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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Rádios universitárias se articulam em rede

Emissoras universitárias de rádio de todo o país estão se articulando em rede. As discussões preliminares para a formação de uma rede brasileira de rádios universitárias estão em andamento mas já conquistaram importantes adesões, segundo informa o professor Marcelo Kischinhevsky, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).Até o momento, sete emissoras FM, seis web rádios e um centro de produção radiofônica já decidiram participar dessa rede.
São elas:

  • Rádio USP
  • Rádio UFMG Educativa
  • Rádio Universitária (UFC)
  • FM Universitária (UFPI)
  • Rádio Educativa Univali FM
  • Rádio Universidade FM (UFMA)
  • UEM FM (Universidade Estadual de Maringá, PR)
  • Rádio Ponto UFSC
  • Rádio Plural (curso de Jornalismo da UFOP)
  • Rádio UESC
  • Rádio PUC-Rio Digital
  • Rádio Porto do Capim (Depto. de Comunicação da UFPB)
  • Rádio UERJ
  • AudioLab UERJ
Segundo informa o acadêmico, a ideia é construir uma estrutura que:
a) possibilite maior circulação dos conteúdos radiofônicos produzidos e veiculados por seus integrantes, dando-lhes alcance nacional,
b) torne as rádios universitárias atores em condições de dialogar com o poder público e buscar, por exemplo, um status jurídico que permita a captação de publicidade ou tratamento diferenciado do ECAD no recolhimento de direitos autorais,
c) ofereça um espaço para reflexão sobre o papel educativo e formativo do rádio, 
d) apoie a popularização da ciência e da tecnologia e se articule com eventos científicos que discutam a radiofonia e a mídia sonora como um todo,
e) estabeleça uma interlocução com associações do gênero em nível internacional, sobretudo nos âmbitos ibero-americano e lusófono.

Além das emissoras e laboratórios, professores e pesquisadores também manifestaram interesse em aderir individualmente:
  • Janete El Haouli (TOCA: arte ação criação - Londrina, PR)
  • Mauro Sá Rego Costa (FEBF/UERJ / rede rádio arte - Rio de Janeiro, RJ)
  • Izani Mustafá (AudioLab UERJ)
  • Rose Ferreira (Coordenadora do Núcleo de Estudos e Estratégias na Convergência – NEEC – UFMA, São Luís, MA)
  • Eduardo Meditsch (UFSC)

Quem tiver interesse em participar dos debates e ajudar na organização da rede em suas várias vertentes (operacional, científica, relações institucionais), pode contatar o professor Marcelo Kischinhevsky pelo correio eletrônico marcelokisch@gmail.com



