Caros leitores e leitoras.
Mostrando postagens com marcador CPLP. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CPLP. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Documentário registra o papel do rádio na libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde

Canhão de Boca é um documentário de 52 minutos, realizado por Ângelo Lopes e produzido por Samira Pereira, da produtora O2, que aborda a construção da liberdade em Cabo Verde a partir dos programas de rádio. 
No contexto de luta de libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral usava a expressão “Canhão de Boca” para se referir à Rádio Libertação como arma mais poderosa do que todo o arsenal de guerra que pudessem possuir.
A partir da experiência cabo-verdiana e com um olhar sobre o mundo, o documentário “Canhão de Boca” ficciona um programa de rádio com Amélia Araújo, uma das vozes da Rádio Libertação que deu corpo aos programas de difusão dos ideais da luta entre 1964 e 1973; e Rosário da Luz, voz que incorpora a informação crítica como luta da desconstrução contemporânea em Cabo Verde. As suas lutas são próprias de cada tempo, mas são, na sua essência, lutas comuns.
Hoje porque lutamos? Um dos maiores legados filosóficos da luta pela independência é o princípio de que, para sermos livres, precisamos pensar pelas nossas cabeças. Para isso, é essencial combater qualquer tipo de colonialismo e a nossa subjugação a este(s).
Este documentário elege a rádio, meio de comunicação e expressão vinculado à voz, como veículo da discussão contemporânea em torno da utopia da liberdade. A partir de eventuais confrontos, interessam as relações que o espectador reconstrua a partir do seu próprio pensamento.
O filme de Ângelo Lopes combina dois tempos: o presente e o passado históricos. O documentário conta com a participação de Amélia Araújo, a principal locutora e animadora da Rádio Libertação, emissora criada em 1967 e utilizada pelo PAIGC para difundir as suas ideias durante o conflito que opôs o Partido ao Exército Português na luta pela independência (1963/1974).

Além de Amélia Araújo, participam também do filme a economista e comentarista cabo-verdiana Rosário Luz e o diretor da Rádio Morabeza de Cabo Verde, Nuno Andrade Ferreira. 
CPLP
Canhão de Boca foi produzido e está sendo exibido no âmbito do programa CPLP Audiovisual, que tem o objetivo de estimular o intercâmbio cultural entre os povos dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O programa busca apoiar o desenvolvimento, produção e difusão de telefilmes de ficção, baseados em adaptações audiovisuais de obras literárias nacionais, bem como a produção e teledifusão de documentários.
Ficha Técnica
Inédito 52 minutos Realização Ângelo Lopes Produção Samira Pereira Diretor de Fotografia Mamadou Diop Assistente de Câmara e Edição de Imagem Edson Silva D. Captação, Edição e Mixagem de Som David Medina  Sonoplastia Kisó Oliveira Correção de Cor Manuel Pinto Barros Investigadora Celeste Fortes Assistente de Produção Vanísia Fortes Assistente Administrativa e Financeira Aldina Simão Design Gráfico Oficina de Utopias.
Serviço:
Canhão de Boca  vai ser exibido pela TV Brasil no sábado (dia 17), às 23h30.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Cinema brasileiro domina competição da 7ª edição do FESTin

Cena do filme "cartas de amor são ridículas", rodado

 na cidade de Goiás em 2012 e finalizado em 2014.
Competição de longas-metragens do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa terá 11 filmes. Serão oito obras do Brasil, uma coprodução do Brasil com Portugal, outra do Brasil com o Reino Unido e ainda um filme de Cabo Verde.

