e que deu seus primeiros sinais em 2014”, diz o comunicado, que também homenageia funcionários, leitores, anunciantes e fornecedores. A edição online do Jornal do Commercio também foi extinta.
Jornal do Commercio surgiu com foco na economia, com base nas publicações Preços CorrentesNotícias Marítimas e Movimento de Importação e Exportação, editadas por Plancher desde sua chegada ao Rio.
Várias personalidades colaboraram para o jornal ao longo de quase 200 anos, entre elas, Dom Pedro II, Rui Barbosa, José Veríssimo, Visconde de Taunay, Alcindo Guanabara, Barão do Rio Branco e Félix Pacheco. No fim de 2015, o Grupo Diários Associados fechou a Rádio Nativa FM. A Rádio Tupi é o único veículo do conglomerado no Rio de Janeiro que continua funcionando.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

[Veja o vídeo] Cidadania debate passado, presente e futuro da imprensa brasileira

Os jornalistas Chico Sant'Anna e Belisa Ribeiro
debatem o passado, presente e futuro
da imprensa no Brasil
7 de abril é o Dia do Jornalista.
Pra comemorar a data, trago aqui a íntegra do programa Cidadania da TV Senado que recebeu a jornalista Belisa Ribeiro. Ela acaba de lançar seu novo livro, Jornal do Brasil, História e Memória, sobre o veículo que completa 125 anos.

Leia também:

  • Livro narra o fim do Jornal do Brasil e analisa o futuro da mídia impressa


O programa navega sobre o passado da imprensa brasileira e os novos rumos da mídia impressa, em tempos de redes sociais.
A entrevista trata ainda da postura editorial da mídia nos dias atuais face à conjuntura política nacional.
Para Belisa, ainda vai demorar para o jornal impresso morrer, desaparecer. Na opinião dela, o jornal é sinônimo de credibilidade.

Confira abaixo o Cidadania , O Futuro da Mídia Impressa. 


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Livro narra o fim do Jornal do Brasil e analisa o futuro da mídia impressa

Em Brasilia, o livro, será lançado por Belisa Ribeiro  no dia 06/04, no Restaurante Carpe Diem.


O ano de 2015 foi especialmente doloroso para os jornalistas brasileiros: houve registros de mais de 1400 demissões no país, em veículos impressos, online, de TV e rádio.  Neste cenário de mudanças nos meios de produção, de fechamento de veículos, de predomínio do digital, uma coisa parece certa: o jornalismo, como função social e profissão, não pode e não deve acabar. É essa a impressão que “Jornal do Brasil – Memória e história”, de Belisa Ribeiro, deixa ao leitor.
               
O livro registra depoimentos de alguns dos mais importantes jornalistas brasileiros que, em épocas diferentes, marcaram a trajetória do jornal e contribuíram para torná-lo um dos maiores de seu tempo. O JB, que em março completa 125 anos e foi criado para defender a monarquia, passou pela fase popular de jornal de classificados e pelas reformas editoriais que modernizaram a imprensa, foi trincheira muitas vezes para o combate à censura, para a denúncia de corrupção e maus feitos com o dinheiro público, má administração e outras mazelas da República. Foi também veículo de vanguarda, ditando moda, descobrindo tendências e revelando culturas.

Em suas 400 páginas, a jornalista Belisa Ribeiro conta histórias de edições corajosas, como a que noticiou a morte do presidente chileno Salvador Allende na primeira página inteira do jornal (sem manchete, como mandara a censura); de grandes reportagens, como a que revelou a reunião, no interior do Rio, de um grupo nazista, ou a que desvendou a farsa militar da bomba no Riocentro; e um pouco da trajetória de alguns de seus jornalistas.

A ideia para escrever o livro surgiu de um dos encontros dos jotabeninos, como se chamam os profissionais que lá trabalharam. Durante um ano e meio, Belisa manteve no ar um site para recolher depoimentos:
“Ouvindo os colegas relembrarem seus “feitos”, os casos do passado, as reportagens históricas, decidi escrever não somente sobre a história do Jornal do Brasil, mas sobre as memórias de quem tornou o veículo inesquecível. E contar também quem são ou quem foram essas pessoas.”