terça-feira, 5 de julho de 2016

CUT difundirá programa nacional de rádio

Por Isaías Dalle, publicado anteriormente no portal da CUT

A Central Única dos Trabalhadores - CUT anuncia que fará parte de um programa diário nacional de rádio, matutino, que será retransmitido pelas rádios comunitárias e redes educativas de estados em que a orientação política está afinada com os ideais progressistas e, evidentemente, pelas mídias livres que quiserem aderir.
O programa entrará no ar ainda em julho, segundo anunciado na manhã desta quinta-feira, durante os debates do 9º ENACOM (Encontro Nacional de Comunicação da CUT). O esforço reúne sindicatos e parceiros, dentro do contexto de unificação dos movimentos sociais que se intensificou a partir de 13 de maio de 2015, quando foi realizada a primeira grande passeata contra o golpe que se prenunciava.
“Será uma espécie de barricada nossa. A ideia é que esse programa entre no ar o mais rapidamente possível. Quem sabe cheguemos a uma rede de TV”, disse o ex-ministro Gilberto Carvalho, que atuou nos governos Lula e no primeiro mandato de Dilma, um dos convidados do debate desta quinta.
“Isso terá um custo. Vocês serão chamados para participar”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, dirigindo-se à platéia de assessores de comunicação e de secretários e secretárias de comunicação das CUTs estaduais. “Vamos precisar de nossos profissionais, de nossos jornalistas, dos sindicatos”, desafiou.
Pauta: derrotar o golpe
Em seguida, garantiu apoio da Central. “A CUT já é uma potência em comunicação. Rádios, TVs de verdade em várias regiões. Esse projeto de rádio anunciado é fantástico. Digo a todos que colocamos como prioritário os recursos da CUT para comunicação”.
Vagner demonstrou disposição para a luta contra o golpe, tarefa na qual a comunicação é e continuará sendo essencial, na opinião dele. “A batalha não está perdida. Nós temos de retirar o Temer. Dar continuidade ao que fizemos certo e corrigir nossos equívocos. Quero deixar claro que o centro de nossa política é retirar o Temer, barrar o golpe e apoiar eleições gerais e reforma política”, afirmou.Desta vez, vai, garante a CUT. Desafio é distribuir pelo Brasil
O presidente da CUT também aproveitou para lembrar o esforço para se construir o que existe como estrutura de comunicação da Central: "Nós temos a TVT, por exemplo, e muitos elogiam e dizem que é preciso ampliar, melhorar. Pô, dá uma forcinha aí. Apenas poucos sindicatos contribuem financeiramente"
As falas de Israel do Vale, presidente da Rede Minas e diretor executivo do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), e de Rita Freire, presidenta do Conselho da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), convergiram em mostrar a estrutura pública que já existe, e que pode, consequentemente, auxiliar nessa tarefa de fazer chegar as informações contra-hegemônicas para a maioria da população.
Ambos reconheceram que os governos Dilma e Lula poderiam ter sido mais ousados no enfrentamento à mídia tradicional. Mas deram maior tempo a expor o que se conquistou. A EBC, duramente atacada pelo governo golpista, na opinião deles, é um embrião importante de uma comunicação pública. E que menosprezar a qualidade ou o alcance da emissora é um equívoco.
“Titubiantemente, mas tentando avançar no acesso à banda larga e na criação da EBC. São avanços inegáveis, o que explica os ataques à EBC, algo que pode se tornar um dia um instrumento que dê voz ao cidadão”, comentou Israel.
Valorizar a defender a EBC
“A TV nasce como pública na maioria das democracias consolidadas. A BBC por três décadas foi a única TV na Inglaterra. E isso interfere muito na percepção do espectador. Quem sempre financiou a BBC foi o cidadão, não com verba de governo. Portanto, a comparação desqualificadora com a EBC é mais que um jogo de letrinhas”, completou.
“A criação da EBC foi um dos grandes feitos dos governos do PT, mas depois foi deixado um pouco ao léu. Mas é injusto chamá-la de TV Traço. A EBC tem oito rádios, TV Brasil, uma agência que abastece a mídia inteira, tanto a privada quanto a livre. E mais uma agência de rádio que abastece rádios comunitárias”, destacou Rita Freire.
Israel destacou outra oportunidade que a esquerda deve aproveitar, que são as tevês da cidadania, cuja regulamentação da TV digital permite que possam ser criadas por prefeituras, com conteúdo educacional, cultural e jornalístico.
Por fim, o ex-ministro Gilberto Carvalho definiu: “Gente, esse projeto de comunicação é uma tarefa que precisa da CUT. São vocês que vão dar movimento a isso”.
Roni Barbosa, secretário nacional de Comunicação da Central, confirma: “Vamos colocar a rede CUT a serviço da distribuição do conteúdo que será produzido por este programa hoje anunciado. A distribuição é um grande desafio”.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Opinião: Mídia alternativa e revolução silenciosa

Não há novidade nenhuma em afirmar que os meios de comunicação no Brasil são extremamente concentrados nas mãos de algumas poucas famílias. A surpresa que nos atinge está em saber que é justamente o dinheiro público do governo federal e dos governos estaduais e municipais o principal patrocinador dessa concentração.

