Caros leitores e leitoras.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Municipalidades movimentam os concursos para profissionais de Comunicação

Final de ano, muitas festas, mas pra turma que está colando grau na faculdade e busca seu primeiro emprego, ou mesmo quem foi atingido ai pela crise que os meios de comunicação atravessam no Brasil, é preciso estar atentos às oportunidades.
Vários editais de seleção de profissionais de comunicação estão sendo publicados, com prazo de inscrições já correndo. Um destaque é o concurso da prefeitura de São Caetano do Sul, já publicado nesse blog, mas existem várias outras oportunidades.

Leia também
  • São Caetano do Sul seleciona 17 profissionais de Comunicação Social


Veja abaixo um apanhado de alguns editais:

A Câmara Municipal de Barueri, São Paulo, abriu concurso e oferece uma vaga Jornalista. O salário é de R$ 5.296,65.  As provas serão realizadas em 21/02/2016 e as inscrições, realizadas exclusivamente pela internet, vão até 18 de janeiro de 2016.
O edital, com mais detalhes, está disponível aqui.

Ainda no Estado de São Paulo, a Câmara Municipal de Dracena, SP, realizará Concurso Público com uma vaga para assessor de imprensa.
O salário é de 2.986,04 e as inscrições vão até 17 de janeiro de 2016. A prova está prevista para 21 de fevereiro de 2016.
Mais informações, veja aqui o edital.

Também a Câmara Municipal de Guarantã do Norte, Mato Grosso, está oferecendo 1 vaga para assessor de imprensa e cerimonial. É exigido do candidato  ensino superior completo em Jornalismo ou Comunicação Social (habilitação em Jornalismo) e registro profissional de Jornalista emitido pelo Ministério do Trabalho
O salário não é grande, é de R$ 1.804,75 .
As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de janeiro.
Mais informações, clique aqui.

Cadastro de reserva

Na Bahia, foi a Companhia de Gás da Bahia - Bahiagás que abriu concurso com vagas para cadastro reserva na função de analista de processos organizacionais, na área de Comunicação – Publicidade e Relações Públicas.  O salário é de R$ 5.803,05 e as inscrições podem ser feitas até 5 de fevereiro de 2016. As provas estão previstas para acontecerem em 24 de fevereiro de 2016.
Edital e informações sobre as inscrições, clique aqui

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Grupo Abril: MPF entra com ação anular venda do canal da antiga MTV

Por Fernando Lauterjung, publicado no Tela Viva News

O grupo Abril, que se encontra em crise financeira, faturou, em dezembro de 2013, R$ 290 milhões com a venda da concessão que estava em nome da Abril Radiodifusão S/A.


O Ministério Público Federal em São Paulo quer cancelar a venda do canal de TV da Abril, que transmitia a MTV. O MPF entrou com ação civil pública para que o uso do canal de TV pela Spring Televisão S/A seja suspenso. Na ação, os procuradores Elizabeth Kobayashi, Jefferson Dias, Lisiane Braecher, Pedro Machado e Steven Zwicker apontam que a venda da frequência pela Abril Radiodifusão S/A em dezembro de 2013, por R$ 290 milhões, foi ilegal, alegando que a comercialização de canais abertos entre particulares é proibida pela Constituição.
O Ministério Público afirma que a venda foi realizada em dezembro de 2013, mas que o pedido de transferência foi realizado apenas no segundo semestre de 2014.
Segundo José Roberto Maluf, sócio da Spring Televisão S/A, houve uma negociação de venda do canal da Abril para a Spring Televisão Ltda, mas a negociação foi abortada. Em junho de 2014, foi feito o negócio com a Spring Televisão S/A, que trazia, inclusive, novos sócios.
"Com a aprovação do Cade, imediatamente foi feito ao Ministério das Comunicações o pedido da transferência, que já se manifestou favorável. O processo segue agora em andamento no Ministério", explica Maluf.
Além disso, explica o sócio da Spring, não se comprou uma concessão de TV, mas um pacote composto por bens e instalações, "e então pediu-se a transferência da concessão, conforme já aconteceu inúmeras vezes no Brasil".
Em abril deste ano, o MPF havia requisitado o cancelamento da venda, quando solicitou toda a documentação referente ao negócio, mas o pedido não foi aceito pela Justiça Federal. Ainda no mesmo mês, a juíza federal Flávia Serizawa e Silva, da 6ª Vara Federal Cível em São Paulo, indeferiu liminarmente o pedido do MPF explicando que "não há impedimento legal à transferência da concessão para exploração de serviços de radiodifusão, desde que haja prévia anuência da Administração". Em sua decisão, a juíza afirmou que "o requerimento de autorização prévia para a transferência direta da concessão outorgada à Abril Radiodifusão S.A. para a Spring Televisão S.A. embora ainda não tenha decisão definitiva, conta com proposta de deferimento, por ter sido constatado o preenchimento dos pressupostos legais exigidos na legislação de radiodifusão."
A ação do MPF requer ainda que a Abril e a Spring paguem multa de até 20% do seu faturamento bruto, percam os bens, direitos e valores obtidos com o negócio, bem como tenham suas atividades suspensas.
Programação
A ação aponta ainda que houve desvio de finalidade do canal, visto que, quando da contratação da Abril, foram considerados como requisitos o tempo destinado a programas educativos, culturais, artísticos e jornalísticos. Atualmente, a grade do canal é ocupada principalmente por conteúdo da Igreja Mundial do Poder de Deus. "Nas operações de transferência direta e indireta de outorgas de radiodifusão, o particular, negociando livremente no mercado, tende a repassá-la à instituição que lhe pagar o maior valor, independentemente da programação que ela pretenda adotar", ressalta a ação.

Veja a ação na íntegra aqui

Comportamento: brasileiros falam menos ao celular e ampliam o uso de internet em 2015

Da Agência Brasil

A mudança de comportamento dos usuários de telefonia móvel fez com que, em 2015, o total de linhas de celulares caísse no país pela primeira vez.

Uma mudança de comportamento dos usuários de telefonia móvel fez com que, em 2015, o número de linhas de celulares caísse no país pela primeira vez. Serviços como o de TV por assinatura e telefonia fixa também tiveram sua primeira queda no número de usuários, motivada pela crise econômica. No entanto, os serviços de internet fixa e móvel, especialmente na tecnologia 4G, tiveram forte expansão no ano.
O setor de telefonia celular, que vinha crescendo a cada mês, apresentou uma queda de 2,8% no número de linhas ativas neste ano. Em janeiro, havia 281,7 milhões de linhas ativas no país e, em outubro (número mais recente da Anatel), o número havia caído para 273,8 milhões. A tendência de queda na telefonia celular era esperada só para daqui a dois ou três anos pelos agentes do setor, mas começou a ocorrer em junho deste ano.
Boa parte da queda é atribuída à diminuição do número de celulares com chips pré-pagos, segmento que teve redução de 4,5%. O percentual corresponde a uma queda de 10 milhões de chips. No mesmo período, os celulares pós-pagos apresentaram leve aumento, de 0,3%.
A queda no número de usuários de celular pode ser explicada por uma mudança de comportamento dos brasileiros. Em vez de ter dois ou três chips em cada aparelho para usar os serviços de voz, os clientes estão optando por trocar mensagens de texto e de voz por meio de aplicativos como o WhatsApp, que utilizam apenas dados de internet.
"O brasileiro tinha dois ou três chips para se comunicar com pessoas de várias operadoras. Na medida em que ele passa a se comunicar por meio de mensagens, ele não precisa mais disso, o que precisa é de um pacote de dados. Então, vemos o usuário descartando esse segundo ou terceiro chip, o que está levando a um encolhimento da base de pré-pagos", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Segundo ele, essa tendência deve continuar porque o usuário está abandonando o serviço de voz e passando a gastar em dados.
Por causa desse comportamento, o acesso à internet móvel, que já tinha aumentado em mais de 50% no ano passado, cresceu 13,5% entre janeiro e outubro de 2015. O destaque foi para o crescimento dos acessos em 4G, que passaram de 7,8 milhões em janeiro para 20,4 milhões em outubro. A banda larga fixa teve um aumento de 5,4% no número de assinantes. Em janeiro eram 24,1 milhões de usuários, e em setembro cresceu para 25,4 milhões.
O setor de TV por assinatura foi outro que apresentou uma queda pela primeira vez este ano. Em janeiro, eram 19,65 milhões de assinantes, mas os números começaram a cair em maio. Os dados mais recentes divulgados pela Anatel são de outubro e mostram que o número de assinantes passou para 19,39 milhões, uma queda de 1,3%. No ano passado, o setor havia crescido 8,7%. Entre 2010 e 2014, o número de assinantes dobrou.
A crise econômica foi um dos principais motivos para a queda do número de assinantes. O especialista Eduardo Tude explica que a principal queda foi na tecnologia por satélite, que oferece planos mais baratos para atender famílias de renda mais baixa. "Esse pessoal acabou cortando a TV por assinatura e isso deu um impacto este ano. Acredito que, com a melhoria da situação econômica, o setor pode voltar a crescer".

Na telefonia fixa também houve queda no número de usuários. Em janeiro, havia 45 milhões de linhas ativas e, em outubro, foram registradas 44,04 milhões de linhas de telefonia fixa, uma queda de 2,2%. A crise econômica também pode ser apontada como a causa da redução do número de usuários. "Já havia uma migração dos usuários de concessionárias para as autorizadas, mas o número total se mantinha estável, com um pequeno crescimento, e este ano estamos vendo uma queda. Acredito também que seja devido à crise econômica", diz o especialista. 

sábado, 26 de dezembro de 2015

São Caetano do Sul seleciona 17 profissionais de Comunicação Social

Por Chico Sant'Anna


A prefeitura municipal de São Caetano do Sul, estado de São Paulo, realizará concurso público para preencher dezessete vagas de profissionais de Comunicação Social, além de 85 para o cadastro reserva. 
Há vagas para Jornalistas, Publicitários e Relações Públicas. Profissionais de imagem - cinegrafistas e fotógrafos - também serão selecionados.
Os aprovados serão contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Veja abaixo a relação das funções vagas ofertadas e a respectiva remuneração. A prefeitura alerta que os valores da remuneração incluem o salário base, cesta básica e vale transporte

  • Funções de nível superior – Remuneração: R$ 4.341,27


Jornalista: exige-se nível superior completo em Comunicação Social/Jornalismo com registro emitido pelo MTb.
Vaga: 4 – cadastro reserva: 20.

Publicitário: exige-se nível superior completo em Publicidade, Propaganda e Marketing.
Vaga: 1 – cadastro reserva: 5.
  • Funções de nível superior – Remuneração: R$ 3.306,27


Cinegrafista: exige-se nível superior completo em Comunicação Social ou Radio e TV
Vaga: 1 – cadastro reserva: 5.

Designer Gráfico: exige-se nível superior completo em Publicidade ou Propaganda ou Designer Gráfico
Vaga: 2 – cadastro reserva: 10

Analista de Mídias Digitais: exige-se nível superior completo em Comunicação Social
Vaga: 1 – cadastro reserva: 5.

  • ·Funções de nível superior – Remuneração: R$ 2.049,75


Relações Publicas: exige-se nível superior completo e curso específico na área
Vaga: 1 – cadastro reserva: 5.

  • ·Funções de nível médio – Remuneração: R$ 2.629,27


Assistente Técnico em Fotografia: exige-se certificado de ensino Médio Completo e curso na Área.
Vaga: 4 – cadastro reserva: 20

Assistente Técnico Em Áudio E Iluminação: exige-se certificado de ensino Médio Completo.
Vaga: 3 – cadastro reserva: 15

As inscrições vão até 17 de janeiro de 2016 e devem ser efetuadas via internet, por meio do endereço www.caipimes.com.br . Serão admitidas até duas inscrições por candidato.
Mais informações, clique aqui.

Novo governo argentino tira do ar TV Senado daquele país

Da Telesur

Funcionários da vice-presidente, Gabriela Michetti, ordenaram a interrupção imediata da TV Senado-Argentina. O canal, inspirado na TV Senado do Brasil, transmite as seções da Câmara alta.Media fere acordo firmado no âmbito do Parlatino - Parlamento Latino-americano.




El Gobierno del recién electo presidente, Mauricio Macri, ordenó la suspensión inmediata de la señal del canal Senado TV hasta nuevo aviso. Así lo reveló el secretario administrativo de la Cámara alta, Helio Rebot, a través de un comunicado que envió a distintas áreas del Congreso. La medida fue autorizada por la vicepresidente de la nación, Gabriela Michetti.



El documento de suspensión fue enviado el 22 de diciembre pero procedió este miércoles

El memo fue suscripto por el director de Electrónica y Comunicaciones de la Cámara de Senadores, Juan Pablo Alluz, cuya nota concluye:
"A partir de la fecha y mientras se encuentre vacante la Dirección General de Imagen Institucional y Tecnología de la Comunicación, todos los requerimientos de televisación, coberturas de cámaras y demás servicios concernientes a Senado TV deberán ser canalizados a través de esa Dirección".
Según el Gobierno, la idea “es reordenar su programación, mientras se realiza una auditoría externa sobre las cuentas de la Cámara alta”.
La orden contempla la interrupción "tanto de la (programación) que se emite por la señal interna del Organismo (canales 97 y 98), como también la difundida a través de los canales de televisión de aire señales de TV Cable a todo el país".
De acuerdo con Rebot la medida no implica un cierre del canal, “la idea es reprogramar y potenciar la señal Senado TV”, al tiempo que explicó que para ello eligieron "aprovechar el receso y que en enero la casa cierra administrativamente".
El canal fue creado por Daniel Scioli durante su gestión como presidente de la Cámara y se basó en uno del mismo nombre que opera en el Senado de Brasil. El canal emitía una programación variada que iba desde entrevistas a los legisladores hasta una tira semanal de cocina, pasando por un noticiero central.

Suspensión de Senado TV en Argentina afecta al Parlatino


La interrupción de la señal de Senado TV por orden del Gobierno de Mauricio Macri en Argentina, lesiona un convenio con el Parlamento Latinoamericano (Parlatino), mediante el cual se creó Parlatino Web TV, cuyo servidor se encuentra en la plataforma del canal sacado del aire.
Así lo denunció el diputado y expresidente del ente, capítulo Venezuela, Carolus Wimmer, quien insistió en que “la medida ordenada por el recién electo Presidente afecta a los 23 países integrantes del organismo”.
“Se hace necesario en realidad un pronunciamiento  de las bancadas progresistas sobre el peligro que se cierne sobre el derecho a la información veraz y oportuna que tienen los pueblos de América Latina y el Caribe, además es muy grave si la pretensión de la ultraderecha es cercenar el acceso a la comunicación”, indicó el diputado del Partido Comunista de Venezuela (PCV).

Agregó que “esto echaría por tierra años de trabajo y esfuerzos que se hicieron desde el Parlatino para democratizar el acceso a los medios y a la población a las sesiones del Parlamento, por tanto lesiona el derecho a la información oportuna y veraz de los pueblos de América Latina y el Caribe”, destacó Wimmer.
Y es que en 2014, con ocasión de cumplirse el 50 aniversario del Parlatino, se suscribió un Acuerdo Bilateral de Cooperación entre el Parlatino y el Congreso de la Nación Argentina, en la que el Senado de ese país se comprometió a proveer herramienta y personal para la puesta en marcha, implementación, y consolidación de la primera etapa de la Red Latinoamericana de Comunicación Parlamentaria denominada Parlatino Web TV.
Para Wimmer, sacar del aire a Senado TV constituye un retroceso, pues el objetivo de la Red “es permitir que los pueblos puedan ver qué hacen y cómo votan sus diputados en las distintas comisiones, a fin de ejercer también la contraloría social necesaria sobre la actividad parlamentaria nacional e internacional de quienes los representan como legisladores dentro y fuera del país”.
“Se hace necesario en realidad un pronunciamiento  de las bancadas progresistas sobre el peligro que se cierne sobre el derecho a la información veraz y oportuna que tienen los pueblos de América Latina y el Caribe, además es muy grave si la pretensión de la ultraderecha es cercenar el acceso a la comunicación”, indicó el diputado del Partido Comunista de Venezuela (PCV).

Añadió que “parece que es un plan político internacional, porque aquí en Venezuela lo primero que anunció la coalición derechista de la autoproclamada Mesa de la Unidad Democrática (MUD), fue la suspensión de ANTV (televisora de la Asamblea Nacional) cuando se instalaran como mayoría en el parlamento el 5 de enero y, en Argentina, lo primero que hacen es suspender el canal del Senado. Eso es grave y peligroso para la democracia en cualquier parte del mundo”, finalizó.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Livro Jornalista a Serviço das Fontes disponível gratuitamente na web



O professor Aldo Schmitz lança o seu terceiro livro na área da comunicação, intitulado Jornalista a serviço das fontes, pela Combook, editora sem fins lucrativos, por isso o e-book é gratuito e o livro impresso pelo custo da impressão.

O livro reúne alguns artigos do autor divulgados em publicações científicas e eventos de pesquisadores em jornalismo no período de 2012 a 2015 e que abordam a migração e as contribuições dos jornalistas para a comunicação das organizações.

Segundo o autor trata-se de um paradoxo, "pois quem, a princípio, deveria vigiar, questionar, criticar e até mesmo denunciar, assume um papel profissional para promover e inclusive defender as fontes"

Schmitz é jornalista, com mestrado em jornalismo e doutorando em sociologia política pela UFSC. Trabalhou 5 anos como repórter e por 20 anos na gestão da comunicação pública e empresarial. Desde 2007 atua como professor do Instituto Superior de Comunicação (ISCOM). 

É autor também dos livros Fontes de notícias (2011) e Agência de comunicação (2013).

A versão digital (e-book em pdf) deste e de outros livros é gratuita e o livro impresso pode ser adquirido pelo custo de impressão, acrescido do valor da remessa. 

Link para informações, baixar o e-book grátis ou adquirir o livro impresso (12,00):http://iscom.com.br/combook/jornalista-servico-fontes

Jornal Brasil Popular chega à segunda edição e amplia a distribuição

Por Francisco Leite Filho, publicado originalmente no Café na Política


O Brasil Popular, um jornal militante da democracia, fundado há menos de 15 dias, chegou, dia 18/12, ao seu segundo número. A publicação é distribuída gratuitamente  ao público de Brasília e começa a chegar a outras capitais. O primeiro número, o chamado número zero, também se se encontra no portal do jornal, que também traz as últimas informações.
O jornalista Beto Almeida, integrante do conselho editorial do BP explica o papel da publicação nesses momentos de acontecimentos políticos do Brasil. 
“Tivemos importante vitória no STF” - disse ele -, “mas o golpe não foi debelado por completo. Há muito para fazer e parte disso é enfrentar a Guerra Midiática que é feita contra a democracia e contra o que se conquistou nos últimos 13 anos. E é para isto que nasceu o Jornal BRASIL POPULAR!"
A distribuição do jornal ao público leitor depende inteiramente da mobilização de seus editores e apoiadores. "Depende da energia militante de toda nossa capacidade de transformar legítima indignação contra a baixaria da mídia em uma ação concreta, construindo uma mídia popular, que se sustente em nosso próprio esforço."
"Tentei achar uma poesia de Marx e Engels escrita quando lhes foi fechada a Nova Gazeta Renana, jornal de que Karl era o editor. Ele mostrava imensa paixão consciente pelo instrumento que é o jornal, como organizador coletivo, como ferramente para a organização da luta, construção de consciências e vontades militantes. Exemplos a serem seguidos!"
"Temos diante de nós, agora, os inúmeros desafios para consolidar nosso modesto jornal Brasil Popular, recém-nascido, que precisa de cuidados, carinho, proteção e ação decidida para que ele chegue aos setores que não podem ler jornal, muito menos têm acesso a uma informação não contaminada, não envenenada."
A Estação Rodoviária da Capital Federal, por onde passam 500 mil pessoas dia, é um local estratégico na distribuição do jornal que já está chegando a Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador.
"Na Rodoviária, temos a chance de expressar nossa vontade militante, de dialogar com o povo , na medida do possível – não se trata só de panfletar – e já temos notícias interessantes de que o jornal está construindo visibilidade - conclui Beto Almeida.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Ufop seleciona professor de Jornalismo e Editoração

A Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, Minas Gerais, anuncia a realização de um novo Concurso Público. O objetivo é o provimento de vagas na carreira de Professor de Magistério Superior. Na área de Comunicação Social é ofertada uma vaga para professor Adjunto de Jornalismo e Editoração: Comunicação Visual e Desenho Industrial/ Programação Visual.

