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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Brasil: mercado publicitário cresce 9,4%

Levantamento realizado pela Carat, empresa de mídia e pesquisa da Dentsu Aegis Network, estima um aumento de 9,4% no investimento em publicidade no Brasil neste ano. Os principais motivos para o crescimento são a Copa e as eleições. Para o ano que vem, a expectativa da empresa é de um crescimento de 8,1%, com investimentos em todos os tipos de mídia.
A América Latina, segundo o levantamento, continua sendo a região a atingir as maiores taxas de crescimento da publicidade. Além do bom resultado do Brasil, o crescimento de dois dígitos na Argentina (levantado pela inflação alta no mercado) e na Colômbia, com taxas de 31,3% e 13,2%, respectivamente, também contribuíram para o destaque da região. A expectativa de crescimento no mercado latino-americano para 2015 é de 11,8%. As previsões apontam também crescimento em outros mercados, como Ásia (5,5%), América do Norte (4,9%), Europa Ocidental (2,7%).
Baseado em dados recebidos de 59 mercados nas Américas, Ásia-Pacífico e EMEA, o levantamento da Carat prevê um incremento, de modo geral, nas receitas de publicidade global de 5% em 2014, e o mesmo crescimento para 2015.
Ainda de acordo com o levantamento, a mídia que deverá atingir o maior crescimento em investimento publicitário é a digital, com 16,1%. O mercado digital também deverá ter um incremento global em 2014, chegando a 20,5%, e deverá ultrapassar o share de revistas e jornais pela primeira vez em 201. A expectativa é de que os investimentos em impressos devem continuar em declínio e as outras mídias devem crescer entre 3% e 5%, nesse ano e ano que vem.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Crise: Imprensa Francesa dá adeus a 2013 sem saudades.

O ano de 2013 não foi nada bom para a imprensa francesa que, desde a crise mundial de 2009, vem sofrendo com o baixo faturamento, queda de leitores e concorrência da internet. 

A agência France Press noticia que para a imprensa escrita, seja nacional, regional e mesmo as revistas, 2013 foi um ano de déficit generalizado e de muitas demissões. As tiragens de jornais tradicionais, como o Liberation, chegaram a cair 16%, ao longo do ano que finda. As receitas publicitárias dos jornais de circulação nacional rudiziram-se, em média, em 10,1%, enquanto que a imprensa regional registrou uma redução de 6% e as revistas e semanários, de 9,8%. 

Veja, abaixo, em francês, a reportagem sobre o tema da France Press



Exemplares do jornal Libération, em 2013, queda de 16% na tiragem. 

PARIS (AFP) - Por Laurence BENHAMOU


2013 aura été une année noire pour la presse française, nationale, régionale ou magazine: chute des ventes et des recettes publicitaires, déficits généralisés, plans de départs, cessions en rafales, un déclin que les développements numériques ne compensent pas.Partout, les ventes reculent: sept des huit grands quotidiens nationaux français (sauf La Croix) ont vu leur diffusion baisser sur les 10 premiers mois de l'année, selon l'OJD. Les Echos résistent, Le Figaro et Le Monde s'en sortent avec des baisses de 3 à 5%, mais la chute est alarmante pour Le Parisien, Aujourd'hui en France et l'Equipe, qui reculent d'environ 10%, et plus encore pour Libération (-16,06%).


voir le zoom : Claude Perdriel, le fondateur et propriétaire du Nouvel Observateur (à droite), avec le président du directoire du Monde Louis Dreyfus, le 17 décembre 2013 à la sortie de l'Elysée à Paris
Claude Perdriel, le fondateur et propriétaire
du Nouvel Observateur (à droite),
 avec le président du
directoire du Monde Louis Dreyfus,
 le 17 décembre 2013 à la sortie de l'Elysée à Paris

