Caros leitores e leitoras.

domingo, 31 de maio de 2009

Gazeta Mercantil deixa de circular

Da newsletter O Jornalista, 30/05/2009

Lamentável! O jornal Gazeta Mercantil, com quase 90 anos, deixa de circular a partir de segunda-feira (01/06). Permanecem no prédio da Vila Olímpia apenas cerca 15 jornalistas da Editora Peixes. Os trabalhadores da Gazeta (jornalistas, gráficos e administrativos) aceitaram na sexta-feira (29/5) a proposta de férias coletivas feita pela empresa, apesar de a medida não ter amparo legal (o Ministério do Trabalho teria de ser avisado com um mínimo de 15 dias de antecedência, com cópia para o Sindicato dos Jornalistas).
Segundo informa a entidade sindical, no comunicado de férias coletivas teria de constar ainda quais setores da empresa entrariam em férias e em que período. Além disso, os jornalistas teriam de ser pagos com no mínimo dois dias de antecedência e com abono de 1/3 do salário. Outra irregularidade: os PJs assinaram um texto suspendendo o trabalho na empresa, quando deveria ser o contrário, a empresa encerrando o trabalho com os funcionários.
Persistem os problemas de falta de pagamento do mês de maio, férias e FGTS. O Sindicato, que já havia entrado com ação no Ministério Público do Trabalho por outras irregularidades da Gazeta, vai procurar incluir mais estas no processo.
O certo é que os jornalistas da Gazeta (e da Editora Peixes, que também faz parte da CBM), vinham trabalhando em meio ao caos, com seguidas quebras de acordos, atrasos constantes de salários (e até de fornecedores de energia elétrica e da gráfica terceirizada) e agora encerram suas atividades, sem perspectivas e sem qualquer garantia que seus direitos serão efetivamente pagos.
Antes da internet, o melhor
Pelo menos desde a década de 80, o jornal enfrenta graves crises financeiras. Centenas de jornalistas que por lá trabalharam durante este período, vivenciaram atrasos nos pagamentos, baixos salários e toda ordem de problemas trabalhistas. Mesmo assim, heroicamente sustentaram o veículo, que foi um dos melhores e referência na área econômica e financeira, principalmente no período pré-internet, quando era produzido em máquinas de escrever manuais e as informações chegavam por enormes e barulhentas máquinas de telex. Aos colegas que fizeram a GM ser o que foi, nossas homenagens.

Concurso UFBA: inscrições para concurso com 3 vagas de professor se encerram dia 2/6

Terminam nesta terça-feira, dia 2/6 as inscrições para o concurso que a Universidade Federal da Bahia abriu para a contratação de três professores adjunto de Comunicação. Duas vagas são para a área de Comunicação e Cultura e uma para de Comunicação e Ética. O regime de trabalho é de dedicação exclusiva e o salário inicial é de R$ 6.722,85.
Para a vaga de Comunicação e Cultura, o requisito acadêmico é de Doutorado em Comunicação ou áreas afins. Para a área de Comunicação e ética, os pré-requisitos são graduação livre em qualquer área do conhecimento e pós-graduação stricto-sensu em Comunicação e/ou áreas afins (Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas). Para mais informações clique aqui

Sindicato diz que edital da UnB para contratação de professor de jornalismo é ilegal

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal - SJP-DF encaminhou representação administrativa contra a Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, questionando a legalidade do edital nº 314/2009 destinado a contratar, mediante concurso, professor adjunto e professor assistente de Telejornalismo.
O edital estabelece como requisito para candidato ser graduado em Comunicação com habilitação em Jornalismo ou em Rádio e Televisão, além das pós graduações necessárias ao cargo. A possibilidade do candidato ter apenas a habilitação em Rádio e Televisão é justamente o ponto de conflito.
Na representação o Sindicato diz ter ficado perplexo com a disposição da UnB desrespeitar a legislação que regulamenta a profissão de Jornalista e afirma que esta não é a primeira vez que o Cespe - instiuição da UnB que organiza o concurso - comete tal irregularidade. O Cespe tem sido useiro e vezeiro na desatenção à legislação que regulamenta a profissão dos jornalistas brasileiros - afirma o presidente da entidade, Romário Schettino.

O questionamento do Sindicato se baseia no fato de que o Decreto-Lei 972-69 e o Decreto 83284-79 estabelecem dentre as funções privativas de jornalistas profissionais o ensino de técnicas jornalísticas.

Como se pode ver, (no edital) alguém com a habilitação em Rádio e TV poderá ser professor de técnivas de jornalismo na UnB, em flagrante desrespeito à legislação. É o que de depreende da leitura simples do Quadro de Objetos de Avaliação para a Prova Didática e Prova Escrita de Conhecimentos integrate do Edital. Sem dúvida, todos os itens do Quadro podem se renquadrados no que dispõe o art.º 2 do Decreto-Lei 972-69. Mas merecem destaques os seguintes: A produçãoda notícia na televisão e no rádio: a pauta, a apuração, seleção e edição; Atransmissão do noticiário ao vivo. matérias gravadas. entrevistas de estúdio; Os formatos informativos no rádio e na TV (...) Características da linguagem jornalística para rádio e televisão (...) Abordagens teóricas sobre o jornalismo (...) - ressalta a representação
encaminhada.

Finalizando, o Sindicato afirma que sua preocupação maior é que a UnB recrute profissionais com formação adequada ao ensino desejado, solicita a imediata correção do edital e afirma que se tal não for feito tentará impedir a seleção via judical.

A representação foi entregue no dia 27 de abril à Direção do departamento de Jornalismo da UnB, mas até a presente data se desconhece uma posição da Fac-UnB

Projeto custeado pela OEA contrata assessor de imprensa

Um projeto custeado pela Organização dos Estados Americanos - OEA está selecionando jornalistas para trabalharem como assessor de imprensa. Anúncio publicado na edição de sábado co Correio Braziliense não especifica exatamente junto a que órgão o selecionado irá trabalhar. Detalha apenas que o candidato irá trabalhar junto a Organismo Internacional e que deverá ter experiência profissional de no mínimo dois anos na área de meio ambiente, recursos hídricos e ou resíduos sólidos.
Os candidatos deverão ser graduados em Comunicação Social habilitação Jornalismo e especilização em área correlata (não especifica qual). Deve ter ainda experiência em assessoria de comunicação na área governamental e sociedade civil, organização de eventos e desenvolvimentos de estratégia de comunicação.
Os interessados devem enviar, até 12/6, o CV, obrigatoriamente por sedex, para a Caixa Postal 9539 - Brasília, DF, Cep: 70040-976.

Políticas de comunicação: Deputados têm visões divergentes sobre cotas no PL 29

Por Mariana Mazza, do Pay-TV News, 28/05/2009


No campo fértil para polêmicas que se tornou o PL 29/2007, que trata dos serviços de TV por assinatura e do audiovisual, as cotas para veiculação de produção nacional continuam sendo a vedete do projeto quanto o assunto são as emendas parlamentares. O número de sugestões sobre o tema caiu em comparação ao cômputo geral de propostas de alteração no projeto. Mas a variedade de sugestões para a redação final das cotas garante ao assunto um destaque especial na tramitação. Ao todo, o novo substitutivo do deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB) recebeu 108 emendas na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC).
Várias emendas, por exemplo, pedem a exclusão da cota voltada para garantir espaço a um segundo canal jornalístico, independente da programadora, ou a alteração do texto flexibilizando o cumprimento da obrigação. A predominância, no entanto, de sugestões sobre este tema na CDC é favorável ao aumento da reserva à produção nacional.
É o caso, por exemplo, de emendas apresentadas pelo deputado Chico Lopes (PCdoB/CE). O parlamentar sugere a ampliação da cota de produção nacional de 30% para 50% dos conteúdos veiculados em canais com programação majoritariamente enquadrada em "espaço qualificado" - conteúdos audiovisuais que não sejam religiosos, políticos, esportivos, comerciais ou jornalísticos. Além disso, pede que 70% desse espaço reservado seja usado para transmissão de conteúdos de produtoras independentes.
Há propostas, como as do deputado Elismar Prado (PT/MG), para aumentar de um para dois o número de canais programados por programadora independente e elevar o total de horas de veiculação diária de conteúdo independente nesses canais de oito para 20. Prado pede ainda que os canais independentes sejam cadastrados pelo Ministério da Cultura obrigatoriamente.

Must carry

Muitas emendas rediscutem o sistema de must carry nas TVs por assinatura, sugerindo alterações no texto do projeto para delimitar melhor o mecanismo de carregamento dos canais das geradoras e retransmissoras. Uma novidade neste assunto é a sugestão para que os consumidores possam contratar apenas os canais obrigatórios, os das emissoras abertas e os públicos, listados no PL 29. Emendas nesse sentido foram apresentadas por Vinícius Carvalho (PTdoB/RJ) e Felipe Pereira (PSC/RJ).
Esses deputados também querem incluir no projeto citações claras obrigando as TVs por assinatura a cumprir o sistema de classificação indicativa de programas e a veiculação de propaganda eleitoral obrigatória. Sugerem ainda a limitação na veiculação de publicidade em português, ou com legenda em português, em canais estrangeiros.

Publicidade

A publicidade também foi colocada em xeque em outras emendas, que sugerem mudanças nos percentuais que limitam a veiculação. Alguns deputados sugerem a retomada dos índices negociados por Jorge Bittar (PT/RJ) durante sua relatoria na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), de 25% ao dia e 30% a cada hora.
Outros pedem a retirada total dos percentuais, deixando um vácuo legal sobre o tema, embora argumentem que a retirada se justifica pelo fato de as TVs por assinatura se sustentarem pela cobrança direta do consumidor. Na proposta do relator na CDC, deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB), a publicidade não pode exceder 12,5% do total diário da programação e 20% em cada hora.

sábado, 30 de maio de 2009

Senado cria Prêmio Mérito Jornalístico

O Senado Federal editou, dia 27 de maio, a resolução nº 8 que institui o Prêmio de Mérito Jornalístico. O prêmio que leva o nome do já falecido jornalista Roberto Marinho, ex-comandante das Organizações Globo, será consignado a cada ano ao profissional de imprensa que melhor tenha contribuído para o engrandecimento do jornalismo nacional. A escolha dar-se-á por meio de um conselho formado por cinco senadores.

Confira abaixo a íntegra da resolução.

Resolução nº 8

O Senado Federal resolve:

Art. 1º É instituído o Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico.
§ 1º O prêmio será conferido, anualmente, a profissional de jornalismo que tenha contribuído para o engrandecimento do jornalismo brasileiro.
§ 2º A entrega do prêmio se dará em Sessão do Senado Federal, especialmente convocada para esse fim, a realizar-se até o 5º dia útil após o dia 3 de dezembro.
§ 3º As indicações dos candidatos serão encaminhadas pelas entidades e organizações da sociedade civil à Mesa do Senado Federal, acompanhadas de justificativa, até o dia 31 de outubro de cada ano.
§ 4º É vedada a indicação de candidatos:
I - por empresas;
II - que sejam membros dos Poderes Judiciário, Legislativo ou Executivo;
III - Ministros de Estado;
IV - pelo próprio interessado.

Art. 2º Para proceder à apreciação dos nomes dos concorrentes, será constituído um Conselho a ser integrado por 5 (cinco) Senadores, indicados no início de cada Sessão Legislativa pelo Presidente do Senado Federal.
§ 1º Aos membros do Conselho do Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico compete:
I - a escolha de seu presidente;
II - a elaboração dos critérios de seleção, para a aprovação pela Mesa do Senado Federal;
III - a apreciação e a escolha do nome do agraciado.
§ 2º As regras e prazos para o encaminhamento de candidaturas ao Prêmio serão amplamente divulgados.
§ 3º As atividades necessárias à execução serão coordenadas pelos membros do Conselho.
§ 4º As despesas decorrentes da execução do Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico correrão à conta do orçamento do Senado Federal.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 22 de maio de 2009.
Senador José Sarney,
Presidente do Senado Federal.

