Caros leitores e leitoras.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Revista seleciona editor pra atuar em São Paulo

A revista Repórter Brasil procura jornalista com experiência em edição de revistas jornalísticas para início imediato.
A vaga é pelo regime CLT e o local de trabalho é São Paulo. .

As habilidades procuradas são:

- Experiência em edição de reportagens para revistas será valorizada
- Experiência com cobertura da questão indígena será um importante diferencial
- Afinidade com cobertura política, direitos trabalhistas e questões socioambientais.
- Rigor e precisão na apuração
- Experiência com jornalismo investigativo será valorizada
- Inglês avançado será valorizado
- Comprometimento, responsabilidade e facilidade para trabalhar em equipe

A Repórter Brasil valoriza a diversidade da sua equipe e esse critério será um fator na seleção

Os interessados devem enviar currículos para o email vagas@reporterbrasil.org.br com o assunto Vaga editor até o dia 8 de maio de 2019.

Juntamente com o currículo devem ser anexadas duas amostras do trabalho de edição e uma reportagem de autoria do candidato.

O currículo deve ser enviado aberto no corpo do e-mail.

domingo, 7 de abril de 2019

Sesi Nacional seleciona Jornalista

O Serviço Social da Indústria - Sesi Nacional, organização vinculada à Confederação Nacional das Indústrias,  seleciona até o dia 19 de abril um jornalista para contratação na função de Analista de Comunicação Junior.

A vaga será para desempenho em Brasília. O candidato deverá possuir graduação em Jornalismo, Registro Profissional, conhecimento em mídias sociais e domínio em ferramentas de áudio, vídeo e mídias diversas.

Deverá possuir ainda experiência na cobertura de eventos, desenvolvimento de textos para atualização de páginas web e mídias sociais.

Os interessados deverão acessar o portal www.vagas.com,br/v1869566 e cadastrar o respectivo currículo até o dia 19 de abril.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Morre o símbolo da fotografia brasileira. Adeus a Gervásio Baptista.



Brasília perde Gervásio Baptista, 97 anos, que nunca se intimidou com o ambiente solene do Palácio. Gervásio, o Gegê, foi uma referência para todas as gerações de fotógrafos



Por Alan Marques, publicado originalmente no Misto Brasília


Gervásio nos deixou hoje, mas estará sempre presente na lembrança de que viu seu sorriso e ouviu suas piadas. Não tinha como não rir com ele e não aprender como ele. Gegê, querido de todos, alegre para todos, gentil com todos. Todos nós sentiremos sua falta.
Deixo uma breve homenagem nas linhas de artigo que fiz sobre ele. É um texto que fala dele por meio do seu legado: fotojornalismo e a fotografia como arte.

Meu carinho!
Gervásio Baptista nunca se intimidou com o ambiente solene do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional ou STF, porque, com a bagagem de quem cobriu a Guerra do Vietnã (1955-75), a Revolução dos Cravos em Portugal (1974) e foi fotógrafo da Presidência da República durante o governo de José Sarney (1985-90), sempre transitou entre togados,  políticos e entre balas com a leveza de quem fotografa a vida mirando a sua efemeridade.

Como tudo começou
O início da carreira desse fotógrafo foi aos 15 anos, quando entrou para o jornal “Estado da Bahia” com uma câmera de chapa de vidro 9×12 e um flash “que colocava fogo em tudo”.
Não tinha nem um ano de casa quando foi pautado para fotografar Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, recebendo a Comenda do Vaqueiro, no interior do Estado.
Um jumento tinha sido todo preparado com arreios coloridos e quatro homens levantaram Chateaubriand no colo para colocá-lo no lombo do bicho. Chatô vetou a publicação da imagem, mas acabou levando o jovem fotógrafo para trabalhar no Rio de Janeiro, na revista “O Cruzeiro”.
No final da década de 50, já na revista “Manchete”, Gervásio cometeu uma gafe quando pediu um cigarro a um médico argentino que estava em Cuba. Era Ernesto Che Guevara. O guerrilheiro soltou um palavrão e disse que cigarro era coisa de norte-americano e aquilo era um autêntico charuto cubano, “verdadeiro fumo de homem”. A conversa acabou entre risos.

Fotos mais polêmicas

Nem sempre a relação com fotografados foi assim, tranquila. Encarregado de cobrir a missa de 30 dias da morte do marido da ex-miss Brasil Marta Rocha, Gervásio descobriu já na igreja que a viúva tinha proibido a entrada da imprensa. Tentou se esgueirar pelo telhado do prédio, mas acabou despencando perto da beldade. Fez uma única foto, tomou um soco do sacristão e foi preso.
O gosto pelo ângulo privilegiado o levou a subir em uma estátua de anjo durante o funeral do presidente Getúlio Vargas. Enquanto fotografava, sentiu uma pessoa puxando seu pé. “Rapaz, você vai cair daí”, advertia o homem. “Qualquer coisa o senhor me pega”, disse Gervásio para Tancredo Neves, na época ministro da Justiça.
Mais de 30 anos depois, o então presidente eleito Tancredo estava internado no Hospital de Base de Brasília. Era necessário mostrar que Tancredo estava bem e tranquilizar o país. Foi Gervásio, amigo do presidente, o nome lembrado para fazer a imagem esperada por todos.
Depois de fazer o trabalho, o fotógrafo pediu a Tancredo para acenar aos jornalistas de plantão, em frente ao hospital. O presidente não quis, mas prometeu que no sábado seguinte, quando recebesse alta, todos poderiam fazer fotos. Esse dia nunca chegou.

Nota da Redação 

Gervásio Baptista, conhecido como o "fotógrafo dos presidentes", morreu aos 96 anos, na manhã desta sexta-feira (5/4), por causas naturais. Ele estava em um espaço para idosos em Vicente Pires, no Distrito Federal. Nossa homenagem a esse pioneiro do fotojornalismo brasileiro que inspirou tantas gerações.