afp.com - Alain Jocard
Dans la presse magazine, sur 360 titres existants, 90% voient leurs ventes baisser, sauf quelques nouveaux comme Causette ou Jour de France. Idem pour les 66 quotidiens régionaux et pour les trois-quarts des 200 hebdomadaires régionaux.
Avec la crise et la baisse des ventes, les annonceurs se font plus rares: davantage encore qu'en 2012, les recettes publicitaires de la presse ont diminué (-10,1% pour la PQN, -6% pour la PQR et -9,8% pour la presse magazine), selon l'Institut de recherches et d'études publicitaires.
Résultat: des déficits généralisés. Tous cherchent des économies en réduisant leur rédaction et leurs coûts. Ceux qui n'ont pas un actionnaire prêt à les renflouer, en première ligne Libération, sont menacés.
Cette année, le groupe Le Monde prévoit un déficit net de 2 millions d'euros et Le Parisien une perte nette de 17 millions, presqu'autant qu'en 2012. Libération, fragilisé par une dette de 6 millions, perdra plus d'un million cette année. Les Echos prévoient une perte opérationnelle courante de près de 3 millions, après -6,7 millions en 2012.
Victime collétarale de la baisse des ventes au numéro, les points de vente de presse pourraient voir leur nombre baisser de 800 cette année par rapport aux 27.500 de fin 2012.
Moins de journalistes
Les cessions s'accélèrent, parfois dans l'urgence, par des propriétaires qui veulent éliminer un foyer de pertes, en particulier dans les magazines: le n°1 de la presse magazine, Lagardère Active, a mis en vente 10 de ses 39 titres, dont Be, Première, Psychologies, Maison & Travaux, et Pariscope. Faute de repreneurs, ils fermeront. Au total 350 postes sont concernés. Claude Perdriel, fondateur et propriétaire du Nouvel Observateur, cherche des investisseurs, voire des repreneurs pour son hebdomadaire, qui devrait perdre 5 à 7 millions d'euros cette année.
Cet été l'allemand Axel Springer a cédé ses magazines français, dont Télé Magazine, à Reworld Media. NextRadioTV a vendu cet automne pour un euro symbolique ses derniers magazines papier, 01 Net et 01 Business. Le Moniteur (21 titres professionnels) s'est vendu à Infopro, éditeur de l'Usine nouvelle.
Les rédactions rétrécissent encore. Au moins 300 postes de journalistes seront détruits cette année, selon le Baromètre de l'emploi Journalistes 2013. Déjà 2012 avait vu 1.158 suppressions d'emplois dans la presse, dont 600 journalistes. Derniers exemples, Le Monde veut supprimer 29 postes à Courrier International, Nice-Matin 148 postes, le Groupe Sud-Ouest 180, L'Equipe fait partir 71 salariés et 20 minutes va supprimer son service photo.
Pour ne pas licencier, Libération négocie avec ses employés des baisses de salaire. Le directoire de "Libé" sera renforcé par un manager début janvier.
Aucun grand titre n'a disparu cette année mais des quotidiens locaux se sont arrêtés, dont Le Pays, en Franche-Comté, fondu dans l'Est Républicain-Le pays et Le Journal du Pays Basque.
Cherchant des recettes tous azimuts, journaux et magazines développent leurs éditions numériques pour tablettes, lancent des lettres confidentielles, comme Challenges, misent sur la partie payante de leurs sites ou proposent des services en ligne, parfois éloignés de la presse, comme Libération qui vend des produits du terroirs et L'Equipe du coaching sportif.
Les ventes d'éditions numériques des journaux ont bondi de 40% cette année mais représentent moins de 3% des exemplaires papier. Les sites des journaux rapportent peu et ne compensent pas la baisse des revenus du papier. Les sites pure players sont en perte, comme Rue89 (groupe Nouvel Observateur).
Le gouvernement a promis de demander à Bruxelles une TVA réduite pour les sites d'info: elle leur donnerait un bol d'air et une pétition en ce sens de Mediapart a recueilli de nombreux soutiens (Syndicat national des journalistes, patrons de presse, élus et 16.000 internautes).

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mercado publicitário brasileiro deve crescer 10% em 2013

De O Jornalista


Estudo publicado pelo jornal Propaganda&Marketing prevê que apesar da fragilidade da economia global, o investimento publicitário em 13 mercados mundiais crescerá 4% em 2013, de acordo com o estudo periódico do Warc que o jornal revela. No Brasil, o crescimento previsto é de 9,8% - dado que não considera a inflação do período, prevista pelo Consumer Prices Index em 5,4%. 
Segundo a pesquisa, todas as mídias no país apresentarão crescimento: internet 20,5% e TV 10,3%. O Brasil, ao lado da Índia e Rússia é um dos poucos países onde o estudo aponta que o investimento publicitário em jornais crescerá.
O estudo denominado "Consensus Ad Forecast" da Warc, empresa dedicada a medir o pulso do mercado publicitário, aponta um cenário promissor para os proprietários de veículos de comunicação no Brasil. Segundo a previsão, o crescimento do segmento rádio deve ser de 6% no faturamento, enquanto de jornais 5% e de revistas 3,9%.
A pesquisa prevê ainda que o crescimento da publicidade no Brasil será o terceiro mais alto depois da Rússia (12,3%) e China (10,9%).

