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sábado, 26 de fevereiro de 2022

UnB capacita Comunicadores Populares para prevenção de dengue, zika e chikungunya

O Distrito Federal é uma das quatro unidades federativas que tiveram as maiores taxas de incidência no Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do DF, foram notificados 4.279 casos suspeitos de dengue até o dia 18 de fevereiro. Os dados apontam um acréscimo de 287,2% no número de casos prováveis de dengue em residentes da capital federal, se comparado ao mesmo período de 2021.






A Universidade de Brasília (UnB) vai capacitar lideranças e comunicadores comunitários no combate à dengue, zika e chikungunya. O curso, que será aberto nacionalmente, é gratuito, de extensão, totalmente a distância, com 180h/a de certificação pela UnB. As inscrições serão abertas a partir de 15 de março e entre os módulos do curso, preparados por profissionais de jornalismo, rádio e televisão, estão noções de texto e roteiro em mídia sonora; tipos de programas radiofônicos (musicais, esportivos, noticiosos, etc); os diferentes tipos de locução; estratégias de marketing e divulgação em redes sociais; operacionalização de equipamentos: mesas de áudio; o fluxo digital na comunicação comunitária; história e legislação de rádios comunitárias; edição de produtos sonoros; novas tendências em áudio: podcasts e produtos para Whatsapp e muito mais.

Além da pandemia de covid-19, a dengue, zika e chikungunya seguem sendo um problema de saúde nacional. Conforme dados do último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, até o dia 12 de fevereiro deste ano foram registrados 70.555 casos prováveis de dengue no Brasil, com um aumento de 43,5% em relação ao mesmo período em 2021. A Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 178,8 casos para cada 100 mil habitantes, seguida das Regiões Norte (64,1 casos/100 mil hab.), Sudeste (19,3 casos/100 mil hab.), Sul (13,6 casos/100 mil hab.) e Nordeste (12,4 casos/100 mil hab.). Sobre os dados de chikungunya, ocorreram 4.404 casos prováveis da doença. Com relação aos dados de zika, foram registrados 323 casos da infecção pelo vírus no país.

O Distrito Federal é uma das quatro unidades federativas que tiveram as maiores taxas de incidência no Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do DF, foram notificados 4.279 casos suspeitos de dengue até o dia 18 de fevereiro. Os dados apontam um acréscimo de 287,2% no número de casos prováveis de dengue em residentes da capital federal, se comparado ao mesmo período de 2021.

De acordo com a coordenadora das ações de educação, informação e comunicação do Projeto ArboControl, professora Valéria Mendonça (UnB), diante do cenário epidemiológico apresentado no Brasil e no Distrito Federal, iniciativas como a do projeto são cada vez mais necessárias. Fruto de um convênio entre a Universidade de Brasília e o Ministério da Saúde, a iniciativa conta com quatro componentes e uma rede de pesquisadores nacionais e internacionais que atua em ações como formação e capacitação de profissionais de saúde; desenvolvimento de inseticidas; diagnóstico de sistemas de informação; desenvolvimento de aplicativos de vigilância; avaliação da efetividade de campanhas e ações de educação, informação e comunicação; dentre outras.

O ArboControl tem o objetivo de apresentar alternativas viáveis, eficazes em longo prazo e ambientalmente sustentáveis para o controle do Aedes aegypti. “Cada vez mais precisamos utilizar estratégias de educação, informação e comunicação a fim de nos prevenirmos de doenças e promovermos a saúde em nossas casas e comunidades. Para auxiliar nesse processo, precisamos ser protagonistas dessa mudança, que somente ocorrerá com a tradução do conhecimento a ser compartilhado entre academia, lideranças e mídias comunitárias, profissionais e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destaca Valéria.

Para mais detalhes, visite o site do projeto 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

TV em (ou será a) cores faz 50 anos no Brasil

Em 1972, ocorria a primeira transmissão em cores na TV aberta brasileira, no evento histórico da Festa da Uva, em Caxias do Sul Por que vemos a imagem da TV colorida e quais tecnologias evoluíram com o tempo?


Por Larissa Leão


Habituados com uma tecnologia tão moderna e presente no nosso dia a dia, para os mais jovens chega a ser curioso imaginar que há apenas 50 anos ocorria a primeira transmissão em cores da TV aberta no Brasil. Foi uma jornada até esse dia, com estudos e testes, para que a TV analógica, antes preto e branco, ganhasse cores em 19 de fevereiro de 1972, conquistando seu marco na história da comunicação e da televisão brasileira. O evento da Festa da Uva, realizado em Caxias do Sul (RS), ficou popularmente conhecido como o início de uma nova era para a TV, com uma programação sendo transmitida em cores em circuito fechado. 