Por Theófilo Rodrigues*, no jornal Correio do Brasil

No caso do governo federal é a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, dirigida pela ministra Helena Chagas, a responsável por esse repasse de verbas para os grandes meios de comunicação. Nesse momento alguém poderia se perguntar: “Mas Helena Chagas, aquela jornalista da Globo?” Sim, a própria. Esse repasse de verbas da Secom é a principal fonte de sobrevida dos grandes meios de comunicação no Brasil.

Para termos uma ideia do montante, apenas em 2012 cerca de R$ 10,8 bilhões foram repassados para os quatro grandes canais de televisão: Globo, Record, SBT e Band, sendo que 70% dessas verbas foram repassadas apenas para a Rede Globo.
Outro exemplo costumeiro é o da Editora Abril – responsável pela revista (semanal de ultradireita) Veja, entre outras – no Estado de São Paulo. Os paulistanos sabem que há anos o seu governo estadual vem patrocinando fortemente a editora da família Civita sem que haja qualquer transparência sobre as vantagens que tal parceria traz para o bem público. A coincidência entre a linha editorial da Abril e o programa político do partido que dirige o governo de São Paulo não parece ser fruto do acaso.
O interesse público depende da diversidade de fontes para a produção da informação. Uma sociedade que possui apenas poucas possibilidades de acesso a novos conteúdos torna-se refém sem sequer saber que suas mãos estão acorrentadas. É necessário que haja fontes diversas e plurais para que possamos confrontá-las e produzirmos nossas próprias opiniões.
No entanto, se por um lado os governos não manifestam desejo em alterar a estrutura da comunicação no país, por outro lado os movimentos sociais e a sociedade civil subalterna começam a reivindicar mudanças estruturais que venham de baixo para cima. Aí estão os exemplos dos milhares de jornais de bairros, rádios e TVs comunitárias e blogs alternativos que surgem diariamente.
A indignação com as narrativas monocórdicas materializam-se assim nas mídias alternativas. E essas mídias alternativas querem recursos para sobreviver e cobram justa e legitimamente que mudanças sejam feitas nas prioridades dos governos.
O debate no Congresso Nacional
Na Câmara dos Deputados o debate sobre a necessidade do financiamento para a mídia alternativa tem ocorrido na Subcomissão Especial da Câmara dos Deputados sobre Mídia Alternativa presidida pela deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE). A subcomissão funciona no âmbito da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática desde dezembro de 2011 e ao longo desse período ouviu uma série de especialistas sobre o tema.
O relatório final dos trabalhos da subcomissão foi aprovado em 13 de novembro de 2013 e agora será transformado em projeto de lei para seguir em votação no plenário da Câmara dos Deputados. O relatório final apresentado pela deputada Luciana Santos é formado por 17 itens que, em síntese, afirmam ser responsabilidade do governo federal e de suas agências o fomento das mídias alternativas e a pluralidade e diversidade na distribuição das verbas oficiais de publicidade. De forma concreta o relatório propõe que 20% da publicidade oficial do governo federal sejam apenas para a mídia alternativa.
Brasília dá o primeiro passo
Brasília deu na semana passada o primeiro grande passo no sentido de democratizar o financiamento da mídia alternativa. A Proposta de Emenda à Lei Orgânica 51/2013 indica que 10% das verbas de publicidade dos poderes locais deverão ser repassados para veículos da blogosfera e da imprensa comunitária. A proposta da deputada distrital Luzia de Paula (PEN) foi aprovada por unanimidade na Câmara Legislativa do Distrito Federal e será aceita com tranquilidade pelo governador Agnelo Queiroz (PT).