O Paraíso dos Veículos de Comunicação

Nas projeções feitas para 2014, os números são ainda mais favoráveis e as previsões mais otimistas para os veículos brasileiros. Devido aos grandes eventos esportivos que o país deve receber, o crescimento previsto é da ordem de 12,1% - o mais alto de todos os mercados pesquisados. Em segundo lugar aparece a Índia, em terceiro a China e em quarto a Rússia.
Se por uma lado as projeções de faturamento publicitário são todas positivas, por outro nem tanto. Os sindicatos dos trabalhadores em veículos de comunicação no Brasil têm enfrentado duras negociações para conseguir repor perdas inflacionárias e garantir alguns avanços trabalhistas.

sábado, 10 de novembro de 2012

Imprensa alternativa do DF pode ter garantida cota de publicidade oficial

Publicado originalmente em Informe DF

Proposta em tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal pretende garantir a sobrevivência dos veículos de comunicação alternativos de todo o DF. Trata-se do PL 1152/2012, que destina cinco por cento da verba institucional de publicidade do GDF para investimento obrigatório em jornais de quadra, blogs, revistas e rádios alternativas existentes em nossas cidades. Se aprovada, a proposta garantirá viabilidade econômica, a independência ideológica e a manutenção dos empregos dos trabalhadores desses meios de comunicação. “Pretendemos garantir o funcionamento desses veículos que são importantes que a população tenha acesso livre à informação, além das veiculadas nas mídias convencionais”, afirma o autor do projeto, deputado distrital Cristiano Araújo (PTB).
A proposta é um pleito da Associação de Veículos de Comunicação Comunitária do Distrito Federal (Asvecom), entidade que reúne cerca de 70 veículos de comunicação alternativos. Os empresários do setor se queixam das dificuldades enfrentadas para terem acesso à publicidade pública. 
Segundo informações da Asevecom, atualmente existem no DF cerca de 200 veículos de comunicação alternativos. Muitos deles recebem recursos do GDF para suas publicações, mas nenhum tem garantida a continuidade das verbas em suas operações, o que dificulta suas manutenções.
O Orçamento-Geral do DF prevê para 2012 cerca de R$ 147 milhões para gastos com publicidade institucional. Caso a proposta estivesse em vigor, as mídias alternativas contariam com R$ 7 milhões.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Opinião: Verba publicitária e Sadomasoquismo

Por Fernado Ferro*, publicado originalmente em Brasil 247

Ainda é profundamente concentrada a distribuição das verbas oficiais de comunicação. Parece que tomamos gosto por rituais de sadomasoquismo midiático
Os jornalecos e almanaques reacionários de oposição, tipo Veja, vez por outra têm um de seus capangas acusando jornalistas de "chapa-branca" na tentativa de encurralar qualquer visão séria e democrática sobre o Partido dos Trabalhadores e os governos do PT. Por trás destas críticas reside um viés ideológico como porta-voz da direita no Brasil, bem como um certo mal estar pela perda da sustentação financeira com o dinheiro oficial.
A partir do governo Lula, praticou-se uma distribuição mais justa em termos regionais na descentralização dos receptores do dinheiro da publicidade oficial. Nosso governo incorporou no mailing dos meios de comunicação do Estado brasileiro desde redes regionais até o sistema de rádios comunitárias e jornais espalhados por diversas regiões do Brasil. Este gesto atraiu o descontentamento dos Civitas da vida, que querem monopolizar e concentrar os meios e suas receitas. Apesar da mudança, ainda é profundamente concentrada a distribuição das verbas oficiais de comunicação.
Observa-se que dos R$ 161 milhões repassados à emissoras de rádios, TV, jornais, revistas e sites, desde o início do governo Dilma, R$ 50 milhões foram destinados apenas para a TV Globo, quase um terço de toda a verba – ao todo,  o Sistema Globo de Comunicações recebeu R$ 55 milhões.  Já a "imparcial" revista Veja, por sua vez, recebeu R$ 1,3 milhão; e o os tentáculos on-line da Editora Abril também receberam mais R$ 353 mil. Enquanto isso, a revista "parcial" Carta Capital recebeu, no mesmo período, R$ 119 mil.
Em outros termos, pagamos uma mídia para nos atacar, nos destruir e se organizar em quadrilhas, como no caso recente da dobradinha Veja/Cachoeira.
Isto não é justo. Não é correto. Precisamos rever a distribuição de verbas publicitárias, que hoje se constituem num verdadeiro acinte à democracia. Não se trata apenas de regular os meios de comunicação, devemos promover uma justa redistribuição das verbas publicitárias do Governo.
Por fim, é bom que se note que aqui não foram incluídos os repasses das verbas publicitárias das empresas estatais de economia mista, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Correios, Grupo Eletrobrás, Petrobrás, etc.
Ora, parece que tomamos gosto por rituais de sadomasoquismo midiático ou praticamos a gentileza dos submissos.
*Deputado federal (PT-PE) e vice-líder da Bancada do partido na Câmara

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Opinião: Propaganda nos governos tucanos

Por José Dirceu, publicado originalmente no Blog do Noblat em 21.09.2012

Está se tornando uma marca comum aos governos tucanos os altíssimos gastos realizados com publicidade, ao que parece, investimentos tidos como prioridade para os Estados e prefeituras que administram, em detrimento de recursos destinados a áreas problemáticas como Saúde, Educação e Segurança, mobilidade urbana.

Segundo divulgação recente do jornal Folha de S. Paulo, entre 2007 e 2011, o governo do Estado de São Paulo gastou R$ 608,9 milhões com publicidade. Para efeito de comparação, esse montante corresponde a 30% do que gastou o Governo Federal no mesmo período e seis vezes o investimento da Secretaria da Cultura em 2011!

E não é apenas o exagero do valor das verbas destinadas à publicidade o que chama a atenção. O jornal revelou também que a principal agência que atende o governo do Estado desde 2007, a Lua Propaganda, tem como sócio o publicitário Rodrigo Gonzalez, filho de Luiz Gonzalez, marqueteiro responsável pelas campanhas eleitorais de Geraldo Alckmin e José Serra, inclusive pela atual campanha de Serra à Prefeitura de São Paulo.

A Lua Propaganda responde ainda pela publicidade da Dersa (empresa rodoviária controlada pelo governo do Estado) e do Nota Fiscal Paulista, programa vitrine dos tucanos em São Paulo.

Em 2009, sob o governo estadual de Serra, os gastos com publicidade somaram R$ 173 milhões em anúncios, quase o triplo do empregado em 2007, início de sua gestão.

Porém, o auge do esbanjamento foi em 2010, ano em que Serra realizou sua campanha derrotada à Presidência da República: R$ 17,6 milhões por mês. Em 2011, primeiro ano do atual mandato de Alckmin, o gasto anual caiu 55% em relação a 2010, mas ainda 17% maior do que em 2007.

Mas o descalabro das verbas gastas com publicidade pelos governos do PSDB não se restringe a São Paulo. Em junho deste ano, o governo de Minas Gerais, de Antonio Anastasia, gastou R$ 4,5 milhões de recursos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) com a campanha  Minério com mais Justiça, destinada a defender a revisão dos royalties de minério.

A campanha durou dois meses, com peças publicitárias veiculadas em diversos meios de comunicação, inclusive inserções em redes de TV aberta e a cabo.

Causa estranhamento a alocação de tal quantia em uma única ação publicitária, quando, todos sabem, o governador mineiro vive reclamando da falta de recursos e da suposta falta de investimentos federais no Estado.

Já a atual gestão tucana do governador do Paraná, Beto Richa, reservou R$ 143,5 milhões para gastos em comunicação e publicidade somente para este ano. O valor destinado à área de Comunicação Social, R$ 52,1 milhões, multiplicou quase cinco vezes em relação ao que foi gasto pela pasta em 2011, R$ 11,6 milhões.

No Diário Oficial do Estado, Richa justificou os gastos afirmando que o governo pretendia  "resgatar a confiança da população no governo do Paraná e aumentar a autoestima dos paranaenses em relação ao seu Estado".

Será que para atingir esse objetivo não seria muito mais produtivo investir em Educação, Cultura, Saúde e resolver objetivamente os problemas que afetam não só a confiança, mas também a dignidade da população?

Da publicidade governista em São Paulo, não surpreende, mas também não deixa de ser relevante o fato de que apenas uma emissora a Globo tenha recebido R$ 210 milhões, ou 49,5% de total aplicado em TV entre 2007 e 2011, e o correspondente a 34,5% da verba total, mesmo com sua audiência em declínio: caiu de 41% em 2007 para 38% em 2011.

A distribuição da veiculação feita em mídia impressa também não causa surpresas: Estadão, Folha e Veja foram os maiores agraciados com a publicidade tucana no período.

Vale lembrar que, em julho deste ano, o PSDB apresentou uma representação à Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) pedindo a investigação de patrocínios de empresas públicas a sítios e blogues cujos conteúdos considera ofensivos à oposição.

Em um evidente atentado à liberdade de expressão, o partido tentou intimidar empresas estatais e governos que anunciam em veículos sem ligações com os mesmos oligopólios midiáticos que tanto têm se beneficiado dos recursos publicitários de suas administrações.

Não é preciso muito esforço para entender o que os governos tucanos, especialmente em São Paulo, pretendem maquiar com tanta propaganda: a má administração em seus governos, incapazes de apresentar políticas e projetos para atender as reais necessidades da população.

Assim, nessa lógica perversa, levam ao pé da letra a máxima de que  "a propaganda é a alma do negócio", investindo alto para mostrar aquilo que deveriam ter feito e não fizeram.

As opiniões aqui expresssas são de responsabilidade de seu autor

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Faturamento cresce e jornais brasileiros faturam R$ 1,66 bi

De O Jornalista

Nem o crescimento semestral de apenas 0,6% na economia no País e a previsão de que o PIB brasileiro não deve passar os 2% no ano - somados aos temores que se alastraram a partir da crise financeira na Europa - afetaram o investimento publicitário no Brasil neste primeiro semestre. Ao todo, os meios receberam R$ 14,28 bilhões entre os meses de janeiro e junho. Esse investimento é 11,02% maior que o do mesmo período do ano passado, quando o mercado recebeu R$ 12,85 bilhões.
O fechamento do semestre sinaliza para o mercado publicitário que os meios ainda se beneficiam da onda positiva de consumo e crescimento do País. Os destaques do semestre foram, em termos de crescimento, internet e TV por assinatura, com 18,14% e 17,99%, respectivamente, consequência da ampliação da base de usuários e assinantes, cujo efeito ainda tem sido percebido pelos meios ano após ano. Já a TV aberta não apenas bateu o próprio recorde de faturamento - de R$ 9,25 bilhões - como também conquistou a maior participação no bolo publicitário da história do Projeto Inter-Meios, com 64,81%. A participação da televisão no total é seguida por jornal (11,67%) e revista (6,06%).
Esse primeiro semestre repete o padrão da década - em anos pares o crescimento tende a ser maior que em anos ímpares, impulsionado pela Copa do Mundo e Olimpíada, cujo resíduo ainda será sentido nos próximos meses, quando vários meios recebem as últimas parcelas dos pacotes comerciais. O crescimento para o ano, segundo previsão do mercado, é também de 11%.
O Projeto Inter-Meios é um relatório de investimentos em mídia no Brasil tabulado pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers com exclusividade para o Grupo Meio & Mensagem, que coordena o projeto. O trabalho mede, mensalmente, os investimentos em veiculação feitos pelos anunciantes na mídia brasileira. Estima-se que ele mensure 90% do total das verbas. Os participantes do projeto encaminham seus dados diretamente à auditoria.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mensalão: STF reabre debate sobre regras da publicidade e bônus de volume

Por Najla Passos e Vinicius Mansur, publicado originalmente em Carta Maior

As críticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) à Lei 12.232/2010, que regulamenta a contratação de serviços de publicidade por órgãos públicos, apresentadas durante o julgamento da ação penal 470, reabriram o debate sobre a regulamentação da publicidade estatal no Brasil. O presidente da corte, ministro Ayres Britto, definiu o dispositivo como “um tranco à função legisladora do estado”. Outros ministros, como Celso de Mello, Cezar Peluso e Gilmar Mendes, também apontaram para a inconstitucionalidade da norma.

Leia também:
Além de inconstitucional, lei da publicidade favorece oligopólio da mídia

Em um voto incisivo, Britto chegou a afirmar que o anteprojeto da lei foi alterado durante sua tramitação na Câmara para beneficiar os réus do chamado “mensalão”, ao incluir um artigo que estende a norma “às licitações já abertas, aos contratos em fase de execução e aos efeitos pendentes dos contratos já encerrados na data de sua publicação”. Conforme ele, o texto acrescido é uma afronta ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, segundo o qual “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. 

Para o doutor em Direito e autor do livro “Direito da Publicidade”, Henrique Costa, as manifestações dos ministros abrem espaço para uma ação declaratória de inconstitucionalidade da lei 12.232. “O voto do Ayres Britto pode reabrir, no futuro, o debate sobre como deve ser interpretado esse dispositivo. Isso é o mais importante para todo o setor [da publicidade], que foi ao Legislativo e conseguiu uma lei que o Supremo parece estar insatisfeito agora”, afirma.

O Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) já deu indícios de que poderá seguir este caminho ao pedir a corte de contas o sobrestamento das apurações feitas em contratos de agências de publicidade com o Banco do Brasil. “A matéria que ora se examina encontra-se sob extensa e minuciosa análise da corte suprema, nos autos da Ação Penal nº 470, cuja decisão pode vir a influenciar o mérito deste apelo”, justificou o subprocurador-geral do MPF junto ao TCU, Paulo Bugarin, em recurso de revisão expedido em agosto. 

Apesar do recurso de revisão se referir a contratos específicos, Henrique 
Costa aponta que o significado prático da medida “é que ninguém vai decidir nada sobre publicidade no TCU até o fim do mensalão”. 

Bônus de volume

A lei 12.232/2010 entrou na discussão da ação penal 470 porque cinco réus foram denunciados, entre outros crimes, pela prática de peculato referente a desvios dos chamados “bônus de volume”, ou BV, a comissão paga pelos meios de comunicação às agências de publicidade, conforme o volume de propaganda negociado entre eles. Apesar de ser uma prática de mercado que remonta aos anos 1950, o pagamento do bônus só foi institucionalizado pela lei em questão.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e os sócios da DNA Propaganda, Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, foram acusados de permitir que a agência se apropriasse dos R$ 2,9 milhões repassados como bônus pelos veículos de comunicação. Já o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, foi acusado de possibilitar que a agência SMP&B, dos mesmos sócios, ficasse com os R$ 2,1 milhões dos BVs decorrentes da publicidade feita pela casa.

A defesa dos réus, entretanto, alegou que a edição da lei 12.232 teria configurado “abolitio criminis”, ou seja, tornado lícita a conduta pela qual os empresários foram denunciados. A lei evocada diz em seu artigo 15 que pertencem ao “contratante as vantagens obtidas em negociação de compra de mídia”. Porém, abre uma exceção e legaliza o bônus de volume ao permitir, no artigo 18, “planos de incentivo por veículo de divulgação” e ao definir que os frutos resultantes destes planos constituem “receita própria da agência”.

Mas o ministro-relator, Joaquim Barbosa, considerou as acusações procedentes e pediu a condenação de todos. “Até mesmo na contratação de serviços de mídia, o Banco do Brasil era o titular dos créditos eventualmente concedidos por veículos de divulgação. O contrato assim estabelecia porque não era a agência quem negociava com o veículo de divulgação, mas sim o próprio Banco do Brasil o fazia diretamente”, esclareceu.

Bônus X outras bonificações
O ministro-revisor, Ricardo Lewandowski, discordou. Para ele, os bônus de volume não podem ser confundidos com as demais bonificações pagas pelos veículos, essas sim devidas ao BB por questões contratuais. “Uma coisa são os bônus de volume, que podem até ter sido legitimamente recebidos, segundo os conceitos vigentes no mercado. Outra coisa é a empresa emitir faturas a título de bônus de volume, mas que na verdade correspondem a outros serviços”, destacou. 

Com base neste entendimento, ele absolveu João Paulo Cunha que, na interpretação dele, repassou à agência apenas os bônus de volume, prática já pacificada pelo mercado na época. Mas condenou Pizzolato e os sócios da DNA por considerar que eles permitiram a apropriação indébita pela agência de outras bonificações que deveriam ser destinadas ao BB. Com base em parecer do TCU, o revisor sustentou que o valor relativo aos bônus de volume era de apenas R$ 420 mil. Segundo ele, o restante dos R$ 2,9 milhões era proveniente de outras bonificações. 

Porém, à exceção de Dias Toffoli, os demais ministros não fizeram distinção entre BV e demais bonificações. E criticaram duramente o parecer do TCU, alegando que o entendimento contrastava com o do Instituto Nacional de Criminalística, que não considerou os bônus devidos à agência. O presidente da corte disse que, frente ao impasse, prevalecia o entendimento do último. “A minha conclusão é a de que, no caso, diante dessa divergência, desse confronto de apreciação sobre os mesmos fatos, o que deve ser levado em consideração pelo magistrado é o quadro factual devidamente provado pela instância penal”, observou.

O posicionamento do TCU em considerar regular o mecanismo do bônus de volume desde a edição da lei 12.232 já vinha sendo criticado no curso da ação penal. Às vésperas do julgamento, em 20 de julho, o órgão emitiu nota explicando que apenas “aplicou disposição explícita de lei aprovada pelo Congresso Nacional”. 

Pressão do mercado

Um dia após o presidente do STF criticar a lei que regulamenta a publicidade estatal, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), refutou, em entrevista à imprensa, a hipótese dela ter sido alterada para beneficiar os réus do mensalão. “Sinceramente eu acredito, por tudo aquilo que eu vi, que não havia ali nenhuma outra intenção que não fosse acolher um posicionamento do mercado, das agências de propaganda e de televisão, não somente nos novos contratos, como previa o projeto original, como também em relação ao passado”, afirmou.

Cardozo foi o autor do antiprojeto da lei 12.232, quando era atuava como deputado. No texto original apresentado por ele, os efeitos da lei só valeriam para contratos futuros. Entretanto, durante a tramitação da matéria na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (Ctasp) da Câmara, sob a relatoria de Milton Monti (PR-SP), foi incluído o artigo que estendeu o alcance da lei aos chamados “fatos pretéritos”. O acréscimo foi defendido também pelo relator da matéria na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), André Vargas (PT-PR), e declarado constitucional pelo relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), hoje ministro da Agricultura. 

Ainda que réus do mensalão tenham se beneficiado da nova redação, corrobora com o entendimento de Cardozo o fato que, no Senado, a matéria passou pelas mãos de parlamentares da oposição e governistas, e sempre manteve o dispositivo. Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o relator foi Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Na CCJ, Francisco Dornelles (PP-RJ). A importância da matéria chegou a ser destacada várias vezes pelo então presidente da CCJ, o senador cassado Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), nos seus balanços de gestão.

“A lei, na verdade, foi uma reação do mercado ao terror gerado pelo TCU após a exploração das denúncias sobre o Valerioduto”, afirmou à Carta Maior uma fonte do meio publicitário que pediu para não ser identificada. Conforme esta fonte, logo após o escândalo do mensalão, o TCU deu início uma série de apurações sobre a publicidade no serviço público e, em 2005, chegou a suspender vários contratos e pagamentos. “Para as agências, o importante era dissociar-se do escândalo com uma legislação que, ao mesmo tempo, garantisse contratos passados ou em vigor e regulasse mecanismos há tempos praticados pelo mercado, como o bônus de volume”, acrescentou.

Em julho de 2008, foi realizado em São Paulo o IV Congresso Brasileiro de Publicidade, no qual foi lançada a “Frente Parlamentar da Comunicação Social”. Conforme os organizadores, a frente reunia 198 deputados e 38 senadores de 17 partidos políticos. Monti e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) saíram de lá encarregados de lançar a frente oficialmente no Congresso. O primeiro, inclusive, foi eleito seu coordenador. Entre as deliberações do encontro estava o apoio ao projeto de lei de Cardozo. Entre os patrocinadores, os grandes grupos de mídia, como Globo, Terra, Record, Abril, RBS, Bandeirantes e SBT.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

América Latina: TV aberta é a mídia que mais fatura publicidade

O Ibope Media divulgou o Media Book 2012, publicação que reúne informações consolidadas sobre o consumo de mídia, penetração dos meios e investimentos publicitários em 13 países da América Latina. Com mais de 90% de penetração na maior parte dos países da região (exceto na Guatemala, onde a penetração é de 85%), a TV aberta lidera os investimentos publicitários. No Brasil, a TV aberta recebeu 53% da verba publicitária em 2011, seguida pelos jornais, que receberam 20%. No México, a TV aberta também está no topo da lista, com 64% do volume movimentado no ano, porém a segunda colocação é ocupada pelo rádio, com 20%.
Entre os setores econômicos, o segmento comércio foi o que mais investiu em propaganda no Brasil, Argentina, Chile, Panamá e Uruguai. Por aqui, o montante foi de mais de US$ 11 bilhões. Enquanto isso, no Peru e na Costa Rica as empresas de telecomunicações lideram o ranking, com US$ 1,2 bilhão e US$ 61 milhões, respectivamente. No mercado mexicano, o segmento de saúde, higiene pessoal e cosméticos está no topo da lista, com investimentos de mais de US$ 3 bilhões em publicidade.
Hábitos de consumo
A novela em horário nobre continua comandando os índices de audiência na televisão brasileira. Em 2011, a média desse programa foi de 38,5 pontos de segunda a sábado, pouco acima dos 37,01 pontos de 2010, de acordo com o Media Workstation. Quando considerado apenas os programas de final de semana, a novela em horário nobre ainda lidera, mas com uma pequena queda: média de 31,22 pontos, o mesmo nível de 2010.
Nos outros países, o futebol mostra a sua força. No Equador, dos dez programas mais vistos nos finais de semana, nove são jogos de futebol, com destaque para a partida entre Equador x Venezuela e para a Liga dos Campeões da Uefa, com média de 23 pontos de audiência cada. 
Na Guatemala, o TOP 10 de fim de semana é composto por oito partidas de futebol. A mais assistida foi Guatemala x México, com média de audiência de 29,69 pontos. Já no Peru, o TOP 10 foi composto por nove programas esportivos, dos quais oito são de futebol. Lidera a lista a partida da Copa América entre as seleções peruana e venezuelana, que teve 43,47 pontos de audiência. Na terceira posição está a luta de boxe feminino entre a peruana Kina Malpartida e a norte-americana Rhonda Luna, com média de 39,17 pontos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Publicidade cresce 10% no primeiro semestre de 2012


Os investimentos publicitários cresceram 10% no primeiro semestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 43,8 bilhões. Os dados são do Monitor Evolution. O mercado publicitário continua crescendo, ainda que não no mesmo ritmo do ano anterior.
 
Nos meios de comunicação, a TV lidera, sendo responsável por 55% do total, que corresponde a R$ 24 bilhões – uma variação de 13% em relação ao mesmo período de 2011. O rádio e a internet apresentaram maior crescimento percentual, 25% e 18%, respectivamente. Na análise por praças, a cidade de São Paulo é destaque, com 28% desses investimentos, porém os mercados que mais cresceram percentualmente foram Fortaleza e Manaus (24% e 16%, respectivamente), impulsionados principalmente pelos investimentos do comércio, como concessionárias e lojas de departamento.

Os jornais abocanharam uma fatia superior a R$ 8 bilhões. A TV por assinatura - que por ser paga deveria ter menos anúncio - já aparece em terceiro lugar no ranking de receita publicitária com R$ 3,4 bilhões, acima dos R$ 3,2 bilhões das revistas.
A Internet já deixou para trás as emissoras de rádio. A primeira captou R$ 2,65 bilhões, contra R$ 1,9 bi do rádio.
 
Anunciantes
 
No ranking de anunciantes, a Casas Bahia e a Unilever continuam nos primeiros lugares, porém agora com uma diferença menor entre as duas. No 1º semestre de 2011, a diferença era de R$ 420 milhões. Com o crescimento de 21% da Unilever, a diferença agora é de R$ 220 milhões.
 