Segundo Elmo Francfort, diretor do Museu da TV, Rádio e Cinema, a Festa da Uva foi o pontapé inicial, mas apenas em 31 de março de 1972 aconteceu a estreia oficial da TV em cores no Brasil.

Mas, afinal, por que e como conseguimos enxergar as cores nos televisores?

O coordenador do Módulo Técnico do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD), Luiz Fausto, explica que “o olho humano possui três tipos de receptores de cores diferentes que nos permitem distingui-las: um que absorve mais o vermelho, outro que absorve mais o verde e outro que absorve mais o azul. Assim, as telas coloridas combinam para cada ponto da imagem (chamado "pixel"), esses três componentes de cor (vermelho, verde e azul – ou RGB, do inglês red, green, blue)”. Além disso, Fausto ressalta que para que as telas possam exibir imagens coloridas, as câmeras também precisam ser capazes de separar esses três componentes de cor (RGB).

Evolução da tecnologia em cores

Ao longo do tempo, a tecnologia das telas e das câmeras evoluiu muito, permitindo uma maior precisão na representação das cores, como também, o uso de um espaço de cores maior.

O coordenador explica que na televisão colorida analógica (TV 1.5) o espaço de cores suportado compreendia cerca de 32% das cores visíveis. “Já na TV Digital, a resolução do vídeo melhorou muito (de 480 linhas para 1080 linhas). O espaço de cores também obteve uma melhora, compreendendo cerca de 35% das cores visíveis”, ressalta. Com o suporte opcional a HDR (High Dynamic Range) introduzido na TV 2.5, é possível um aumento do contraste suportado (de 1.000:1 para 200.000:1). Embora o espaço de cor ainda seja o mesmo, o volume de cores aumenta devido a uma faixa maior de ajuste de brilho.

A chegada da TV Digital no país apresentou novas possibilidades, com cores mais próximas da realidade, e, para quem se pergunta se terão novas tecnologias aprimorando o que conhecemos hoje, Luiz Fausto confirma que sim.

“A TV 3.0, além de suportar resoluções de vídeo maiores (incluindo 4K e 8K), vai suportar um espaço de cores ampliado (WCG, Wide Color Gamut), compreendendo cerca de 76% das cores visíveis. Combinando isso com HDR você terá um volume de cor tão grande como se a sua TV fosse uma janela para o mundo real (ou para o mundo das obras de ficção)”, explica.

Além disso, Fausto conta que aumentando o número de bits por componente de cor de 8 para 10, haverá ainda mais precisão na reprodução de cada tonalidade. Por fim, aumentando a taxa de quadros de 29,97 quadros por segundo para até 120 quadros por segundo (HFR – High Frame Rate), cenas com movimentos rápidos como esportes e filmes de ação vão ficar ainda mais nítidas.

Aos novos e mais velhos, definitivamente a maneira com que acompanhamos os conteúdos na televisão, promete ser ainda mais emocionante com as novas transformações.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Publicidade: Direitos e deveres das imobiliárias

A publicidade imobiliária é uma das estratégias para a venda de empreendimentos. Porém, o que pode acontecer é que as informações contidas nesse anúncio não estejam corretas ou não sejam claras o suficientes, causando impasses na venda. É comum que as imobiliárias queiram destacar as qualidades e vantagens de um empreendimento, mas, é de responsabilidade da empresa lidar com a veracidade das informações. Imobiliárias são responsáveis pelas informações divulgadas em publicidade de empreendimentos.

 

Por Verônica Pacheco

Uma imobiliária usa de muitas ferramentas para conseguir concluir a venda de imóveis, sendo uma delas, a publicidade. Responsável pela mediação entre o comprador e o vendedor de empreendimentos, o papel dos corretores e profissionais deste estabelecimento é fazer ajustes e acordos para que seja atendida a necessidade de ambas as partes que estão envolvidas no contrato.

Considerando o maior alcance de divulgação, fazer um anúncio do imóvel é uma prática comum e nele, é normal que sejam evidenciados os benefícios que aquela compra pode possibilitar ao comprador. Todavia, a imobiliária deve estar ciente de que, tudo o que ela propaga como verdade deve ser verídico.

Segundo a advogada especializada em direito tributário Dra. Sabrina Rui, “uma situação bastante corriqueira são as imobiliárias fazerem publicidades dos empreendimentos que estão comercializando com o objetivo de chamar a atenção de possíveis clientes. Todavia, estas devem ficar atentas que também são responsáveis pela propaganda que veiculam e pelos empreendimentos que comercializam”.