Emissoras reivindicam criação de instituto de comunicação pública

Por agência Câmara dos Deputados

A implantação do Instituto de Comunicação Pública e a migração doscanais públicos universitários e comunitários, criados pela Lei doCabo, para as redes abertas de radiodifusão foram os dois principaistemas do primeiro dia de debates do II Fórum Nacional de TVs Públicas.
Reivindicação das associações do campo público da televisão, a criação do instituto recebeu o apoio do Ministério da Cultura e da Câmara dos Deputados.
O consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, garantiu que a intenção do governo é viabilizar financeiramente aestrutura e disponibilizar espaço na rede digital para conteúdos deemissoras comunitárias e universitárias.
"Temos que criar mecanismos públicos, democráticos, para descobrir oque o cidadão brasileiro, em qualquer lugar do país, deseja comoconteúdo. O instituto pode ser um instrumento com o qual podemos dialogar", afirmou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), vice-presidenteda Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

Novos parâmetros

O presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, Jorge daCunha Lima, explicou que o projeto de um instituto de televisãopública representa um avanço para a construção de novos parâmetros demedição de performance e qualidade que contemplem os objetivos para osquais a TV Pública foi criada. Segundo Cunha Lima, há um vazio absoluto de legislação na área do campo público de televisão. "Um decreto da época da ditadura militar, o 236, ainda é usado para regulamentar a televisão pública no Brasil".
Ele explicou que o instituto funcionará não apenas como aferidor de performance, mas como centro de convergência de diversos projetos relacionados ao campo público de televisão e um fórum de discussão permanente. "Uma organização aberta ao estabelecimento de parcerias com centros de ensino, pesquisa e produção, nacionais e internacionais", enfatizou Jorge da Cunha Lima.
O cientista político Carlos Novaes também considera importante acriação do instituto, que ele classifica como "uma exigência do pluralismo das experiências do campo público no Brasil". Segundo Novaes, é preciso deixar de lado os métodos de aferição utilizadospela televisão comercial. "As pesquisas em geral são feitas no eixoRio-São Paulo e são empenhadas em buscar o padrão médio, que vaiagradar a média da população", disse. "Isso significa excluir pedaços consideráveis da nossa população. Ao contrário, os conteúdos deste instituto devem beneficiar a reflexão sobre a televisão no Brasil (que é escassa) e estar acessível a todos, gratuitamente".

Capilaridade

Já o diretor de Programas e Projetos Audiovisuais do Ministério da Cultura, Adilson José Ruiz, ressaltou que o instituto deverá ter capilaridade, para chegar às pequenas emissoras comunitárias; e interatividade.

"Voz do Brasil" é um confisco, afirma Evandro Guimarães, da Abert

Por Miriam Aquino do portal Telesintese, 20/05/2009

O consultor da Abert e diretor de relações institucionais das Organizações Globo, Evandro Guimarães, afirmou que o programa de rádio Voz do Brasil, no ar há 70 anos sempre às 19 horas, representa um confisco para as emissoras privadas. "Obrigar as emissoras privadas a transmitirem o mesmo programa em horário certo e definido se aproxima de um confisco, tendo em vista o desenvolvimento dos recursos públicos", afirmou.
Guimarães lembrou que os Legislativo, Executivo e Judiciário têm hoje seus canais próprios de comunicação não havendo mais a necessidade dese manter a Voz do Brasil no formato atual. "Os recursos à disposiçãodo serviço público são exuberantes", assinalou. O executivo salientou que a Abert não quer acabar com a Voz do Brasil, mas sim que o horário seja flexibilizado.

Lei determina transparência de gastos públicos em tempo real

Por: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em 28/05/2009

União, Estados e Municípios serão obrigados a colocar na internet, em tempo real, os dados de seus orçamentos e gastos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, na quarta-feira (27), a lei que dá mais transparência aos gastos públicos. A medida atinge os três Poderes - Legislativo, Executivo e Judiciário - e altera a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em vigor há nove anos. O projeto original, apresentado em 2004, é de autoria do ex-senador João Capiberibe (PSB-AP). A lei foi publicada no Diário Oficial da União, passando a vigorar imediatamente.
A LRF já considerava transparência da gestão fiscal a ampla divulgação da execução orçamentária, mas não era tão explícita quanto à liberação do conteúdo à população.

Cidadão

Com a medida, o cidadão poderá saber, antecipadamente, quanto será pago por um serviço ou por um produto , a descrição e a quantidade a ser comprada e quem receberá o pagamento. Assim, Poder Público e sociedade civil poderão fiscalizar a arrecadação e os gastos da Administração Pública.
A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e orçamentos.
A nova lei ainda ressalta que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao Tribunal de Contas (TCU) e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas em lei.
A União, Estados e Municípios, com mais de 100 mil habitantes, terão prazo de um ano para divulgar as informações em tempo real. Já Municípios, entre 100 mil e 50 mil habitantes, terão prazo de dois anos; e cidades com menos de 50 mil habitantes terão prazo de quatro anos a partir da publicação da nova lei, que ocorreu na quinta feira (28).

ANDI oferece 7 bolsas para trabalhos de conclusão de curso

Do sitio da Intercom

A ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), por meio do Programa InFormação, e o Instituto Alana, através do Projeto Criança e Consumo, oferecem bolsas a alunos que pretendam elaborar seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) focados na relação entre Criança, Consumo e Mídia. Realizado desde 2007, o programa de bolsas seleciona trabalhos relacionados à Comunicação e à agenda social brasileira.
Serão concedidas 07 (sete) bolsas de R$ 350,00/mensais (trezentos e cinquenta reais por mês), durante 6 (seis) meses, para os(as) estudantes universitários(as) que se comprometerem a realizar seus TCC com foco na:

- Interface geral entre "Criança, Consumo e Mídia" (3 bolsas);
- Temática especial "Educomunicação e Consumo" (2 bolsas), sobre como as escolas podem preparar ou já preparam as novas gerações para a relação com os meios de comunicação
- especialmente no que diz respeito aos estímulos direcionados ao consumo;
- Temática especial "Representações da Infância na Mídia" (2 bolsas), destinada aos estudos sobre as formas como a mídia, em suas diversas linguagens (jornalismo, a publicidade ou o entretenimento), vê e apresenta este grupo social.
Podem concorrer às bolsas estudantes de graduação de quaisquer Instituições de Ensino Superior do Brasil (o programa não está restrito a estudantes de Jornalismo ou Comunicação). Para concorrer a uma das bolsas ofertadas, o candidato deve preparar, com o auxílio de um professor orientador, um projeto de TCC de acordo com os parâmetros definidos no Edital.
Serão escolhidos trabalhos que venham a ser produzidos e defendidos até 31/01/2010.As inscrições para o Programa de Bolsas para TCC ocorrerão de 15/05 a 15/07 de 2009. É necessário realizar uma pré-inscrição online, no sítio do Programa InFormação (www.informacao.andi.org.br).
Posteriormente, deve-se enviar à Coordenação de Relações Acadêmicas da ANDI, até o dia 20/07 de 2009 (valendo a data de postagem), o projeto conforme as regras definidas no Edital do concurso. Os contemplados serão conhecidos até o dia 15 de agosto.

Festival de documentários espanhol, MiradasDoc, abre para inscrições

Estão abertas até o dia 20 de junho as inscrições para o 4º Festival de Cine Documental MiradasDoc, evento de documentário que acontece entre os dias 1 e 7 de novembro, em Guía de Isora, Tenerife, Espanha. Haverá competição internacional nas categorias melhor documentário, melhor documentário curta-metragem e um prêmio ao melhor trabalho na categoria primeira produção do diretor. Os trabalhos devem ter sido produzidos a partir de janeiro de 2008. Durante o evento, acontece ainda o MiradasDoc Market, mercado voltado a realizadores e produtores de documentários de temática social que tenham projetos em desenvolvimento e queiram financiamento por parte de televisões ou projetos já desenvolvidos que necessitem distribuição ou exibição. Mais informações e inscrições clique aqui.

UFF: Concurso para professor de Radiojornalismo

O Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense abre neste mês de junho concurso público para preencher uma vaga de professor assistente na área de Radiojornalismo, em regime de tempo parcial (20 horas).
Os candidatos devem ter mestrado e experiência comprovada na área.

As provas acontecerão em 13 e 17 de julho.

Itália: Editora de Berlusconi recusa livro de Saramago

Da Revista Revista Forum - Lado B, 29/05/2009

A editora italiana Einaudi, propriedade do primeiro-ministro italiano, recusou-se a publicar a tradução italiana de O Caderno, de José Saramago, por conter duras críticas a Silvio Berlusconi, classificando-o de "delinquente, corrupto, um líder mafioso". A Einaudi teve até hoje o exclusivo da publicação dos livros de Saramago em Itália, mas desta vez o seu livro ficará a cargo de outra editora.
A notícia é avançada pelo diário italiano Corriere della Sera. O livro mais recente de Saramago - O Caderno - que reúne vários textos publicados no seu blogue, não vai ser publicado pela editora que já tinha feito sair 20 títulos do prêmio nobel na Itália. A razão é simples: a Eunadi é propriedade de Silvio Berlusconi e pediu a Saramago para eliminar algumas passagens do livro, algo que o escritor português recusou. A obra deverá agora ser publicada pela Bolatti Boringhieri, uma editora importante, mas pouco conhecida.
A Eunadi não publica o livro principalmente pelo artigo intitulado "Berlusconi e Companhia", em que Saramago escreve: "Realmente, na terra da mafia e da camorra, que importância poderá ter o fato provado de o primeiro-ministro ser um delinquente?" E prossegue: "Numa terra em que a justiça nunca gozou de boa reputação, que mais dá que o primeiro-ministro faça aprovar leis à medida dos seus interesse, protegendo-se contra qualquer tentativa de punição dos seus desmandos e abusos de autoridade?"
Um dos últimos textos de Saramago sobre Berlusconi chama-se "Suborno", referindo-se ao caso em que o primeiro-ministro italiano teria subornado o advogado britânico David Mills para "se limpar", tendo este advogado sido condenado a quatro anos e meio de prisão, sem que nada acontecesse a Berlusconi. Saramago termina desta forma o artigo: "Que uma vez digam e que se ouça em todo o mundo: "Demasiado abusaste de nós, Berlusc, a porta está ali, desaparece". E se essa porta for a da prisão, então poderemos dizer que justiça terá sido feita. Finalmente."
Reagindo à decisão da Eunadi, citado pela revista L'Espresso" José Saramago mostrou-se conformado. "Simplesmente acontece que a editora é propriedade de Silvio Berlusconi, compreendo, entendo muito bem que a editora não queira editar livros que atacam o proprietário, atacam ou criticam". E acrescenta: "Isto não é nada dramático, é assim, até tenho a informação de que a Einaudi sofreu por se ter atrevido a publicar livros contra Silvio Berlusconi". No entanto, é na própria obra que Saramago trata com ironia a editora. "Uma vez que estou publicado na Itália pela Einaudi, que é propriedade de Berlusconi, fi-lo ganhar algum dinheiro", afirma o escritor.