Por Jorge Horta, publicado anteriormente em África 21 Digital

O cinema brasileiro será o grande protagonista da sétima edição do FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, que decorrerá de 4 a 11 de maio no Cinema São Jorge, em Lisboa.
A competição de longas-metragens contará com 11 filmes, dos quais oito realizados exclusivamente no Brasil, um é uma coprodução luso-brasileira, outro é uma coprodução entre o Brasil e o Reino Unido e outro é uma obra de Cabo Verde.
Os filmes brasileiros na competição do FESTin são:
"A história da eternidade" (de Camilo Cavalcante),
"Amores urbanos" (Vera Egito),
"Ausência" (Chico Teixeira),
"Cartas de amor são ridículas" (Alvarina Souza e Silva),
"Maresia" (Marcos Guttman),
"Fome" (Cristiano Burlan),
"Por trás do céu" (Caio Soh) e
"Mundo cão" (Marcos Jorge).

O Brasil também estará em competição por via das coproduções com Portugal, em "Histórias de Alice" (de Oswaldo Caldeira), e com o Reino Unido, em "A família Dionti" (de Alan Minas).
A competição conta ainda com o filme cabo-verdiano "Zenaida", de Alexis Tsafas e Yannis Fotou.

Paralelamente, o festival terá uma competição de curtas-metragens, com 20 trabalhos provenientes de Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde.
Além da exibição de obras de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste) haverá uma sessão de leituras com contos tradicionais que incluem a Guiné Equatorial. Ao todo, serão exibidos 74 filmes, entre longas, curtas e documentários.
O FESTin é organizado pela ASCULP- Associação Cultura e Cidadania da Língua Portuguesa, em coprodução com o Cinema São Jorge e parceria estratégica com a EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, e conta com o apoio financeiro da CML - Câmara Municipal de Lisboa.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Cabo Verde: Jornalistas denunciam limitações legais à liberdade de imprensa

Distribuído pela Panapress, publicado anteriormente na África 21 Digital


A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) pediu, ao presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que solicite ao Tribunal Constitucional a fiscalização de uma norma do Código Eleitoral que leva a uma limitação séria da liberdade de Imprensa no arquipélago.

Praia - A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) pediu, terça-feira, ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que solicite ao Tribunal Constitucional a fiscalização de uma norma do Código Eleitoral que leva a uma limitação séria da liberdade de Imprensa no arquipélago.
À saída da audiência que uma delegação da AJOC teve com Jorge Carlos Fonseca, a presidente da AJOC explicou que a associação que representa a classe jornalística cabo-verdiana está preocupada com a aplicação dada ao artigo 105 do Código Eleitoral, nas alíneas c) e e).
"Entendemos que, nesse momento o que se desenha é essa nova limitação de liberdade de imprensa e da liberdade de expressão dos cabo-verdianos e a AJOC entende que isto é inconstitucional, tendo em conta o artigo 40 e 60 da Constituição da República", disse.
Por isso, prosseguiu, "porque temos essas dúvidas sobre essa inconstitucionalidade dessas normas, viemos pedir ao Presidente que solicite ao Tribunal Constitucional a fiscalização desta norma do Código Eleitoral".
Para Carla Lima, o facto de o referido artigo dizer que não se pode emitir opinião nem favorável nem desfavorável em relação ao candidato de partidos ou listas e nem em relação aos órgãos de soberania ou órgãos autárquicos, tem levado as televisões, as rádios e os jornais a suspenderem os espaços de opinião dos cidadãos e de especialistas, durante o período da campanha para a eleições legislativas de 20 de março próximo.
A presidente da AJOC diz ter verificado que, após as eleições de 2011, o número de queixas que entraram na Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra os órgãos de comunicação social foi "imenso", tendo, na altura, o órgão que supervisiona os processos eleitorais  dado provimento a essas queixas com base no artigo 105 do Código Eleitoral.
Carla Lima disse ter  constatado que o Presidente da República também tem dúvidas sobre a constitucionalidade nessa matéria, tendo Jorge Carlos Fonseca informado à delegação da AJOC estar a analisar a questão e que muito provavelmente irá solicitar a fiscalização da mesma por parte do Tribunal Constitucional.
Entretanto, já depois do encontro com a AJOC, Jorge Carlos Fonseca comentou o tema no seu perfil de Facebook, revelando que o assunto tem merecido a sua "avaliação" e que na próxima semana tomará uma posição quanto ao eventual pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade das normas em causa.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