Em outras palavras, a imobiliária é responsável pelas promessas e afirmações feitas no momento da venda. “Um bom exemplo que se pode dizer dessa responsabilidade, é da importância de verificar se o empreendimento está regular junto aos órgãos municipais e estaduais, se a documentação está correta e apta a registro, pois, sendo detectada irregularidades, ela poderá responder pelos danos causados”, exemplifica a advogada. 

Assim, para que um empreendimento seja anunciado, a imobiliária deve ter todas as informações possíveis sobre aquela construção e repassá-las ao comprador de forma clara e objetiva. “Os intermediadores das vendas devem sempre pautar-se pela informação completa do empreendimento comercializado e, repassar de forma direta todas condições que permeiam aquela negociação”, afirma a Dra. Sabrina Rui.

Em um exemplo recente, uma imobiliária foi condenada a indenizar os compradores que negociaram lotes de um condomínio. Os compradores que adquiriram os lotes no condomínio acreditaram que o loteamento estaria em situação regular, pois era a informação dada pela imobiliária. Entretanto, após a compra descobriram que não seria possível o registro da propriedade, pois o loteamento não havia sido aprovado pela prefeitura, não sendo possível fazer o registro em cartório.

Portanto, a responsabilidade da publicidade e da veracidade das informações recai especialmente à imobiliária, que é quem passa as informações ao possível comprador. Em relação ao cliente, é prudente que se faça uma pesquisa sobre o empreendimento. Segundo a especialista, “para evitar cair em golpes como esse, é importante ficar de olho nas informações que são comuns sobre determinado empreendimento, e consultar especialista no assunto aumenta a segurança da compra”.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

TV paga: base de assinantes no Brasil fica 13% menor em 2021


Esta queda é bastante superior à erosão de base de 2020, quando o mercado encolheu 830 mil clientes, e maior do que a queda de base em 2019, quando a queda foi de cerca de 1,8 milhão de assinantes.

Por Samuel Possebon, publicado originalmente em TelaViva

Considerando-se os números reais de acessos divulgados pela Anatel referentes a dezembro, é possível dizer que o mercado de TV paga teve uma queda de cerca de 1,9 milhão de usuários, ou 12,7%, em relação ao número de acessos em dezembro de 2021. Os números não são absolutamente precisos porque no meio de 2021 a agência promoveu uma mudança metodológica na contagem dos acessos, criando um segundo número que em um primeiro momento chegou a representar quase 3 milhões de acessos a mais, e hoje significa cerca de 2,6 milhões de usuários al[em do número regular. O que aconteceu é que a agência passou a contar como clientes de TV paga os usuários dos serviços "livres", que consistem em kits de recepção de TV paga habilitados para receber apenas os canais abertos e obrigatórios, sem nenhum tipo de mensalidade.

Em dezembro de 2021 a agência registrou uma base de 16,04 milhões de usuários de TV paga, dos quais pouco mais de 3 milhões foram adicionados até agosto nessa mudança metodológica, e desde então houve uma perda de cerca de 977 mil clientes. Antes da alteração na forma de contar os números, ocorrida em julho de 2021, o dado da Anatel indicavam 13,9 milhões de assinantes. No final de 2020 eram, 14,83 milhões de acessos. Foram, então, cerca de 900 mil assinantes perdidos entre dezembro de 2020 e julho de 2021, e depois mais 977 mil entre agosto de 2021 e dezembro do ano passado, perfazendo a perda estimada de 1,87 milhão, entre assinantes pagantes e usuários do serviço livre.

Esta queda é bastante superior à erosão de base de 2020, quando o mercado encolheu 830 mil clientes, e maior do que a queda de base em 2019, quando a queda foi de cerca de 1,8 milhão de assinantes. Percentualmente, o tombo de 2021 foi também maior que o de 2019, indicando que já podem ter sido totalmente revertidos eventuais efeitos positivos registrados no período inicial da pandemia, quando as  desconexões se atenuaram. Mas a intensificação das quedas de base decorre justamente de uma aceleração, por parte das operadoras, das desconexões dos planos livre, agora computados pela Anatel, justamente para uniformizar os registros de base e evitar distorções.

Os números da agência também mostram que no mês de dezembro de 2021 a queda foi de quase 410 mil clientes, a maior retração já registrada em um único mês. 

A análise individual de cada operadora mostra dados interessantes. A Claro, maior operadora, teria perdido cerca de 834 mil assinantes de TV paga em 2021, considerando pagantes e os clientes "livres". A Sky, seguindo o mermo critério, perdeu 855 mil; a Oi perdeu outros 176 mil; e a Vivo teve um saldo negativo de 133 mil no ano. O dashboard da Anatel com os dados completos está disponível aqui.