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sábado, 26 de fevereiro de 2022

UnB capacita Comunicadores Populares para prevenção de dengue, zika e chikungunya

O Distrito Federal é uma das quatro unidades federativas que tiveram as maiores taxas de incidência no Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do DF, foram notificados 4.279 casos suspeitos de dengue até o dia 18 de fevereiro. Os dados apontam um acréscimo de 287,2% no número de casos prováveis de dengue em residentes da capital federal, se comparado ao mesmo período de 2021.






A Universidade de Brasília (UnB) vai capacitar lideranças e comunicadores comunitários no combate à dengue, zika e chikungunya. O curso, que será aberto nacionalmente, é gratuito, de extensão, totalmente a distância, com 180h/a de certificação pela UnB. As inscrições serão abertas a partir de 15 de março e entre os módulos do curso, preparados por profissionais de jornalismo, rádio e televisão, estão noções de texto e roteiro em mídia sonora; tipos de programas radiofônicos (musicais, esportivos, noticiosos, etc); os diferentes tipos de locução; estratégias de marketing e divulgação em redes sociais; operacionalização de equipamentos: mesas de áudio; o fluxo digital na comunicação comunitária; história e legislação de rádios comunitárias; edição de produtos sonoros; novas tendências em áudio: podcasts e produtos para Whatsapp e muito mais.

Além da pandemia de covid-19, a dengue, zika e chikungunya seguem sendo um problema de saúde nacional. Conforme dados do último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, até o dia 12 de fevereiro deste ano foram registrados 70.555 casos prováveis de dengue no Brasil, com um aumento de 43,5% em relação ao mesmo período em 2021. A Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 178,8 casos para cada 100 mil habitantes, seguida das Regiões Norte (64,1 casos/100 mil hab.), Sudeste (19,3 casos/100 mil hab.), Sul (13,6 casos/100 mil hab.) e Nordeste (12,4 casos/100 mil hab.). Sobre os dados de chikungunya, ocorreram 4.404 casos prováveis da doença. Com relação aos dados de zika, foram registrados 323 casos da infecção pelo vírus no país.

O Distrito Federal é uma das quatro unidades federativas que tiveram as maiores taxas de incidência no Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do DF, foram notificados 4.279 casos suspeitos de dengue até o dia 18 de fevereiro. Os dados apontam um acréscimo de 287,2% no número de casos prováveis de dengue em residentes da capital federal, se comparado ao mesmo período de 2021.

De acordo com a coordenadora das ações de educação, informação e comunicação do Projeto ArboControl, professora Valéria Mendonça (UnB), diante do cenário epidemiológico apresentado no Brasil e no Distrito Federal, iniciativas como a do projeto são cada vez mais necessárias. Fruto de um convênio entre a Universidade de Brasília e o Ministério da Saúde, a iniciativa conta com quatro componentes e uma rede de pesquisadores nacionais e internacionais que atua em ações como formação e capacitação de profissionais de saúde; desenvolvimento de inseticidas; diagnóstico de sistemas de informação; desenvolvimento de aplicativos de vigilância; avaliação da efetividade de campanhas e ações de educação, informação e comunicação; dentre outras.

O ArboControl tem o objetivo de apresentar alternativas viáveis, eficazes em longo prazo e ambientalmente sustentáveis para o controle do Aedes aegypti. “Cada vez mais precisamos utilizar estratégias de educação, informação e comunicação a fim de nos prevenirmos de doenças e promovermos a saúde em nossas casas e comunidades. Para auxiliar nesse processo, precisamos ser protagonistas dessa mudança, que somente ocorrerá com a tradução do conhecimento a ser compartilhado entre academia, lideranças e mídias comunitárias, profissionais e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destaca Valéria.

Para mais detalhes, visite o site do projeto 

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Finanças: Jornal Brasil Popular realiza noite de caldos na próxima sexta (5/7)


Confraternização vai reunir colaboradores e leitores para comemorar os 4 anos de circulação do Jornal do Brasil Popular. Participe!


Jornal independente, alternativo, é assim: tem que buscar fundos de todas as maneiras: doações, vaquinhas e até promovendo confraternizações. Por isso, está agendada uma noite de Caldos e muita conversa boa para o dia 5 de julho, sexta-feira, às 19 horas, na sede da Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte.

Os antigos e novos colaboradores e leitores do Jornal Brasil Popular vão se reunir para comemorar o quarto ano de vida deste jornal que já se tornou símbolo de resistência na luta por uma comunicação democrática.

Ingressos já estão disponíveis antecipadamente pelo WhatsApp 61 99196-124.7. A colaboração é de R$ 30 para o ingresso individual ou R$ 50 para o casal), dando direito a um rodízio de caldos.

Leia também:

Jornal

O Brasil Popular é um jornal colaborativo que busca estimular o debate sobre os rumos políticos do Brasil, sempre em contraponto à mídia tradicional, mostrando a importância da normalidade democrática e a necessidade da manutenção dos direitos trabalhistas e sociais. Nasceu denunciando o golpe político-midiático-judicial, no dia 4 de dezembro de 2015, com a manchete “Golpe, nunca Mais”.

E o alerta feito pelo Brasil Popular em 2015 se transformou em realidade e segue rumo ao desmonte do Estado, com a quebra da soberania nacional, destruição da Previdência Pública e conluio para prender opositores políticos. Em seu ano 4, o Jornal Brasil Popular continua sendo uma resistência aos tempos sombrios, sempre em busca de esclarecer a população sobre essas questões.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O papel da imprensa alternativa na realidade nacional. Entrevista a Raimundo Pereira

Por  FC Leite Filho, publicado originalmente no Café na Política

O Café na Política foi ouvir Raimundo Pereira, um dos ícones da imprensa alternativa, então chamada imprensa nanica. Este movimento, surgido em plena ditadura, produziu fenômenos editoriais como o Pasquim (que chegou a 220 mil exemplares), a Opinião. o Movimento, Binômio, Versus, Coorjornal, que faziam franca concorrência aos jornalões.
Eram tempos difíceis, porque, na época, não existia sequer o fax, para não falar da força descomunal da internet.
Os jornais tinham de ser distribuídos – vendidos e mantidos financeiramente, na imensidão de nosso território. Funcionava na base da articulação de uma militância – mais jornalística que política -, que chegava a reunir, como no caso do jornal Movimento, 285 pessoas, entre jornalistas, administradores e representantes, espalhados pelos diversos Estados da Federação.