Abertas as inscrições para o 7º Congresso Brasileiro de História da Mídia

Por Nair Prata e Luciano Klockner

Estão abertas as inscrições para o 7º Congresso Brasileiro de História da Mídia, que será realizado de 19 a 21 de agosto, em Fortaleza. Os resumos devem ser enviados aos coordenadores dos GTs até o dia 15 de junho.Os aceites serão enviados até 30 de junho e o texto finalizado deve ser encaminhado até 30 de julho.

O resumo deverá conter aproximadamente entre 10 e 15 linhas e apresentar, no início, título, nome do autor, titulação ou graduação, instituição a que pertence, unidade de federação, endereço digital e Grupo Temático escolhido. Depois de preencher a ficha disponível no site do evento, enviar para o endereço eletrônico do coordenador do GT a que se destina, aguardando confirmação de recebimento.

Os trabalhos para o GT de Rádio e Mídia Sonora devem ser encaminhados para mim ou para o Luciano Klockner (nairprata@uol.com.br e luciano.klockner@pucrs.br)

Para mais informações, clique aqui

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Internet: 25 milhões de brasileiros navegam de casa

Os dados são do Ibope Nielsen Online. Em relação a 2008, cresceu em 13,6% o volume de brasileiros que navegam na internet a partir de um computador residencial. Agora somos 25,5 milhões (dados de abril). Com este perfil, o Brasil se mantém na liderança do tempo de navegação, com 24 horas e sete minutos por pessoa. Houve diminuição de 8% do tempo navegado na comparação com março de 2009 e crescimento de 6% sobre abril do ano passado. Em segundo lugar vem a Inglaterra com 23 horas e 3 minutos, seguida do Japão, 22 horas e 53 minutos, e da França, com 22 horas e 15 minutos.

Canal de TV das Universidades ganha apoio no Senado

Por Mariana Mazza, do Tela Viva News, 28/05/2009

A proposta da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) de criação de um canal exclusivo para a transmissão dos conteúdos produzidos pelas emissoras universitárias ganhou em aliado no Senado Federal. O senador Renato Casagrande (PSB/ES), que relatou a medida provisória que criou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em 2008, defendeu a ideia e ofereceu apoio para a proposta. "Estamos à disposição para ajudar no Senado. Achamos absolutamente legítimo que as universidades tenham um canal", afirmou.
A criação de um "Canal da Universidade" foi um dos pedidos feito pelas TVs públicas como resultado das discussões ocorridas nesta semana no II Fórum Nacional de TV Públicas. A ABTU quer que esta previsão seja incluída do projeto de lei 277/2007, em tramitação na Câmara dos Deputados e que regulamenta os canais públicos e o operador de rede. De acordo com a Carta de Brasília II, onde estão listadas as solicitações do campo público de radiodifusão, o "Canal da Universidade" deverá ter uma gestão conjunta, autônoma e isonômica, com participação das diversas instituições de ensino superior autorizadas a funcionar no país.
Além disso, as TVs comunitárias e as TVs universitárias querem sua entrada assegurada no espectro de TV digital, com a possibilidade de uso de interatividade, multiprogramação, mobilidade e multiserviço. Outro pleito é que os canais comunitários e universitários sejam incluídos na lista de canais públicos de carregamento obrigatório pelas TVs a cabo. As comunitárias pediram também que seja assegurada sua participação no Canal da Cidadania, canal público de responsabilidade do Ministério das Comunicações.
O fórum concluiu que é necessário o estabelecimento de um operador único da rede pública, responsável não só pelas emissoras ligadas à EBC, mas que coordene a operação com todas as emissoras do campo público, sejam elas públicas ou privadas. A autorização do uso de recursos de multiprogramação e interatividade por todas as emissoras públicas foi outro ponto pacífico nos debates do evento e apresentada como uma das solicitações do fórum.

Integração Lusófona:Projeto quer reunir conteúdo de TVs da CPLP na Internet

Por Fernando Lauterjung, do Tela Viva News - 28/05/2009

A partir de 2010, deve começar a funcionar a Plataforma Lusófona de Intercâmbio de Conteúdo e TV CPLP Via Web. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Cultural Brasil Plus que tem como objetivo digitalizar, gerenciar e disponibilizar na web conteúdo das TVs públicas de todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo o presidente do instituto, Túlio Gontijo Rocha, as TVs públicas de cada país receberão uma estação para digitalizar seu conteúdo. Trata-se de um computador, com placa digitalizadora e licença de um software de gerenciamento de conteúdo. O upload de material é em qualidade de broadcast, embora a exibição na web seja em resolução menor. Além do upload, as emissoras poderão fazer o download, também em qualidade broadcast. Neste caso, explica Gontijo, a emissora dona do conteúdo terá que autorizar o donwload.
Estas emissoras serão treinadas através de um programa de capacitação de digitalização e catalogação do arquivo. O treinamento será à distância, através de uma rede de teleconferência do Banco Mundial. Segundo o presidente do Instituto Cultural Brasil Plus, esta rede será usada também para produzir 250 vídeos que passarão a fazer parte do acervo do site. "Podemos fazer, por exemplo, debates multiponto com participantes em cada um dos membros da CPLP", explica. Além destes 250 vídeos, faz parte a produção de oito documentários, por cada um dos membros da CPLP.
No Brasil, por enquanto, o projeto tem acordo com a TV Brasil, embora esteja em conversa com outras educativas para cessão de conteúdo. Além de ceder o conteúdo, a TV Brasil será responsável pela grade de programação do canal online, com uma equipe dedicada a isto. Além da exibição de uma grade linear, o site do projeto contará ainda com oferta de conteúdo sob demanda.
O projeto foi autorizado pelo Ministério da Cultura a captar recursos incentivados. O custo total é de R$ 5,4 milhões. "Sou otimista, acho que podemos começar a trabalhar na implantação da rede em um mês, e ter o site na Internet no início de 2010", diz Gontijo. A idéia é que no futuro o projeto cresça. "Queremos ter um canal por satélite para todos os países da CPLP", diz.
Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.forumbrasiltv.com.br.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rádio Vaticano torna-se comercial

Do M&M Online Com informações da BBC Brasil - 27/05/2009

O veículo conhecido como A Voz do Papa passará a veicular publicidade pela primeira vez em seus 78 anos de história, com aval do chefe da igreja católica

A Rádio Vaticano, que já está no ar há 78 anos, deve se transformar em rádio comercial a partir do dia 6 de julho, assumindo este formato pela primeira vez em sua história. O papa Bento XVI teria aprovado pessoalmente a medida, como forma de ajudar no financiamento das operações do veículo.
Atualmente, as operações da rádio - que transmite em 47 línguas, inclusive o português - custam R$ 60,7 milhões por ano. Uma agência de propaganda vai examinar os comerciais para garantir que eles mantenham os padrões morais da Igreja Católica, segundo um porta-voz do Vaticano.
O primeiro comercial escolhido para ser transmitido pela rádio foi da multinacional italiana do setor elétrico ENEL. A Rádio Vaticano espera atrair outros anunciantes de todo o mundo.
A estação, conhecida como a Voz do Papa, transmite para o mundo todo em ondas curtas, médias e longas, em FM na cidade de Roma e também pela internet.

Crise! Que Crise!?- Venda de jornais diários cresce 1,8% na AL

Do M&M Online

A venda de jornais diários no mundo cresceu 1,3% em 2008, chegando a quase 540 milhões por dia, o que representa também uma alta de 8,8% em relação a cinco anos atrás. Na América Latina, houve alta de 1,8%. Quando os diários gratuitos são acrescidos ao estudo, a circulação mundial cresce um pouco mais, com 1,6% no ano passado e 13% em relação a meia década atrás. Os dados dão conta também que as receitas publicitárias do jornal caíram 5% no mundo no ano passado, deixando a mídia impressa com 37% das receitas globais. Além disso, a Europa é o paraíso para os jornais gratuitos, já que 23% dos diários daquele continente circulavam nesta condição em 2008.
As informações foram passadas por Gavin O´Reilly, presidente da World Association of Newspapper (WAN), entidade que representa o mercado de jornais, nesta quarta-feira, 27. Em discurso, eles quis "desmistificar relatórios que estão prevendo a morte iminente dos jornais". "O fato é que, como indústria global, a audiência do impresso continua crescendo", afirmou o executivo, que também é CEO da Independent News and Media. "Prever a morte dos jornais parece ter atingido o status de um novo esporte", critica.
Ainda baseado em dados da associação, O´Reilly lembra que 1,9 bilhão de pessoas leem um diário pago a cada dia, sendo que os jornais alcançam 41% a mais de adultos do que a internet. Ainda na toada de valorizar o meio, ele fez uma comparação: "Tem mais adultos lendo um jornal todos os dias do que pessoas comendo um Big Mac todos os anos".
Quando a análise de circulação é feita por regiões, a que mais cresce é a África, com 6,9%, seguida por 2,9% na Ásia, 1,8% na América Latina. Por outro lado, houve queda de 3,7% na América do Norte, 2,5% na Oceania e 1,8% na Europa. Questionado sobre o fato de o crescimento estar sendo verdade apenas nos mercados emergentes, ele concorda, mas diz que não se trata da história completa: "As empresas de jornais nos mercados maduros abraçaram a tecnologia digital para aumentar o seu alcance", informou. Ele argumentou também que os mercados maduros mantém um alcance alto para os jornais, que atingem mais de 70% da população adulta da Europa, 91% no Japão e 62% na América do Norte.
Além disso, ele disse que 38% dos países tiveram ganho na circulação em 2008, e 58% tiveram mais circulação do que há cinco anos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Gazeta Mercantil: Intelig pode pagar a conta

Da newsletter da Fenaj de 27/05/2009

A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou, na semana passada, a penhora de ações e cotas societária da empresa Intelig Telecomunicações, de propriedade do empresário Nelson Tanure, para o pagamento da dívida trabalhista de R$ 200 milhões da Gazeta Mercantil. Esta decisão pode evitar o fim da publicação do jornal, previsto para a próxima semana e antecipado em comunicado reproduzido na capa da própria Gazeta, na última segunda-feira (25/5).

Tanure, dono da Companhia Brasileira Multimídia (CBM), responsável pela Gazeta, anunciou que a editora JB S.A. não seria mais a responsável pela publicação a partir do dia 1º de junho e, por isso, decidiu devolver o título a Luiz Fernando Levy, que, por sua vez, comunicou informalmente aos funcionários que não tem a intenção de receber o jornal de volta, quebrando o contrato de arrendamento por 60 anos. No jogo de empurra, o diário está ameaçado de fechar, deixando sem trabalho dezenas de jornalistas, gráficos e trabalhadores administrativos.

O Presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e diretor da FENAJ, Guto Camargo, foi até o Rio de Janeiro, nesta terça-feira (27/5), para reunir-se com a direção CBM e tentar uma saída para a crise que ameaça os empregos de 51 jornalistas. Ele ouviu da diretoria da empresa que a decisão de fechamento da Gazeta está mantida. “O departamento jurídico do Sindicato já está tomando todas as medidas para garantir os direitos dos trabalhadores, mas iremos manter as negociações abertas até o final de uma solução que evite o fechamento do jornal e preserve os postos de trabalho”, informou o presidente do Sindicato. Guto tem nova reunião hoje (27/5) com a direção da Gazeta, em São Paulo.

Os advogados Carlos Frederico Müller e Wladimir Durães, que representam os dois principais credores da Gazeta Mercantil - a empresa Problem Solver e a Associação dos Funcionários Prestadores de serviço do jornal - dizem que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não pode autorizar a venda da operadora de telefonia de propriedade do empresário Tanure. “Por ordem da Justiça, as ações da Intelig não podem ser negociadas porque garantem o crédito dos funcionários”, asseguram. A ordem de penhora é da 26ª. Vara do Trabalho de São Paulo. A juíza Maria aparecida Vieira já comunicou a decisão à Intelig, Junta Comercial do Rio de Janeiro, Comissão de valores Mobiliários e Anatel.