CPLP lança programa de fomento à produção audiovisual

O programa conta com orçamento de cerca de 3 milhões de euros e terá coordenação executiva da CPLP, do Instituto do Cinema de Portugal (ICA) e da Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura do Brasil.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) lançou em Lisboa, na última semana, o Programa de Fomento à Produção e Difusão de Conteúdos Audiovisuais, que tem o objetivo de aumentar o intercâmbio cultural entre os nove países membros – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Em agosto serão promovidos concursos nacionais em todos os Estados membros da comunidade para a seleção de projetos nas áreas de documentário e ficção. As inscrições ficarão abertas até final de outubro e e as comissões de seleção vão escolher os vencedores entre os meses de novembro e dezembro. As obras serão produzidas em 2016 e exibidas em canais públicos dos nove países em 2017.
O programa conta com orçamento de cerca de 3 milhões de euros e terá coordenação executiva da CPLP, do Instituto do Cinema de Portugal (ICA) e da Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura do Brasil. Do valor disponível, um milhão de euros foi aportados por Portugal e os 2 milhões de euros restantes pelo Brasil, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual.

Projetos de documentários selecionados receberão aporte de 50 mil euros cada. Já os projetos de telefilmes receberão 40 mil euros em Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Principe e Timor Leste, e 150 mil euros nos demais países. "Em todos os exercícios teremos programas de capacitação técnica e artística através de oficinas e plantões de supervisão, além de exercícios de planejamento executivo para as etapas de produção e difusão envolvendo reuniões com todos os países da rede", explica Mario Borgneth, coordenador da unidade técnica de execução do programa.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CPLP: Estatais de comunicação querem criar um portal informativo comum

Na 6ª Assembleia da Aliança das Agências de Informação de Língua Portuguesa (ALP), que está a decorrer em Brasília, as agências estatais de notícias estudam formas de criar e financiar um portal conjunto, que reuniria parte dos conteúdos produzidos pelos oito países lusófonos que compõem a aliança.
O objetivo será ampliar o conhecimento mútuo da realidade dos países e a disseminação de notícias em língua portuguesa.
As agências públicas de menor porte e mais recentes - de Cabo Verde (Infopress), Guiné-Bissau (ANG), Moçambique (AIM), São Tomé e Príncipe (STP – Press) e do Timor Leste (Etna) -, defendem que a criação do portal comum precisa da coordenação das agências mais consolidadas - a brasileira Agência Brasil, a portuguesa Lusa e a angolana Angola Press (Angop).
"Temos de ser pragmáticos. Ou se faz o portal com a EBC [Empresa Brasil de Comunicação], a Angop e a Lusa, ou não se faz. As agências estão em estágios diferentes e não podemos exigir a mesma atuação das agências que estão em processo de criação e 'arrumando a casa'", disse o representante da Lusa, Afonso Camões. Na assembleia, sediada na EBC, avaliou-se a possibilidade de buscar patrocínio para viabilizar a página na internet.
O diretor-geral da agência de Moçambique, Gustavo Mavie, pediu empenho dos participantes para estabelecer metas para a concretização do projeto conjunto. "Não quero que essa seja mais uma reunião. Temos que definir prazos para implementação, execução e consolidação", defendeu Mavie. O diretor moçambicano também observou que as agências menores e mais recentes, como a que trabalha, precisarão da cooperação dos demais parceiros para formação e aperfeiçoamento profissional.
O diretor-presidente da EBC, Nelson Breve, destacou sobre os investimentos no âmbito da empresa brasileira como forma de democratizar o acesso à informação no país. "É dever do Estado informar e divulgar conteúdos plurais e democráticos, de forma que a população possa exercer a sua cidadania", disse Breve.
Para o secretário de Estado da Comunicação Social do Timor Leste, Nélio Isaac Sarmento, a cooperação entre as agências públicas de língua portuguesa é um instrumento para a redução das assimetrias políticas, econômicas e sociais. "A criação de uma agência é um passo essencial para a consolidação da democracia e do desenvolvimento que merecem ser conhecidos", informou Sarmento.
Na assembleia, que irá até terça-feira (26), a presidência da ALP, atualmente ocupada por Daniel Miguel Jorge, da Angola Press, passará a ser exercida pelo diretor-presidente da EBC, Nelson Breve. A ALP foi criada em Lisboa, em julho de 1996. Entre os objetivos estão a promoção do desenvolvimento das agências de informação nacionais e a formação profissional no campo jornalístico e tecnológico.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CPLP: países de língua portuguesa estudam criação de agência de notícias lusófonas

Do Portugal Digital
A capital federal brasileira sedia hoje e terça-feira (25) a 6ª Assembleia da Aliança das Agências de Informação de Língua Portuguesa (ALP), com o apoio da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.  Durante o encontro, a presidência da entidade passará da Angola Press (Angop) para a  Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
De acordo com nota divulgada pela EBC,  o foco principal da assembleia é a criação de meios para que as agências que participam do grupo "possam efetivamente colaborar umas com as outras". Dentre as alternativas propostas na última assembleia, em 2012, estão a criação de uma bolsa de conteúdos, repositório que reúna as notícias produzidas por todas as agências e o desenvolvimento de site institucional da ALP.
A criação de um portal conjunto da ALP e o debate sobre a escolha do padrão ortográfico a ser utilizado será um dos assuntos em debate durante o evento. Estará igualmente em discussão o financiamento e apoio a agências menores, por meio de subsídios e de reforço de pessoal.
Entre os objetivos da ALP está a realização de parcerias internacionais que se dediquem a propagar notícias em língua portuguesa e da promoção de workshops temáticos que contribuam para o crescimento e ampliação das agências associadas.
A ALP reúne as agências de notícias dos Estados que compõem a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), designadamente de Angola (Angop), Brasil (EBC), Cabo Verde (Infopress), Guiné-Bissau (ANG), Moçambique (AIM), Portugal (Lusa), S.Tomé e Príncipe (STP – Press) e Timor Leste (Etna).

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Operadores de comunicação lusófonos debatem regulamentação de setor

Do Portugal Digital

Nos próximos dias 14 e 15 de outubro, os operadores e órgãos reguladores da comunicação dos países com língua oficial portuguesa vão se reunir para debater a regulamentação do setor.
O encontro, que se realiza no âmbito das atividades alusivas ao Dia Mundial dos Correios (09 de outubro), vai tratar de temas como "Mercados e Operadores", "Regulação e Reguladores", "Consumidores" e "e-Sociedade".
No encontro organizado pela Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP) vão estar reunidos mais de 50 participantes de empresas operadoras de comunicação e dos órgãos reguladores do setor membros da Associação.
A organização do evento considera que o número de participantes neste encontro revela a "importância e a atualidade" dos vários temas em debate e que serão assegurados por um conjunto de especialistas provenientes de universidades portuguesas, dos órgãos reguladores de Cabo Verde e de Portugal, bem como de várias empresas operadoras do setor das comunicações do mundo lusófono.
Os participantes deste seminário serão oriundos de Cabo Verde, de Angola, do Brasil, da Guiné-Bissau, de Macau, de Moçambique, de Portugal, de São Tomé e Príncipe e de Timor Leste.
Será uma ocasião para realizar na capital cabo-verdiana um seminário sobre "Os desafios da regulação no século XXI", para debater a regulação das comunicações no presente e no futuro, como forma de permitir aos participantes uma "reflexão sobre as mudanças expectáveis no setor e as suas consequências no que aos aspetos da regulação diz respeito".

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Cabo Verde entre os países africanos com melhor Índice de Liberdade de Imprensa

Do portal África 21


RSF considera que o arquipélago continua a ser um dos países africanos, juntamente com a Namíbia e o Gana, melhor colocados no ranking que classifica a liberdade de imprensa no mundo.
Cabo Verde - arquipélago na costa africana que faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP - desceu 16 posições no Índice da Liberdade de Imprensa, passando de 9.º para o 25.º lugar na lista anual divulgada esta quarta-feira pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF),
Apesar desta queda, cujos motivos não foram precisados, a RSF considera que o arquipélago continua a ser um dos países africanos, juntamente com a Namíbia e o Gana, melhor colocado no ranking que classifica a liberdade de imprensa no mundo.
Para realizar este índice, que abrange 179 países, a RSF dirigiu um inquérito a 18 associações de defesa da liberdade de expressão nos cinco continentes, aos seus 150 correspondentes, bem como a jornalistas, investigadores, juristas e militantes dos direitos humanos.
O índice publicado anualmente avalia o grau de liberdade de que gozam jornalistas, meios de comunicação es cidadãos, bem como os meios implementados pelos Estados o seu respeito.
O Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2013 da RSF aponta que um grande número de jornalistas morreu no cumprimento do dever em 2012, ano mais mortífero registado pela organização.
Os primeiros colocados no ranking sobre liberdade de imprensa deste ano da RSF foram a Finlândia, a Holanda, a Noruega, Luxemburgo e Andorra.
Nos últimos lugares ficaram a Eritreia (179.º), a Coreia do Norte (178.º), o Turquemenistão (177.º), a Síria (176.º) e a Somália (175.º).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CPLP abre concurso para contratação de técnicos para a área cultural

Do portal África 21


O Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) lançou um concurso aberto a candidatos dos estados membros para duas vagas de técnicos da direção de Ação Cultural e Língua Portuguesa.
Até 13 de Dezembro, a direção do referido departamento da CPLP tem aberto um concurso público para contratação, em regime de prestação de serviços, de dois técnicos de Estados-membros da CPLP.
Os técnicos contratados vão desenvolver atividades nas áreas de educação, ciência e tecnologia, assim como na cultura, difusão da língua portuguesa e ligação ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP).
Aos candidatos, com idades compreendidas entre os 24 e 35 anos, são exigidas experiência ou formação específica em áreas como cultura, educação, investigação científica e promoção e difusão da língua portuguesa, entre outras. 
As informações são da Angop.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Guiné Bissau: rádio completa dois anos difundindo a língua portuguesa

Enviada por Marcolino Elias Vasconcelos

Em Canchungo, a 24 de Abril de 2008, Marcolino Elias Vasconcelos, professor – sobretudo de Língua Portuguesa – no Liceu Regional Hô Chi Minh, e António Alberto Alves, sociólogo e voluntário, iniciaram o programa Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand, que tem como objectivo a promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa e desde então mantém a sua periodicidade semanal, todas as quintas-feiras entre as 20.3h e 21.3h na frequência de 103 MHz.
De imediato, para responder a diversas solicitações de apoio educativo, jovens estudantes tomaram a iniciativa de se organizarem em bankada [Bankada é um grupo informal mas estruturado, sobretudo de jovens, que se juntam num local na rua, para ouvirem rádio – neste caso, o programa Andorinha e para praticarem a oralidade em Língua Portuguesa], para ouvirem o programa Andorinha e “praticarem a oralidade e ultrapassarem o receio de falarem em português”! Ao longo desse ano, constituíram-se bankadas nos bairros da cidade de Canchungo (Betame, Pindai, Catchobar, Tchada, Djaraf, rua de Calquisse, Bairo Nobo) e em algumas tabanka (Cajegute, Canhobe, Tame). Complementarmente, foi constituída a bankada central Andorinha, que concentra as suas actividades no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo e que tem organizado algumas iniciativas: sessões de vídeo, acções de sensibilização em escolas, feira do livro.
Esta iniciativa Andorinha surge como pioneira num país onde a utilização da Língua Portuguesa é muito baixa e a sua riqueza parte da própria motivação de jovens estudantes se organizarem em autoformação.

Complementarmente, neste ano lectivo de 2009-2010, estamos a realizar o projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas no sector de Canchungo, Região de Cacheu, Guiné-Bissau. Tem como objectivo a montagem de um projecto bilateral de troca de experiências e intercâmbio entre um estabelecimento de ensino de Portugal e de um congénere na Região de Cacheu (Guiné-Bissau), que poderá proporcionar múltiplas vantagens recíprocas – e despoletar diversas acções de cooperação. Com efeito, a troca de correspondência escolar entre directores, professores e alunos, certamente aumentará o domínio da escrita em Língua Portuguesa entre os guineenses e promoverá o conhecimento sobre a Guiné-Bissau entre os portugueses. [ver descrição em anexo]

Neste sentido, as iniciativas Andorinha passarão a promover o uso oral e escrito da Língua Portuguesa no quotidiano dos jovens e estudantes guineenses.



Em Canchungo e na Região de Cacheu, a designação de “Andorinha” é já sinónimo de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa. Como grupo informal, solicitamos a adesão à CONGAI – Confederação das Organizações não Governamentais e Associações Intervenientes ao Sul do Rio Cacheu, o que foi prontamente aceite.



Do que as iniciativas Andorinha têm realizado desde o início deste ano lectivo 2009-2010, destacamos:

- O envolvimento e formação de jovens das bankada Andorinha para apoiarem e realizarem o programa Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand – todas as quintas-feiras entre as 20.3h e 21.3h na frequência de 103 MHz;

- As acções de apresentação das bankada Andorinha e a sensibilização ao uso da Língua Portuguesa realizadas no Complexo Escolar Santo Agostinho, Escola EBU, Escola 1º de Junho e ADRA – Escola Adventista, em Canchungo, por solicitação dos respectivos directores;

- A organização e realização da actividade “Nô Pensa Cabral!”;

- A entrega da correspondência escolar enviada pelo Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Joaquim de Magalhães de Faro à direcção do Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo;

- A constituição de uma bankada Andorinha em Bissau – na Paróquia de Brá;

- A sessão de apresentação das bankada Andorinha e a sensibilização ao uso da Língua Portuguesa realizada no âmbito do intercâmbio de alunos e professores entre o Liceu Regional Hô Chi Minh e o Liceu Dr. Luís Fona Tchuda de Gabú, sob o lema “Juntos para um ensino de qualidade face aos desafios do futuro”;

- O início da emissão do programa Andorinha na Rádio Babok – todos os domingos, entre as 21h e 22h na frequência de 98 MHz;

- A acção de apresentação das bankada Andorinha e a sensibilização ao uso da Língua Portuguesa realizada no Liceu Domingos Mendonça em Cacheu;

- A entrega da correspondência escolar e de diverso material enviado pelo Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Caíz à direcção e professores da Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” em Tame;

- A visita à bankada Andorinha “Umeeni” em Petabe.



De 19 a 25 de Abril de 2010 comemoramos este segundo aniversário do surgimento das iniciativas Andorinha, com a realização de um conjunto de acções:

- 19 Abril (segunda-feira): Entrega de 433 músicas em Língua Portuguesa, de 93 artistas/grupos de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Timor Leste, à Rádio Comunitária Uler A Baand e Rádio Babok;

- 20 Abril 10h (terça-feira): Inauguração da 2.ª Feira do Livro no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo;

- 20 a 24 Abril (8.3-11h e 16-19h): 2.ª Feira do Livro no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo;

- 24 Abril a partir das 16h (sábado): 2.ª Festa Andorinha na COAJOQ – Cooperativa Agro-Pecuária de Jovens Quadros;

- 25 Abril (domingo): Documentário sobre a Revolução dos Cravos em Portugal.



- A inauguração da 1.ª Feira do Livro no Centro de Recursos em Cacheu;

- A entrega da segunda correspondência escolar enviada pelo Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Joaquim de Magalhães de Faro à direcção do Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo;

- A oferta de 60 t-shirts Andorinha pela empresa Jomav – Importação e comercialização de materiais de construção;

- A cerimónia de tomada de posse da bankada Andorinha Liceu Domingos Mendonça em Cacheu;

- A constituição da bankada Andorinha da Escola 1.º de Junho em Canchungo;

- A entrega da correspondência escolar e de diverso material enviada pelo Agrupamento Vertical de Escolas de Mondim de Bastos à direcção e professores da Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque e à direcção da AFIR – Associação dos Filhos e Irmãos de Cabienque;

- A constituição da bankada Andorinha “União Faz a Força” em Tchulame.



Semanalmente, todos os sábados, pelas 17 horas, a bankada central Andorinha reúne no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo. Ao longo do mês de Junho realizamos uma reflexão e autoformação sobre o funcionamento de uma associação, que incluiu a concepção e redacção de uma proposta de estatutos. A 19 de Junho fundamos a associação Bankada Andorinha, com a redacção da acta – a que se seguirão os diversos passos legais para a sua efectivação.



De salientar, que esta é uma iniciativa concebida e protagonizada por jovens alunos e professores guineenses, às expensas de trabalho voluntário e esforço e empenho de cada um – sem qualquer apoio de instituições portuguesas responsáveis pela promoção da Língua Portuguesa...

[Para mais informações e imagens, ver www.andorinhaemcanchungo.blogspot.com]

segunda-feira, 29 de março de 2010

Maior utilização da mídia é defendida para promover língua portuguesa

Por Daise Lisboa, do portal Portugal Digital

"É comum vermos, em Bissau, as pessoas com seus radinhos, pelas ruas. É um objeto de fácil aquisição. Lá se compra um rádio de pilhas por uma quantia equivalente a R$ 10,00. Por isso, acreditamos que o rádio ainda é um grande instrumento que pode ser utilizado na divulgação da língua portuguesa em muitas comunidades", defendeu Sónia Rocha, coordenadora de assuntos culturais do Centro Cultural Brasil-Guiné-Bissau.
O discurso da representante da Guiné Bissau na conferência sobre o futuro da Língua Portuguesa no mundo defendeu maior visibilidade da língua portuguesa a nível internacional. Sónia Rocha citou como exemplo o trabalho que vem fazendo em Bissau, na rádio católica Sol Mansi – que quer dizer amanhecer, no dialeto crioulo.
Sónia é responsável por colocar no ar um programa semanal, de 40 minutos, das 18h30 às 19h10, sempre às sextas-feiras. "O programa é dirigido ao público jovem e procuramos utilizar uma temática com notícias sobre a cooperação entre o Brasil e Guiné, com música, noticias e informações sobre o Brasil, sempre fazendo um link entre os temas a fim de despertar o interesse dos ouvintes", explicou Sónia.
As sessões de trabalhos da conferência, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, renderam muitas sugestões que deverão viabilizar a expansão da língua portuguesa internacionalmente. Após uma sessão inaugural concorrida, no sábado as sessões prosseguiram inflamadas por discursos repletos de sugestões e os participantes se empolgaram com as propostas. As sugestões apresentadas, convergiram para uma mesma ideia: que as iniciativas em prol da língua portuguesa utilizem ainda mais os meios de comunicação.
Os presentes, a maioria professores de universidades, utilizaram frases de filósofos e de pensadores para expressar sua posição perante o público. Não faltou também quem expusesse, desolado, sobre o baixo nível do português nas redações dos candidatos às universidades brasileiras, o que levou um dos participantes a pedir que seja pensado um ponto estratégico na educação que atenda o indivíduo enquanto criança, nos primeiros anos, porque acredita que é nessa fase que ele tem de receber um ensino que mude essa realidade, alimentando desde cedo a sua base de saber.
O conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal, Carlos Fino, destacou a intervenção da cantora e intérprete Maria Bethânia, na abertura da conferência, lembrando que há uma alma nessa comunidade de países lusófonos. "Mas para ela se firmar precisamos conhecer cada vez mais essa alma", afirmou Carlos Fino ao Portugal Digital. "Nada se firma só com o corpo, é preciso um espírito, e esse espírito ainda conhecemos pouco. Precisamos nos conhecer ainda mais, uns aos outros", garante Fino.
Na opinião do conselheiro, a lusofonia não pode ser uma forma em que as pessoas possam suspeitar de que há um interesse imperial português, fora do tempo. "Isso tem de ficar claro. E para que isso aconteça nada melhor do que nós conhecermos melhor a diversidade da comunidade da língua portuguesa, conhecer melhor o Brasil, o que se passa em Angola, em São Tomé e Príncipe, conhecer as especificidades de cada um que compõe essa comunidade", exemplificou.
Carlos Fino sugeriu que a televisão pode ter um papel neste processo. Ele colocou que poderia ser por um canal de TV (que poderia ser adquirido), ou até mesmo inserções em emissoras já existentes. Depois de sugerir esse salto, ele partiu para outro ponto: que se comentem histórias que os próprios povos desconhecem em programas de televisão para circular em diferentes países, em que explorem a história comum entre os países. "Portugal conhece pouca história portuguesa no Brasil", assinala.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Integração Lusófona:Projeto quer reunir conteúdo de TVs da CPLP na Internet