No Rio de Janeiro proposta está na Alerj

No Rio de Janeiro a deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) apresentou na Assembleia Legislativa no dia 23 de maio de 2013 o projeto de lei nº 2248/2013. A proposta da deputada comunista é a de que 20% da publicidade oficial do governo do Estado do Rio de Janeiro seja destinado à mídia alternativa como jornais comunitários, rádios e TVs comunitárias e blogs. Mas no Rio de Janeiro a proposta já indica que encontrará maiores obstáculos.
Na semana seguinte à apresentação do PL na ALERJ, o gabinete da deputada Rejane recebeu a visita de advogados da Editora Abril para apontar o descontentamento da família Civita com a redistribuição das verbas para a mídia alternativa. Ao contrário de Brasília que é governada por um histórico militante da esquerda, o Rio de Janeiro possui como governador o peemedebista Sérgio Cabral. E as boas relações de Cabral com a mídia carioca são bem conhecidas. Não passa pela cabeça de ninguém imaginar que Cabral permitirá que sua base na ALERJ aprove facilmente o PL 2248/2013.

Da revolução silenciosa para a revolução barulhenta

Aprovar mudanças na distribuição da publicidade oficial dos governos não é pouca coisa. No dia em que jornais de bairros, blogs, rádios e TVs comunitárias passarem a receber uma parte do bolo, uma grande mudança se iniciará em nossa sociedade. Uma mudança de sotaque, uma mudança de cor, uma mudança de cultura. Uma nova narrativa de baixo para cima emergirá e verdades que hoje são absolutas passarão a ser contestadas. A revolução silenciosa passará então a ser barulhenta. Esse dia chegará.


* Theófilo Rodrigues é cientista social e integrante da seção fluminense do Centro de Estudos da Mídia Independente Barão de Itararé.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Palestina: HAMAS abre sua primeira agência de notícias

Da Hispan TV, publicado em Irã News


El Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS) reveló el lunes que ha inaugurado su primera agencia oficial de noticias bautizada “Al-Ray”.
El jefe de la Oficina de Información del Gobierno electo palestino, Salameh Marof, informó de la apertura de la agencia oficial de noticias “Al-Ray”, que funciona bajo la supervisión de su respectiva Oficina.
Salemeh Marof dijo que esta agencia tiene por objetivo ser la principal fuente de difundir las noticias y actividades del Gobierno electo palestino encabezado por Ismael Hanieh.
Marof prosigue que esta agencia trabaja independientemente, pero bajo la supervisión de la mencionada Oficina, la cual ha iniciado sus actividades con 15 periodistas, los que tienen la obligación de reflejar las noticias pendientes a los palestinos y países árabes y transregionales, asimismo se considera una oportunidad para que los palestinos puedan transmitir sus propuestas y críticas a los sectores gubernamentales.
En la actualidad, la agencia oficial de noticias “Wafa” funciona en Palestina, la cual pertenece a la Autoridad Nacional Palestina (ANP), bajo la dirección de Mahmud Abás.
Hispan TV

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mídia das Fontes: Corinthians vai ter sua própria TV

Do M&M Online

m estreia programada para 1º de novembro, na TV por assinatura, a TV Corinthians, canal totalmente dedicado ao clube paulista. A iniciativa é do empresário Carlos Carreiras, dono da Rede TV Mais e corintiano roxo, que investiu cerca de R$ 3 milhões no projeto.
O canal, que será vendido à la carte, ainda negocia sua distribuição, mas tem acordo fechado com pelo menos uma operadora (não revelada). Mais de cem profissionais trabalham para produzir oito horas diárias de programação inédita, tendo como carro-chefe a transmissão, ao vivo, dos treinos do time.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Opinião: A boa hora da comunicação alternativa

Por Flávio Aguiar, em Carta Maior

Uma boa parte da mídia alternativa no Brasil se faz com organizações do tipo empresarial, ainda que, em geral, sejam pequenas ou médias empresas (ou cooperativas), por oposição às grandes corporações que dominam os mercados privados publicitários e/ou de concessão de verbas públicas. Está mais do que na hora de se buscar regras de financiamento que, para além das visões mercadológicas estreitas, garantam uma verdadeira pluralidade na construção da informação no Brasil.

Para ler a íntegra do artigo de Flávio Aguiar, clique aqui.

As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores