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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

GDF decide privatizar gestão da Rádio Cultura FM

Por Chico Sant'Anna


Esse ano de 2019 de fato não está sendo um bom ano para a radiodifusão pública. Depois do governo federal decidir fechar a legendária Rádio MEC, do Rio de Janeiro,  e de nomear um general para dirigir a Empresa Brasileira de Comunicação, holding da Rádio Nacional e da TV Brasil,  agora é a vez da radiodifusão pública da Capital Federal ser atacada.
O governador Ibaneis Rocha decidiu privatizar a gestão do único veículo do comunicação pública do Distrito Federal, a Rádio Cultura FM.
Para saber mais sobre esse tema, continue a leitura aqui:

sábado, 21 de março de 2015

Rádio Nacional: Em Brasília, FM tira do ar Choro Livre


Por Ivan Sergio Santos



Henrique Filho, o Reco do Bandolim, músico, jornalista e presidente do Clube do Choro de Brasília, trabalhou por mais de 30 anos na Rádio Nacional. Nos últimos 20, apresentando o programa “Choro Livre”, veiculado aos domingos, no qual entrevistava instrumentistas e divulgava a obra de grandes compositores da MPB.
Pelo microfone do programa passou gente do calibre de Radamés Gnatalli, Sivuca, Cartola, Paulo Moura, Nelson Cavaquinho, Paulinho Nogueira, Dominguinhos e João Nogueira, só para citar os que não estão mais entre nós. (Alguns desses depoimentos foram apagados em gestões anteriores da Rádio Nacional, sob o argumento de que, por uma questão de economia, as fitas precisavam ser reutilizadas.)
No final de 2014, Reco se aposentou. Antes que isso acontecesse, porém, alertou a direção da rádio e disse do seu interesse em continuar fazendo o “Choro Livre”, uma das grifes mais tradicionais e bem sucedidas da grade da emissora. Foi então aconselhado a apresentar proposta nesse sentido, já agora na condição de prestador de serviço, o que viabilizaria a continuidade do programa.
A proposta foi encaminhada há quase um ano e não obteve resposta da direção da Rádio Nacional. Com a aposentadoria do Reco, o “Choro Livre” saiu do ar sem que ele e os ouvintes recebessem qualquer comunicação. Instada por apreciadores do programa, a ouvidoria da rádio manifestou da seguinte forma:
“O programa Choro Livre saiu da grade da nossa programação por impossibilidade de manter sua produção, uma vez que seu produtor e apresentador, Henrique Filho, se desligou da Empresa. Contudo, por reconhecer a importância deste gênero musical para a Música Popular Brasileira, estamos trabalhando no sentido de estrear um novo programa, trazendo o melhor do choro brasileiro para a Nacional FM. Até lá, o choro continuará fazendo parte das nossas planilhas musicais, como sempre esteve."
Nas redes sociais, várias manifestações foram veiculadas sobre a retirada do “Choro Livre” da programação da Rádio Nacional:
Prezado Sr. Ouvidor da EBC, Foi com imenso pesar que recebemos a notícia que há cerca de 45 dias, foi retirada da programação da Rádio Nacional FM, 96,1 MHz, de Brasília, o tradicional programa Choro Livre, produzido e apresentado por Reco do Bandolim, há mais de 20 anos. Ações como esta sempre representam um duro golpe na nossa já tão maltratada cultura brasileira pois programas desta qualidade se tornam cada vez mais raros. Diante de uma avassaladora sanha de exploração financeira da ignorância e do despreparo de grande parte da nossa população seria de esperar-se que pelo menos instituições como a EBC se abstivessem desta prática nefasta de acabar com programas de qualidade que contam com a audiência qualificada de um grande número de músicos e simpatizantes que assim como eu estão a lamentar o ocorrido. De qualquer modo aqui fica o registro do nosso protesto e a esperança de que o bom senso ainda prevaleça no sentido da completa reversão deste acontecimento. Atenciosamente, João Pedro Borges (violonista, professor e Diretor Geral da Escola Municipal de Música de São Luís-MA) “Caros membros da ouvidoria da EBC, Venho através desse email, pedir para que voltem com o "Programa Choro Livre" dentro programação normal da EBC. O "Programa Choro Livre"é de importância fundamental para a cultura do DF, de Brasília e do Brasil.Não cometam esse equívoco contra uma das expressões musicais mais ricas e fortes de todo mundo que é o Choro brasileiro, repensem com carinho pois se trata da preservação de um gênero que formou grandes gênios da música mundial. Reco do Bandolim luta por essa causa a muitos anos e é um artista altamente preparado para apresentar esse programa que trata e retrata tão bem o nosso choro. Desde já agradeço a atenção e espero realmente que façam a coisa certa, defendam e cuidem da nossa cultura. Sem ela, nosso país não tem alegria, não tem alma, não tem nada. Um abraço! Rogério Caetano (violonista, arranjador e produtor)
“Caros diretores da rádio, fiquei muito triste com a notícia do fim do programa livre comando pelo querido Reco do Bandolim . Já fui entrevistada algumas vezes no programa e adoro ouvir as estórias e histórias de meus colegas músicos participantes do movimento do Choro brasileiro.
Que pena ! Daniela Spielmann (Saxofonista / Arranjadora /Compositora /Professora)
“Quero deixar aqui meu protesto em desagravo ao término do Programa "Choro Livre" realizado na emissora: Radio Nacional FM DF. produzido e apresentado pelo músico, produtor, radialista, jornalista, presidente do "Clube do Choro" de Brasília, de nome artístico; "Reco do Bandolin", cujo credenciais acima, impõe a importancia e nível de qualidade da programação interrompida. Na certeza de que deixará uma importante lacuna no nível de qualidade na grade de programação da Nacional FM, deixará também igualmente frustrado o enorme e fiel público ouvinte desse precioso programa. Diante do triste e frustrante fato, gostaria atraves deste e-mail reiterar a continuidade do programa que determina o maior teor cultural no gênero,sendo de alto benefício social à todos nós, preservando memória do que se produziu e produz de melhor no cenário artístico-cultural da música popular brasileira. O programa leva no seu bojo, altíssimo teor em termos de visibilidade para a instituição, como também para Cidade (BSB) por todo Brasil, atingindo também caráter internacional em função do que atrai o formidável trabalho desenvolvido nos eventos do "Clube do Choro". Em nome do que represento na Música Popular Brasileira, gostaria que se fizesse chegar às mãos do responsável pela programação da prestigiosa emissora, na esperança de um retratamento, e o breve retorno do importantíssimo programa. Com minhas saudações, Hélio Delmiro ( Músico - Compositor - Produtor Artístico)
“Meu amigo querido, Acabo de tomar conhecimento do absurdo cancelamento do Programa Choro Livre. Tive o prazer e a honra de participar de seu programa, inúmeras vezes e sou testemunha do valor inestimável do Choro Livre para a cultura e a música deste país. Já compartilhei o post de Ruy Godinho no meu perfil do Face Book e quero me colocar a sua disposição para o que for preciso. Vamos a luta! Choro Livre é patrimônio cultural brasileiro. É precioso. Beijos solidários Gilson Peranzzetta (pianista, compositor e arranjador)
“Prezados Senhores, Com grande pesar soube da triste noticia do fim do programa Roda de Choro, do colega de profissão, Reco do Bandolim. Sendo a EBC uma empresa pública, sinto-me no direito e no dever de protestar e solicitar que a decisão seja revista. O choro - mais antigo e rico gênero instrumental brasileiro - respeitado mundialmente e verdadeira fonte de divisa nacional, merece essa consideração e respeito, sobretudo dos orgãos públicos de cultura. Desconheço os motivos que ocasionaram essa decisão, mas deixo aqui lavrado meu protesto e pedido de reversão da situação. Não podemos permitir que a cultura brasileira perca ainda mais espaço! Atenciosamente, Luciana Rabello (cavaquinista, professora e produtora cultural)
“Manifesto meu total repudio à suspensão do Programa Choro Livre de Reco do Bandolim, um verdadeiro memorial de uma música brasileira que foi exaltada de maneira grandiosa por Heitor Villa-Lobos!!! Meu abraço fraterno ao Clube do Choro e a todos que dele fazem parte. Turibio Santos (violonista)
A Cultura Brasileira resiste por teimosia e pelo ânimo de milhares de artistas, ativistas e produtores que a transformam em bandeira de luta, atentos aos ataques multilaterais, pluripartidários e institucionais do poder dominante. Perdemos cinemas e teatros para igrejas de alto poder econômico; nossa música de qualidade perde espaços nas rádios para a música de fácil consumo e repertório estrangeiro; programas culturais são substituídos por entretenimento do mais baixo nível em nossas tevês. E outros descalabros. A rádio e a TV Câmara, que destinam até o presente, parte de sua programação à cultura, estão ameaçadas pela vertente evangélica da Câmara Diretora, sob as diretrizes do presidente Eduardo Cunha, amplamente divulgadas, que prometem transformar aquelas emissoras públicas em veículos à serviço de suas ideologias, que obviamente não incluem a cultura. Enquanto na rádio e TV Câmara os prejuízos ainda estão no nível de ameaça, na EBC o ataque imensurável ao Choro, como gênero, já está concretizado. Há cerca de 45 dias, foi retirada da programação da Rádio Nacional FM, 96,1 MHz, de Brasília, o tradicional programa Choro Livre, produzido e apresentado por Reco do Bandolim, há mais de 20 anos. Reco, um verdadeiro baluarte da cultura nacional, por seu envolvimento na manutenção, difusão e revitalização do Choro no Brasil, a partir do trabalho que desenvolve no Clube do Choro de Brasília e na Escola de Brasileira de Choro Rafael Rabelo, não merece essa desfeita. Não podemos assistir a tudo isso sem um desagravo, sem um protesto, sem uma manifestação em defesa do Choro por parte de artistas, instrumentistas, amantes do choro e ouvintes do tradicional programa cultural. Apenas substituí-lo por uma programação que inclui Choros, nos priva das entrevistas reveladoras, das informações culturais interessantes e das curiosidades que permeiam as coxias da produção musical chorística, apresentados por Reco de forma competente e agradável. E-mails podem e devem ser emitidos para a ouvidoria da EBC: ouvidoria@ebc.com.br; posts devem ser publicados no Facebook e outras mídias a favor do retorno do Programa Choro Livre à programação da Nacional FM, de Brasília. A quem se indignar diante da incongruência desta instituição pública e se dignar a protestar, sugerimos emitir cópia oculta em desagravo ao Reco do Bandolim, por intermédio do endereço eletrônico: recodobandolim@gmail.com. Amigos do Programa Choro Livre

Rádio Nacional: no Rio, crise se agrava e programas ao vivo são substituídos

Por Hélio Almeida, publicado originalmente em O Dia.

A falta de condições de trabalho pode silenciar a Rádio Nacional, que já recebeu em seus estúdios nomes da música brasileira como Cauby Peixoto, Dalva de Oliveira e Francisco Alves. Os funcionários acusam a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), dona da emissora, de não cumprir normas do Ministério do Trabalho (MT). Para não encerrar as atividades, os programas ao vivo foram substituídos desde quarta-feira por músicas gravadas. A EBC, por sua vez, disse que está solucionando os problemas.
Há cerca de dois anos, a rádio funciona de forma provisória e precária no prédio da TV Brasil, também da EBC, na Lapa, que já passava por dificuldades. Tanto os funcionários da TV quanto da rádio relatam atraso de salários, banheiros interditados, falta de bebedouros, extintores de incêndio vencidos e ar-condicionados quebrados desde novembro. A Rádio MEC, que ficava preto da Central, foi para a Rua Gomes Freire.
“No estúdio a temperatura chega a mais de 35 graus num espaço sem janela e coberto por espuma acústica”, disse uma funcionária, que prefere não se identificar e está sem salário há dois meses. Os mesmos problemas já existiam na sede, próximo a Região Portuária.
O Sindicato dos Radialistas do Rio notificou a EBC, nesta quinta-feira, por não cumprir normas do Ministério do Trabalho. De acordo com Miguel Walter da Costa, presidente da entidade sindical, a empresa pública não está respeitando a norma do Ministério, na qual prevê condições mínimas de conforto térmico.
“A irregularidade vem acarretando prejuízos a saúde dos trabalhadores por causa do ar-condicionado que não está funcionando”, informou Costa. O Sindicato dos Jornalistas havia entregado um relatório ao MP sobre a precarização de diversos de veículos de comunicação, entre eles a Rádio Nacional.
Os funcionários da rádio esperam voltar o quanto antes para a sede, que fica nos três últimos pavimentos do histórico Edifício A Noite, na Praça Mauá. O imóvel de 22 andares e 102 metros de altura é o primeiro arranha-céus do país e foi tombado em abril de 2013.
Refrigeração normalizada
Procurada, a EBC informou que uma pane afetou os sistemas de refrigeração das instalações da Rua Gomes Freire, que se encontram em fase de manutenção, e que deverá ser restabelecido completamente até este sábado.
“Nessa data, as emissoras de rádio, que operam em sistema de play list, terão suas programações normalizadas”, disse.
Ainda segundo a empresa, quatro banheiros passaram por manutenção ou reforma e desde o começo desta semana foram trocadas as velas dos filtros de água existentes nas copas. Está em tramitação na empresa o processo que vai permitir a recarga dos extintores fora de validade. Sobre atrasos no pagamento de salários, o débito é feito via Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos do Governo Federal.

Em relação ao prédio da Praça Mauá, a EBC informou que tem buscado solucionar a situação do Edifício A Noite, junto ao INPI. “O imóvel pertence à União e encontra-se fechado aguardando processo de obras”.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

EBC pode parar nesta terça-feira, 9/12

O tradicional programa radiofônico A Voz do Brasil poderá não ir ao ar nesta terça-feira, 9 de dezembro. 
Não, não é em decorrência do lobby patronal dos donos de rádio que querem eliminar o programa. 
Na verdade, em defesa da aprovação de um novo plano de carreira - há muito promeitido pelo governo - os profissionais de comunicação da Empresa Brasil de Comunicação, holding dentre outros veículos da Rádio Nacional e TV Brasil, prometem paralisar suas atividades por 24 horas.


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Em 2013, os profissionais da EBC paralisaram suas atividades por cerca de 15 dias. 
Hoje, reclamam que muito do que foi promeito pela empresa naquela época até hoje não saiu do papel.
O ato de protesto, nesta terça-feira (9/12), deve ocorrer na matriz, em Brasília, e nas sucursais de São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís e tem como objetivo pressionar a aprovação da revisão do Plano de Carreiras dos empregados, que vem ocorrendo desde 2012.

A questão não é só salarial, é editorial, também. Pelo projeto, seriam incluídos mecanismos como a garantia da autonomia editorial, além de pisos e tabelas salariais, que hoje deixam a companhia de mídia em último lugar do serviço público, segundo tabela encomendada pela própria empresa, que comparou seus encargos com 32 órgãos federais.

Os trabalhadores querem, também, estímulos concretos à formação e qualificação dos empregados. O conjunto de medidas é visto por este movimento como fundamental para o fortalecimento da comunicação governamental do país. 
Criada em 2008 pelo governo federal, a EBC administra a mídia do governo federal, como a Agência Brasil, TV Brasil e a Radioagência Nacional. Também comanda o sistema público de rádio (com oito emissoras, como a Rádio Nacional e Rádio MEC) e é responsável pela primeira meia hora do programa “A Voz do Brasil”. 
A empresa é vinculada à secretaria de Comunicação Social (Secom). 
A mobilização tem o apoio da Comissão de Empregados da EBC e dos sindicatos dos jornalistas do Distrito Federal e Rio de Janeiro, e dos radialistas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O ato foi aprovado por cerca de 300 funcionários reunidos em uma assembleia para discutir a paralisação na última quarta (4/12). A Direção Executiva da EBC, porém, enviou um comunicado interno na sexta (5/12) para rebater a eventual possibilidade de greve.

Em documento enviado ao corpo funcional da empresa, a direção teria ameaçado os trabalhadores ao dizer que “entende que o referido movimento paredista é abusivo, razão pela qual adotará as medidas cabíveis”. Na tréplica, as entidades divulgaram um informe para afirmar que não compreendem “os motivos que levam a EBC a já considerar a mobilização abusiva”.

“Essas informações, lamentavelmente, não constam na nota, que resume a ameaça a uma frase sem argumentos e sem solidez jurídica”. Por fim, os sindicatos e a Comissão ressaltam esperar “que o direito à organização e mobilização sejam compreendidos e respeitados pela EBC”, diz a nota.

Há um ano, houve uma greve nacional de 15 dias durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Nela, cerca de 700 dos pouco mais de dois mil funcionários participaram da paralisação. 

Entenda o caso

A Empresa Brasil de Comunicação faz a revisão do plano de carreiras desde 2012. Sem uma definição sobre o projeto, criou um Grupo de Convergência, no qual os executivos e os trabalhadores desenvolveriam as bases da iniciativa em comum acordo. A ideia era sistematizar as contribuições dos trabalhadores ao novo plano e elaborar um relatório com recomendações à Diretoria Executiva.

O ‘conselho’ foi formado por representantes da empresa e das entidades trabalhistas que atuam na defesa dos funcionários da companhia. Seus trabalhos foram encerrados na semana passada. Apesar do esforço pela elaboração de bases comuns no projeto, a empresa não aceitou as demandas apresentadas. Entre elas, estão:

- Melhoria da tabela salarial com redução de níveis para progredir na carreira e aumento do piso (em assembleia foi aprovada proposta de tabela com piso de R$ 4.400 para nível superior e R$ 3.080 para nível médio.
- Descrição de cargos que respeite a legislação e não abra brechas para acúmulos e desvio de função;
- Equilíbrio entre promoção por mérito e antiguidade;
- Instituição de uma gratificação por qualificação.

A proposta formada pelo grupo segue para deliberação da Diretoria Executiva da EBC, que deve submeter à proposta a aprovação do Ministério do Planejamento do governo federal.

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sábado, 16 de agosto de 2014

Ventania tira do ar a Rádio Cultura FM 100,9, do DF


Os estúdios da Rádio Cultura FM de Brasília

perderam o contato com a antena
transmissora após uma forte ventania.

Com base no Jornal do Romário


Uma forte ventania virou a antena da  Rádio Cultura FM 100,9 para sudoeste quebrando a conexão (link) com os estúdios da emissora pública do Distrito Federal. A antena está instalada no teto do Edifício Anexo do Palácio Buriti localizado no Eixo Monumental e os estúdios estão no Espaço Renato Russo,na Avenida W.3, quadra 508 Sul, cerca de sete quilômetros de distância,em linha reta.
Segundo a direção da emissora,ela saiu do às 22h23 de sexta-feira,15/8, e deverá permanecer assim até segunda feira, quando os problemas técnicos deverão estar solucionados. A situação se agravou porque a única equipe de técnicos que faz esse tipo de trabalho em Brasília está fora da cidade. 
As dificuldades atuais com a manutenção da emissora do ar poderão ser diminuídas se os transmissores e a antena forem transferidos para a Torre de Televisão de Brasília, lugar adequado para o seu funcionamento. Essa possibilidade está em estudo na Secretaria de Cultura,titular da emissora.

sábado, 8 de junho de 2013

[Veja os vídeos] Qual o papel das mídias públicas na América Latina?

Este blog república aqui a série de depoimentos em vídeos, distribuídos pela agencia de notícias argentina Paco Urondo, sobre o papel que os meios de comunicação públicos devem desempenhar na América Latina. 
Ao todo, são oito depoimentos colhidos, por Nahuel Placanica I da Agencia Paco Urondo, em Buenos Aires, entre os dias 6 e 7 de junho, por ocasião do II Encontro de Televisões Públicas da América Latina. 
Todos eles em espanhol, mas de fácil compreensão, alguns contam com a transcrição por escrito.

Confira abaixo:
  • Venezuela: "Canal Vive - Nasce con la tarea de visibilisar a los excluidos de la TV" = el vicepresidente de Gestión Productiva del canal Vive, Sergio Arria Bohórquez, habló sobre la experiencia audiovisual y acerca de las nuevos proyectos que tienen previsto desarrollar. "Vive es el canal de la agenda del Pueblo, del Poder Popular", destacó. 




¿Cómo surge la experiencia del canal?
Sergio Arria Bohórquez: Vive fue una instrucción del comandante Chávez. En el año 2002, sufrimos el golpe de Estado orquestado por la oligarquía económica y los medios privados. A partir de ahí, se planteó que era necesario que el Pueblo fuera visibilizado. Visibilizamos a los tradicionalmente excluidos de la televisión. Buscamos cómo construir con ellos ese nuevo discurso, esa nueva imagen.
Hoy tenemos el canal regionalizado, es el único canal del país con siete sedes regionales; estamos en una nueva etapa creando una red de canales regionales, donde los colectivos tienen espacios y franjas horarias; vamos a lanzar ALBA TV, algo parecido a Vive pero a nivel latinoamericano; tenemos una señal infantil similar a Paka Paka que se llama “1,2,3 TV”, con contenidos hechos en Venezuela. Es una trinchera frente a los canales infantiles privados
¿Qué diferencia a Vive de VTV?
Sergio Arria Bohórquez: VTV es el canal de la batalla informativa. Responde y desmonta los ataques de la televisión de la derecha. Vive es el canal de la agenda del Pueblo, muestra esa Venezuela que se está construyendo. Es la nueva manera de vernos hacia el socialismo. Acompañamos al poder popular en el debate de cómo ir asumiendo el Poder, porque la Revolución Bolivariana se trata de la transferencia del Poder al Pueblo.
Imagino que tienen una relación muy estrecha con los movimientos sociales.
Sergio Arria Bohórquez: Completamente, con todos los movimiento de todo el país y con los medios comunitarios. Tenemos la señal Vive Andes en San Cristóbal. Allí desarrollamos un noticiero regional con un informativo con notas que envían los periodistas de Vive y con las noticias que envían los medios comunitarios.

  • Venezuela: Nuestros pueblos han tomado el poder”: Edgar Padrón, titular de Venezolana de Televisión, participó del segundo encuentro de medios públicos de la región. En este reportaje, habla sobre la comunicación pública en Venezuela y las nuevas redes sociales.




¿Cómo estás viendo el encuentro?
EP: Es una muestra de que nuestros Pueblos han irrumpido en el Poder y están haciendo la política. Es el nuevo mundo, la construcción de una sociedad más justa e igualitaria.  Si no avanzamos unidos nos encontrarán vencidos. Este encuentro viene a reafirmar el camino decidido por los latinoamericanos. Estamos llamados a seguir por el camino de los libertadores.
¿Cuál es el rol de la televisión pública a nivel regional y en el caso particular de Venezuela?
EP: En Venezuela, la regionalización de la televisión pública genera una proximidad del usuario con el hecho político. Puede saber lo que pasa en su comunidad. La televisión regional tiene su propia manera de comunicar, tiene sus propios significantes, su propios lenguaje, una conexión directa con los que la hacen, que son los que la ven.
¿Cómo es el diálogo con los movimientos sociales desde la televisión pública?
EP: Debe ser una relación franca y directa. La televisión tiene que ser una canal para la voz organizada del Pueblo.
Un tema sobre el que insististe en la mesa fue el de las llamadas redes sociales, ¿Qué papel les asignas?
EP: Las mal llamadas “redes sociales”. Me resulta difícil llamarlas de esa forma, porque sino una asociación de vecinos qué será. Son nuevos empaques para comunicarse, no debemos darle la espalda. Tenemos que poseerlos, generar nosotros las nociones que se conviertan en significantes en cada uno que los usa. No podemos permitir que nuestra juventud permanezca desmovilizada y despolitizada.
¿Cuáles serían los desafíos de las televisoras públicas de la región hacia adelante?
EP: Encontrar espacios en los que la tecnología pueda ser el puente de encuentro pero que sean los contenidos los que generen el cambio hacia el hombre nuevo.
  • Argentina: "Se están dando pasos fundamentales",así lo aseguró el presidente de Radio y Televisión Argentina, Tristán Bauer, durante la jornada Mirá lo que dijo.

  • Argentina: "El debate sobre la concentracioón mediática se da en muchos países de la région": así lo aseguró el titular de la Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual(AFSCA), Martín Sabbatella. "Brasil, Ecuador, Uruguay, Bolivia están discutiendo leyes sobre los medios", describió




  • Argentina: “Hay que construir una audiencia para las pantallas públicas”: Esteban Falcón, presidente de los Servicios de Radio y Televisión de Córdoba. En esta entrevista, realiza un balance de la evolución del proyecto.


Los servicios de radio y televisión de la UNC están compuestos por: un canal de aire, Canal 10; una señal de noticias 24 horas que está en la televisión digital; una radio AM, una FM; un portal informativo que está en la web.
¿Cómo fue evolucionando el proyecto?
Esteban Falcón: Vivimos un momento imposible de imaginar años atrás. Tenemos un proceso de inversión tecnológica, de producción local y de propuestas de co-producción.  Los medios públicos universitarios estaban muy deteriorados y a partir de 2005 se genera un quiebre. Dentro de un paradigma legislativo nuevo y con la televisión digital, estamos viviendo una primavera como medio público.
¿Qué respuestas han obtenido del público?
Esteban Falcón: Así como hay que reconstruir los medios públicos, hay que construir una audiencia para esas pantallas. Nosotros volvimos a re-posicionar nuestra AM, el portal crece en visitas y en canal se mantiene en un tercer puesto cómodo.
¿Cómo piensan el desafío hacia adelante?
Esteban Falcón: Resolver el cuadro de déficit crónico. La posibilidad de contar con financiamiento de sostener el crecimiento y tener una mayor penetración posible. Falta mucho pero viendo el camino transcurrido, las perspectivas son prometedoras.
¿Cómo es esto de una producción local compitiendo con producciones nacionales e incluso internacionales?
Esteban Falcón: No es fácil pero hay que acostumbrar a las audiencias a tener opciones locales. Para eso tienen que ser entretenidas, de calidad y espejo del lugar que comunicamos.