O trabalho será desempenhado no campus de Mariana - MG. É exigido o grau de doutorado e a remuneração será de R$ 8.639,50, com jornada semanal de trabalho de 40 horas.

Poderão concorrer graduados em Comunicação Social ou Desenho Industrial. Aos graduados em Comunicação Social será exigida a titulação de Doutor ou Livre Docente em Ciências Sociais Aplicadas ou Ciências Humanas ou Linguística, Letras e Artes. Ao graduado em Desenho Industrial, o título de Doutor deverá ser em Comunicação Social ou Desenho Industrial.

Para participar, preencha o formulário eletrônico disponibilizado aqui nesse portal, a partir das 9h do dia 5 de janeiro de 2016, até 4 de fevereiro de 2016.

Para visualizar o edital completo,  clique aqui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

De Norte a Sul, concursos para Comunicadores Sociais

Neste fim de ano, cinco concursos para a seleção de profissionais de Comunicação Social movimentam a vida dos concurseiros.
Há vagas para jornalistas em Mato Grosso e Minas Gerais, para Relações Públicas e Programador Visual, em Rondônia, e cadastro reserva no Estado de São Paulo.

Confira abaixo o que está sendo ofertado:

Em Mato Grosso, a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) publicou edital com 52 vagas para técnico-administrativo, sendo uma para jornalista no campus em Cuiabá. As inscrições vão de 1 a 17/12. O profissional aprovado vai receber remuneração inicial de R$ 3.666,54 e trabalhar 25 horas semanais.
  • Confira aqui a página do concurso da UFMT.

Já em Minas Gerais, quem faz a seleção de Comunicador Social é a prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. É ofertada uma vaga com remuneração de R$ 2.165,87. O profissional deve ter ensino superior em qualquer área da Comunicação Social.
  • Confira aqui a página do concurso da prefeitura de Montes Claros.

Ainda em Montes Claros, o Instituto Municipal de Previdência dos Servidores Públicos de Montes Claros (Prevmoc), oferece uma vaga para assessor de comunicação. A remuneração é menor do que na prefeitura. O valor é de R$ 1.327 para uma jornada de 30 horas por semana. Para participar o candidato deve ser graduado em comunicação social ou jornalismo. As inscrições estão abertas e vão até o dia 21/12.
  • Veja aqui a página do concurso

Para cadastro reserva, a Câmara Municipal de Registro, no interior de São Paulo, está com concurso aberto. A remuneração mensal é de R$ 5.187,44. As inscrições podem ser feitas até o dia 22/12. 
  • Confira a página do concurso aqui.

RP e Programador Visual em Rondônia
O Instituto Federal de Rondônia (IFRO) oferece uma vaga para Relações Públicas e outra para Programador Visual. As inscrições podem ser feitas entre os dias 18/11 a 18/12. A remuneração dos dois cargos é de  R$ 3.666,54 e o auxílio-alimentação de R$ 373,00. Detentores de diplomas de mestrado ou doutorado tem direito a adicional de especialização.
O candidato a programador visual deverá possuir graduação em Comunicação Social com habilitação em Publicidade; ou graduação em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual, Já o RP deverá ter graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas e registro profissional no Conselho Federal.


domingo, 29 de novembro de 2015

Novo jornal Brasil Popular começa a circular em dezembro

Maquete com o lay-out do Jornal Brasil Popular
a ser lançado dia 4/12.
Uma nova publicação impressa estará circulando, inicialmente, em Brasília a partir do dia 4 de dezembro. Trata-se do jornal Brasil Popular, já existente em formato digital na internet. O Jornal Brasil Popular impresso se propõe a informar em linguagem popular, sem usar de sensacionalismo, para ajudar o leitor a sustentar uma opinião crítica ao que é publicado na grande mídia e apoiá-lo como protagonista das lutas democráticas, a partir de um diálogo franco com a verdade e o mundo real.

O Jornal Brasil Popular terá distribuição gratuita, inicialmente semanal, em formato tabloide, com oito páginas e tiragem de 20 mil exemplares, para distribuição nas camadas populares no Distrito Federal. O jornal impresso terá uma versão digital, para acesso via internet.

Com notícias, reportagens e análises do quadro nacional e internacional, o Brasil Popular pretende, a exemplo da antiga Última Hora, jornal fundado em 12 de junho de 1951 por Getúlio Vargas e Samuel Wainer.
 “Defender as conquistas populares, a democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação soberana e independente, desafiando o golpismo midiático. Estamos seguros de que as forças sociais que foram capazes de eleger por quatro vezes governos progressistas, têm capacidade, e também o dever, de organizar um jornal de grande circulação popular” destacam os editores.


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Nova publicação, jornal Brasil Popular, inaugura portal


Raro são os veículos de alcance popular que se contrapõem ao dilúvio de mentiras diariamente lançadas à sociedade. Nosso jornal nasce para combater as iniquidades, defender justiça social e propagar solidariedade. Nasce modesto e com grande chance de êxito, pois abraça uma grande causa e, na história do Brasil, sempre que uma grande causa esteve ameaçada, surgiram jornais porta-vozes em sua defesa, como nas lutas pela abolição da escravidão e pelo fim da ditadura militar.

Essa demanda e essa aspiração explicam o surgimento do Jornal Brasil Popular para defender as causas democráticas, os direitos dos trabalhadores e as políticas de distribuição de renda que farão do Brasil um país mais próspero e mais justo.

NESTE SENTIDO, Convidamos a todos os militantes progressistas que lutam pela efetiva democratização dos meios de comunicação para junto conosco participar do evento de lançamento e distribuição da primeira edição.

PROGRAMAÇÃO

Data- 4 de Dezembro de 2015 (sexta feira)

Local- Rodoviária do Plano Piloto- Banca de Jornal - Plataforma superior

Hora- Inicio- 16h30 Término- 19:00

Após este horário teremos uma atividade cultural na sede da TV Comunitária.

Hora - 20 horas

Local - TV Comunitária 

Endereço - SIG - Quadra 3 Bloco B-46 Edifício Bernardo Monteverde II

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A mídia não reflete a imagem das mulheres?

Por , publicado originalmente em Portugal, no Observador. 

Existe alguma mulher que veja a si mesma nos esteriótipos da publicidade e da imprensa?

Nunca conheci uma mulher que quase chegasse ao orgasmo a comer um iogurte. Nunca conheci uma mulher que se ria para a salada, ou que ficasse em êxtase ao descobrir que a roupa branca saiu da máquina ainda mais branca. Percebo mais ou menos os anúncios glamorosos de perfumes e afins porque até este coração de aço não está acima dos devaneios de um mundo onde vivem só senhoras magras e lindas, que não precisam de se pentear e cheiram a perfume o dia inteiro. Mas cá no mundo real, nunca me vi — ou qualquer mulher que eu conheça — reflectida na ideia do sexo feminino propagada na media, na publicidade ou nas revistas para mulheres.
Rimo-nos muito com os anúncios de outras décadas, que nos lembram como as mulheres eram menosprezadas noutros tempos. Mas se hoje em dia eu for retratada, enquanto mulher, como um ser que fica deslumbrado pela notícia de que tal líquido limpa os canos do lava-loiça, talvez nada tenha mudado demasiado.
As grandes origens das ideias do “que é ser mulher” são as revistas para mulheres. Não as percebo. As suas dicas para escravas de fashion, os seus conselhos para “como fazer tudo e ainda agradar ao seu homem” e os artigos de “como viver a sua vida cheia E manter-se bonita” não são para mim. Tenho quase a certeza de que sou mulher, mas estou-me nas tintas para as celebridades, tenho zero interesse na moda, e desde que passei os 12 anos, nunca precisei que ninguém me explicasse como aplicar a maquilhagem.
Uma das coisas que as marcas, os gurus de marketing, os publicitários inventaram foi a ideia de que nós, as mulheres, precisamos de nos apaparicar, de nos mimar. Faz comichão no meu cérebro a quantidade de vezes que vejo um artigo ou anúncio sobre relaxar, mimar-se, pôr pepinos nos olhos, spas, massagens e tal.
Lembrei-me disso a semana passada ao ouvir uma conversa sobre aparências na rádio 4, da BBC, num programa que é uma espécie de revista de mulher — o único tipo de revista de mulher que aguento, e nem sempre.
Nas discussões, havia sempre alguém que dizia algo como: “e não se esqueçam, o tempo que utilizamos para aplicar maquilhagem, pentear-nos, depilar-nos, pintar-nos as unhas, etc., etc., etc., é muitas vezes a única altura do dia para nós, as mulheres, nos concentrarmos em nós próprias, para nos apaparicarmos, para pensarmos em nós.” Isto foi repetido tantas vezes que quase começámos a aceitá-lo como a verdade. Fiquei a olhar para a rádio (ou antes, para uma janela do browser no meu écran) e a perguntar-me quem é que pensa assim, além das gurus de aparências que inventaram tal ideia.
Em primeiro lugar, passo cinco minutos a aplicar maquiagem e a pentear-me, no MÁXIMO. Se este é supostamente o único tempo no dia que tenho para me paparicar, pois estou muito mal servida pelos serviços de paparicar que forneço a mim própria. Há outras coisas que são supostamente um mimo para nós. Ir ao cabeleireiro é um daqueles mimos, dizem-me. E não, não é. Ir ao cabeleireiro é uma tortura. Ser levada pela cabeça para o lavatório, ouvir bisbilhotices de pessoas que não consigo ver, ter de olhar para mim no espelho gigante durante uma hora ou mais, estar embaraçada demais para dizer que o penteado que me deram é horrível – não, isto não é um mimo. Nem ir às compras, nem ir ao spa, nem essa invenção de que ouvi falar só no outro dia: a “festa para nos mimarmos”. Não quero imaginar que horrores acontecem numa dessas festas.
Em segundo lugar, e mais importante, é que não preciso de me mimar! As únicas pessoas no mundo que precisam de mimos são as pessoas com vidas extremamente complicadas ou as divas, e estas só se tiverem um talento que mereça um bocadinho de mimo.
Gastar tempo comigo própria é, para mim, sinônimo de trabalhar, criar, inventar, pensar, ler, sentar-me num muro a olhar para o mar ou beber gin com uma palhinha, de pijama, sem maquiagem e despenteada.
Gastar tempo comigo própria, rigorosamente, cem por cento, não é maquiar-me, pentear-me, depilar-me, ir à massagista (nunca o fiz e, a não ser que me torne de repente numa futebolista profissional, nunca o vou fazer), ou fazer todas essas coisas que se diz terem o efeito de nos fazerem mais jovens, mais bonitas e mais aceitáveis neste mundo obcecado pela juventude e pelas aparências.
Sim, claro, é só marketing e mais uma maneira dos comerciantes nos venderem mais tralhas, mas a mensagem é tão omnipresente, que há muita gente a achar que é a verdade, que as mulheres precisam de atenção especial para viver. Mantêm a ideia paternalista de que as mulheres são frágeis e delicadas.

Não somos. Nós somos muito, muito mais forte do que parecemos.

Senado debate Canal da Cidadania e financiamento das rádios e TVs comunitárias

O jornalista Paulo Miranda, presidente da
Abcom, levou à CDH as preocupações do
setor com o financiamento dos canais comunitários.
Da Agência Senado

Fruto do processo de digitalização da TV no Brasil, o Canal da Cidadania poderá ser um passo importante na democratização da comunicação, com a construção de um sistema público plural que inclui TVs não-estatais. O assunto foi discutido na segunda-feira (23) pelos participantes de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que debateu os desafios da comunicação pública e dos direitos humanos nas TVs abertas e por assinatura.
O governo prevê a implantação do Canal da Cidadania até 2019 nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Ele vai fazer uso da multiprogramação possibilitada pela TV digital. Serão quatro faixas de conteúdo: a primeira, para municípios; a segunda, para estados; e outras duas para associações comunitárias.
— O Canal da Cidadania é uma revolução. Agora as prefeituras e as comunidades locais vão poder falar na TV aberta. Essa sempre foi a nossa batalha — disse o superintendente-executivo de Relacionamento Institucional da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), André Barbosa.
Além do Canal a Cidadania, também serão criados os Canais do Poder Executivo, da Educação, e da Cultura.
Pola Ribeiro, da Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura, disse que uma maior disseminação dos canais estatais e públicos vai ajudar a diversificar a informação recebida pela população.
— A comunicação privada tem papel importante, mas ela não pode sozinha dar conta da comunicação do país. Não temos que bater altos índices de audiências, mas de referência — disse.
Integrante da Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Bia Barbosa espera que os novos canais incluam a participação de diversos setores da sociedade.
— Se a programação do Canal da Educação for uma programação desenhada e organizada integralmente pelo MEC, a gente está falando de mais um canal estatal e não público — apontou.
De acordo com o representante do Ministério das Comunicações, Otávio Pieranti, o decreto de criação dos canais já prevê mecanismos de participação social na programação. Até hoje, 378 municípios solicitaram a outorga do Canal da Cidadania. Desses, 25 já estão em fase de apresentação de projeto técnico. Após essa etapa, informou, o Ministério encaminhará os pedidos de outorga ao Congresso Nacional, que dará a palavra final.

Veja a reportagem sobre o debate dos desafios da comunicação pública e dos direitos humanos na TV




Financiamento

Outro assunto que mereceu atenção durante a audiência pública foi a sustentabilidade das rádios e TVs comunitárias. O presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários, Paulo Miranda, propôs que o financiamento das TVs estaduais, universitárias, comunitárias e de órgãos públicos deve seguir modelo semelhante ao adotado na lei que criou a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). 
Além de recursos orçamentários da União, a EBC recebe verbas da publicidade institucional do governo, doações e recursos do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).
Outros representantes de rádios e TVs comunitárias sugeriram que o governo federal destine ao menos 10% da verba gasta com publicidade para veículos de comunicação pública e comunitária. Em 2014, a administração pública federal gastou R$ 2,32 bilhões em publicidade.
— Esse bolo é do nosso imposto, é do nosso recurso e nós temos direito de dizer para onde deve ir — disse Paulo Miranda.
Alessandro Godinho, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, pasta que é responsável pela destinação das verbas de publicidade estatal, afirmou que o governo amentou o número de veículos que recebem verbas nos últimos 10 anos. Segundo ele, a audiência é um critério importante, mas não o único considerado.

— O governo evoluiu de um patamar de cerca de 200 veículos programados para quase 4 mil veículos. Somos sabedores que temos um campo para avançar. O recurso é finito e não conseguimos atender às expectativas de todo mundo — assinalou Godinho.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MPF quer cassar licenças de rádio e TV de 40 congressistas

Por Ricardo Mendonça e Paula Reverbel, da Folha de São Paulo
O Ministério Público Federal, por meio de suas sedes estaduais, promete desencadear ações contra 32 deputados federais e oito senadores que aparecem nos registros oficiais como sócios de emissoras de rádio ou TV pelo país.
Entre os alvos da iniciativa inédita -lançada com aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e coautoria do Coletivo Intervozes-, estão alguns dos mais influentes políticos do país, como os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, Edison Lobão (PMDB-MA), José Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Na Câmara, devem ser citados deputados como Sarney Filho (PV-MA), Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher de Jader, Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Casa.
No Ministério das Comunicações, todos eles constam como sócios de emissoras.
Baseado em dispositivo da Constituição que proíbe congressista de “firmar ou manter contrato com empresa concessionária de serviço público” (Art. 54), a Procuradoria pedirá suspensão das concessões e condenação que obrigue a União a licitar novamente o serviço e se abster de dar novas outorgas aos citados.
No total, os 40 parlamentares radiodifusores aparecem como sócios de 93 emissoras.
A primeira leva de ações foi protocolada em São Paulo na quinta-feira (19) contra veículos associados aos deputados Antônio Bulhões (PRB), titular de concessões de rádios em Santos, Gravataí (RS), Olinda (PE) e Salvador; Beto Mansur (PRB), com rádios em Santos e São Vicente; e Baleia Rossi (PMDB), vinculado a duas rádios no interior paulista.
Nas peças (ações civis públicas), quatro procuradores e o advogado Bráulio de Araújo, do Intervozes (entidade que milita na área de comunicação), citam o caso do ex-deputado Marçal Filho (PMDB-MS), condenado no STF (Supremo Tribunal Federal) por falsificação do contrato social de uma rádio.
Conforme o acórdão do STF (documento da decisão final), Marçal falsificou papéis justamente para omitir a condição de sócio da emissora. No processo, os ministros Roberto Barroso e Rosa Weber fizeram considerações sobre o artigo 54 da Constituição, o mesmo evocado agora contra parlamentares radiodifusores.
Barroso disse que a norma “pretendeu prevenir a reunião de poder político e controle sobre veículos […], com os riscos decorrentes do abuso”.
Weber afirmou que “há um risco óbvio na concentração de poder político com controle sobre meios de comunicação de massa” e que, sem a proibição expressa na Constituição, “haveria risco de que o veículo, ao invés de servir para o livre debate e informação, fosse utilizado apenas em benefício do parlamentar”.
Ela lembrou ainda que “tal distorção” foi reconhecida pelo próprio ex-deputado Marçal no processo, quando afirmou que resolveu virar sócio da rádio em seu Estado porque “não teve mais espaço em empresas controladas por seus adversários políticos”.
CONFLITO
Outro argumento das ações da Procuradoria é o do conflito de interesses. Os procuradores lembram que cabe ao Congresso apreciar atos de outorga e renovação de concessões. Conclui então que congressistas radiodifusores “estarão propensos” a votar sempre pela aprovação para não prejudicar futuras análises de seus processos.
As peças citam uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de 2011 que deu aval a 38 concessões e 65 renovações em apenas três minutos e com só um deputado presente. Citam ainda casos de políticos que votaram na aprovação de suas próprias outorgas ou renovações.
Bráulio de Araújo afirma que, no futuro, também poderá entrar com ações contra políticos que escondem a propriedade de rádios e TVs em nome de parentes ou laranjas.
Nessa primeira leva, só serão acionados veículos que têm o próprio parlamentar no quadro societário.
Além dos processos da Procuradoria, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental sobre o tema está sendo formulada para ser levada ao STF. Nesse tipo de ação, os ministros não são provocados a condenar ou absolver casos individuais, mas a analisar a situação em geral à luz da Constituição.
OUTRO LADO
Dos 40 congressistas que constam como sócios de rádios ou TVs, sete creem que a legislação permite esse tipo de participação, desde que eles não exerçam funções administrativas nas emissoras.
Essa opinião foi manifestada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando Collor (PTB-AL), Gonzaga Patriota (PSB-PE), João Henrique Caldas (SD-AL), João Rodrigues (PSD-SC), Ricardo Barros (PR-PR) e Victor Mendes (PV-MA).
“O ordenamento jurídico permite [ser sócio]. Não exercendo direção, não há vedamento legal”, disse Caldas.
Presidente da Frente Parlamentar de Radiodifusão, Rodrigues, que também defende essa tese, afirmou que, se necessário for, deixará a Câmara para manter o controle de sua rádio em Nanoai (RS). “Sou radiodifusor antes de ser deputado. Não vou colocar a minha vida profissional e aquilo que me sustenta fora por causa de um mandato.”
Collor, em nota, afirmou que não participa da gestão das emissoras: “As concessões às empresas da Organização Arnon de Mello estão dentro da legalidade conforme a interpretação corrente das normas constitucionais”.
O Código Brasileiro de Comunicações, de 1962, diz apenas que parlamentar não pode ser diretor de veículo. Não proíbe nem autoriza expressamente a possibilidade de ser sócio. Para os signatários das ações do Ministério Público, a Constituição de 1988 afastou essa dúvida ao dizer que congressista não pode ter “contrato” com concessionárias de serviço público.
Outros quatro parlamentares também confirmaram que são sócios de emissoras: Aníbal Gomes (PMDB-CE), Domingos Neto (Pros-CE), Felipe Maia (DEM-RN) e José Agripino (DEM-RN).
Sócio de uma rádio e uma TV em Natal, outra rádio em Mossoró (RN) e uma terceira em Currais Novos (RN), Agripino disse que todas são herança de seu pai. “Não foram concessões dadas a mim. É uma questão nova para o Judiciário. Além disso, minha participação é minoritária” (ele divide as emissoras com a mãe e dois irmãos).
Neto afirmou que a Difusora de Inhamuns é de sua família “há mais de cem anos” e que ele hoje tem 5% da firma. Maia e Gomes disseram que já eram proprietários de suas rádios antes de assumir mandato. Gomes foi além: “Desconhecia a legislação e achei que era permitido que um deputado mantivesse a rádio, desde que tivesse sido concedida antes do começo do mandato”, afirmou.
Dez afirmaram que não são mais sócios de emissoras ligadas aos seus nomes: Acir Gurgacz (PDT-RO), Afonso Motta (PDT-RS), Antônio Bulhões (PRB-SP), Fábio Faria (PSD-RN), Jaime Martins (PSD-MG), Jorginho Mello (PR-SC), Beto Mansur (PRB-SP), Roberto Rocha (PSB-MA), Rubens Bueno (PPS-PR) e Soraya Santos (PMDB-RJ).
“Tem mais de 20 anos que saí da rádio”, disse o deputado Rubens Bueno. “Comprei e vendi, era uma coisa pequena, insignificante.”
A assessoria de Soraya Santos disse que “há dez anos a deputada transferiu a titularidade [da rádio Cantagalo, no Rio] para uma igreja”.
Bulhões, Motta, Faria, Martins, Mello e Rocha sugerem que há defasagem no cadastro do ministério, hipótese refutada pela pasta.
Rodrigo de Castro (PSDB-MG) disse que a rádio em seu nome “só existe no papel”, nunca funcionou de fato.
Aécio Neves (PSDB-MG), sócio de uma FM em Betim, na região metropolitana de BH, informou que só comentará quando for notificado.
Folha não conseguiu entrar em contato com Átila Lira (PSB-PI), César Halum (PRB-TO), Dâmina Pereira (PMN-MG), José Nunes (PSD-BA), Júlio César (PSD-PI) e Cabuçu Borges (PMDB-AP).
Adalberto Cavalcanti (PTB-PE), Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), Damião Feliciano (PDT-PB), Edison Lobão (PMDB-MA), Félix Mendonça (PDT-BA), Jader e Elcione Barbalho (PMDB-PA), José Rocha (PR-BA), Sarney Filho (PV-MA), Magda Mofatto (PR-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) não responderam.
O Ministério das Comunicações não quis comentar a iniciativa do Ministério Público, pois não foi notificado.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Brasil: Piora a qualidade da banda larga fixa em 2015

Por Tela Viva News

Qualidade do serviço ficou abaixo do verificado nos últimos três anos. Oi, Vivo e Tim tem os piores desempenho no atendimento de metas.


O indicador de medição geral da qualidade do serviço de banda larga fixa recuou para 59,5% do atendimento das metas no primeiro semestre deste ano. De acordo com relatório divulgado pela Anatel na quinta-feira, 19/11, este percentual ficou abaixo dos índices de cumprimento de metas verificados durante os anos de 2012 (70,94%), 2013 (70,55%) e 2014 (67,85%).
As metas relativas à reação do usuário tiveram o pior desempenho: ficaram em 54%, ante 66,8% do ano passado e 80,1% alcançados em 2013. Também caíram os índices referentes a atendimento e rede. Os indicadores que se destacaram com o maior percentual de descumprimento de metas, no primeiro semestre de 2015, foram o de perda de pacote (29,8% das medições ficaram na meta) e o de solicitações de reparo (apenas 12,9% das medições ficaram na meta).

A Cabo Telecom apresentou, proporcionalmente, o maior percentual de cumprimento de metas, com 92,3% de um total de 78 indicadores referentes à área geográfica onde se encontra em efetiva operação, seguida pela Algar (86,7% de 240), Sky (78% de 686), América Móvil (75,4% de 1854), GVT (69,3% de 1458), Sercomtel (66,7% de 78), TIM (50% de 834), Vivo (44,5% de 834) e Oi (31,9% de 1992).

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Editora Abril deixa de publicar revista Playboy

Com base na 247.


Editora Abril, controlada pela família Civita, anunciou que não mais publicará a revista Playboy, um dos mais tradicionais títulos da casa, que estava presente há 40 anos no mercado editorial. Em crise financeira, a Abril, que também edita Veja, decidiu ainda fechar os títulos Men's Health e Woman's Health. A empresa tem encontrado dificuldades para se adaptar à era digital não apenas no mercado erótico, como também em outras áreas de atuação; novas revistas poderão ser fechadas nos próximos meses e a própria Abril pode ser vendida.
Segundo a revista Imprensa, em razão da medida, doze jornalistas que atuavam nas publicações foram demitidos. O resto da equipe será distribuída em outras redações da editora.
Em nota oficial, a Editora Abril informou que a decisão faz parte de uma "estratégia de reposicionamento focado nas necessidades dos leitores e do mercado" iniciado há um ano com a "revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, anunciantes e agências". As marcas serão publicadas pela última vez no próximo mês de dezembro. A Abril informou ainda que os assinantes destas revistas, depois, "poderão optar por outra revista do portfólio Abril, nas versões impressa ou digital".
Com uma linha editorial agressiva, a Abril tem encontrado dificuldades para se adaptar à era digital não apenas no mercado erótico, como também em outras áreas de atuação – novas revistas poderão ser fechadas nos próximos meses e a própria Abril pode ser vendida.
A retirada de circulação das revistas dá, segundo o comunicado da editora, "continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado". O presidente da Abril, Alexandre Caldini, informou que os novos investimentos em expansão digital ancoradas por Big Data e Branded Contente. "Temos marcas fortes, marcas respeitadas, que pautam o país em moda, beleza, política, negócios e diversos outros temas, como o mercado automotivo, design e decoração. O que estamos ofertando ao mercado publicitário com muito sucesso é a Jornada do Consumidor. Nossos anunciantes acompanham seu grupo definido de consumidores nos ambientes on e off-line - na web, nas redes sociais, em nossos sites, em nossas revistas, no mobile, onde seja -, entrando assim nas conversas que definem as decisões dos consumidores.".

Cortes anteriores

Além dos três títulos, a Abril já havia se desfeito de algumas outras marcas em 2015. Em junho, a editora havia demitido 120 funcionários e vendido títulos como Placar, Contigo, Você SA, Você RH, Ana Maria, Tititi e Arquitetura e Construção, repassadas à Editora Caras. No mesmo mês, a revista Educar para Crescer foi descontinuada e Guia Quatro Rodas incorporada às revistas Viagem e Turismo, Veja São Paulo e Veja Rio.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

New York Times: Escapando da realidade com a Tv Globo do Brasil

Publicado originalmente no The New York Times

No ano passado, a revista “The Economist” publicou um artigo sobre a Rede Globo, a maior emissora do Brasil. Ela relatou que “91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, a assistem todo dia: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, só se tem uma vez por ano, e apenas para a emissora detentora dos direitos naquele ano de transmitir a partida do Super Bowl, a final do futebol americano”.
Esse número pode parecer exagerado, mas basta andar por uma quadra para que pareça conservador. Em todo lugar aonde vou há um televisor ligado, geralmente na Globo, e todo mundo a está assistindo hipnoticamente.
Sem causar surpresa, um estudo de 2011 apoiado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o percentual de lares com um aparelho de televisão em 2011 (96,9) era maior do que o percentual de lares com um refrigerador (95,8) e que 64% tinham mais de um televisor. Outros pesquisadores relataram que os brasileiros assistem em média quatro horas e 31 minutos de TV por dia útil, e quatro horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem TV todo dia e apenas 4% nunca assistem televisão regularmente (eu sou uma destes últimos).
Entre eles, a Globo é ubíqua. Apesar de sua audiência estar em declínio há décadas, sua fatia ainda é de cerca de 34%. Sua concorrente mais próxima, a Record, tem 15%.
Assim, o que essa presença onipenetrante significa? Em um país onde a educação deixa a desejar (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico classificou o Brasil recentemente em 60º lugar entre 76 países em desempenho médio nos testes internacionais de avaliação de estudantes), implica que um conjunto de valores e pontos de vista sociais é amplamente compartilhado. Além disso, por ser a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer influência considerável sobre nossa política.
Um exemplo: há dois anos, em um leve pedido de desculpas, o grupo Globo confessou ter apoiado a ditadura militar do Brasil entre 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, o grupo disse, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”.
Com esses riscos em mente, e em nome do bom jornalismo, eu assisti a um dia inteiro de programação da Globo em uma terça-feira recente, para ver o que podia aprender sobre os valores e ideias que ela promove.
A primeira coisa que a maioria das pessoas assiste toda manhã é o noticiário local, depois o noticiário nacional. A partir desses, é possível inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrentar um sério risco de impeachment e que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está sendo investigado por receber propina, recebe menos tempo no ar do que os detalhes dos congestionamentos. Esses boletins são atualizados pelo menos seis vezes por dia, com os âncoras conversando amigavelmente, como tias velhas na hora do chá, sobre o calor ou a chuva.
A partir dos talk shows matinais e outros programas, eu aprendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”. Todo mundo no ar ama todo mundo e sorri o tempo todo. Histórias maravilhosas foram contadas de pessoas com deficiência que tiveram a força de vontade para serem bem-sucedidas em seus empregos. Especialistas e celebridades discutiam isso e outros assuntos com notável superficialidade.
Eu decidi pular os programas da tarde –a maioria reprises de novelas e filmes de Hollywood– e ir direto ao noticiário do horário nobre.
Há dez anos, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o telespectador médio do noticiário “Jornal Nacional” a Homer Simpson –incapaz de entender notícias complexas. Pelo que vi, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a escassez de água em São Paulo, por exemplo, foi destacado por um repórter, presente no jardim zoológico local, que disse ironicamente “É possível ver a expressão preocupada do leão com a crise da água”.
Assistir à Globo significa se acostumar a chavões e fórmulas cansadas: muitos textos de notícias incluem pequenos trocadilhos no final ou uma futilidade dita por um transeunte. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse um repórter sobre o técnico da seleção brasileira. Com frequência, alguns poucos segundos são dedicados a notícias perturbadoras, como a revelação de que São Paulo manteria dados operacionais sobre a gestão de águas do Estado em segredo por 25 anos, enquanto minutos inteiros são gastos em assuntos como “o resgate de um homem que se afogava causa espanto e surpresa em uma pequena cidade”.
O restante da noite foi preenchido com novelas, a partir das quais se pode aprender que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas esmaltadas, saias justas, salto alto e cabelo liso. (Com base nisso, acho que não sou uma mulher.) As personagens femininas são boas ou ruins, mas unanimemente magras. Elas lutam umas com as outras pelos homens. Seu propósito supremo na vida é vestir um vestido de noiva, dar à luz a um bebê loiro ou aparecer na televisão, ou todas as opções anteriores. Pessoas normais têm mordomos em suas casas, que são visitadas por encanadores atraentes que seduzem donas de casa entediadas.
Duas das três atuais novelas falam sobre favelas, mas há pouca semelhança com a realidade. Politicamente, elas têm uma inclinação conservadora. “A Regra do Jogo”, por exemplo, tem um personagem que, em um episódio, alega ser um advogado de direitos humanos que trabalha para a Anistia Internacional visando contrabandear para dentro dos presídios materiais para fabricação de bombas para os presos. A organização de defesa se queixou publicamente disso, acusando a Globo de tentar difamar os trabalhadores de direitos humanos por todo o Brasil.
Apesar do nível técnico elevado da produção, as novelas foram dolorosas de assistir, com suas altas doses de preconceito, melodrama, diálogo ruim e clichês.
Mas elas tiveram seu efeito. Ao final do dia, eu me senti menos preocupada com a crise da água ou com a possibilidade de outro golpe militar –assim como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.