Curso gratuito: Cinema, Educação e Pensamento Contemporâneo

Professores, estudantes e o público interessado em cinema e educação terão a oportunidade de participar de um curso de extensão inédito e gratuito, que oferecerá palestras, debates e exibições de produções audiovisuais a partir do dia 30 de maio.
O curso Cinema, Educação e Pensamento Contemporâneo é uma proposta da Associação Cultural FAÍSCA, realizadora da Mostra Taguatinga Festival de Cinema e Vídeo, em parceria com o Fórum Permanente de Professores do Cespe/UnB, e acontecerá em formato de cineclube, com uma série de oito encontros presenciais e um conjunto de atividades em ambiente virtual, que totalizarão 60 horas.
Os encontros acontecerão aos sábados, no Teatro da Praça do Relógio, em Taguatinga, e o primeiro deles, dia 30, a partir das 14h30, traz o Dr. Fausto Castilho, professor emérito de Filosofia da Unicamp, que apresentará sua palestra elaborada a partir de textos de Karl Marx de 1857, sobre o tema “Novas condições para o trabalho na crise do capital”, e terá também a participação de Pablo Gonçalo, Mestre em comunicação pela UNB e Gerente da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, e de Rogério Basali, Doutor em filosofia pela UNICAMP que atua na Gerência de Interação Educacional do Cespe/UnB - GIE/Cespe.
Após as palestras haverá um breve debate e, a seguir, serão exibidas as produções audiovisuais selecionadas para o programa. Esse formato, chamado de cineclube, será complementado por um conjunto de recursos e atividades no Moodle, um ambiente virtual para educação a distância.
A programação será composta por palestras periódicas e, no mês de agosto, por uma semana inteira de exibições da Mostrataguatinga Festival de Cinema e Vídeo, entre os dias 11 e 16, que incluirá também oficinas e laboratórios para os participantes.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo sítio www.gie.cespe.unb.br , no Fórum Permanente de Professores, onde há o link para o curso, e os certificados serão conferidos aos participantes que cumprirem 75% das atividades previstas.
Maiores informações podem ser obtidas pelo sítio na internet www.gie.cespe.unb.br ou pelos telefones 3448-0354 (GIE/Cespe) e 9247-0372 (Prof. Rogério Basali) (William Alves 61-8433.3282 e Nôga Ribeiro 61 – 8402.8649 )

Programa de Hugo Chávez "Alô, Presidente" faz dez anos no ar

O programa de rádio e TV do presidente venezuelano, Hugo Cháves, denominado "Alô, Presidente" completou dez anos de existência, segundo a BBC Mundo.
O programa é veiculado aos domingos e acaba, segundo os especialistas, agendando os debates políticos na Venezuela, tanto entre os simpatizantes quanto entre os adversários de Chávez.

"Não importa se os venezuelanos consideram o 'Alô Presidente' uma arma de propaganda ou o melhor da televisão. O programa parece ter sido feito para ficar no ar por todo o tempo em que Chávez permanecer no poder", diz Will Grant, da BBC Mundo.
Segundo o jornal El Mundo, o programa é uma das produções televisivas mais caras do continente e tem batido recordes de até oito horas de transmissão contínua, "durante as quais Chávez tem tempo para falar sobre tudo: esportes, música, política, história, geografia, economia, literatura e até mesmo gastronomia".
O programa também está disponível online aqui.

Brasil: um computador para cada três habitantes

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, existem no Brasil 60 milhões de computadores. Já o Comitê Gestor da Internet informa que entre PCs e computadores portáteis, uma entre cada residência brasileira possui computador ( veja dados neste blog na nota (TICs Brasil: menos rádios nas casas e mais vídeo na internet ).
Os dados da FGV foram recolhidos pela 20ª Pesquisa Anual da Fundação Getúlio Vargas, realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp).
Um ano atrás, a base ativa instalada era de 50 milhões de computadores. O número representa um PC para cada três habitantes. De acordo com o estudo, apenas em 2008, foram vendidos 12,2 milhões de aparelhos, um crescimento de 16% na comparação com 2007. Estima-se que em 2012 o país atinja uma base total de 100 milhões de computadores, ou seja, um para cada dois habitantes.

Chico Sant'Anna e a Info Com: Radiodifusores têm medo do avanço da Internet

Chico Sant'Anna e a Info Com: Radiodifusores têm medo do avanço da Internet

Ana Beatriz pediu para divulgar este comentário:

"Acho que é preciso lembrar que muitas dessas emissoras que têm medo da internet acabam usando a
ferramenta como principal provedor de conteúdo, substituindo o famoso "gilete press"...
sem contar com o fato de que precisam abrir a bolsa para investir em tecnologia e remunerar melhor seus profissionais,
é quase cômico que se juntem num evento da abert pra reclamar da vida...
tenho certeza que tem coleguinha que está achando isso um tanto irônico.
leio seu blog com frequencia, desde que comecei a receber sua newsletter, mas não consigo postar meus comentários.
Abs.
Ana Beatriz "

Forum TVs Públicas 2: TVs públicas querem parcela maior do Fistel para custeio

Por Mariana Mazza do TelaViva News - 26 de Maio de 2009

No que depender das TVs públicas, o fundo criado para o custeio do segmento pode engordar com mais destinação de recursos do Fistel. Um dos pleitos do setor apresentado nesta terça-feira, 26, no II Fórum Nacional das TVs Públicas, é o aumento da transferência de verbas recolhidas via Fistel para a Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública, criado para cobrir parte dos custos da EBC e das demais emissoras públicas. O repasse está hoje fixado em 10% do Fistel, o que gerará uma arrecadação projetada para 2009 na casa dos R$ 200 milhões. Na opinião de participantes do evento, esse percentual poderia ser elevado para 15% ou mais.

Além do reforço na contribuição, foi defendida a realocação de outra parte do Fistel - ou de outros fundos do setor de telecomunicações, como o Fust ou o Funttel - com destino específico às emissoras, fora a EBC. Para o senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA), rediscutir o tamanho da arrecadação do Fistel é fundamental, pois permitiria a realocação de verbas para outros ramos sem a necessidade de criar novas taxas para a população. "Eu defendo que o Fistel seja revisto. Se o fundo arrecada R$ 2 bilhões por ano e a Anatel só usa R$ 300 milhões, esse dinheiro precisa ser redirecionado", afirmou o senador.

Em proposta de sua autoria sobre o fomento do audiovisual, o PLS 280/2007, Ribeiro não chegou a incluir a criação de um fundo a partir da realocação de verbas do Fistel, como ocorreu com a medida provisória da EBC e o PL 29/2007, que trata da TV por assinatura também, ainda em tramitação. O senador defende-se alegando que o projeto era "provocativo" da discussão e que se estivesse em tramitação efetiva, provavelmente a criação de um fundo de fomento já teria sido inserida na proposta.

A necessidade de um modelo integrado para permitir o acesso de todas as TVs públicas às verbas foi defendida pelo membro do coletivo Intervozes Jonas Valente. "Um dos problemas é a inexistência de um modelo integrado de uso dos recursos, pois há uma necessidade de compensação entre as emissoras", analisou. A crítica de Valente é que as regras voltadas ao segmento público da radiodifusão limitam drasticamente os meios de obtenção de recursos, mas não asseguram claramente outros instrumentos capazes de compensar essa diferença de arrecadação frente ao modelo comercial de TV. "As TVs públicas precisam ser inovadoras. Mas para ser inovador é preciso dinheiro", declarou, defendendo a busca de um modelo forte de financiamento que sustente a rede pública de TV.

Vale lembrar que as operadoras de telefonia celular, que são hoje as maiores recolhedoras do Fistel (a taxa é cobrada por cada celular em funcionamento) defendem, de outro lado, a redução de suas contribuições ao fundo. Alegam, justamente, que ele arrecada mais do que é necessário ao custeio da Anatel.

Forum TVs Públicas 1: Reivindicado instituto para qualificar audiência da TV pública

Por Gilberto Costa da Agencia Brasil

Entidades que representam 2.200 emissoras e retransmissoras de rádio e TV estatais, educativas, universitárias, legislativas e comunitárias de todo o país querem que seja criado um instituto de pesquisa para medir o desempenho de emissoras públicas. A proposta esteve em discussão na tarde de hoje (26) durante debate no 2º Fórum Nacional de TVs Públicas, na Câmara dos Deputados. O evento contou com apoio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

De acordo com o ex-presidente da TV Cultura de São Paulo Jorge Cunha Lima, a criação de um instituto é importante para definição de marcos conceituais da comunicação pública e para subsidiar a criação de novas leis para o setor, uma vez que a legislação em vigor foi elaborada há mais de 40 anos, sob outro gabarito tecnológico e no início do regime militar.

"Vivemos na ilegalidade cívica. Estamos em uma confusão jurídica que precisa de esclarecimento." Na opinião de Cunha Lima, a criação do instituto pode articular sociedade, produtores de TV e a pesquisa universitária.

Se entrar em funcionamento, o órgão também fará a avaliação da performance da programação e da audiência com metodologias de pesquisas diferentes das disponíveis atualmente para o mercado publicitário e para as televisões comerciais.

Segundo Cunha Lima, muitas pesquisas estão restritas à instantaneidade de audiência na Grande São Paulo. "Nós não vamos procurar mais audiência ferindo a qualidade da programação", garantiu Cunha Lima que acredita que a TV pública deva se dirigir a "segmentos da população" e não a uma audiência ampla como acontece nas grandes emissoras comerciais.O cientista político Carlos Novaes também defendeu a criação do instituto de pesquisa para o qual também projeta a realização de estudos mais abrangentes e aprofundados. "Temos que ampliar a superfície de contato da medição com a sociedade?, defendeu.

Para Novaes, a audiência "não é um corpo determinado", mas em transformação. Segundo ele, a TV comercial no Brasil está perdendo audiência em função da ascensão social de camadas da sociedade (que antigamente não tinham dinheiro para lazer no fim de semana fora de casa) e por causa da internet. A nova mídia eletrônica está associada ao público mais jovem. "Nunca tivemos tanto jovens", disse citando que há 53 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos.

Carlos Novaes acredita que a TV pública deve provocar a audiência e avaliar o que o público quer de novidade, por isso o instituto deve inovar na metodologia de pesquisa - mensurando por exemplo o prestígio e a penetração com formadores de opinião. Ele calcula que a implantação de um novo modelo de medição possa custar R$ 8 milhões e o orçamento anual do instituto de pesquisa seja de cerca de R$ 6 milhões.

Além de Carlos Novaes e Jorge Cunha Lima, participaram do debate a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), Adílson Ruiz (diretor de programas e projetos audiovisuais do Ministério da Cultura) e Arnaldo César Jacob, presidente da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) que mantém contrato de gestão com a EBC para a produção de conteúdo da TV Brasil. Todos os participantes apoiaram a criação do instituto."

terça-feira, 26 de maio de 2009

Abertas as inscrições para a 4ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Estão abertas até o dia 12 de junho as inscrições para a 4º Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. O evento acontece de 5 de outubro a 8 de novembro em 16 cidades brasileiras. Serão aceitas produções de realizadores da América Sul concluídas a partir de 2006 cujo conteúdo contemple assuntos relacionados aos direitos humanos.
As obras mais votadas pelo público serão contempladas com o Prêmio Aquisição TV Brasil nas categorias longa-metragem, média-metragem e curta-metragem. Mais informações e inscrições no sitio .