O livro, que teve patrocínio da Petrobras, chega às livrarias, pela editora Record, será lançado por Belisa Ribeiro em Brasilia, no dia 06/04, no Restaurante Carpe Diem.


A Orelha do livro é assinada por Alberto Dines

Um jornal não muda o mundo, diz Belisa Ribeiro no seu prólogo. Está certa. Mas ao longo deste verdadeiro filme Belisa sutilmente comprova o contrário: aqueles doidos e doidas envolvidos na preparação do jornal do dia seguinte são possuídos pela mesma obsessão – fazer daquela edição algo único, especial, capaz de transformar o leitor, movimentar sua vida, alterar o seu olhar, enfiá-lo na história.
A “última profissão romântica” foi assim definida por conta da penosa dualidade que sujeita as emoções do relato à frieza da razão. No caso do jornalismo, a contradição se manifesta entre a imutável, implacável rotina diária e a sensação de transcendência que vai se filtrando, infiltrando à medida que as circunstâncias captadas tornam-se palavras, relatos, imagens, percepções.
As edições marcantes deste livro poderiam ser outras – jornadas grandiosas ou deprimentes.
Os protagonistas poderiam ser diferentes, também as plataformas e páginas onde ficariam hospedadas. De qualquer forma, persistiria a cruel ilógica deste romantismo que tenta fazer do cotidiano algo trepidante, nobre, memorável, ajustando-o ao dever de torná-lo apenas justo e verdadeiro.
Alberto Dines



Lista de depoimentos colhidos pela autora

Affonso Romano de Sant’Anna, jornalista e escritor, Rio de Janeiro
Aguinaldo Ramos, fotógrafo, Rio de Janeiro
Alberto Dines, jornalista, Rio de Janeiro
Alberto Jacob, fotógrafo, Rio de Janeiro
Armando Strozenberg, jornalista, Rio de Janeiro
Carlos Lemos, jornalista, Rio de Janeiro
Chico Caruso, chargista, Rio de Janeiro
Cristina Lemos, jornalista, Marselha, França
Edilson Martins, jornalista, Rio de Janeiro
Elio Gaspari, jornalista, São Paulo
Emília Silveira, jornalista, Rio de Janeiro
Esdras Pereira, fotógrafo, Campos, Rio de Janeiro
Evandro Teixeira, fotógrafo, Rio de Janeiro
Fernanda Pedrosa, jornalista, Rio de Janeiro
Iesa Rodrigues, jornalista, Rio de Janeiro
Ique, chargista, Rio de Janeiro
Jamari França, jornalista e crítico musical, Rio de Janeiro
Janio de Freitas, jornalista, Rio de Janeiro
Jorge Antônio Barros, jornalista, Rio de Janeiro
José Carlos Avellar, diagramador e crítico de cinema, Rio de Janeiro
José Carlos de Assis, jornalista e professor de economia, Rio de Janeiro
José Silveira, jornalista, Rio de Janeiro
Luiz Morier, fotógrafo, Rio de Janeiro
Luiz Orlando Carneiro, jornalista, Brasília
Malu Fernandes, jornalista, Rio de Janeiro
Marina Colasanti, jornalista e escritora, Rio de Janeiro
Norma Couri, jornalista, São Paulo
Paulo Henrique Amorim, jornalista, São Paulo
Ricardo Boechat, jornalista, São Paulo
Roberto Quintaes, jornalista, Rio de Janeiro
Tânia Malheiros, jornalista, Rio de Janeiro
Tarcísio Baltar, jornalista, Rio de Janeiro
Virgínia Cavalcanti, jornalista, Rio de Janeiro
Walter Fontoura, jornalista, São Paulo
Wilson Figueiredo, jornalista, Rio de Janeiro



“No cursinho do JB, com o Mauro Santayana, ele falou: “Vocês estão pensando que vão fazer jornalismo e vão dar a metade da vida de vocês? Não, vocês vão dar muito mais da metade das suas vidas, se não derem a vida inteira.” Nunca esqueci disso e ele tinha razão. Porque jornalismo é uma coisa que toma conta de você. Sempre que algum pai, alguma mãe me pede: “Tira essa coisa da cabeça da menina, a gente está falando para ela fazer administração de empresas, em que ela vai ter trabalho, vai ganhar dinheiro”, eu respondo para a filha: “Vai ser jornalista, por favor, vai, é a melhor coisa que você pode fazer.” Eles procuram a pessoa errada, porque eu acho que jornalismo é uma profissão maravilhosa.” 
(Norma Couri)

“O Jornal do Brasil me deu uma ideia de como o jornalismo é muito mais do que fazer jornal. O jornalismo é uma maneira de você viver e você conceber o todo. É uma maneira tolerante, é uma maneira ampla, é uma maneira democrática de ver o mundo.” (Wilson Figueiredo)

“O jornal me fez jornalista. Eu me fiz escritora no jornal, aprendi a escrever no jornal, para o jornal. Mudou a minha vida. Além de me dar um marido. Era muito emocionante, porque nós nos sentíamos farejando o tempo inteiro, como uma raposa, como um animal farejando. A colheita era muito viva, muito intensa. Não era um trabalho de funcionário público, não era uma marcação de ponto, era uma entrega vital. Foi muito bom.” 
(Marina Colasanti)

“Era muita gente de alto quilate. Houve um momento em que essas pessoas, esses corações e mentes se juntaram e fizeram do Jornal do Brasil o jornal de referência nacional e internacional. Nós passamos a ser o The New York Times do Brasil. O jornal se consolidou com pessoas criativas que se uniram. E foi isso que fez um grande jornal. As pessoas. Corpo e alma. É muito difícil explicar. Muito mal comparando... Como é que surgiu o universo? É muito fácil dizer que foi o Big Bang. Mas quem é que apertou aquele negócio para dar o Big Bang?”
(Luiz Orlando Carneiro)

“O Jornal do Brasil era um dos jornais mais importantes do mundo. Era o símbolo do jornalismo moderno no Brasil. E nós tínhamos 45 fotógrafos, era um negócio de louco. Eu acho que viajei o mundo inteiro fazendo Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, moda em Paris. Mas tinha porrada, também. Ditadura, passeata. Emoção. Esse romantismo, esse jornalismo sério, o jornalismo investigativo, nada disso existe mais. O que é uma pena, mas o mundo não acabou. Estamos vivendo outras épocas e vamos tocar o barco para a frente. A fotografia para mim sempre valeu a pena e vale a pena. O jornal acabou para mim, morreu. Mas eu estou vivo, estou fotografando.” 
(Evandro Teixeira)


Sobre Belisa Ribeiro

Belisa Ribeiro começou sua carreira como estagiária no Jornal do Brasil, na década de 70 e voltou ao jornal 30 anos mais tarde como editora de Cidade. Testemunhou o fechamento da sede da Av. Brasil e mudou-se para Brasília, onde chefiou a sucursal e foi titular da coluna Informe JB, no início dos anos 2000.
Na imprensa escrita, trabalhou em O Globo, Gazeta Mercantil e revista Época, sempre como repórter. Na TV, foi a primeira mulher a ser comentarista econômica, na TV Globo, onde se tornou também pioneira na apresentação de telejornais, integrando a primeira bancada de âncoras jornalistas, no Jornal da Globo, em 1981.
Escreveu o livro Bomba no Riocentro, esgotado em suas duas edições, a primeira no ano do atentado, 1981 e a segunda, na ocasião da primeira reabertura do inquérito, em 1999.

Filha de mãe professora de português e pai desportista e sambista, adora escrever, caminhar cercada pela natureza e ouvir música. É mãe coruja de dois cantores e compositores, Gabriel o Pensador e Tiago Mocotó, que lhe deram quatro netos. Os únicos com quem admite dividir o computador.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

4ª edição de Brasil Popular traz Beth Carvalho

Por Leite Filho

O jornal impresso Brasil Popular saiu hoje em sua quarta edição, com uma entrevista intimista da rainha do samba Beth Carvalho, que completa 50 anos de carreira musical e outros tantos de militância. Nesta exclusiva com o BrPop a Beto Almeida, jornalista, musicólogo e ativista, Beth expressa sua fé no samba autêntico, no futuro do Brasil, explica sua relação com compositores do proletariado e deixa um recado: "Precisamos defender a Petrobrás, o petróleo, os CIEPse e ainda construir o nosso submarino nuclear".

Distribuído pelos próprios editores e jornalistas na Rodoviária e nos principais centros de aglomeração da capital, o BrPop, é também para impressão pelos sindicatos, organizações estudantis e outros movimentos sociais, em diversos estados. 
Para os internautas, a vida é mais fácil, porque eles terão à mão todo o conteúdo do jornal, no seu formato original de oito páginas, no portal do Brasil Popular

Veja outros temas que esta edição ainda aborda em profundidade:

- Dorival: do lixão ao doutorado. 

Eduardo Ramos editor do BrPop, e José Rezende Júnior, do site Portal Brasil, contam a incrível história do menino Dorival Gonçalves dos Santos Filho. Com o auxílio da bolsa família, ele conseguiu superar uma infância atribulada no lixão de Piedade, em São Paulo, entrando na faculdade, virando professor e chegando ao doutorado.

- Economia, como baixar juros e aumentar salários em plena crise?

Nosso analista César Fonseca vê boas perspectivas no fato de o ano de 2016 ter começado com 11,67% de aumento do salário mínimo e de o Banco Central conseguiu pelo menos estancar a altya dos juros.

- Fórum Social Mundial, uma voz para todos. 

Isaura Claro esteve na edição especial de Porto Alegre e constata a atuação do FSM pelo planeta: "Não há como reverter o instrumento de voz para todos, construído nestes 15 anos de existência".

- Máfia dos combustíveis no DF:

Romário Schetino e Inês Ulhoa relatam o esquema milionário que combina preço de combustíveis denunciado no Distrito Federal, com gente presa por alguns dias, ação que infelizmente não alterou a contínua alta da gasolina, que, em Brasília, situa-se em R$ 3,97

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Brasil: Audiência de jornais desaba no impresso e no digital

Publicado originalmente no Brasil 247


Os principais jornais brasileiros experimentaram quedas expressivas de circulação ao longo de 2015, segundo dados do IVC, o Instituto Verificador de Circulação.
O dado mais surpreendente é que a circulação caiu não apenas nas edições impressas, mas também nas digitais – o que revela que as publicações não estariam sabendo como se adaptar à era da internet.
Entre janeiro e dezembro, a Folha caiu 14,1% no impresso e 16,3% no digital, o que gerou uma queda média de 15,1%, superior à do Estado de S. Paulo (8,9%) e à do Globo (5,5%).
Na lista do IVC, que contempla ainda publicações como Correio Braziliense, Zero Hora, A Tarde, O Povo, Valor Econômico, Gazeta do Povo e Super Notícia, todos – sem exceção – caíram. Alguns cresceram no digital, mas partindo de bases pequenas.

Os dados revelam vários fatores. Os jornais, naturalmente, foram afetados pela crise econômica que ajudaram a amplificar. Mas hoje enfrentam uma concorrência crescente de veículos puramente digitais.
Além disso, o modelo de cobrança por conteúdo, dos chamados paywalls (muros de cobrança para quem assina determinada quantidade de artigos), tem tido pouca receptividade no Brasil.
Um outro fator, que pode vir a ser considerado na análise, é o grau de engajamento político dos jornais da imprensa familiar, que passaram a substituir o jornalismo pelo proselitismo político, afugentando uma parcela de seus leitores.


Confira, abaixo, a tabela do IVC:

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Começa a circular terceira edição do Jornal Brasil Popular

Por Francisco Leite Filho 


A terceira edição impressa do jornal Brasil Popular (BrPop) estará disponível a partir desta segunda-feira, dia 18. A distribuição gratuita irá se concentrar em Porto Alegre, que sedia, entre 22 de janeiro e 1º de fevereiro, a edição de 15 anos do Fórum Social Mundial (FSM). Todas as suas oito páginas, que serão distribuídas a todos os participantes, são dedicadas a este debates de ideias que, "nestes 15 anos fez de Porto Alegre cidade-símbolo de rebeldia contra o neoliberalismo explorador e, ao mesmo tempo, uma usina de ideias para a construção de políticas de transformação social".
"Pelo FSM" diz o artigo de primeira página do BrPop, passaram lideres como Lula, Hugo Chávez, Evo Morales, Hebe Bonafini, Aleida Guevara, intelectuais como Eduardo Galeano e José Saramago, ambos falecidos, movimentos sociais das mais diversas regiões do planeta defendendo suas causas, como a independência da Palestina, do Saara Ocidental, de Porto Rico, a Paz na Colômbia, etc. Os movimentos sociais de todas as causas justas encontraram aqui a sua liberdade de expressão".
"Muitas dessas ideias, sonhos, projetos, propostas, transformaram-se em políticas públicas concretas. Bolívia, Equador e Venezuela erradicaram o analfabetismo desde o primeiro Fórum e recuperaram a soberania sobre suas fontes energéticas. No Brasil e em muitos paísesda América Latina reduziu-se a miséria extrema, a desnutrição infantil e ampliou-seo acesso à educação, à eletricidade, à saúde (com presença solidária de Cuba), valorizando-se o mundo do trabalho e a agricultura familiar".
O prefeito José Fortunati comemorou a indicação feita pelo Conselho do FSM e destacou a experiência do município para empreender eventos internacionais. “A escolha comprova mais uma vez que temos infraestrutura para receber visitantes de todas as partes do mundo”, disse. Conforme o prefeito, o evento vai resgatar os grandes debates mundiais nos quais a cidade e a comunidade estão inseridas.
O secretário adjunto de Governança Local, Carlos Siegle de Souza, destacou o esforço em fazer da edição 2016 do Fórum Social Mundial um evento histórico. Ele participou da última edição, em Túnis, na Tunísia, e conversou com representantes do Conselho Internacional para colocar Porto Alegre mais uma vez como protagonista. “Conseguimos sensibilizar a organização sobre a importância dos 15 anos e a agenda passou a incluir uma edição comemorativa em janeiro no Brasil e outra em agosto, no Canadá.”
Captura de tela 2016-01-17 18.19.53O BrPop - A edição especial do Brasil Popuar sobre a 15a. Edição do FSM, que ainda trás uma análise da situação política e social da América Latina, inclusive da reincidência do neoliberalismo na Argentina e sua ameaça na Venezuela, ainda explica, em artigo do jornalista Beto Almeida, seu fundador, a função deste novo órgão da imprensa alternativa, que nasceu em dezembro de 2015, "com a missão de circular informação importante para defender a legalidade democrática do governo eleito pelo voto popular e mostrar as conquistas dos últimos 13 anos, sonegadas, distorcidas, manipuladas e até negadas pela mídia capitalista, porta-voz do golpismo que pretende entregar o petróleo do pré-sal".
O jornal Brasil Popular se baseia no apoio de cidadãos comprometidos com esta missão e com a construção de uma mídia popular, em formato associativo e cooperativo, para suprir a falta de uma narrativa sobre as conquistas democráticas e sociais alcançadas pelo povo brasileiro, hoje ameaçadas".
Lembra que "o jornal é um primeiro passo. Já existe um portal na internet e o plano de montar uma agência de notícias de rádio, uma TV web e uma produtora de vídeos sobre temas populares. Por que nascemos? O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU e isso não virou manchete! O Brasil incluiu milhões de brasileiros no consumo civilizatório de eletricidade, alimento e equipamentos, e isso não virou manchete! O Brasil reduziu radicalmente a mortalidade infantil, construiu 400 novasEscolas Técnicas Públicas e Gratuitas, e mais 59 novas universidades, também públicas e gratuitas e isso não foi noticiado como se deve!"

O artigo de Beto Almeida ainda ressalta: Cansamos de ficar apenas denunciando a falta de mídia democrática, arregaçamos as mangas e estamos criando uma alternativa. O Jornal Brasil Popular nasce para fazer a narrativa de como o Brasil mudou, como muitas reivindicações do Fórum de Porto Alegre viraram políticas públicas no Brasil e em outros países, como se informa em outras páginas desta mesma edição. "