Veja também a vídeo entrevista com Kiko Nogueira do Diário do Centro do Mundo

Nesta entrevista a FC Leite Filho, Raimundo Pereira, hoje aos 76 anos e revelando muito vigor e entusiasmo, conta a história desse movimento e de seu novo projeto de reunir uma nova equipe de 40 jornalistas, intelectuais e militantes para fazer uma nova experiência do tipo, agora tendo a internet como instrumento principal. Raimundo acredita na força atual dos blogs, sites e redes sociais que estão enfrentando o golpe, inclusive com manifestações de rua, as quais já começam a assustar o novo regime neoliberal. Ele pondera, contudo, que é preciso dar um rumo a esse movimento mais ou menos disperso.

Confira no vídeo a entrevista de Raimundo Pereira  Café na Política

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Portal do jornal Brasil Popular sofre sete ataques de hackers

Depois de sofrer o sétimo ataque, portal do Brasil Popular volta ao ar
Por Eduardo Ramos
O site do Jornal Brasil Popular sofreu, no último fim de semana, seu sétimo ataque de hackers. A invasão ocorreu um dia após a postagem da versão impressa, que saiu na sexta-feira, 24 de junho.
Com mensagens fascistas, o ataque é um claro descontentamento com a manchete do jornal, que mostra aquilo que a grande mídia esconde. A manchete principal, “Temer admite golpe”, relata o ato falho cometido pelo presidente interino, quando ele disse, em uma entrevista, que Dilma "utiliza o avião, ou utilizaria, para ir fazer campanha denunciando o golpe".
O jornal Brasil Popular, com tiragem de 20 mil exemplares, é distribuído gratuitamente a cada duas semanas, na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, e em vários outros pontos da cidade. E aos poucos começa a chegar a algumas capitais brasileiras, com a colaboração de distribuidores voluntários. 
Para ler a versão impressa na internet, clique aqui.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

4ª edição de Brasil Popular traz Beth Carvalho

Por Leite Filho

O jornal impresso Brasil Popular saiu hoje em sua quarta edição, com uma entrevista intimista da rainha do samba Beth Carvalho, que completa 50 anos de carreira musical e outros tantos de militância. Nesta exclusiva com o BrPop a Beto Almeida, jornalista, musicólogo e ativista, Beth expressa sua fé no samba autêntico, no futuro do Brasil, explica sua relação com compositores do proletariado e deixa um recado: "Precisamos defender a Petrobrás, o petróleo, os CIEPse e ainda construir o nosso submarino nuclear".

Distribuído pelos próprios editores e jornalistas na Rodoviária e nos principais centros de aglomeração da capital, o BrPop, é também para impressão pelos sindicatos, organizações estudantis e outros movimentos sociais, em diversos estados. 
Para os internautas, a vida é mais fácil, porque eles terão à mão todo o conteúdo do jornal, no seu formato original de oito páginas, no portal do Brasil Popular

Veja outros temas que esta edição ainda aborda em profundidade:

- Dorival: do lixão ao doutorado. 

Eduardo Ramos editor do BrPop, e José Rezende Júnior, do site Portal Brasil, contam a incrível história do menino Dorival Gonçalves dos Santos Filho. Com o auxílio da bolsa família, ele conseguiu superar uma infância atribulada no lixão de Piedade, em São Paulo, entrando na faculdade, virando professor e chegando ao doutorado.

- Economia, como baixar juros e aumentar salários em plena crise?

Nosso analista César Fonseca vê boas perspectivas no fato de o ano de 2016 ter começado com 11,67% de aumento do salário mínimo e de o Banco Central conseguiu pelo menos estancar a altya dos juros.

- Fórum Social Mundial, uma voz para todos. 

Isaura Claro esteve na edição especial de Porto Alegre e constata a atuação do FSM pelo planeta: "Não há como reverter o instrumento de voz para todos, construído nestes 15 anos de existência".

- Máfia dos combustíveis no DF:

Romário Schetino e Inês Ulhoa relatam o esquema milionário que combina preço de combustíveis denunciado no Distrito Federal, com gente presa por alguns dias, ação que infelizmente não alterou a contínua alta da gasolina, que, em Brasília, situa-se em R$ 3,97

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Redes sociais: Belo Horizonte será sede do 5º BlogProg



São esperados 1.000 blogueiros e ativistas digitais, do país e do exterior. 


Representantes da Comissão Nacional de Blogueiros reuniram-se na terça-feira 26/1, em Belo Horizonte, na Casa do Jornalista com dezenas de militantes de movimentos sociais e sindicalistas para discutir a organização do 5º Encontro Nacional de Blogueiros, que acontecerá nos dias 20, 21 e 22 de maio na capital mineira e que tem apoio do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais. São esperados cerca de 1.000 blogueiros e ativistas digitais, dentre eles os principais do país, além de convidados estrangeiros. 

A abertura será feita pela presidenta Dilma Rousseff e contará também com a presença de três ex-presidentes da República: Pepe Mujica, do Uruguai, Cristina Kirchner, da Argentina, e Luís Inácio Lula da Silva, do Brasil; além dos ministros da Comunicação Social, das Comunicações e da Cultura. [*]

O Encontro Nacional de Blogueiros aconteceu pela primeira vez em 2010, em São Paulo, como resposta à efervescente comunicação na internet, em contraponto ao pensamento único nos meios tradicionais. Repetiu-se em 2011, em Brasília, em 2012, em Salvador, e desde então tornou-se bienal – em 2014 foi realizado novamente em São Paulo. O número de participantes é cada vez maior, tendo chegado a 500 no 4º Encontro.

A escolha de Belo Horizonte para sede do 5º Encontro se deveu, além da sua localização central no país, à importância da capital na atual conjuntura política nacional. Os blogueiros entendem que Minas Gerais foi decisivo na eleição presidencial de 2014, disputada por dois candidatos belo-horizontinos. A decisão tomada pela Comissão Nacional de Blogueiros foi referendada com entusiasmo pelos militantes mineiros, que se comprometeram com a organização do encontro.

Apoios

Entre estes apoiadores estão centrais sindicais, como a CUT-MG; sindicatos, como SindUTE, Sindieletro, Sindifisco e dos Petroleiros; entidades estudantis e de jovens, como UNE, União Colegial, UJS, Levante Popular da Juventude; movimentos sociais, como Quem Luta Educa, Pastoral Fé e Política, Fora do Eixo, MST, e instituições de jornalismo e comunicação, como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Jornalistas Sem Fronteiras, Brasil de Fato e jornais laboratórios de cursos de jornalismo.

O jornalista Altamiro Borges, presidente do Núcleo de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, ficou animado com a reunião. “Tenho certeza de que vamos realizar um grande encontro”, disse. Miro, como é conhecido, ressaltou que um movimento como esse não existe em outros países. “Os estrangeiros ficam impressionados com o vigor dos blogueiros brasileiros”, comentou.

A reunião discutiu a infraestrutura necessária para a realização do encontro, especialmente local, alojamentos e alimentação dos participantes. O encontro reivindica o apoio dos governos federal, estadual e municipal para sua realização, conforme aconteceu nos encontros anteriores, considerando que representa um segmento e um interesse expressivos da sociedade brasileira hoje.

Democratização

O centro das discussões do 5º Encontro Nacional de Blogueiros será a luta pela democratização da comunicação e pela liberdade de expressão, bandeiras que unem os ativistas digitais de todo o país, das mais diversas ideologias e preferências políticas. Os riscos de retrocesso social e a cruzada de ódio em curso na sociedade brasileira estarão em pauta.

Além de palestras e debates, o encontro terá rodas de conversas para trocas de experiências entre blogueiros. Participarão blogueiros famosos, como Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif, Rodrigo Viana, Paulo Moreira Leite, Cynara Menezes, Hildegard Angel e outros, além de convidados estrangeiros. No último dia será aprovada a Carta de Belo Horizonte e eleita a nova Comissão Nacional de Blogueiros.

* Da redação do blog: Os nomes citados na reportagem foram convidados para o evento, mas nem todos já confirmaram a sua participação.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Começa a circular terceira edição do Jornal Brasil Popular

Por Francisco Leite Filho 


A terceira edição impressa do jornal Brasil Popular (BrPop) estará disponível a partir desta segunda-feira, dia 18. A distribuição gratuita irá se concentrar em Porto Alegre, que sedia, entre 22 de janeiro e 1º de fevereiro, a edição de 15 anos do Fórum Social Mundial (FSM). Todas as suas oito páginas, que serão distribuídas a todos os participantes, são dedicadas a este debates de ideias que, "nestes 15 anos fez de Porto Alegre cidade-símbolo de rebeldia contra o neoliberalismo explorador e, ao mesmo tempo, uma usina de ideias para a construção de políticas de transformação social".
"Pelo FSM" diz o artigo de primeira página do BrPop, passaram lideres como Lula, Hugo Chávez, Evo Morales, Hebe Bonafini, Aleida Guevara, intelectuais como Eduardo Galeano e José Saramago, ambos falecidos, movimentos sociais das mais diversas regiões do planeta defendendo suas causas, como a independência da Palestina, do Saara Ocidental, de Porto Rico, a Paz na Colômbia, etc. Os movimentos sociais de todas as causas justas encontraram aqui a sua liberdade de expressão".
"Muitas dessas ideias, sonhos, projetos, propostas, transformaram-se em políticas públicas concretas. Bolívia, Equador e Venezuela erradicaram o analfabetismo desde o primeiro Fórum e recuperaram a soberania sobre suas fontes energéticas. No Brasil e em muitos paísesda América Latina reduziu-se a miséria extrema, a desnutrição infantil e ampliou-seo acesso à educação, à eletricidade, à saúde (com presença solidária de Cuba), valorizando-se o mundo do trabalho e a agricultura familiar".
O prefeito José Fortunati comemorou a indicação feita pelo Conselho do FSM e destacou a experiência do município para empreender eventos internacionais. “A escolha comprova mais uma vez que temos infraestrutura para receber visitantes de todas as partes do mundo”, disse. Conforme o prefeito, o evento vai resgatar os grandes debates mundiais nos quais a cidade e a comunidade estão inseridas.
O secretário adjunto de Governança Local, Carlos Siegle de Souza, destacou o esforço em fazer da edição 2016 do Fórum Social Mundial um evento histórico. Ele participou da última edição, em Túnis, na Tunísia, e conversou com representantes do Conselho Internacional para colocar Porto Alegre mais uma vez como protagonista. “Conseguimos sensibilizar a organização sobre a importância dos 15 anos e a agenda passou a incluir uma edição comemorativa em janeiro no Brasil e outra em agosto, no Canadá.”
Captura de tela 2016-01-17 18.19.53O BrPop - A edição especial do Brasil Popuar sobre a 15a. Edição do FSM, que ainda trás uma análise da situação política e social da América Latina, inclusive da reincidência do neoliberalismo na Argentina e sua ameaça na Venezuela, ainda explica, em artigo do jornalista Beto Almeida, seu fundador, a função deste novo órgão da imprensa alternativa, que nasceu em dezembro de 2015, "com a missão de circular informação importante para defender a legalidade democrática do governo eleito pelo voto popular e mostrar as conquistas dos últimos 13 anos, sonegadas, distorcidas, manipuladas e até negadas pela mídia capitalista, porta-voz do golpismo que pretende entregar o petróleo do pré-sal".
O jornal Brasil Popular se baseia no apoio de cidadãos comprometidos com esta missão e com a construção de uma mídia popular, em formato associativo e cooperativo, para suprir a falta de uma narrativa sobre as conquistas democráticas e sociais alcançadas pelo povo brasileiro, hoje ameaçadas".
Lembra que "o jornal é um primeiro passo. Já existe um portal na internet e o plano de montar uma agência de notícias de rádio, uma TV web e uma produtora de vídeos sobre temas populares. Por que nascemos? O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU e isso não virou manchete! O Brasil incluiu milhões de brasileiros no consumo civilizatório de eletricidade, alimento e equipamentos, e isso não virou manchete! O Brasil reduziu radicalmente a mortalidade infantil, construiu 400 novasEscolas Técnicas Públicas e Gratuitas, e mais 59 novas universidades, também públicas e gratuitas e isso não foi noticiado como se deve!"

O artigo de Beto Almeida ainda ressalta: Cansamos de ficar apenas denunciando a falta de mídia democrática, arregaçamos as mangas e estamos criando uma alternativa. O Jornal Brasil Popular nasce para fazer a narrativa de como o Brasil mudou, como muitas reivindicações do Fórum de Porto Alegre viraram políticas públicas no Brasil e em outros países, como se informa em outras páginas desta mesma edição. "

domingo, 20 de dezembro de 2015

Jornal Brasil Popular chega à segunda edição e amplia a distribuição

Por Francisco Leite Filho, publicado originalmente no Café na Política


O Brasil Popular, um jornal militante da democracia, fundado há menos de 15 dias, chegou, dia 18/12, ao seu segundo número. A publicação é distribuída gratuitamente  ao público de Brasília e começa a chegar a outras capitais. O primeiro número, o chamado número zero, também se se encontra no portal do jornal, que também traz as últimas informações.
O jornalista Beto Almeida, integrante do conselho editorial do BP explica o papel da publicação nesses momentos de acontecimentos políticos do Brasil. 
“Tivemos importante vitória no STF” - disse ele -, “mas o golpe não foi debelado por completo. Há muito para fazer e parte disso é enfrentar a Guerra Midiática que é feita contra a democracia e contra o que se conquistou nos últimos 13 anos. E é para isto que nasceu o Jornal BRASIL POPULAR!"
A distribuição do jornal ao público leitor depende inteiramente da mobilização de seus editores e apoiadores. "Depende da energia militante de toda nossa capacidade de transformar legítima indignação contra a baixaria da mídia em uma ação concreta, construindo uma mídia popular, que se sustente em nosso próprio esforço."
"Tentei achar uma poesia de Marx e Engels escrita quando lhes foi fechada a Nova Gazeta Renana, jornal de que Karl era o editor. Ele mostrava imensa paixão consciente pelo instrumento que é o jornal, como organizador coletivo, como ferramente para a organização da luta, construção de consciências e vontades militantes. Exemplos a serem seguidos!"
"Temos diante de nós, agora, os inúmeros desafios para consolidar nosso modesto jornal Brasil Popular, recém-nascido, que precisa de cuidados, carinho, proteção e ação decidida para que ele chegue aos setores que não podem ler jornal, muito menos têm acesso a uma informação não contaminada, não envenenada."
A Estação Rodoviária da Capital Federal, por onde passam 500 mil pessoas dia, é um local estratégico na distribuição do jornal que já está chegando a Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador.
"Na Rodoviária, temos a chance de expressar nossa vontade militante, de dialogar com o povo , na medida do possível – não se trata só de panfletar – e já temos notícias interessantes de que o jornal está construindo visibilidade - conclui Beto Almeida.

domingo, 29 de novembro de 2015

Novo jornal Brasil Popular começa a circular em dezembro

Maquete com o lay-out do Jornal Brasil Popular
a ser lançado dia 4/12.
Uma nova publicação impressa estará circulando, inicialmente, em Brasília a partir do dia 4 de dezembro. Trata-se do jornal Brasil Popular, já existente em formato digital na internet. O Jornal Brasil Popular impresso se propõe a informar em linguagem popular, sem usar de sensacionalismo, para ajudar o leitor a sustentar uma opinião crítica ao que é publicado na grande mídia e apoiá-lo como protagonista das lutas democráticas, a partir de um diálogo franco com a verdade e o mundo real.

O Jornal Brasil Popular terá distribuição gratuita, inicialmente semanal, em formato tabloide, com oito páginas e tiragem de 20 mil exemplares, para distribuição nas camadas populares no Distrito Federal. O jornal impresso terá uma versão digital, para acesso via internet.

Com notícias, reportagens e análises do quadro nacional e internacional, o Brasil Popular pretende, a exemplo da antiga Última Hora, jornal fundado em 12 de junho de 1951 por Getúlio Vargas e Samuel Wainer.
 “Defender as conquistas populares, a democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação soberana e independente, desafiando o golpismo midiático. Estamos seguros de que as forças sociais que foram capazes de eleger por quatro vezes governos progressistas, têm capacidade, e também o dever, de organizar um jornal de grande circulação popular” destacam os editores.


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Nova publicação, jornal Brasil Popular, inaugura portal


Raro são os veículos de alcance popular que se contrapõem ao dilúvio de mentiras diariamente lançadas à sociedade. Nosso jornal nasce para combater as iniquidades, defender justiça social e propagar solidariedade. Nasce modesto e com grande chance de êxito, pois abraça uma grande causa e, na história do Brasil, sempre que uma grande causa esteve ameaçada, surgiram jornais porta-vozes em sua defesa, como nas lutas pela abolição da escravidão e pelo fim da ditadura militar.

Essa demanda e essa aspiração explicam o surgimento do Jornal Brasil Popular para defender as causas democráticas, os direitos dos trabalhadores e as políticas de distribuição de renda que farão do Brasil um país mais próspero e mais justo.

NESTE SENTIDO, Convidamos a todos os militantes progressistas que lutam pela efetiva democratização dos meios de comunicação para junto conosco participar do evento de lançamento e distribuição da primeira edição.

PROGRAMAÇÃO

Data- 4 de Dezembro de 2015 (sexta feira)

Local- Rodoviária do Plano Piloto- Banca de Jornal - Plataforma superior

Hora- Inicio- 16h30 Término- 19:00

Após este horário teremos uma atividade cultural na sede da TV Comunitária.

Hora - 20 horas

Local - TV Comunitária 

Endereço - SIG - Quadra 3 Bloco B-46 Edifício Bernardo Monteverde II

domingo, 30 de agosto de 2015

Nova publicação, jornal Brasil Popular, inaugura portal

Por Francisco Leite Filho

Nova publicação, o jornal Brasil Popular também terá uma versão impressa


O site do jornal Brasil Popular entrou no ar no sábado,29/8, à noite, durante um jantar cooperativo com a presença de mais cem jornalistas de Brasília que se congregaram há cerca de três meses para enfrentar o que considera atraso midiático no Brasil e, através da internet, lançar futuramente o jornal impresso do mesmo nome, com distribuição gratuita, segundo uma modalidade que se expande mundialmente e que tem na Grécia o principal modelo de inspiração.
Com notícias, reportagens e análises do quadro nacional e internacional, o Brasil Popular pretende, a exemplo da antiga Última Hora, jornal fundado em 12 de junho de 1951 por Getúlio Vargas e Samuel Wainer,  “defender as conquistas populares, a democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação soberana e independente, desafiando o golpismo midiático. Estamos seguros de que as forças sociais que foram capazes de eleger por quatro vezes governos progressistas, têm capacidade, e também o dever, de organizar um jornal de grande circulação popular”.

‘”Nos últimos 12 anos e meio”, diz  o editorial do BP, “o Brasil registrou uma mudança importante em seus indicadores econômicos e sociais, conquistas reconhecidas por organismos internacionais. A ONU reconheceu que o Brasil saiu do Mapa da Fome, a OIT registrou queda do trabalho infantil, a OMS marcou o declínio da mortalidade infantil, a CEPAL afirma que reduzimos a pobreza e a miséria, e até mesmo o Banco Mundial reconhece a redução das desigualdades sociais”.

“O curioso é que dentre tantas mudanças havidas no Brasil, não houve o surgimento de uma mídia popular com capacidade para fazer a narrativa destas relevantes conquistas. Afinal, o Brasil ter saído do Mapa da Fome já é uma notícia retumbante, justificando ampla informação e reflexão pelos brasileiros.  No entanto, predomina na mídia brasileira um noticiário negativo, fraudulento, como se o Brasil estivesse em retrocesso, o que afronta a realidade”.

Por isso, o Brasil Popular nasce para preencher essa lacuna: “informar sobre o que realmente ocorre no país, seus avanços, suas dificuldades, suas relações internacionais, mas, sobretudo, levar a informação sonegada pela mídia hegemônica, de maneira simples, direta e clara, aos segmentos populares, onde há baixos índices informativos e de leitura”.

Seus fundadores, reunidos na Associação de Jornalistas do Brasil Popular, definem-se como “uma iniciativa cooperativa, que está estruturando apoios e sustentação entre os segmentos sociais que participaram ativamente destas mudanças, independentes de sua filiação partidária: Para isto estamos criando um grande mutirão. Começamos por Brasília, mas queremos nos estruturar em todas as capitais. Quem tiver interessado em colaborar, busque neste site as formas de associação a este projeto”.

Alerta o BP que “não nascemos para fazer ajustes de contas entre forças de esquerda: nascemos para construir unidade popular e para enfrentar a manipulação e a desinformação da grande mídia empresarial que tenta demolir todas as conquistas alcançadas. Essa manipulação quer impedir a elevação da consciência no povo sobre as decisões políticas que permitiram aos brasileiros terem hoje mais médicos, mais casas, mais escolas, mais universidades, mais eletricidade, mais energia renovável, mais alimentos, mais emprego formal,  mais petróleo e gás, mais produção naval, maiores salários, mais estradas, mais ferrovias, mais relações soberanas e mais respeito no cenário internacional.

Ações golpistas 
– Neste momento em que forças antinacionais tramam ações golpistas contra a democracia e contra este projeto de mudanças em curso, Brasil Popular nasce para ser uma voz em defesa da legalidade democrática e da soberania nacional, com a tarefa de contar a história de todas as conquistas dos brasileiros e assume o compromisso de estar ao lado das forças progressistas para o que ainda precisa ser conquistado. E, para isto, o que é indispensável informação, consciência e unidade popular!”, termina o editorial.

Os fundadores do jornal se proclamam como “cidadãos e cidadãs progressistas, inquietos com a falta de um jornal que se diferencie da ditadura midiática brasileira, reunidos para propor a criação de um jornal impresso popular para defender os valores democráticos e uma sociedade cada vez mais igualitária”. Inicialmente terá a sustentação da Associação do Jornal Brasil Popular, mas a ideia é a futura formação de uma cooperativa para continuar o projeto.

Conselho Editorial

O Conselho editorial é integrado por Alain Barki, Angélica Torres, Beto Almeida, Bira Souza, César Fonseca, Cirilo Quartim, Eduardo Wendhausen, F. C. Leite Filho, Geniberto Paiva Campos, Inês Ulhôa,  José Alberto, José Augusto Valente e Romário Schettino.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Opinião: Mídia alternativa e revolução silenciosa

Não há novidade nenhuma em afirmar que os meios de comunicação no Brasil são extremamente concentrados nas mãos de algumas poucas famílias. A surpresa que nos atinge está em saber que é justamente o dinheiro público do governo federal e dos governos estaduais e municipais o principal patrocinador dessa concentração.

Por Theófilo Rodrigues*, no jornal Correio do Brasil

No caso do governo federal é a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, dirigida pela ministra Helena Chagas, a responsável por esse repasse de verbas para os grandes meios de comunicação. Nesse momento alguém poderia se perguntar: “Mas Helena Chagas, aquela jornalista da Globo?” Sim, a própria. Esse repasse de verbas da Secom é a principal fonte de sobrevida dos grandes meios de comunicação no Brasil.

Para termos uma ideia do montante, apenas em 2012 cerca de R$ 10,8 bilhões foram repassados para os quatro grandes canais de televisão: Globo, Record, SBT e Band, sendo que 70% dessas verbas foram repassadas apenas para a Rede Globo.
Outro exemplo costumeiro é o da Editora Abril – responsável pela revista (semanal de ultradireita) Veja, entre outras – no Estado de São Paulo. Os paulistanos sabem que há anos o seu governo estadual vem patrocinando fortemente a editora da família Civita sem que haja qualquer transparência sobre as vantagens que tal parceria traz para o bem público. A coincidência entre a linha editorial da Abril e o programa político do partido que dirige o governo de São Paulo não parece ser fruto do acaso.
O interesse público depende da diversidade de fontes para a produção da informação. Uma sociedade que possui apenas poucas possibilidades de acesso a novos conteúdos torna-se refém sem sequer saber que suas mãos estão acorrentadas. É necessário que haja fontes diversas e plurais para que possamos confrontá-las e produzirmos nossas próprias opiniões.
No entanto, se por um lado os governos não manifestam desejo em alterar a estrutura da comunicação no país, por outro lado os movimentos sociais e a sociedade civil subalterna começam a reivindicar mudanças estruturais que venham de baixo para cima. Aí estão os exemplos dos milhares de jornais de bairros, rádios e TVs comunitárias e blogs alternativos que surgem diariamente.
A indignação com as narrativas monocórdicas materializam-se assim nas mídias alternativas. E essas mídias alternativas querem recursos para sobreviver e cobram justa e legitimamente que mudanças sejam feitas nas prioridades dos governos.
O debate no Congresso Nacional
Na Câmara dos Deputados o debate sobre a necessidade do financiamento para a mídia alternativa tem ocorrido na Subcomissão Especial da Câmara dos Deputados sobre Mídia Alternativa presidida pela deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE). A subcomissão funciona no âmbito da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática desde dezembro de 2011 e ao longo desse período ouviu uma série de especialistas sobre o tema.
O relatório final dos trabalhos da subcomissão foi aprovado em 13 de novembro de 2013 e agora será transformado em projeto de lei para seguir em votação no plenário da Câmara dos Deputados. O relatório final apresentado pela deputada Luciana Santos é formado por 17 itens que, em síntese, afirmam ser responsabilidade do governo federal e de suas agências o fomento das mídias alternativas e a pluralidade e diversidade na distribuição das verbas oficiais de publicidade. De forma concreta o relatório propõe que 20% da publicidade oficial do governo federal sejam apenas para a mídia alternativa.
Brasília dá o primeiro passo
Brasília deu na semana passada o primeiro grande passo no sentido de democratizar o financiamento da mídia alternativa. A Proposta de Emenda à Lei Orgânica 51/2013 indica que 10% das verbas de publicidade dos poderes locais deverão ser repassados para veículos da blogosfera e da imprensa comunitária. A proposta da deputada distrital Luzia de Paula (PEN) foi aprovada por unanimidade na Câmara Legislativa do Distrito Federal e será aceita com tranquilidade pelo governador Agnelo Queiroz (PT).

No Rio de Janeiro proposta está na Alerj

No Rio de Janeiro a deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) apresentou na Assembleia Legislativa no dia 23 de maio de 2013 o projeto de lei nº 2248/2013. A proposta da deputada comunista é a de que 20% da publicidade oficial do governo do Estado do Rio de Janeiro seja destinado à mídia alternativa como jornais comunitários, rádios e TVs comunitárias e blogs. Mas no Rio de Janeiro a proposta já indica que encontrará maiores obstáculos.
Na semana seguinte à apresentação do PL na ALERJ, o gabinete da deputada Rejane recebeu a visita de advogados da Editora Abril para apontar o descontentamento da família Civita com a redistribuição das verbas para a mídia alternativa. Ao contrário de Brasília que é governada por um histórico militante da esquerda, o Rio de Janeiro possui como governador o peemedebista Sérgio Cabral. E as boas relações de Cabral com a mídia carioca são bem conhecidas. Não passa pela cabeça de ninguém imaginar que Cabral permitirá que sua base na ALERJ aprove facilmente o PL 2248/2013.

Da revolução silenciosa para a revolução barulhenta

Aprovar mudanças na distribuição da publicidade oficial dos governos não é pouca coisa. No dia em que jornais de bairros, blogs, rádios e TVs comunitárias passarem a receber uma parte do bolo, uma grande mudança se iniciará em nossa sociedade. Uma mudança de sotaque, uma mudança de cor, uma mudança de cultura. Uma nova narrativa de baixo para cima emergirá e verdades que hoje são absolutas passarão a ser contestadas. A revolução silenciosa passará então a ser barulhenta. Esse dia chegará.


* Theófilo Rodrigues é cientista social e integrante da seção fluminense do Centro de Estudos da Mídia Independente Barão de Itararé.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Blogs e mídia comunitária poderão ter 10% da verba publicitária pública do DF

Com 18 votos pela aprovação, a Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF, aprovou em primeiro turno, na terça-feira (10/12) a Proposta de Emenda à Lei Orgânica  do DF nº 51/2013, que destina, no mínimo, 10 % da verba publicitária dos Poderes Públicos locais para veículos de imprensa comunitária e blogs de Brasília.
A mobilização dos blogueiros e gestores demídia comunitária em apoio ao projeto teve umaçãocontrária da grande mídia da Capital Federal. Em Brasília, existem mais de 100 blogs cadastrados por uma entidade local. A obrigatoriedade de aplicação de verba publicitária oficial nasmídias alternativas é vista pelo segmento como forma de garantir os direitos de liberdade de imprensa.
A Lei Orgânica do DF exige o interstício de 10 dias entre um turno e outro, com isso a proposta das mídias comunitárias será votada em segundo turno apenas em fevereiro de 2014. 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Palestina: HAMAS abre sua primeira agência de notícias

Da Hispan TV, publicado em Irã News


El Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS) reveló el lunes que ha inaugurado su primera agencia oficial de noticias bautizada “Al-Ray”.
El jefe de la Oficina de Información del Gobierno electo palestino, Salameh Marof, informó de la apertura de la agencia oficial de noticias “Al-Ray”, que funciona bajo la supervisión de su respectiva Oficina.
Salemeh Marof dijo que esta agencia tiene por objetivo ser la principal fuente de difundir las noticias y actividades del Gobierno electo palestino encabezado por Ismael Hanieh.
Marof prosigue que esta agencia trabaja independientemente, pero bajo la supervisión de la mencionada Oficina, la cual ha iniciado sus actividades con 15 periodistas, los que tienen la obligación de reflejar las noticias pendientes a los palestinos y países árabes y transregionales, asimismo se considera una oportunidad para que los palestinos puedan transmitir sus propuestas y críticas a los sectores gubernamentales.
En la actualidad, la agencia oficial de noticias “Wafa” funciona en Palestina, la cual pertenece a la Autoridad Nacional Palestina (ANP), bajo la dirección de Mahmud Abás.
Hispan TV

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dez anos do Brasil de Fato: um jornal para nossa classe


Por Milton Pinheiro [*]

A história da imprensa no Brasil é pródiga por agir em duas direções: por um lado, no conluio do aparato de Estado com os meios de comunicação a serviço da burguesia, e por outro, a extrema repressão, desses mesmos agentes, aos instrumentos de divulgação e formação da classe trabalhadora.
O Partido Comunista Brasileiro mesmo com a extrema perseguição política e a ilegalidade a que esteve submetido por longos períodos da sua história, sempre teve jornais semanais e até mesmo diários, assim como revistas de circulação nacional. Outras organizações, já no término da ditadura burgo-militar de 1964, também construíram experiências de jornais alternativos para lutar pelos interesses dos trabalhadores na transição para o Estado de direito. Mas, a esquerda brasileira não avançou para ter um jornal de ampla circulação que unificasse os interesses da nossa classe.
Há dez anos surgia o Brasil de Fato , em 25 de janeiro de 2003. Hoje, esse instrumento unitário dos movimentos populares está fazendo aniversário. Trata-se de um espaço onde os trabalhadores, os diversos movimentos sociais e as lutas mais sentidas do povo brasileiro encontram a divulgação merecida. Os fatos do Brasil e do mundo são apresentados pela ótica da nossa classe, levando-se em conta a verdade, que é sempre revolucionária.
Essa forma comprometida de fazer a imprensa popular se consolidou no trabalho realizado pelo Brasil de Fato. Neste espaço plural da esquerda brasileira, encontramos o combate ao aparato burguês, e a informação básica para alimentar os lutadores sociais no seu caminhar pela trilha do acirramento da luta de classes. Esse jornal apresenta uma proposta contra-hegemônica, que procura contribuir com os trabalhadores na construção de outra sociabilidade humana.
Em um país historicamente marcado pelo déficit democrático, cujas raízes remontam o escravismo, à política racista como regulação social e o patrimonialismo como gestão de Estado, a caminhada dos trabalhadores é revestida de enorme esforço. A luta pela terra, a defesa do meio ambiente, a manifestação da cultura popular, o apoio irrestrito aos trabalhadores em seus confrontos e a defesa de uma educação emancipadora, encontram no espaço democrático do Brasil de Fato a repercussão que a luta precisa para prosseguir.
Queremos contribuir para que esse instrumento da imprensa popular seja um semanário que se transforme numa representação da frente de esquerda, tendo como horizonte próximo o projeto de tornar-se um jornal diário, para responder à necessidade da nossa classe de enfrentar a ideologia do capital, em um país onde a burguesia controla de forma violenta os meios de comunicação, contando com a leniência dos governos.
Esse projeto vigoroso de tornar-se diário será efetivado a partir da participação das forças políticas e sociais, da crítica fraterna e construtiva à linha editorial, possibilitando ao jornal encontrar a linha política mais conseqüente, que abrirá o caminho mais justo para representar o conjunto de forças que no Brasil luta pela transformação social de caráter anticapitalista, na perspectiva do socialismo.
Neste momento de comemoração, um registro se faz relevante: enviamos uma saudação fraterna e convicta ao coletivo de homens e mulheres, profissionais e militantes que, com a sua dedicação revolucionária, constroem esse instrumento da classe trabalhadora, que com acertos e, até mesmo, com problemas se mantém no destacamento de apoio as vanguardas em luta por todo o Brasil. Afinal, são dez anos de muitas batalhas de uma guerra em movimento. É dessa experiência de imprensa popular que as massas trabalhadoras necessitam, para fazer, com a sua agitação e propaganda, a pauta da luta social avançar por todos os rincões do país, ajudando a formar o “povo filosófico”.
Agora uma nova fase se apresenta para o Brasil de Fato. Precisamos avançar nas diversas frentes que, por ora, foram abertas pelo jornal. Consolidar uma linha editorial com profunda independência de classe, abrir espaços políticos nas diversas organizações da esquerda revolucionária brasileira, e ser um formador coletivo com capacidade real de contribuir para a direção moral e intelectual dos trabalhadores na sociedade brasileira.
Esse projeto, essa luta, esse compromisso faz do Brasil de Fato um jornal ao lado da nossa classe. Que a luta continue... 
Agora, mais forte do que antes.

[*] Professor de Ciência Política da Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
editor da revista Novos Temas e membro do CC do PCB.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Jornalistas demitidos na crise dão força à imprensa alternativa grega


Dos escombros da crise grega, um grupo de jornalistas, a maioria demitidos dos principais veículos de comunicação do país, envia sinais de socorro em inglês em rádios online, documentários, contas no Twitter e recém-lançados sites de notícias. Sem dinheiro e dependendo de voluntários, eles usam um modelo de negócios diferente para continuar trabalhando. O dinheiro vêm de cafés, pequenos restaurantes e ONGs.
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A corrente alternativa grega já pauta a cobertura de jornais de alcance mundial, como o britânicoThe Guardian, e inspira reportagens especiais sobre os efeitos de uma crise sem precendentes, como a que apresentou os casos de tortura policial contra militantes anarquistas. Eles tentam manter a Grécia em pauta no noticiário internacional e, especialmente, desfazer a imagem de um país de preguiçosos, ventilada pelos veículos conservadores europeus.   

primeiro grande passo foi dado por Aris Chatzistefanou, um ex-repórter da popular rádio Skai. Demitido por não concordar com cortes em seu salário, ele ajudou a idealizar o documentário Debtocracy, que fala sobre a dívida grega. Em entrevista a Opera Mundi em abril deste ano, Chatzistefanou falou sobre sua experiência pessoal de deixar o universo do jornalismo diário para embarcar em alternativas antiausteridade.

Na esteira de Aris, a Radio Bubble é uma empreitada de militantes de diversos matizes da esquerda grega, em que curiosamente também há jornalistas demitidos da rede de rádio Skai. Com uma longa carta de princípios, que remete à carta de princípios éticos do sindicato de jornalistas gregos, a emissora online tem sua maior arma em uma hashtag no Twitter: #rbnews. A exemplo da primavera árabe, o grupo espera que a mudança venha do jornalismo cidadão.

“Somos apartidários, mas temos membros de vários grupos políticos, incluindo da Syriza [oposição de esquerda ao atual governo grego] e de anarquistas. Nossa receita vem de um café na rua Ippokrates [no bairro de estudantes de Exarchia], onde fazemos eventos e festas – apesar de os cafés já não serem uma boa fonte de renda durante a crise”, explicou Marina, uma colaboradora da rádio, a Opera Mundi.

A Radio Bubble não tem editor-chefe e todos os posicionamentos políticos são discutidos em reuniões semanais. “Temos uma coisa que ficou apagada por um longo tempo nas redações: alma. Nós discutimos, discordamos, chegamos a conclusões e a consensos. Encontramos um assunto ‘quente’ e vamos atrás. Queremos ver as coisas como outros não viram – nós não fazemos parte de uma indústria jornalística que faliu por causa de seu silêncio”, diz a rádio em sua carta de princípios.

O último “assunto quente” abordado pela Radio Bubble foram as privatizações de diversos setores do Estado grego desde a explosão da crise. “Fizemos esse trabalho com o apoio de uma ONG belga e estamos preparando uma tradução para o inglês”, contou Marina. O documento foi base para um especial na rádio, que aos poucos, com ajuda de voluntários, tenta reunir membros dos demais países europeus em crise: Portugal, Espanha, Irlanda e Itália.

“As notícias que ouvimos da Espanha hoje são exatamente as mesmas que ouvíamos na Grécia há um ano”, falou a jornalista grega. “Por isso queremos unir forças e trocar informações, porque o pior ainda está por vir.”

A Radio Bubble tem hoje 15 pessoas trabalhando em um “time principal” e pelo menos 20 pessoas em um “segundo círculo” de colaboradores. Ela acaba do colocar no ar os primeiros programas em inglês e francês, e aguarda tradutores para espanhol e português.

Exemplos

Marina, a colaboradora da Radio Bubble, não diz seu sobrenome com medo de possíveis retaliações no futuro. Ela afirma que somente com o aumento de iniciativas como a rádio, a Grécia não sairá de pauta na imprensa internacional – a única capaz de operar alguma mudança institucional no governo grego.

Para ela, há apenas um exemplo de bom jornalismo investigativo no país. Kostas Vaxevanis, editor da revista Hot Doc, publicou recentemente uma lista de gregos com contas no exterior. Os dados estavam em um pen drive, compilados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e entregues ao governo grego pela presidente do órgão, Christine Lagarde. Os nomes nunca haviam sido expostos.
Vaxevanis chegou a ser preso após ter publicado a lista e, após enorme repercussão internacional, foi solto. O processo judicial, ainda em curso, mostra a dificuldade da Grécia em lidar atualmente com uma imprensa livre capaz de fazer tremer os alicerces do país. Sozinho, o editor da Hot Doc não mudará o cenário grego, mas uma legião de jornalistas segue o mesmo caminho.

O blog Keep Talking Greece, que surgiu após o movimento dos indignados em Atenas, é um deles, assim como de gregos expatriados que operam blogs à distância, como o Greek Crisis Now, em francês e baseado na Bélgica, que discute o país com um viés antropológico.

Do outro lado, a crise

Enquanto isso, na Avenida Akidimias, a sede do Sindicato dos Jornalistas de Jornais Diários Gregos é uma panela de pressão. Opera Mundi acompanhou em novembro a tensão que envolveu o novo pedido de blackout nas redações gregas por perdas nos planos de saúde. Na ocasião, havia uma clara divisão entre jornalistas, preocupados com a cobertura da crise no país, e a necessidade de entrar em greve e encorpar as manifestações antiausteridade.

É bastante clara, também, a resposta crítica da população em relação à imprensa tradicional grega. Com o país há quatro anos em queda livre, a confiança no jornalismo como vetor de mudanças desabou, refletida no tratamento por vezes ríspido da população grega com repórteres e cinegrafistas.

Nas manifestações que Opera Mundi acompanhou, não havia sinais de equipes de reportagem, a não ser as instaladas nas sacadas cinco estrelas do Hotel Grande Bretagne, em frente à Praça Syntagma e ao Parlamento.

O “Jornal dos Jornalistas”

No espectro político dos jornais diários gregos, todos são de raiz conservadora, à exceção de um, o Η ΕΦΗΜΕΡΙΔΑ ΤΩΝ ΣΥΝΤΑΚΤΩΝ, ou “Jornal dos Jornalistas”, recém-fundado a partir da extinção de um antigo jornal de centro-esquerda, o Eleftherotypia. “É um modelo diferente, em cooperativa”, explica Marina.

Com uma redação formada, basicamente, por ex-funcionários do Eleftherotypia, o “Jornal dos Jornalistas” pretende ser uma voz alternativa diária à crise grega. “Nosso trabalho surge em um momento em que uma grande parte da sociedade acredita que a mídia não é confiável por sua identificação com os interesses de seus donos e das autoridades”, diz o Jornal dos Jornalistas, em editorial de 20 de outubro deste ano. “Ele é nossa resposta à crise.”

Aberto a vozes plurais, ele pretende expor o lado humanitário da crise. “O Jornal dos Jornalistas quer ajudar a discutir a crise e confrontar ideias, sem dogmatismos e obsessões. Quer trazer à tona a humanidade que nos cerca e a solidariedade que nos humaniza”, encerra-se o editorial.