Começou hoje Fórum das TVs públicas

Associações representativas do setor convocam para ampliar e dar visibilidade ao debate o II Fórum Nacional de TVs Públicas, que acontece até o dia 28 em Brasília.

Do M&M Online 25/05/2009

Há tempos se comenta o futuro da televisão, os paradigmas que surgem com as novas tecnologias, as necessidades para o estabelecimento de uma comunicação que atenda a todos os setores da sociedade e as regiões do País, entre diversas outras questões, mas pouco tem sido feito para a resolução efetiva destas pautas. Neste sentido, as associações representativas do setor convocam para ampliar e dar visibilidade ao debate o II Fórum Nacional de TVs Públicas, que será realizado em Brasília, entre os 26 e 28.

Um dos assuntos que terá grande destaque no fórum é a regulamentação das emissoras, que possuem abertura para transmitir somente aulas, palestras e debates. Mas que, com a entrada em vigor de novos princípios para atender Empresa Brasil de Comunicações (TV Brasil), ganharam um pretexto para ampliar os horizontes. Do lado das TVs a cabo, a discussão envolverá o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), que sinaliza abertura digital com espaço a canais da cidadania, cultura, educação e poderes constituídos. As emissoras estão de olho justamente neste ambiente, além do poder de alcance.

A discussão se enveredará ainda por alternativas de financiamento das emissoras, a implantação e as transformações acarretadas pela chegada da TV digital, os novos modelos de programação e produção. E contará também com convidados internacionais como Jeroen Verspeek, diretor de audiência da TV Pública Holandesa (NPB) e Giovanni Gangemi, sócio diretor do Instituto Italiano per l'Indústria Culturale (ISICULT) que apresentarão a situação das emissoras públicas pelo Mundo.

Instância Oficial da Conferência Nacional de Comunicação, marcada para dezembro, o evento tem presença confirmada dos ministros Franklin Martins, Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Juca Ferreira, Ministério da Cultura, e Hélio Costa, Ministério de Comunicações. O Fórum é aberto para representantes das entidades organizadoras, da sociedade civil organizada, especialistas e estudiosos do setor, estudantes e o público em geral. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento.

Crise: Gazeta Mercantil de novo na pindaíba

CBM devolve Gazeta Mercantil a Luiz Fernando Levy

Devido ao passivo trabalhista, empresa de Nelson Tanure abre mão do título a partir de junho

Do M&M Online de 25/05/2009

A Companhia Brasileira de Mídia, do empresário Nelson Tanure, anunciou oficialmente nesta segunda-feira, 25, que a partir de 1º de junho não será mais responsável pela publicação do jornal Gazeta Mercantil. Ela devolverá o título ao empresário Luiz Fernando Levy.

Em comunicado publicado na primeira página desta segunda-feira, a empresa explica as razões para o rompimento do contrato, após seis anos de parceria. Um dos motivos que levou o grupo de Tanure a tomar essa decisão é o excesso de decisões judiciais favoráveis a credores da Gazeta, principalmente na Justiça do Trabalho. Porém, a companhia se colocou à disposição do grupo econômico Gazeta Mercantil para colaborar com o que estiver ao seu alcance para garantir que a publicação do jornal não seja interrompida.

A crise da Gazeta ocorreu no final da década de 90 e início dos anos 2000, que culminou com a transferência do jornal para a Companhia Brasileira de Mídia. Os problemas financeiros do jornal se agravaram desde o ano passado, gerando atrasos nos salários dos funcionários e no aluguel do imóvel ocupado pela publicação.

No início de maio, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) suspendeu o termo de compromisso assinado pela Editora JB, do grupo de Tanure, de arcar com a dívida trabalhista do jornal. Tanure havia feito acordo para parcelar as dívidas trabalhistas, que estariam perto de R$ 200 milhões em 35 vezes, mas só conseguir quitar 11 parcelas de R$ 400 mil. Com isso, os credores passaram a pedir a penhora de bens e ativos financeiros da empresa para garantir seus créditos. Todas as cotas de publicidade passaram a ser bloqueadas, o que agravou ainda mais a crise interna e o atraso dos pagamentos.

Segundo informações extra-oficiais, Luiz Fernando Levy tem até o fim desta terça-feira, 26, para se posicionar oficialmente sobre o que irá fazer com a Gazeta Mercantil. Também se comenta que Nelson Tanure designou cinco executivos para se encarregar do processo de transição. Eles estiveram em reunião nesta segunda-feira, 25, com a equipe do jornal.

Internet: sitio fornece resumo das notícias diárias

De Lisboa, o colega jornalista Martins Morim, do jornal A Bola, dá uma dica para quem gosta de acompanhar as capas dos jornais e das revistas do dia. Basta se inscrever no sitio http://www.jornaiserevistas.com/?id=10061276Além São ofertadas as capas de diversos jornais e revistas de língua portuguessa, envolvendo os mais diversos segmentos editoriais. Desde esportes, política e economia, até jogos eletrônicos, moda e coisas para o lar. O serviço é gratuito e ainda fornece um resumo diário de imprensa logo pela manhã, "para ficar a par da actualidade", segundo a mensagem de Morim *ainda com o "C" mudo, já abolido pela Reforma Oretográfica. Morim informa ainda, que os assinantes concorrem a um televisor LCV Samsung de 32" ou noite gratuitas em hotéis.

domingo, 24 de maio de 2009

TICs Brasil: menos rádios nas casas e mais vídeo na internet

Já estão disponíveis na rede os resultados da pesquisa Tecnologia da Informação e da Comunicação - TIC 2008, realizada anualmente pelo Comitê Gestor da Internet.
Os relatórios apresentam resultados interessantes sobre a utilização dos dispositivos tecnológicos no Brasil, tanto para o público domiciliar (urbano e rural) quanto para o empresarial.

A pesquisa TIC Domiciliar mostra a redução do número de aparelhos de rádio nas residências, embora ainda seja o segundo mais presente nos domicílios.
Quanto à principal utilização da Internet, a visualização de vídeos é a principal atividade desenvolvida, seguida de jogos. Assistir à webtv ou ouvir uma webrádio são hábitos que aparecem em terceiro e quarto lugar, segundo a pesquisa.

Livro tenta traçar perfil ideal do assessor de imprensa

Acaba de ser lançada mais uma obra que trata da controversa atividade de assessoria de imprensa que, no Brasil, guarda uma histórica disputa entre jornalistas e relações-públicas. Trata-se do livro "Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia" do jornalista Rodrigo Capella, coordenado pela professora-doutora Marli dos Santos.
O livro é resultado da tese que Capella apresentou recentemente na PUC-SP e traz um estudo embasado em entrevistas com relações-públicas, jornalistas, assessores de imprensa e estudiosos de comunicação, tais como Bernardo Kucinski, Inácio Araújo, Lauro Jardim, Luiz Zanin Oricchio, Manoel Carlos Chaparro, Nelson Blecher e Paulo Nassar, entre outros.
Rodrigo Capella é assessor de imprensa e escritor. Formado em jornalismo pela Umesp, Capella é pós-graduado em comunicação jornalística, com ênfase em jornalismo institucional, pela PUC-SP.

Ficha Técnica:
Título: Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia
Autor: Rodrigo Capella
Editora: Clube de Autores
Número de páginas: 157
Preço: R$ 30,35 Para comprar, acesse:
https://correio2.senado.gov.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://clubedeautores.com.br/book/1281--Assessor_de_Imprensa

Radiodifusores têm medo do avanço da Internet

Por Mariana Mazza do Teletime News

Desde a abertura do 25º Congresso Nacional de Radiodifusão, na última terça-feira, 19, o assunto mais persistente nos debates tem sido o avanço da Internet e seu potencial predatório da radiodifusão. Nesta quarta-feira, 21, uma das últimas reuniões realizadas no encontro promovido pela Abert revelou o tamanho do temor dos radiodifusores de que as novas mídias invadam seu espaço no mercado. A oficina inicialmente prevista para discutir o PL 29/2007, que cria novas regras para a TV por assinatura e para o audiovisual, e seus impactos na radiodifusão, transformou-se em um fórum de queixas de diversos representantes de emissoras, que se mostraram assustados com a rapidez com que a Internet tem ocupado espaços de divulgação de conteúdos.

"Tem uma tempestade em curso e já começou a pingar. Vem ai uma tempestade de tecnologia e pessoas mais ansiosas e apressadas já pensam: 'Vou vender minha rádio', 'Vou vender minha TV', 'Não vou migrar pra TV digital porque a banda larga vai acabar comigo'. Não dá para a gente desistir e pensar que vamos nos molhar e já perdemos", afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo e consultor da Abert, Evandro Guimarães, tentando acalmar os ânimos dos participantes. Mas mesmo com a intervenção do executivo, diversos representantes de emissoras, principalmente retransmissoras do Nordeste, não se contiveram e apresentaram aos deputados Paulo Henrique Lustosa (PMDB/CE) e Júlio Semeghini (PSDB/SP) suas preocupações. "Essa tempestade já chegou para as empresas menores", queixou-se uma representante de retransmissora.

Inevitável

Em suas apresentações, Lustosa e Semeghini, a seu modo, falaram da inevitabilidade do avanço da Internet e defenderam a urgência de uma reforma na regulação na oferta de conteúdo, que pode ser atendida pelo PL 29 em parte. Lustosa incentivou os radiodifusores a apoiarem a reforma, argumentando que a manutenção das regras em vigor não impedirá o avanço da Internet. "O novo campo de jogo é de grandes incertezas. E a tendência é cada um ficar parado onde está, porque pode não estar bom, mas ao menos se sabe como está. O problema de um futuro de incertezas é que, muitas vezes, ele nos prende a uma realidade de inconveniências. É preciso aceitar que a Internet é uma realidade inexorável", avaliou o deputado.
Semeghini também criticou a postura de empresas que defendem a manutenção das regras atuais, sem qualquer revisão. "As pessoas dizem: 'Ah, Júlio, enquanto não passar o projeto (PL 29) é bom porque o setor de radiodifusão está protegido'. Eu penso absolutamente o contrário", afirmou o parlamentar. "A gente tem que imaginar a chegada de um mundo novo muito mais rápido do que vocês estão imaginando", complementou, apontado para o crescimento dos acessos de Internet, inclusive móvel.

Defesa

Esse nervosismo dos radiodifusores garantiu, ao menos, a defesa da Abert de que a veiculação de conteúdo na Internet sofra algum tipo de regulação, bandeira levantada inclusive pelo presidente da associação, Daniel Slaviero, em seu discurso de abertura do congresso. O conselheiro de relações institucionais da Abert e da ANJ, Fábio Andrade, que mediou a discussão, incluiu a necessidade de um controle de conteúdo na web como um dos itens dos quais o setor não abre mão na negociação sobre o PL 29. "A concorrência de um serviço totalmente desregulado como é a rede internacional de computadores pode ser predatória tanto para a televisão paga quanto para a TV aberta", argumentou.
Evandro Guimarães reforçou a intenção da Abert de entrar na briga para preservar a radiodifusão e criticou sutilmente o setor de telecomunicações, que classificou como de "capital intensivo e poder, às vezes, excessivo". "Tem que morrer atirando, se é que vamos morrer. Atirando, talvez a gente descubra que não é a gente que vai morrer", declarou o consultor da Abert.

Bolsa em Washington para jornalistas latino-americanos

Por Maya Srikrishnan do Blog Jornalismo nas Américas

O programa de bolsas de estudos do Centro Woodrow Wilson e do Washington Post é destinado a cinco jornalistas de qualquer país da América Latina e do Caribe. Os bolsistas passarão três semanas em Washington, a fim de desenvolver seus projetos de reportagem sobre o impacto das relações hemisféricas em algum tema de especial relevância em seus países de origem.
As bolsas cobrem os custos de viagem e estadia, e incluem uma ajuda financeira semanal. Os bolsistas trabalharão na redação do Washington Post, onde realizarão trabalhos que serão publicados em seus meios de comunicação de origem e também no website washingtonpost.com. No ano passado, jornalistas do Brasil, México e Colômbia receberam a bolsa.
Veja detalhes sobre o programa de bolsas e como inscrever-se neste arquivo PDF em português ou no site do Centro Woodrow Wilson.

Inscrições abertas para novo curso online Ferramentas digitais avançadas para jornalismo investigativo

Curso será ministrado em espanhol

Por Jennifer Potter-Miller, do Blog Jornalismo nas Américas

Jornalistas da América Latina e do Caribe podem candidatar-se até 4 de junho para o novo curso online em espanhol do Centro Knight, "Ferramentas digitais avançadas para jornalismo investigativo", a ser realizado de 15 de junho a 19 de julho de 2009.
O curso foi desenvolvido especialmente para o Centro Knight pela jornalista argentina Sandra Crucianelli após o sucesso do seu curso introdutório, "Ferramentas digitais para jornalismo investigativo".
As vagas são limitadas, e espera-se que a procura pelo curso seja grande. Os candidatos selecionados deverão ser jornalistas latino-americanos ou caribenhos que trabalhem atualmente e em período integral para a mídia impressa ou eletrônica e tenham ao menos cinco anos de experiência jornalística. Deverão ainda ter feito o curso introdutório de Crucianelli ou demonstrar proficiência no uso de ferramentas digitais.
Leia mais informações e acesse o link de inscrição no artigo do Centro Knight.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Bolívia reserva espaço na mídia para trabalhadores da imprensa

Por Ana Maria Amorim, da Radioagência NP.

Decretos aprovados pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, reservam espaços dos meios de comunicação para a livre opinião dos jornalistas e outros trabalhadores ligados a sindicatos de imprensa. Segundo porta-voz do governo, Iván Canelas, as medidas proporcionam a volta da chamada “coluna sindical”. Todas as notas deverão ser assinadas. Os meios impressos deverão fornecer o mesmo espaço que se destina aos editoriais. No caso de rádios e televisões, serão disponibilizados três minutos para uso diário. Para evitar conflitos entre a opinião dos trabalhadores com as empresas, o decreto proíbe qualquer ação repressiva contra os empregados que contestarem a visão da empresa. O governo boliviano acredita que tais medidas reforçam o direito e liberdade de expressão. Em pronunciamento sobre os decretos, o porta-voz diz acreditar que essas ações simbolizam a volta dos direitos perdidos no neoliberalismo.

Ouça aqui a rádioreportagem sobre este tema elaborada pela Radioagência NP

UFMA tem vagas em São Luís e em Imperatriz

A Universidade Federal do Maranhão - UFMA está com inscrições abertas para o Concurso para Professor Efetivo, Adjunto, Dedicação Exclusiva para a área de Comunicação - Campus de Imperatriz, localizado a 2 horas de Brasília, via aérea. O vencimento inicial é de R$ 6.722,24. As inscrições encerram no dia 14 de junho.

São cinco vagas distribuídas (todas exigem Doutorado em qualquer área e graduação em comunicação) nas seguintes áreas:

01 - Produção de telejornais,

01 - Planejamento gráfico editorial,

01 - Teorias e metodologias jornalísticas e

01 - Fotografia e Reportagem.

Há uma vaga para doutores graduados em Desenho Industrial ou Design. Mais informações sobre o concurso em http://www.ufma.br/paginas/editais.php?cod=1277

A UFMA também lançou edital de mais um concurso, mas desta vez para o Departamento de Comunicação, em São Luis , dentro das metas do REUNI. São 02 (duas vagas) para Professor Adjunto - DE, na área de Jornalismo em Redes. O candidato deve ter graduação em comunicação, habilitação em jornalismo e doutorado em qualquer área.

TV Digital: Padrão brasileiro pode ser usado em Cuba e Venezuela

TV digital : Governo mantêm conversas para levar padrão brasileiro ao exterior

Por Fernando Lauterjung do Pay-TV News - 20 de Maio de 2009

Governo radiodifusores e indústria fabricante de equipamentos mantêm os esforços para divulgar o padrão nipo-brasileiro de TV digital no exterior. André Barbosa, assessor especial da Casa Civil, e Roberto Pinto Martins, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, apresentaram durante o Congresso Brasileiro de Radiodifusão um panorama de como andam as tratativas com diversos países que ainda não optaram por um padrão de TV digital. Segundo André Barbosa, o principal questionamento é em relação ao preço, já que o DVB vem divulgando que é o padrão que conta com os receptores mais baratos. "Conseguimos tirar a imagem de que o sistema europeu era mais barato que o brasileiro. Não se pode comparar laranja com banana. O nosso sistema é muito mais evoluído tecnologicamente", diz Barbosa. Segundo ele, o MPEG-4 já está virando commodity, o que deve garantir receptores mais baratos para o SBTVD.

Barbosa diz ainda que vários países estão interessados na possibilidade de promover, na televisão, serviços públicos. No Brasil, por exemplo, a TV tem 98% de penetração, contra 21% da Internet.

E, segundo Barbosa, países como Indonésia, Malásia, China, além de países da África e da América Central e América do Sul têm a mesma característica, que demanda uma TV digital diferenciada.

Roberto Pinto Martins disse que vem destacando que o padrão adotado no Brasil tem comprometimento com o passado (televisores não terão de ser jogados fora) e é o único preparado para o futuro. Segundo ele, por usar a compressão MPEG-4, o padrão está preparado para uma segunda etapa, que transmitir em 1080 linhas progressivas, enquanto os outros padrões só transmitem em 1080 linhas entrelaçadas.

Segundo André Barbosa, a Argentina levou a discussão sobre a TV digital para dentro da discussão da Lei de Comunicação de Massa. Mas que a decisão deve ser anunciada logo após as eleições legislativas em julho. "Estamos discutindo a integração comercial", disse.

Com o Chile, a situação seria a mesma, mas, segundo Barbosa, o legislativo teria recém-optado por separar a discussão da TV digital do âmbito da do projeto de uma lei de comunicação audiovisual. Portanto uma decisão deve ser anunciada em médio prazo.

O Equador, ainda segundo Barbosa, deve seguir o exemplo do Peru, que já adotou o padrão Brasileiro. Ele espera uma resposta positiva até o final deste mês de maio.

Além destes países, Barbosa diz que mantém conversas com a Venezuela, que deve vir discutir o tema no próximo dia 26, na Bahia. Com o Paraguai, haverá uma reunião ainda esta semana. A Bolívia também deve receber uma comitiva brasileira, em junho.

Outra aposta do governo brasileiro é Cuba. O país está testando padrões neste momento e, segundo Barbosa, o Brasil está em vantagem. Segundo ele, é provável que os países da região acompanhem a decisão de cubana.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Deputado defende o fim da Voz do Brasil

Por Mônica Tavaresde O Globo Online

BRASÍLIA - O deputado Paulo Bonhausen (DEM-SC) defendeu nesta quarta-feira o fim do programa a Voz do Brasil, transmitido entre as 19 horas e 20 horas. Ele participou do painel que debateu a Conferência Nacional de Comunicação, durante o 25° Congresso Brasileiro de Radiodifusão da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

- A Voz do Brasil já prestou um grande serviço ao país, mas ela já não se justifica mais - disse o deputado.

A obrigatoriedade da transmissão da Voz do Brasil pelas rádios, foi taxada pelo representante da Abert, Evandro Guimarães, como "confisco". Ele disse que a "Voz do Brasil" está no ar há 70 anos. Ele lembrou que atualmente todos os poderes têm TVs, rádios e agências e que há um enorme conjunto estatal ou público que permite que os poderes da República informem de maneira ampla seu trabalho.

- Obrigar a transmitir a Voz do Brasil está se aproximando da ideia de confisco. Queremos escolher o horário de transmitir a Voz do Brasil - disse ele.

Para a deputada Luiz Erundina (PSB-SP), deve ser realizada uma pesquisa com a população que mora nas regiões mais distantes, fora dos centros urbanos, para saber do interesse pela "Voz do Brasil". A deputada entende que este é um dos temas que deve ser debatido na Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada em Brasília, no mês de dezembro.

ENSINO DE JORNALISMO - 3ª audiência sobre Diretrizes Curriculares

Confira mais dois informes sobre a terecira audiência pública sobre a reformulação do curriculo de jornalismo. Os textos são de Rogério Christofoletti, ublicados em 19/5/2009 no Observatório da Imprensa e também no blog do autor, e da Assessoria de Imprensa do MEC

"Um relato da terceira audiência das diretrizes"

A Comissão de Especialistas em Formação Superior dos Jornalistas trabalha na reforma das diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo concluiu na segunda-feira (18/5) a etapa das audiências públicas que realizou com variados setores da sociedade. A terceira e última audiência aconteceu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em São Paulo, e reuniu representantes de diversas organizações. "Foi a reunião mais densa e orgânica que tivemos", avaliou o presidente da comissão, José Marques de Melo, após quase quatro horas de debates. "As duas audiências anteriores também foram bastante participativas, mas hoje a diversidade das falas enriqueceu bastante o processo."
Marques de Melo se referia às quase trinta organizações presentes, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) a Unesco e Instituto Ethos, passando pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação (Enecos) e Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI).
As manifestações das organizações e as sugestões da platéia foram recolhidas pela comissão, que já iniciou a sistematização das informações para a redação de um documento que se pretende resultar no das novas diretrizes. Se antes o prazo de conclusão dos trabalhos era 3 de junho, agora estendeu-se até 12 de agosto, informou a representante do Ministério da Educação Cleonice Matos Henn.

Formação humanística

Não apenas entre as entidades participantes, mas também entre convidados, um tema foi repetido quase à exaustão durante a audiência: a necessidade de reforçar a formação humanística nos cursos de Jornalismo. Foi o caso dos jornalistas Caio Túlio Costa e Eugenio Bucci, que abriram a sessão de manifestações. Para eles – cada um a seu modo –, as escolas precisam retomar conteúdos que contribuam para uma formação mais clássica dos jornalistas, de modo a não apenas se capacitarem a executar tarefas práticas e cotidianas da profissão. "A formação do profissional multimídia não pode acontecer afastada de uma formação humanística", afirmou Caio Túlio.
Eugenio Bucci criticou a organização atual das disciplinas nos currículos – jornalismo impresso, televisivo etc... –, argumentando que essa disposição já não mais dá conta das demandas formativas. O professor de Ética da USP citou eixos que poderiam sustentar uma formação ideal na sua visão: Linguagem, Democracia, Formação Humanística e Formação em Teorias da Comunicação. Os conteúdos relevantes para formar novos jornalistas perpassariam esses eixos de forma mais fluida e sistêmica.

Curso complementar ou não?

Outro tema palpitante na audiência foi a própria natureza e modalidade dos cursos de Jornalismo a serem oferecidos no Brasil. Caio Túlio Costa, por exemplo, defendeu a proposta de profissionais formados em outros cursos fazerem especialização nas escolas de Jornalismo, habilitando-se a atuar nas redações. A proposta foi referendada por outras falas, entre as quais a da CNBB. Mas teve resistência bem marcada nas posições de Celso Schroeder, coordenador do FNDC, e de Valci Zuculoto, do Departamento de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da Fenaj, que argumentaram pela garantia de formação específica em Jornalismo, e não a sua complementar.
Bem menos ligados à academia, alguns setores demonstraram forte preocupação quanto a oferta de cursos no país. Eduardo Ribeiro, da Mega Brasil Comunicação, comparou números de escolas e de egressos à tendência cada vez mais aguda de fechamento de postos de trabalho, e a consequente não absorção de grandes contingentes de recém-formados. Sérgio Gomes, da Oboré Comunicação, queixou-se da impossibilidade real de conciliar os conteúdos e competências desejáveis aos novos jornalistas com as condições encontradas nas escolas e na vida contemporânea.

Dispersão e resultados
A audiência foi comemorada pelo presidente da comissão, José Marques de Melo, como um momento de diversidade e encontro de pensamentos distintos no debate sobre as diretrizes curriculares. A pluralidade das organizações presentes e a possibilidade de manifestações livres enriquece, mas também fragmenta a discussão.
Nas quase quatro horas de audiência, falou-se de tudo: dos conteúdos desejáveis nos currículos à necessidade de maior fiscalização do MEC sobre os cursos; da urgência da democratização da comunicação ao papel central da ética na formação dos jornalistas. Houve até quem se perdesse, como o representante da ONG Amigos da Água que, em tom alarmante, falou da extinção da humanidade por causa da escassez do recurso; ou ainda como um angustiado repórter fotográfico, que se queixou de como o sindicato dos jornalistas vem permitindo a entrada de profissionais totalmente despreparados no mercado de trabalho.
Audiência públicas são relevantes, mas também são um perigo, pois podem descambar para um festival de catarses ideológicas, de reclamações descabidas e inoportunas, e de outros desvarios. Não foi o caso da ocorrida em São Paulo, talvez até pelo adiantado da hora e do cansaço evidente de todos.
Audiências como esta têm muito mais significado político do que prático e operacional. Nessas ocasiões, as organizações têm a liberdade de se manifestar e marcar posições, ancorando seus discursos em plataformas mais evidentes. Do ponto de vista prático, a comissão de especialistas teve a oportunidade de recolher contribuições, referendou o processo de debate público e concluiu uma importante etapa em seus trabalhos: ouvir os setores interessados e receber informações e sugestões.
A partir de agora, a comissão deve trabalhar em cima de uma massa considerável de dados, precisando inclusive tomar algumas decisões que venham a orientar o documento que será encaminhado ao MEC. Esse documento ainda não é o que sintetiza as diretrizes curriculares, já que é preciso que o Conselho Nacional de Educação analise e edite essas normativas. Como disse José Marques de Melo no final da audiência, não se deve alimentar ilusões de que o caminho esteja no final e ele seja tranquilo. De nada adianta termos diretrizes curriculares bem construídas se a sociedade não fazê-las acontecer. Marques de Melo sabe do que está falando e há muito chão pela frente...

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Jornalistas dão ênfase à ética na formação profissional

Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, 18/5/ 2009

A sólida formação humanística e ética para o profissional de comunicação está entre as propostas apresentadas na segunda- feira (18/5), em São Paulo, na terceira audiência pública para a revisão das diretrizes curriculares dos cursos de jornalismo. A comissão de especialistas designada pelo Ministério da Educação para proceder à revisão recebeu, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as contribuições de representantes da sociedade civil organizada.
Entre os jornalistas convidados, o jornalista Caio Túlio Costa destacou a mudança radical na maneira de fazer comunicação no país. "É fundamental que o ensino do jornalismo acompanhe essas transformações, o que não significa privilegiar apenas a formação multimídia, mas uma sólida formação humanística e ética", afirmou. Costa propôs a formação complementar em jornalismo para profissionais oriundos de outros cursos.
O também jornalista Eugênio Bucci ressaltou que o trabalho de revisão das diretrizes não deve ser visto apenas pela ótica corporativa. "Deve-se identificar as mudanças a serem enfrentadas pela profissão, mas levando em consideração o interesse da população e da democracia de modo geral, não apenas as mudanças que interessam aos próprios jornalistas", disse.
O representante do site Observatório da Imprensa, Luiz Egypto, fez algumas ressalvas sobre a abordagem conferida ao papel desempenhado pelas novas tecnologias. "Os novos meios e a crescente utilização dos recursos multimídia na produção de notícias não asseguram automaticamente a democratização da informação. É preciso garantir uma leitura crítica do que é veiculado e as condições de produção", destacou.
A comissão de especialistas deve concluir o trabalho até agosto.

Comissão do MEC: profissionais divergem sobre especialização em jornalismo

Por Izabela Vasconcelos, de São Paulo

A especialização em Jornalismo foi um dos temas discutidos na terceira e última audiência pública do MEC sobre a revisão das diretrizes curriculares dos cursos de jornalismo, nesta segunda-feira, em São Paulo. “Existe uma necessidade de especialização, assim como acontece na Medicina, no Direito, e em outras áreas”, afirmou JB Oliveira, jornalista e presidente da Comissão de Relações Corporativas e Institucionais da OAB-SP, que abriu a audiência.
Caio Túlio Costa compartilhou a mesma opinião. “Defendo a formação ética e humanística e acredito que profissionais de outras áreas poderiam fazer uma especialização em Jornalismo”, alegou.
“Não me parece algo pertinente com o que estamos discutindo aqui, pensar em uma especialização em jornalismo de dois anos. Como proporcionar todos esses conhecimentos que estamos discutindo nesse curto período? Isso quer dizer que qualquer um poderia fazer Jornalismo”, contestou Celso Augusto Schröder, coordenador do Fórum Nacional de Democratização da Informação e vice-presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).
Schröder se referia a alguns temas apontados na audiência para as novas diretrizes dos cursos de Jornalismo, como multimídia, ética, políticas públicas, terceiro setor, regras e acordos internacionais, técnicas de investigação, linguagem visual e matemática, além da formação crítica. “Não vejo tempo para que todo esse conteúdo seja contemplado”, afirmou.
Sérgio Gomes, diretor da Oboré, também discutiu as exigências da profissão e o tempo para que o profissional adquira essa formação. “Não vejo tempo real para todos esses temas. Estão pensando em formar um senhor do conhecimento, um renascentista, que no fim irá ganhar quanto?”, indagou Gomes, destacando o reconhecimento na profissão.
Os participantes também discutiram a falta de atualização das grades curriculares em relação ao mercado de trabalho. “Essas divisões de jornalismo impresso, jornalismo radiofônico não fazem mais sentido. Parece que as escolas de Jornalismo estão formando jornalistas para a década de 70”, disse Eugênio Bucci.
“Muitos profissionais entram na faculdade pensando em atuar nas redações e acabam encontrando mais oportunidades na comunicação corporativa, muitas vezes sem estarem preparados. Por esse motivo acredito que deve haver alguma especialização nessa área, talvez no último ano de faculdade”, defendeu, entre outras sugestões, Eduardo Ribeiro, diretor da Mega Brasil.
Além desses convidados, a comissão de especialistas, presidida por José Marques de Mello e formada por Carlos Chaparro, Sérgio Mattos e Eduardo Meditsch, entre outros, ouviu representantes da sociedade civil, entidades do terceiro setor, estudantes e profissionais de outras áreas.
Hoje a Comissão de Especialistas se reúne para discutir os temas apontados na audiência e até o início de agosto deve concluir o relatório para as novas diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo. “Todo o conteúdo será avaliado e discutido. A intenção é que, se homologado, até 2010 estas diretrizes já estejam em vigor”, afirmou Cleunice Rehem, representante da Secretaria de Educação Superior (SESU/MEC).
“Devemos lembrar que isso não cabe somente ao MEC. Se a sociedade civil não se organizar, não teremos resultados plausíveis”, enfatizou Mello ao encerrar a audiência.

Na Mídia: Eros Grau é contra transmissão televisiva dos julgamentos do STF

Grau diz ser contra sessões do STF na televisão

Da Agencia Estado


RIO - O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, disse ontem, durante palestra no Rio, que as sessões plenárias da corte não deveriam ser transmitidas ao vivo pela TV Justiça. A ideia de suspender as transmissões foi cogitada no mês passado, depois da transmissão de uma discussão entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa para todo o País. "Se dependesse de mim, seguramente não haveria transmissão televisiva, mas felizmente não depende, porque praticamos a democracia", afirmou Grau, num almoço com líderes empresariais da Câmara de Comércio França-Brasil.

Grau tocou levemente no tema em sua curta palestra sobre a atualização da Constituição ao classificar a tomada de decisão de qualquer magistrado como "um momento de grande intimidade", que acaba sendo devassado apenas para os ministros do STF. No entanto, foi obrigado a detalhar sua opinião diante da pergunta de uma participante, que quis saber se ele via exposição exagerada dos ministros nas transmissões das votações, misturando diante dos cidadãos as relações institucionais e pessoais dos integrantes da corte.

O ministro respondeu que é contra as transmissões, mas ressaltou que expressava apenas uma opinião, já que reconhece que esse tipo de recurso tem sido um instrumento cada vez mais adotado para dar transparência a instituições públicas. "O que é muito importante é que nenhum de nós, como indivíduo, significa grande coisa. Nós não significamos nada. O que importa é a instituição", afirmou Grau, numa referência indireta à repercussão dos desentendimentos entre Mendes e Barbosa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cinco universidades Federais promovem diversos concursos públicos nas próximas semanas

Ao longo dos meses de maio e junho, diversas Universidades Federais promoverão concursos públicos na área docente. Confira as oportunidades de admissão na docência de nível superior no ensino público.

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Está com inscrições abertas para o Concurso para Professor Efetivo, Adjunto, Dedicação Exclusiva para a área de Comunicação - Campus de Imperatriz. São cinco vagas distribuídas nas seguintes áreas:
Doutorado em qualquer área, com graduação em comunicação:
01 - Produção de telejornais
01 - Planejamento gráfico editorial
01 - Teorias e metodologias jornalísticas
01 - Fotografia e Reportagem

Doutorado em qualquer área, com graduação em desenho industrial ou design:

01 - Design gráfico (graduação em desenho industrial ou design)

Mais informações estão disponíveis em http://www.ufma.br/.

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Realiza concurso para Professor Efetivo – Classe Adjunto – no Campus de Fortaleza. Ao todo, são sete vagas associadas à implantação do curso de Cinema e Audiovisual da Instituição.
As inscrições se entendem até 9 de junho e os setores de estudo são:

- Direção de Fotografia para Cinema e Audiovisual - 40 h / DE - 01 vaga
- Teorias da Arte, do Cinema e Audiovisual - 40 h / DE - 01 vaga
- Som para Cinema e Audiovisual 40 h / DE - 01 vaga
- Edição-Montagem em Cinema e Audiovisual - 40 h / DE - 01 vaga
- Realização / Direção em Cinema e Audiovisual - 40 h / DE - 01 vaga
- Produção de Cinema e Audiovisual - 40 h / DE - 01 vaga
- Pesquisa e Metodologia Científica - 40 h / DE - 01 vaga

O Programa de Pós- Graduação em Comunicação da UFC tem uma linha de pesquisa em Fotografia e Audiovisual o que constitui uma possibilidade de inserção dos profissionais, que atendam as exigências de ingresso no Programa, na nossa Pós-Graduação.

Maiores informações podem ser encontradas no site da UFC: www.srh.ufc.br/editais.htm

Universidade de Brasília (UnB)

Tem abertos três concursos na área de comunicação. Mais detalhes encontram-se nos links abaixo.

