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quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Comunicação e Cultura na base de um novo modelo de desenvolvimento para Brasília
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
III Conapir: Mulheres negras querem políticas de comunicação e tratamento de gênero igualitário
Por Angelica Basthi
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Conheça a Plataforma das Comunicadoras Negras:
quarta-feira, 13 de março de 2013
Entidades acusam GDF de Agnelo de retrocesso nas políticas públicas de comunicação do DF
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O Distrito Federal ganhou visibilidade na área de comunicação com a proposta de criação de um Conselho de Comunicação Social e com a aprovação de outras propostas - como a criação de uma TV Pública Distrital e de um fundo para estimular produções de veículos alternativos - no 1º Seminário de Comunicação do Distrito Federal (#ComunicaDF). O evento foi organizado a partir de um diálogo entre entidades da sociedade civil e a atual gestão Agnelo Queiroz iniciado desde o pós-eleição, em 2010.
Mas agora não apenas essas propostas mas como toda a agenda das políticas de comunicação correm o sério risco de serem ignoradas pelo governo petista de Agnelo Queiroz. As mudanças anunciadas na Secretaria de Comunicação Social do GDF, nos últimos dias, não refletem avanços nesse processo. Pelo contrário, no Distrito Federal a lógica da estratégia de comunicação focada apenas em assessoria de imprensa prevalece, mais uma vez, em detrimento da construção de uma política de comunicação mais inclusiva e democrática.
A secretária Samanta Sallum foi exonerada da Secretaria de Comunicação e nomeada titular da Coordenadoria de Comunicação da Copa de 2014, órgão temporário e que, portanto, vai ser extinto em algum momento após a competição. O seu lugar foi ocupado por Ugo Braga. A área responsável pelas políticas de comunicação, a Subsecretaria de Articulação Social e Novas Mídias, foi desmontada e transformada na Subsecretaria de Comunicação Pública, vinculada à Coordenadoria de Comunicação da Copa. Sim, a área de políticas de comunicação, que deveria estar na Secretaria de Comunicação, foi para um órgão de assessoria de imprensa temporário voltado para a Copa do Mundo na capital, indo contra toda e qualquer lógica de organização dessa política setorial.
Como se não bastasse tamanha falta de compreensão sobre a importância e o lugar das políticas de comunicação, a vontade expressada pelo novo secretário de comunicação, Ugo Braga, era de que não pretendia levar adiante o debate e as ações relativas às políticas públicas de comunicação em sua gestão. Portanto, a política pública, que deveria estar a bem do interesse do povo, ficou a mercê das opções individuais de gestores, colocando o Distrito Federal em situação inexplicável e quase vexatória perante a realidade de outros estados.
As políticas de comunicação, como qualquer outra política pública, devem ter atenção permanente e receber o espaço necessário e adequado nas estruturas de governo, e não ser levadas à frente ou estagnadas pela decisão de um ou outro gestor. É necessário ao Governo do Distrito Federal o exercício da razoabilidade, sendo urgente uma repactuação que não gere prejuízos à sociedade.
Sabemos que no Brasil este debate é cercado de meandros e dificuldades, seja no governo federal, seja nos governos estaduais. Mesmo assim, foi possível avançar positivamente em estados como a Bahia, o Rio Grande do Sul, Pernambuco e Sergipe, que já compreenderam a importância das políticas públicas de comunicação para o avanço e a consolidação da democracia na nossa sociedade.
É inadmissível, portanto, que haja, por parte de um governo do Partido dos Trabalhadores, (partido que inclusive aprovou uma resolução de que priorizará a luta pela democratização da comunicação no próximo período), tamanho descaso e retrocesso em relação a este tema. Sobretudo, após o avanço alcançado graças ao estabelecimento de um canal de diálogo entre sociedade civil e governo, que resultou na aprovação legítima de 12 prioridades de políticas de comunicação assumidas publicamente pelo senhor governador Agnelo Queiroz.
Esperamos que o governador honre sua palavra e cumpra os compromissos que assumiu com a sociedade civil do Distrito Federal. Em primeiro lugar, reestruturando o setor responsável pelas políticas de comunicação. Em segundo lugar, enviando à Câmara Legislativa o projeto de lei de criação do Conselho de Comunicação Social do DF. E, em terceiro lugar, retomando o diálogo para encaminhar as demais propostas aprovadas no ComunicaDF.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Livro sobre política pública de comunicação no Brasil disponível na web
O professor Itamar Aguiar, do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC, disponibilizou link para consulta gratuita e leitura em PDF de seu livro “TV Brasil – Algo novo no ar – Políticas públicas
de comunicação no governo Lula” no portal da Biblioteca Universitária. Na obra, ele faz uma comparação do sistema de comunicação pública na União Europeia e no Brasil, analisa as políticas para esta área a partir do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e detalha os bastidores da implantação da TV Brasil, em 2007 – um passo importante na direção da democratização ao acesso à
informação no país.
Clique aqui para acessar o livro.
O trabalho de Itamar Aguiar se insere no empenho dos movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação no Brasil e é resultado de um relatório de pesquisa elaborado no Departamento de
Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina. “Na Europa, a sociedade da informação foi objeto de discussões nos anos 80 e 90, mas aqui ainda é novidade”, explica o autor. Na virada do século, o Parlamento Europeu já discutia as implicações das questões relativas à tecnologia e à linguagem digital, demonstrando a intenção de criar um espaço de resistência ao domínio cultural americano na área da comunicação. “Era uma maneira de se impor perante o imperialismo dos Estados Unidos e preservar os valores culturais próprios, ameaçados pela onda liberalizante em voga”.
Ao contrário da Europa, no Brasil a mídia já nasceu privada, o que exigiu a discussão de um modelo que contemplasse a comunicação pública – que não quer dizer estatal. O debate foi facilitado pela disposição
do governo Lula de incluir esse tema no debate das prioridades nacionais a partir de sua posse, em 2003. No livro, Itamar analisa o conceito de pluralismo, faz um histórico da radiodifusão brasileira, aborda a mudança de paradigmas na comunicação social de uma década para cá e acompanha os avanços que culminaram na implantação da TV digital.
A TV Brasil, ponto culminante dessa evolução, entrou no ar em dezembro de 2007 e, apesar de sua importância, em vista da predominância de elementos da cultura brasileira na programação, ainda atinge um
público restrito devido à falta de retransmissoras no território nacional. Este, contudo, é um processo em curso, que já superou obstáculos como as campanhas de parte da mídia comercial e de setores conservadores do parlamento contra a criação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), responsável pela articulação da Rede Nacional de Comunicação Pública.
Graduado em Jornalismo pela UFSC e com mestrado e doutorado em Sociologia Política, Itamar publicou o livro “Violência e golpe eleitoral: Jaison e Amin na disputa pelo governo catarinense” (1995) e foi membro da comissão organizadora estadual e delegado na Conferência Nacional de Comunicação (Confecon), em 2009, que discutiu o estabelecimento de mecanismos democráticos de formulação, monitoramento e acompanhamento das políticas públicas para o setor da comunicação.
domingo, 5 de agosto de 2012
Por uma política de comunicação, Venício lança livro dia 16/8
A seguir, breve resumo dos dois livros:
A obra não é apenas um acompanhamento crítico das iniciativas governamentais em relação às políticas públicas de Comunicações, mas traça a cronologia da discussão sobre as ações no setor, destacando também seus principais atores e interesses pela abordagem de cinco grandes temas: o debate sobre o marco regulatório, os recuos, os avanços, os balanços das ações de cada ano e, por fi m, o contexto e as estratégias.
O objetivo de Política de Comunicações: Um Balanço dos Governos Lula é contribuir para um debate necessário e que, até pouco tempo atrás, excluía a maior parte da população. Afinal, ao contrário do que ocorre em áreas como saúde, salário mínimo, emprego, educação ou habitação, o direito à comunicação ainda não é algo tão difundido na sociedade, o que fazcom que a agenda pública nesse setor fi que entregue aos grupos privados de comunicação.
Autor: Venício A. de Lima
Editora: Publisher Brasil
Contato: (11) 3813-1836
Preço: R$ 40,00
ISBN: 978-85-85938-63-4
N° de páginas: 328
Mas, mesmo no marco do pensamento liberal, essa tese não se sustenta. E este livro do sociólogo e doutor em Comunicação Venício A. de Lima investiga exatamente essa questão.
A segunda edição de Liberdade de Expressão X Liberdade da Imprensa, também editado pela Publisher Brasil Editora, traz 16 novos artigos, introduzindo novas discussões surgidas após a 1ª Conferência Nacional de Comunicação. “Trata-se, na verdade, de sugerir
questões – ainda que de maneira simplifi cada e breve – que ajudem a compreender se a minha ou a sua, leitor(a), liberdade de expressão pode ser considerada igual , equivalente ou simétrica à liberdade de imprensa de um grande grupo empresarial de mídia. A diferença entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa realmente existe?”, questiona Venício.
O prefácio da obra é do professor e jurista Fabio Konder Comparato e, além das refl exões
do autor, o livro tem anexos como a Declaração de Virginia, a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, o capítulo da Comunicação da Constituição de 1988, a Declaração de Chapultepec e a Declaração de princípios
sobre liberdade de expressão. Liberdade de Expressão x Liberdade da Imprensa é uma obra obrigatória para se fazer com consistência o debate a respeito da comunicação.livros@publisherbrasil.com.br
Venício A. de Lima
Publisher Brasil Editora
R. Senador Cesar Lacerda Vergueiro, 73
05435-060 – Vila Madalena – São Paulo/SP
11 3813-1836
sábado, 30 de junho de 2012
Rio recebe encontro sobre políticas públicas e pluralidade na comunicação e na cultura
O evento tem apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo Cultural (JorCult) da FCS/UERJ.
Serão bem-vindas reflexões críticas sobre temas como:
- políticas públicas para as áreas de comunicação, informação e cultura;
- marcos regulatórios para a radiodifusão e as telecomunicações;
- economia política da arte e da cultura;
- economia criativa, experiências;
- desafios nos campos de:
- comunicação comunitária,
- popular e alternativa,
- convergência midiática,
- jornalismo,
- democracia e participação,
- inclusão social e digital,
- economia política de megaeventos esportivos e culturais. e
- novas interfaces teóricas.
Mais informações pelo endereço eletrônico ulepiccbrasil.gt1@gmail.com
terça-feira, 15 de maio de 2012
Políticas públicas e pluralidade na comunicação é tema de encontro
O capítulo brasileiro da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura informa que está aberto, até 17 de junho, o prazo para envio de resumos expandidos para o seu 4º Encontro Nacional da ULEPICC-Brasil a ser realizado na Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCS/UERJ), entre os dias 9 e 11 de outubro de 2012.
Com o tema “Políticas públicas e pluralidade na comunicação e na cultura”, o evento tem apoio dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação da FCS/UERJ e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo Cultural (JorCult) da FCS/UERJ. Serão bem-vindas reflexões críticas sobre temas como: políticas públicas para as áreas de comunicação, informação e cultura, marcos regulatórios para a radiodifusão e as telecomunicações, economia política da arte e da cultura, economia criativa, experiências e desafios nos campos de comunicação comunitária, popular e alternativa, convergência midiática, jornalismo, democracia e participação, inclusão social e digital, economia política de megaeventos esportivos e culturais e novas interfaces teóricas. Será admitida a inscrição de apenas um (01) artigo científico por autor(a). Os resumos expandidos devem ser submetidos, por correio eletrônico, a um dos seguintes Grupos de Trabalho:
- GT1 – Políticas de comunicação - ulepiccbrasil.gt1@gmail.com
- GT2 – Comunicação pública, popular ou alternativa - ulepiccbrasil.gt2@gmail.com
- GT3 – Indústrias midiáticas - ulepiccbrasil.gt3@gmail.com
- GT4 – Políticas culturais e economia política da cultura - ulepiccbrasil.gt4@gmail.com
- GT5 – Teorias e temas emergentes - ulepiccbrasil.gt5@gmail.com
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Espanha: seminários debatem políticas de comunicação e opinião pública
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Comunicação só aparece nos programas de três presidenciáveis
Apenas três das nove candidaturas à Presidência da República abordam as políticas públicas de comunicação em seus programas, e de modo tímido. Na opinião do professor Murilo Ramos* , apesar da existência de propostas para o setor, especialmente as originárias da Conferência Nacional de Comunicação, os candidatos evitam confrontá-las com os interesses dos meios de comunicação dominantes. Ele alerta que esse embate, em algum momento, “mais do que necessário, será inevitável”.
Em entrevista ao e-Fórum (por e-mail), o professor Murilo observa que a proposta essencial para a comunicação não consta da plataforma de nenhuma candidatura: a revisão constitucional, no capítulo referente à Comunicação Social. Essa medida poderia dar fim à separação normativa entre telecomunicações e radiodifusão. A situação atual da lei anda na contramão do processo de convergência, sustenta.
Além disso, destaca que o capítulo dedicado à Comunicação na Constituição Federal brasileira traz dispositivos restritivos ao rito das outorgas de rádio e televisão a ponto de torná-las sem sentido. “O serviço público, na prática, funciona como uma atividade essencialmente privada”, afirma. Por isso, propor políticas públicas nesse sentido ainda é difícil às candidaturas, que evitam o confronto mencionado, garante Murilo. Leia a seguir.
e-Fórum - Das nove candidaturas concorrentes à Presidência da República, três apresentam o tema comunicação em suas propostas. Nestas menções, as ênfases são para a revisão das concessões em radiodifusão, combate ao monopólio dos meios de comunicação e o restabelecimento ou criação do Conselho Nacional de Comunicação com caráter deliberativo. As propostas apresentadas são pertinentes?
Murilo Ramos - Sem dúvida, à parte seus graus de generalidade, as propostas até agora são pertinentes. E é saudável que a campanha comece com a comunicação já aparecendo como um tema de interesse, principalmente da candidatura da situação.
A praxe é não se tocar nesse tema durante as eleições presidenciais, pelo potencial de atrito que ele acarreta na relação com as empresas privadas de comunicação hoje dominantes no mercado brasileiro. Aliás, bastou que a candidata Dilma Rousseff tornasse públicas as suas propostas, independentemente da polêmica em torno do programa de governo registrado no TSE, e o bombardeio midiático contra as propostas de comunicação imediatamente começou.
e-Fórum - Faltam propostas nesses programas que poderíamos considerar essenciais para as políticas de comunicação?
Murilo Ramos - Do meu ponto de vista, falta uma proposta, a mais polêmica, aquela que dificilmente alguma candidatura encampará: a proposta de uma revisão constitucional que, no artigo 21, dê fim à separação normativa entre telecomunicações e radiodifusão; separação que foi introduzida na Constituição em 1995, na esteira do processo que levou à privatização do sistema Telebrás; separação que não faz sentido nem técnico nem regulamentar, e que está na contramão do processo que conhecemos por convergência.
Tão importante quanto, é a revisão de todo o capítulo da Da Comunicação Social da Constituição, artigos 220 a 224, a colcha de retalhos mal costurada nos idos de 1987 e 1988, dada a imensa pressão do lobby da radiodifusão.
Há coisas no capítulo, em especial no que toca ao rito das outorgas, que são absurdas, que tornam sem sentido a figura da outorga de concessão para um serviço público, que na prática funciona como uma atividade essencialmente privada. Refiro-me à virtual impossibilidade de se aprovar a renovação de concessões, ou, de cassar uma concessão, dados os dispositivos restritivos que a Constituição contém. Pior: até os prazos de outorga são constitucionais. Isto chega a ser patético, pois se trata de um instrumento básico de política pública que precisa estar na mão do administrador público.
Pensar uma nova lei geral para as comunicações convergentes no Brasil, em cima de tal alicerce constitucional, é tomar o caminho de um labirinto, e ver a sociedade e o governo sem direção é tudo o que o mercado quer.
e-Fórum - Como o senhor avalia as propostas apresentadas pela candidatura Dilma/Temer, que representa a continuidade do atual governo, que realizou a Conferência Nacional de Comunicação. Tímidas, satisfatórias, genéricas ou pontuais?
Murilo Ramos - Por ora genéricas, como, aliás, costumam ser as propostas de programas de governo, ainda mais aquelas que resultam de amplas coalisões, e que, no caso, pouco refletem a riqueza dos debates e resoluções da 1ª Confecom. Há que se esperar para ver o que surge durante os debates eleitorais.
e-Fórum - O que a sociedade pode fazer para que as propostas tenham consequência?
Murilo Ramos - Pressionar sempre, por meio de suas entidades e movimentos voltados à democratização da comunicação.
e-Fórum - Por que a comunicação ainda não surge nas propostas da maioria das candidaturas?
Murilo Ramos - Creio que me referi a isso há pouco. Discutir comunicação em programa de governo é entrar em confronto direto com os meios de comunicação dominantes. Espero que os exemplos latino-americanos de hoje, guardadas as devidas proporções, na Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela e, agora no Uruguai, ensinem nossos governantes que, em algum momento, esse confronto, mais do que necessário, é inevitável.
- Resumo dos programas das candidaturas ao governo federal – recorte relativo às propostas em comunicação
PT - Dilma Rousseff - vice Michel Temer (PMDB)
Coligação (PT/PMDB/PSB/PCdoB/PDT/PR/PRB/PTN/PSC/PTC)
.......
Acesso à comunicação, socialização dos bens culturais, valorização da produção cultural e estímulo ao debate de ideias.
42. A imensa maioria da sociedade brasileira está privada do acesso aos meios de produção e fruição dos bens culturais da humanidade. Noventa por cento das cidades não possuem salas de cinema. Muitas não têm bibliotecas, teatros ou centros culturais. Apesar dos avanços dos últimos anos, a maioria da população brasileira conta, como único veículo cultural e de informação, com as cadeias de rádio e de televisão, em geral, pouco afeitas à qualidade, ao pluralismo, ao debate democrático. É preciso fortalecer políticas de indução às indústrias criativas e suas cadeias produtivas que integram o conjunto da economia da cultura.
43. Modernas tecnologias, como aquelas ligadas à Internet, além das TVs públicas, têm permitido um arejamento cultural e político que pode compensar o monopólio e concentração dos meios de comunicação.
44. O aprofundamento da democracia brasileira passa por uma forte circulação de idéias, pelo livre acesso aos bens culturais de toda a humanidade e pela possibilidade de expressão de nossa diversidade cultural, das manifestações populares às de vanguarda.
45. Para tanto, será necessário:
e) iniciativas que estimulem o debate de idéias, com o fortalecimento das redes públicas de comunicação e o uso intensivo da blogosfera;
(Acesse aqui o programa na íntegra)
PSOL: Plínio de Arruda Sampaio - vice Hamilton Moreira de Assis
Proposta 21.
Pela democratização dos meios de comunicação; auditoria de todas as concessões das emissoras de rádio e TV; fim da criminalização das rádios comunitárias; anistia aos comunicadores populares; proibição da propriedade cruzada dos meios de comunicação; banda larga universal operada em regime público; criação do Conselho Nacional de Comunicação como instância deliberativa de definição, das políticas de comunicação com participação popular; políticas públicas de incentivo à implementação de softwares públicos e livres, ampliando o acesso e a democratização.
(Acesse aqui o programa na íntegra)
PCB: Ivan Pinheiro - vice Edmilson Costa
Proposta g.
Pleno direito dos trabalhadores organizados e da sociedade em geral à divulgação e ao acesso à informação, à livre circulação das ideias, à ampla divulgação dos debates políticos e à produção cultural; fortalecimento do Estado e organização de fóruns participativos e decisórios no âmbito do Poder Popular para definição das políticas públicas de comunicação; criação de rede estatal de televisão e rádio, com programação voltada para a cultura e a livre circulação de informações; _revisão das concessões atuais das emissoras de rádio e TV, para a garantia de mais densidade cultural na programação e de não interferência política dos interesses econômicos na geração e difusão de informações.
(Acesse aqui o programa na íntegra)
As outras seis candidaturas à Presidência da República, que não apresentaram propostas relativas à Comunicação Social, são: - PV - Marina Silva - vice, Guilherme Leal
- PSDB - José Serra - vice, Índio da Costa (DEM) - coligação PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B
- PSTU - José Maria de Almeida - vice, Cláudia Alves Durans
- PSDC - José Maria Eymael - vice, José Paulo da Silva Neto
- PCO - Rui Pimenta - vice, Edson Dorta Silva
- PRTB - Levy Fidelix - vice, Luiz Eduardo Ayres Duarte
*Sua principal atuação profissional e acadêmica é em políticas de comunicação. Murilo Ramos é doutor em Comunicação pela University of Missouri-Columbia (EUA) e pós-doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É professor na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), pesquisador (e um dos fundadores) do Laboratório de Políticas de Comunicação (LaPCom) da UnB, onde atua ainda como diretor do Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações (CCOM). Também é membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e sócio da ECCO - Estudos e Consultoria de Comunicações Ltda.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Confecom: governo agrupa propostas cinco áreas para possíveis projetos de lei
Por Mariana Mazza, do Tela Viva news
Seis meses após a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), deputados federais, membros do governo federal e representantes da sociedade civil discutiram nesta quinta-feira, 10, os caminhos para viabilizar as pautas resultantes do encontro. A Secretaria de Comunicação Social do governo (Secom) já tem um plano traçado e dividiu as principais demandas em cinco eixos de atuação, que poderão ser futuramente trabalhados por meio de anteprojetos (encaminhados pelo próprio Executivo) ou projetos de lei, mas nada de concreto ainda está sendo feito.
Os eixos definidos são:
- Marco Regulatório;
- Regulamentação do artigo 221 da Constituição Federal (regionalização do conteúdo);
- Direitos Autorais; e
- Marco Civil da Internet (este tema já está em discussão no Congresso).
Segundo o ministro da Secom, Franklin Martins, o tema "Banda Larga" não ganhou um eixo exclusivo, mas várias ações voltadas ao desenvolvimento dessa oferta fazem parte das iniciativas que o governo pretende viabilizar. "Não há uma legislação necessariamente para tratar de banda larga, mas existem itens que podem aparecer nos diversos eixos", explicou aos deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) na audiência pública realizada nesta qinta, 10.
Martins frisou a importância de a Confecom ter sido realizada, por conta da geração de pautas para políticas públicas avançadas para a comunicação brasileira. "Como resultado da conferência, você tem um conjunto de propostas extremamente interessantes, apoiadas não só por um setor, mas por todos", afirmou.
Frente parlamentar
A deputada Luiza Erundina (PSB/SP), autora do requerimento que gerou o debate sobre a Confecom, anunciou que pretende apresentar em breve um requerimento para a constituição de uma Frente Parlamentar em defesa da democratização da comunicação e para discussão da Confecom. A proposta da deputada é criar um espaço plural de debate, envolvendo não apenas parlamentares na composição do comitê que irá coordenar a frente, mas também de representantes da sociedade civil organizada.
Unesco: estudo vai comprarar políticas públicas de Comunicação

Por Daniela Traldi, da Rádio Onu - NY
O escritório em Brasília da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, está lançando uma série de projetos com o objetivo de promover e aprofundar o debate sobre o desenvolvimento de mídia no país.
Uma das iniciativas prevê o incentivo para a regulação de políticas públicas para comunicação através de análise entre o Brasil e outras 10 democracias, como os Estados Unidos, Chile e França.
Estudos
Dois consultores internacionais foram escolhidos para colher dados nessas nações, que serão depois comparados às informações coletadas no Brasil. Os resultados serão revelados em seminário em Brasília no segundo semestre deste ano.
Estudos serão produzidos para descrever padrões regulatórios no mundo e a realidade brasileira, e identificar pontos fundamentais para reforma legal, como explicou à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, o coordenador do setor de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Guilherme Canela Godoi.
"A Unesco quer oferecer um documento de reflexão, que permita a esses atores ou seja, ao governo brasileiro e outros, terem elementos para discussão em torno desse novo marco regulatório", afirmou.
Tradução
Um outro projeto prevê a tradução para o português dos 'Indicadores de Desenvolvimento de Mídia', um documento aprovado em 2008 pelo Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação da Unesco. O texto deve ser apresentado no final de junho.
A agência da ONU no Brasil pretende ainda lançar um estudo com decisões de tribunais superiores referentes à liberdade de expressão e de imprensa, e estimular discussões sobre meios de comunicação públicos.
domingo, 8 de novembro de 2009
Opinião: A agenda da comunicação sai da penumbra

Agora no Brasil, a convocação da I Conferência Nacional de Comunicação coloca o tema na agenda política do Estado e da sociedade. Permite que conheçamos a gigantesca dívida informativo-cultural que se avolumou contra o nosso povo. Um verdadeiro entulho. E novas informações vão surgindo, desmontando mitos, iluminando áreas de sombras, revelando que algo se move aqui e em boa parte da América Latina.
O tema sempre foi tabu. Tema proibido. Temos uma fileira de vítimas da ditadura midiática, - intelectuais , pensadores, sindicalistas, jornalistas e artistas - por terem defendido que o progresso tecnológico comunicacional deve ser tratado como patrimômio da humanidade e servir como fator de elevação da civilização, embelezamento das relações humanas, da própria vida.
Para ler o restante deste artigo, clique aqui
As opiniões aqui postadas são deresponsabilidade de seus autores
domingo, 31 de maio de 2009
Políticas de comunicação: Deputados têm visões divergentes sobre cotas no PL 29
No campo fértil para polêmicas que se tornou o PL 29/2007, que trata dos serviços de TV por assinatura e do audiovisual, as cotas para veiculação de produção nacional continuam sendo a vedete do projeto quanto o assunto são as emendas parlamentares. O número de sugestões sobre o tema caiu em comparação ao cômputo geral de propostas de alteração no projeto. Mas a variedade de sugestões para a redação final das cotas garante ao assunto um destaque especial na tramitação. Ao todo, o novo substitutivo do deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB) recebeu 108 emendas na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC).
Várias emendas, por exemplo, pedem a exclusão da cota voltada para garantir espaço a um segundo canal jornalístico, independente da programadora, ou a alteração do texto flexibilizando o cumprimento da obrigação. A predominância, no entanto, de sugestões sobre este tema na CDC é favorável ao aumento da reserva à produção nacional.
É o caso, por exemplo, de emendas apresentadas pelo deputado Chico Lopes (PCdoB/CE). O parlamentar sugere a ampliação da cota de produção nacional de 30% para 50% dos conteúdos veiculados em canais com programação majoritariamente enquadrada em "espaço qualificado" - conteúdos audiovisuais que não sejam religiosos, políticos, esportivos, comerciais ou jornalísticos. Além disso, pede que 70% desse espaço reservado seja usado para transmissão de conteúdos de produtoras independentes.
Há propostas, como as do deputado Elismar Prado (PT/MG), para aumentar de um para dois o número de canais programados por programadora independente e elevar o total de horas de veiculação diária de conteúdo independente nesses canais de oito para 20. Prado pede ainda que os canais independentes sejam cadastrados pelo Ministério da Cultura obrigatoriamente.
Must carry
Muitas emendas rediscutem o sistema de must carry nas TVs por assinatura, sugerindo alterações no texto do projeto para delimitar melhor o mecanismo de carregamento dos canais das geradoras e retransmissoras. Uma novidade neste assunto é a sugestão para que os consumidores possam contratar apenas os canais obrigatórios, os das emissoras abertas e os públicos, listados no PL 29. Emendas nesse sentido foram apresentadas por Vinícius Carvalho (PTdoB/RJ) e Felipe Pereira (PSC/RJ).
Esses deputados também querem incluir no projeto citações claras obrigando as TVs por assinatura a cumprir o sistema de classificação indicativa de programas e a veiculação de propaganda eleitoral obrigatória. Sugerem ainda a limitação na veiculação de publicidade em português, ou com legenda em português, em canais estrangeiros.
Publicidade
A publicidade também foi colocada em xeque em outras emendas, que sugerem mudanças nos percentuais que limitam a veiculação. Alguns deputados sugerem a retomada dos índices negociados por Jorge Bittar (PT/RJ) durante sua relatoria na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), de 25% ao dia e 30% a cada hora.
Outros pedem a retirada total dos percentuais, deixando um vácuo legal sobre o tema, embora argumentem que a retirada se justifica pelo fato de as TVs por assinatura se sustentarem pela cobrança direta do consumidor. Na proposta do relator na CDC, deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB), a publicidade não pode exceder 12,5% do total diário da programação e 20% em cada hora.