Por Fernando Lauterjung, do Tela Viva News - 28/05/2009

A partir de 2010, deve começar a funcionar a Plataforma Lusófona de Intercâmbio de Conteúdo e TV CPLP Via Web. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Cultural Brasil Plus que tem como objetivo digitalizar, gerenciar e disponibilizar na web conteúdo das TVs públicas de todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo o presidente do instituto, Túlio Gontijo Rocha, as TVs públicas de cada país receberão uma estação para digitalizar seu conteúdo. Trata-se de um computador, com placa digitalizadora e licença de um software de gerenciamento de conteúdo. O upload de material é em qualidade de broadcast, embora a exibição na web seja em resolução menor. Além do upload, as emissoras poderão fazer o download, também em qualidade broadcast. Neste caso, explica Gontijo, a emissora dona do conteúdo terá que autorizar o donwload.
Estas emissoras serão treinadas através de um programa de capacitação de digitalização e catalogação do arquivo. O treinamento será à distância, através de uma rede de teleconferência do Banco Mundial. Segundo o presidente do Instituto Cultural Brasil Plus, esta rede será usada também para produzir 250 vídeos que passarão a fazer parte do acervo do site. "Podemos fazer, por exemplo, debates multiponto com participantes em cada um dos membros da CPLP", explica. Além destes 250 vídeos, faz parte a produção de oito documentários, por cada um dos membros da CPLP.
No Brasil, por enquanto, o projeto tem acordo com a TV Brasil, embora esteja em conversa com outras educativas para cessão de conteúdo. Além de ceder o conteúdo, a TV Brasil será responsável pela grade de programação do canal online, com uma equipe dedicada a isto. Além da exibição de uma grade linear, o site do projeto contará ainda com oferta de conteúdo sob demanda.
O projeto foi autorizado pelo Ministério da Cultura a captar recursos incentivados. O custo total é de R$ 5,4 milhões. "Sou otimista, acho que podemos começar a trabalhar na implantação da rede em um mês, e ter o site na Internet no início de 2010", diz Gontijo. A idéia é que no futuro o projeto cresça. "Queremos ter um canal por satélite para todos os países da CPLP", diz.
Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.forumbrasiltv.com.br.