  • Argentina: “Creamos pantallas públicas que se parecen a sua pueblos” María Rosenfeldt, directora de Canal Encuentro, realiza un balance de la experiencia del canal y responde a algunas de las críticas que algunos sectores expresaron contra la programación.



    ¿Qué balance haces de la experiencia de Canal Encuentro?
    María Rosenfeldt: Se volvió referente, marcó una nueva manera de hacer televisión pública, diciendo que lo público podía ser de calidad. Encuentro se propone ciertos valores que en la televisión comercial no están: ser plurales, ser diversos, poner en cuestión, abrir,  mostrar paisajes y rostros que nunca fueron puestos en pantalla, hablar de multimedia, lo federal.  Todos valores que tenemos presentes.
    La modalidad de producción abre el espacio a productoras y centros audiovisuales de todo el país que tienen así un lugar donde llevar sus producciones.
    El logro de una televisión pública es que la gente se apropie de ella y la vea como suya. Que así como tenemos presidentes que se parecen a sus Pueblos, tener pantallas públicas que se parezcan a sus Pueblos.
    El canal se convirtió en referente. Eso es un orgullo y un desafío de hablar de multiplataformas y de qué es lo público. Es una responsabilidad ser referente y estamos siempre construyendo para llegar a más personas, tener diálogo con la audiencia, ser parte de procesos de enseñanza, en ese estamos.
    ¿Cuáles son los desafíos hacia adelante?
    María Rosenfeldt: El desafío es buscar nuevas narrativas, buscar co-producciones, narrarnos como argentinos y latinoamericanos, instalar nuevas imágenes de nuestra historia, narrar lo que queda, ver los procesos de la tecnología….de todo, mucho. Estar atentos a seguir siendo referencia.
    Cuando apareció el canal, aparecieron resistencias que trataban de instalar la idea de cierta mirada sesgada de las cosas. A esta altura del proyecto, ¿Qué dirías?
    María Rosenfeldt: Había una idea muy instalada de qué era lo público y el desafío del canal era romperla.  Hay gente que prefiere juzgarlo porque como es público lo asocia al gobierno. El canal pone varias miradas sobre las mismas cosas. Tratamos de verlas más allá de la coyuntura y tener una mirada más amplia.
    Obviamente hay una lucha política. El canal estaba en el aire y ningún cable operador lo bajaba. Néstor Kirchner hizo una negociación obligada y logró que Clarín acceda a que Multicanal ponga Encuentro entre los primeros canales de su grilla.
    La lucha sigue porque tenemos Paka Paka que no se puede ver. Nuestros niños y niñas no pueden acceder a un canal que tiene que ver con lo que ellos son, y sí tienen siete canales para niños que vienen de Estados Unidos y que muchas veces los ven como consumidores.
  • Bolívia: "El rol es el de defender al Estado, las culturas y los procesos latinoamericanos" Gustavo Portocarrero, director de Bolivia TV. 



¿Cuál es el rol de las televisoras públicas en cada país?
Gustavo Portocarrero: El de defender al Estado, las culturas y los procesos latinoamericanos. Además, tenemos formas nuevas de contar, nuevas narrativas, nuevas dramaturgias e historias nuevas para el mundo. Nadie quiere eliminar al otro, lo que necesitamos es complementarnos pero con soberanía.
Siendo Bolivia un Estado Plurinacional, ¿Qué particularidades a la hora de trabajar?
Gustavo Portocarrero: Es complejo porque son 36 Naciones, son 36 idiomas, y hay que restaurar muchos de ellos, recopilando información. Hay Naciones que han estado muy abandonadas, no había electricidad ni servicios. Ahora hay nuevos servicios, hay un proceso en ese sentido, de recopilar todas esas historias.
Una de las cosas que destacaste fue la recuperación del archivo de imagen destruido durante gobiernos de facto… 

Gustavo Portocarrero: Se han robado la mayor parte de imágenes y sonidos de las comunidades. Lo importante es construir ese sujeto histórico, político y cultural.


  • México: "Hay que resolver la ecuación entre contenido y atractivo": Gabriel Torres, director de Canal 44 UDG-México, habló sobre los medios públicos mexicanos y los nuevos desafíos en el campo de la comunicación audiovisual pública. "No hemos logrado ser canales de alto impacto a pesar de que producimos excelentes contenidos", subrayó.





¿Qué destaca del encuentro?

Gabriel Torres: Una de las mesas de la que me tocó participar habló sobre la importancia de las tecnologías como factor de integración. Eso nos lleva a la reflexión, no sólo del impacto que están teniendo los nuevos medios de comunicación en la manera de producir y consumir televisión, sino también en los nuevos formatos de contenidos.
Los jóvenes no están siendo igualmente receptivos a la pantalla chica sino que se están informando en forma instantánea, antes de ver el periódico o la televisión. Esto transforma nuestras maneras de programar y producir contenidos audiovisuales.

¿Cuál es el rol de los medios públicos?

Gabriel Torres: Tiene que resolver la ecuación entre contenido y atractivo para las audiencias. El gran dilema, que no todos reconocemos, es que resulta aburrida para un grueso muy amplio de la población. No hemos logrado ser canales de alto impacto aunque producimos excelentes contenidos. No tiene sentido destinar recursos a un televisión que no logra la atención de los televidentes. La tele pública tiene que construir sus propias audiencias.
A muchos les levanta urticaria el tema del rating. Creo que lo que no se mide, no se pude mejorar. Hay que saber cómo responden los sectores de la sociedad en los distintos horarios, quizás hi tenemos un problema para llegar a mayor número de televidentes.

Se vuelve difícil así la competencia con los canales privados.

GT: Se vuelve difícil porque etiquetamos todo lo que hacen los medios privados como negativo y no es así. Hay muchas herramientas y experiencias para considerar y analizar. La televisión pública debe insistir en los contenidos pero deben ir de la mano del incremento de la audiencia.

¿Qué medios públicos existen en México?

GT: Somos más de 37 televisoras públicas. Estamos agrupados en una red de radiodifusoras y televisoras públicas de México. Está por ejemplo, el canal 22, que es el canal público más poderoso de México.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Uruguai regula TV Digital com espaço para rede pública

De Medioslatinos

El Presidente uruguayo, José Mujica, firmó el decreto que regula la Televisión Digital en el país sudamericano. El texto introduce diversos conceptos nuevos en la legislación local respecto al sistema televisivo, como la reserva de espectro para tres sectores de la comunicación (comercial, público y comentario), el establecimientos de plazos para la asignación de las nuevas frecuencias, el concurso público, abierto y gratuito para la asignación de los canales, la consulta pública previa a la asignación de los mismos y el establecimiento de la empresa estatal Antel como operador de red público. 
Las organizaciones que conforman la Coalición por una Comunicación Democrática, que vienen acompañando todo el proceso de elaboración de un nuevo marco regulatorio para el sector, hicieron conocer su satisfacción por la firma del decreto, al considerar que regula la asignación de espectro para la televisión digital bajo estándares de diversidad, pluralismo y respeto a la libertad de expresión. 
"Como en otros momentos la coalición ha sido crítica con la lentitud y las señales que se daban desde el gobierno para adoptar esta regulación, hoy no tenemos rodeos en reconocer que el Ejecutivo ha dado un salto cualitativo en la construcción de un sistema de medios más diverso, plural y democrático que el actual", señala la coalición de organizaciones en un comunicado. 
El próximo gran desafío del gobierno de Mujica en materia de regulación de las telecomunicaciones es la aprobación de una Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, que se espera sea enviada próximamente por el Poder Ejecutivo al Parlamento.

Información publicada en el sitio web del periódico El Diaro de Uruguay. Para más detalles haga click aquí.       

segunda-feira, 26 de março de 2012

Entidades se mobilizam em defesa da TV Cultura-SP

As rádios e a TV Cultura de São Paulo se consolidaram historicamente como uma alternativa aos meios de comunicação privados. As rádios AM e FM ficaram conhecidas pela excelente programação de música popular brasileira e de música clássica. A televisão criou alguns dos principais programas de debates de temas nacionais, como o Roda Viva e o Opinião Nacional, e constituiu núcleos de referência na produção de programas infantis e na de musicais, como o Ensaio e o Viola, Minha Viola. As emissoras tornaram-se, apesar dos percalços, um patrimônio da população paulista.


Contudo, nos últimos anos, a TV e as rádios Cultura estão passando por um processo de desmonte e privatização, com a degradação de seu caráter público. Esse e outros fatos se destacam:

  • mais de mil demissões, entre contratados e prestadores de serviço (PJs);
  • extinção de programas (Zoom, Grandes Momentos do Esporte, Vitrine, Cultura Retrô, Login) e tentativa de extinção do Manos e Minas;
  • demissão da equipe do Entrelinhas e extinção do programa, sem garantias de que ele seja quadro fixo do Metrópolis;
  • aniquilação das equipes da Rádio Cultura e estrangulamento da equipe de jornalismo;
  • enfraquecimento da produção própria de conteúdo, inclusive dos infantis;
  • entrega, sem critérios públicos, de horários na programação para meios de comunicação privados, como a Folha de S.Paulo;
  • cancelamento de contratos de prestação de serviços (TV Justiça, Assembleia e outros);
  • doação da pinacoteca e biblioteca;
  • sucateamento da cenografia, da marcenaria, de maquinaria e efeitos, além do setor de transportes.

Pela sua composição e formato de indicação, o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta não tem a independência necessária para defender a Cultura das ações predatórias vindas de sua própria presidência. Mesmo que tivesse, sobre alguns desses pontos o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta sequer foi consultado.



Não podemos deixar esse patrimônio do povo de São Paulo ser dilapidado, vítima de sucateamento promovido por sucessivas gestões sem compromisso com o interesse público, seriamente agravado na gestão Sayad.

Nesse momento, é preciso afirmar seu caráter público e lutar pelos seguintes pontos:

  1. Contra o desmonte geral da rádio e TV Cultura e pela retomada dos programas.
  2. Em defesa do pluralismo e da diversidade na programação.
  3. Por uma política transparente e democrática para abertura à programação independente, com realização de pitchings e editais.
  4. Pela democratização do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta


ATO CONTRA A PRIVATARIA DA CULTURA - 3 de abril, terça-feira, às 19h
Local: Sindicato dos Engenheiros de São Paulo - Rua Genebra, 25 – Centro (ao lado da Câmara Municipal)


Gilberto Maringoni
Hamilton Octavio de Souza
Ivana Jinkings
Joaquim Palhares – Carta Maior
Laurindo Lalo Leal Filho
Luiz Carlos Azenha – blog Vi o Mundo
Luiz Gonzaga Belluzzo
Renato Rovai – Revista Fórum e Presidente da Altercom
Rodrigo Vianna – blog Escrevinhador
Wagner Nabuco – Revista Caros Amigos
Emir Sader
Flávio Aguiar
Altercom - Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Frente Paulista pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Psol defende novo marco regulatório para a Comunicação

Reunido em seu terceiro congresso nacional, o Partido Socialismo e Liberdade - Psol decidiu lutar por um novo marco regulatório para a Comunicação no Brasil. Para o partido, as indústrias da comunicação e da cultura desempenham um papel central no sistema capitalista. As corporações de mídia formam um poderoso oligopólio global, altamente concentrado. Esse oligopólio atua de maneira determinante na reprodução econômica e disseminação dos valores da ideologia dominante.

Veja abaixo a nota emitida pelo Psol:

No Brasil, vemos um cenário ainda mais concentrado. A legislação vigente é ultrapassada, dispersa e fragmentada, e esse vazio legal só atende aos interesses dos empresários. Diante de qualquer iniciativa que restrinja minimamente – ainda que nos limitados marcos da institucionalidade burguesa – seu poder, os empresários da comunicação reagem alegando uma suposta defesa da liberdade de expressão. O governo de Dilma Rousseff só reforça essa lógica, ao dizer que o controle social dos meios de comunicação deve se limitar ao controle remoto (e a possibilidade de mudar de emissora).

Por outro lado, observamos políticas culturais de caráter mercadológico, que passam a prerrogativa de definir o que é ou não cultura (e o que merece ou não incentivo) a instituições privadas.

Neste sentido, defendemos a importância do direito à comunicação e à cultura, compreendido não como o direito de não apenas consumir o conteúdo produzido pelas grandes redes, mas também produzir e difundir nossas informações e manifestações culturais.

Por tudo isso, o III Congresso do Partido Socialismo e Liberdade resolve:

I. Lutar pela construção de um novo marco regulatório das comunicações no Brasil. Este marco legal deve regulamentar, entre outras coisas:

a) as concessões das emissoras de rádio e televisão; estabelecendo critérios claros para a renovação ou não de cada concessão. Garantir o cumprimento da proibição que políticos em cargos eletivos tenha, concessões de rádio e TV;

b) o fortalecimento e ampliação dos sistemas público e estatal de radiodifusão;

c) a radiodifusão comunitária, com o objetivo de ampliar seu alcance, garantir a legalidade e preservar os direitos dos comunicadores populares;

d) a universalização da banda larga, de modo a garantir serviço de internet de qualidade para o conjunto da população brasileira, e não submetido à lógica de mercado;

e) a criação de instâncias de participação social, com poder deliberativo, na definição das políticas públicas de comunicação e cultura;

f) a defesa da classificação indicativa dos programas televisivos, entendida pelo conjunto dos movimentos sociais com a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, e não como um ataque à liberdade de expressão, como alegam alguns;

II. Enfrentar o modelo vigente de políticas culturais, submetido a uma crescente lógica de mercantilização e privatização, determinada pelas leis de fomento. As políticas de apoio a produção, distribuição e acesso à cultura devem ser definidas pelo poder público, com ampla participação popular;

III. Defender uma revisão da política de direitos autorais que busque preservar os interesses dos trabalhadores da cultura e, simultaneamente, democratizar o acesso aos bens culturais, ao invés de favorecer prioritariamente a indústria cultural, como é o modelo em vigor.

IV. Enfrentar a criminalização dos movimentos e dos lutadores e lutadoras sociais pela mídia burguesa. Vivemos, recentemente, um caso exemplar nas fileiras de nosso Partido que foi o processo de crescentes ameaças contra a vida do deputado estadual Marcelo Freixo (RJ), que o levaram a deixar o país. O fato foi ignorado ou tratado de forma oportunista e perversa pela imensa maioria da mídia burguesa. O mesmo tratamento recebem cotidianamente os lutadores sociais, aí incluídos os comunicadores populares, que são apresentados à sociedade como criminosos.

V. Contribuir para a mobilização e articulação dos movimentos relacionados à luta pela democratização da comunicação e da cultura. Entendemos que o movimento vive um momento de desarticulação e pretendemos, em nossa atuação cotidiana, contribuir para a reorganização e trabalhar para que mais movimentos sociais compreendam e incorporem a pauta às suas lutas