Edital de Abertura N. 581/2009Área: Publicidade e Propaganda: Planejamento e Gerenciamento de Contas http://srh.unb.br/extra/concursos_selecoes/2009/ed_581_09.pdf

Edital de Abertura N. 580/2009Área: Produção e Edição Jornalísticahttp://srh.unb.br/extra/concursos_selecoes/2009/ed_580_09.pdf

Edital de Abertura N. 579/2009Área: Comunicação e Cidadaniahttp://srh.unb.br/extra/concursos_selecoes/2009/ed_579_09.pdf

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Oferece concurso público para uma vaga para a Faculdade de Comunicação Social. Exige doutorado, experiência em jornalismo e graduação em comunicação. Mais detalhes estão disponíveis em http://www.concurso.ufjf.br/.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

O Departamento de Comunicação reabrirá no dia 1º de junho de 2009 as inscrições para o concurso de Professor de Mídia em Publicidade e Propaganda. As inscrições vão até dia 30 de junho. As provas ocorrerão entre 3 a 21 de agosto.
O concurso é para professor adjunto e dedicação exclusiva e exige Graduação em Comunicação Social e Doutorado em Comunicação Social ou em áreas correlatas.
O edital do concurso (018/2009) está disponível no site:
http://www.surlejournalisme.com/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.prh.ufrn.br/conteudo/concursos/prog_efet018-09.htm

Estágios na Rádio DW - Deutsche Welle

Estão abertas as inscrições para estágios na Rádio DW - Deutsche Welle.
O período de candidaturas acaba no dia 30 de Junho de 2009 (data da chegada da documentação por correio) - até lá todas as vagas já estão preenchidas.

saiba mais em http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1943549,00.html

PL 29: Novo texto reduz tempo destinado à publicidade comercial.

Fonte: - TeleSíntese (18/05/2009)

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara começa a receber hoje emendas ao substitutivo do PL 29/07, que unifica a regulamentação da TV paga, permite às teles entrar no mercado de audiovisual e cria medidas de proteção ao conteúdo nacional, de autoria do deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB).
O prazo é de cinco sessões e o relator espera que na próxima semana ele entre na pauta da comissão. Depois de aprovada, a matéria volta para a Comissão de Ciência e Tecnologia e deve ser relatada pelo deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE).
No novo texto, 30% do conteúdo deve ser nacional e independente, mas apenas nos canais que já veiculam conteúdo brasileiro. A proposta anterior, aprovada na Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, era de uma cota linear de 50% de conteúdo nacional (sendo 10% de conteúdo independente) em todos os canais, mas isso poderia atingir canais estrangeiros, o que inviabilizaria a aplicação da regra. Além disso, apenas conteúdo produzido há menos de sete anos será considerado para efeito de cotas, o que na opinião do relator fortalece o mercado.
O tempo de publicidade nas TVs por assinatura também foi limitado à metade da permitida na TV aberta, ficando em 12,5% em cada hora de programação. No projeto anterior, esse tempo era o mesmo destinado à radiodifusão, de 25% da programação. Já no substitutivo do deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que não chegou a ser votado na Comissão de Ciência e Tecnologia, o tempo destinado à publicidade comercial proposto era de no máximo 10% do total diário de programação em cada canal e de 15% a cada hora.

Direitos dos assinantes

Pelo substitutivo do deputado Vital do Rêgo Filho, os assinantes terão o direito de contratar exclusivamente os canais de distribuição obrigatória e adquirir canais de programação de forma avulsa, sem a obrigação de escolher entre os pacotes oferecidos pelas TVs. "Hoje você recebe um pacote, e muitos dos canais você não tem direito de escolher. Esse conjunto de medidas vai realmente dar uma guinada nas relações, e defender o consumidor", argumenta o parlamentar.
Além disso, o relator preferiu que constasse na norma a gratuidade do ponto extra de recepção do serviço, como já determinou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), mas que é contestada pelas operadoras. Também deve estar à disposição dos assinantes serviço de atendimento telefônico para a solução de problemas, nos moldes do que determina o decreto dos call centers (6.523/08). E o assinante deverá receber uma cópia do contrato assim que for fechada a contratação do serviço.
Outra inovação do texto é a extensão das regras de TV por assinatura também para serviços com transmissão pela internet, inclusive o novo IPTV. A intenção do relator foi fazer com que a norma sirva para qualquer prestação de serviço de assinatura de conteúdos audiovisuais.

Revista LÍBERO nº 23 disponivel na rede

A edição de número 23 da revista LÍBERO, de junho de 2009, está disponível no site da Faculdade Cásper Líbero.

Confira abaixo os títulos dos artigos com seus respectivos autores.


· O pensamento comunicacional na contemporaneidade

Bernard Miège
· Democracia política, bem-estar cultural e mercados tecnológicos: eixos e valores para as novas políticas de comunicação
Marcial Murciano
· Jornalismo como representação da representação: implicações éticas no campo da produção da informaçãoCaio Túlio Costa
· A intermediação na Internet: um objeto de questionamento para as indústrias culturais
Yolande Combès / Sofia Kocergin
· O lado escuro do capital social: implicações sociais e políticasHeloiza Matos
· Cidadania fragilizada: a representação dos direitos sociais na imprensa popular
Márcia Franz Amaral / Carine Felkl Prevedello
· Hipertexto, noticiabilidade e teoria do jornalismo na web
Mauro Ventura
· Os meios ou as mediações: um exercício dialético na delimitação do objeto de estudo da comunicação?
Laan Mendes de Barros
· “Jesus Cristo, eu estou aqui!” Notas para uma antropologia do turismo na mídia
Euler David de Siqueira / Denise da Costa Oliveira Siqueira
· Maradona ou Biro Biro? Estereotipias e dinamizações das identidades argentinas na mídia
Rejane de Oliveira Pozobon
· Teoria das Mediações e Estudos Culturais: convergências e perspectivas
Liráucio Girardi Júnior
· Produção da opinião jornalística na berlinda
Ananias José de Freitas / Teresinha Maria de C. Cruz Pires
· Os produtos midiáticos na época de sua reprodução digital gratuita
Marcos Antônio Nicolau / Cândida M. Nobre de Almeida Moraes

Publicidade: Setor cresce 4% e TV abocanha recursos dos jornais

Fatia dos canais abertos sobe para 59,6%, enquanto a dos jornais cai para 15,7%, segundo o resultado de fevereiro do Inter-Meios

Por Alexandre Zaghi Lemos de M&M Online em 18/05/2009

A perda de 3% de share dos jornais e a conquista de mais 1,7% pela soberana TV aberta são os principais movimentos extraídos da comparação entre dados do Projeto Inter-Meios de fevereiro de 2009 com o mesmo mês de 2008. O faturamento total dos veículos com publicidade cresceu 5,9% nesse período, atingindo R$ 1,341 bilhão. A alta é de 4% se comparado o bimestre inicial de 2009 (R$ 2,6 bilhões) com o de 2008 (R$ 2,5 bilhões).
A mídia que avançou mais rapidamente foi a internet, com alta de 40%, chegando a R$ 52,8 milhões, com sua participação no total do mercado passando de 3% a 3,9%. A TV por assinatura cresceu 19%, totalizando R$ 42,8 milhões, com share saltando de 2,8% para 3,2%. A mídia exterior faturou 18% a mais que em fevereiro do ano passado, marcando R$ 50 milhões e aumentando sua fatia do bolo de 3,3% para 3,7%. O meio revista engordou 11%, fechando o segundo mês de 2009 com R$ 93,2 milhões, vendo seu share subir de 6,6% para 7%.
A alta de 9% da TV aberta fez sua caixa registradora marcar nada menos que R$ 800 milhões, garantindo participação de 59,6%, contra 57,9% de fevereiro de 2008.
Não tiveram a mesma sorte os jornais, que amargaram queda de 11,4%, vendo seu faturamento encolher para R$ 210 milhões e seu share cair de 18,7% para 15,7%.Também houve decréscimo na fatia das guias e listas, de 2,2% para 1,9%, com o faturamento baixando para R$ 25 milhões - o que representa queda de 9% em relação a fevereiro do ano passado. A arrecadação publicitária das salas de cinema se manteve estável, com pequena baixa de 1,4%, somando R$ 4,4 milhões - o que fez seu share ficar em 0,3%.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

UFBA lança edital para contratar três professores de Comunicação

A Universidade Federal da Bahia abriu conccurso para a contratação de três professores adjunto de Comunicação. Duas vagas são para a área de Comunicação e Cultura e uma para de Comunicação e Ética. O regime de trabalho é de dedicação exclusiva e o salário inicial é de R$ 6.722,85.
Para a vaga de Comunicação e Cultura, o requisito acadêmico é de Doutorado em Comunicação ou áreas afins. Para a área de Comunicação e ética, os pré-requisitos são graduação livre em qualquer área do conhecimento e pós-graduação stricto-sensu em Comunicação e/ou áreas afins (Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas). Para mais informações clique aqui

Decisão do Parlamento Europeu fortalece a internet livre

Por: Miriam Aquino do TeleSíntese (15/05/2009)

De nada adiantou o apoio da Comissão Européia ou mesmo do Conselho de Ministros à proposta francesa de os governos vigiarem a internet. A grande mobilização dos internautas europeus contra essa idéia pressionou o Parlamento Europeu, que, no último dia 06 de maio, aprovou uma emenda à lei de telecomunicações proibindo qualquer iniciativa contra a livre circulação de arquivos pela internet. Essa decisão não impediu, no entanto, que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, fizesse valer a sua posição em seu território, conseguindo que a Assembléia Nacional francesa aprovasse a proposta de proibição de downloads ilegais.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já tinha fechado acordo com Viviane Redings, comissária de telecomunicações, e com os ministros de telecomunicações do bloco, para que sua posição fosse referendada pelo legislativo que congrega os representantes de todos os países da Comunidade Europeia. Mas aquele Parlamento acabou aprovando uma emenda apresentada pelo Partido Verde, que estabeleceu regras mais rígidas em defesa da livre expressão. Para evitar qualquer interferência indevida, ficou decidido que, em todos os países pertencente à Comunidade Europeia, apenas uma ordem judicial pode restringir o acesso à internet.
Na eletrizante votação que ocorreu na primeira semana de maio, a guinada dos parlamentares contra o acordão dos governos acabou se dando por ampla maioria de votos – foram 404 a favor da emenda contra apenas 56 que defenderam o acordo.

Direito autoral

O projeto de lei francês prevê a criação de um órgão administrativo, vinculado ao Executivo, com poderes de cortar as conexões à internet de qualquer cidadão, após dois avisos. E essa arbitrariedade se justificava em nome da produção cultural francesa, sob o argumento de que era preciso defender o direito autoral das obras literárias, musicais e audiovisuais. Esse projeto corria o risco de ser referendado por todos os países do bloco, o que não ocorreu.
Na França, porém, ele já foi aprovado pelos deputados e até o final de maio deverá ser apreciado pelos senadores antes de se tornar lei. O projeto foi criticado também pela Microsoft, que não tem em seu currículo qualquer iniciativa de apoio às criações compartilhadas e que não têm cobrança de direito autoral.
Conforme avaliação de analistas europeus, a posição da gigante de software, também acompanhada pela IBM e SAP, se dava por razões mercadológicas: a empresa temia que, com essa lei, os juízes franceses obrigassem-na a instalar softwares antipirataria em todos os computadores ligados em rede.A rejeição do Parlamento Europeu à proposta pode ter criado mais um obstáculo à revisão da lei de telecomunicações, defendida por Viviane Reding. Tanto que a comissária, logo após a decisão, conclamou o Conselho de Ministros a apoiar rapidamente a emenda aprovada, para que não sejam paralisadas as discussões sobre a reforma da regulamentação do setor de telecomunicações. Reding está convencida de que é preciso mexer na legislação de telecom europeia (para, inclusive, ser criada uma entidade central capaz de interferir nas agências locais) tendo em vista a expectativa da contribuição do setor para a recuperação da economia daquele continente.