“A última vez em que a Unilever foi primeira no ranking de anunciantes foi em 2002. Desde então, Casas Bahia ocupa a liderança em volume de investimento publicitário e essa foi a menor diferença registrada no período”, comenta Rita Romero, diretora executiva de negócios do Monitor America Latina.
 
A Caixa passou da 7ª para a 3ª posição, com um crescimento de 68% no volume de investimento. A Petrobrás, que não figurava entre os 30 maiores no ano passado, ocupa a 13ª posição e o Banco do Brasil foi da 23ª para a 21ª posição no ranking.
 
Agências
 
Dentre as agências, as três primeiras posições continuam ocupadas pela YR, Almap BBDO e Ogilvy & Mather Brasil. A Wmccann, que ocupava o 6º lugar no ranking no ano anterior, passa para a 4ª posição, após acréscimo de 32% no volume de investimento. A JWT permanece na quinta posição no ranking. As 50 maiores agências do mercado brasileiro movimentam 62% da verba publicitária nacional.
 
Setores e categorias
 
Entre os setores, Comércio e Varejo continua líder em volume, porém Serviços ao Consumidor, que ocupava a 3ª posição no ranking, está agora em 2º lugar, com um crescimento de 16%. O setor de Higiene Pessoal e Beleza, com um crescimento de 13%, passa a ocupar o 3º lugar. Mercado Financeiro e Seguros permanece estável, na 5ª posição. Já entre as categorias, as lojas de departamento estão em primeiro lugar, com R$ 3,1 bilhões, apesar da variação de apenas 4%.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Publicidade na web deve superar R$ 4,65 bi neste ano

Por Erivelto Tadeu do Tela Viva news

A internet deve abocanhar cerca de 14% de todo o bolo publicitário neste ano no Brasil, quando os gastos em publicidade online atingirão R$ 4,64 bilhões, de acordo com projeção da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) apresentada nesta terça-feira, 24. A estimativa é que haja expansão de 39,1% no faturamento, frente aos US$ 3,33 bilhões registrados no ano passado, tornando-o o segundo meio com maior participação publicitária, ultrapassando os jornais e ficando atrás apenas de TV.
Segundo Fabio Coelho, presidente da entidade, o mercado de internet cresce quatro vezes mais que todo o bolo publicitário brasileiro. “Estamos em uma fase de expansão que supera os demais meios. Em 2011, as 100 maiores empresas no Brasil investiram 13,7% de seus orçamentos em mídia digital e isso deve aumentar ainda mais este ano com nossa expectativa de 40%”, afirma.
Os números não incluem a publicidade em redes sociais, já que os principais sites de relacionamentos que atuam no Brasil, como Facebook, Orkut, Twitter e LinkedIn, não revelam dados de desempenho. Daí, o fato de a análise trabalhar com números aproximados, ressalta Coelho.
O estudo revela, ainda, que apenas a publicidade no formato de display – ou display advertising (anúncios em banners, imagens etc.), como também é chamada – deve crescer mais de 25% no ano, contra 19,24% em 2001, quando faturou R$ 1,45 bilhão. Mas a maior expansão deve ocorrer mesmo na publicidade em resultados de buscas, cuja previsão é crescer 50%, totalizando R$ 2,82 bilhões, contra R$ 1,85 bilhão no ano passado. Embora não revele números, o Google deve abocanhar a maior parte desse filão, em razão do domínio absoluto do site no mercado de buscas.
Pesquisa da Pew Internet & American Life Project, divulgada em março, mostra que o Google ainda é o buscador mais usado pelos americanos. De acordo com o instituto, 83% dos internautas nos Estados Unidos usam o mecanismo, sendo que o segundo buscador preferido é o Yahoo, com 6%. O Bing, da Microsoft, tem apenas 3% do mercado. Um analista ouvido pela reportagem de TI INSIDE Online diz que a participação dos três buscadores no mercado brasileiro é praticamente a mesma dos EUA. “No Brasil, o Bing e o Yahoo talvez tenham uma participação menor que nos EUA, em detrimento do Google que supera os 90% de representatividade.”
O analista diz que para que os números sejam mais confiáveis é preciso apresentar um panorama mais completo do mercado digital brasileiro, incluindo segmentos que ainda não são tabulados pelos institutos de pesquisa e pela própria IAB. "É necessário que sejam apresentados dados mais condizentes com a realidade do segmento, caso contrário, a representatividade da internet no bolo publicitário ainda será pequena", completa.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

EUA: Publicidade online registra expansão de 22%

Do Tela Viva News

O mercado de publicidade online, disputado ferozmente por empresas como Google e Facebook, movimentou US$ 31 bilhões no ano passado nos Estados Unidos, alta de 22% na comparação com 2010, recorde histórico do setor. Os dados são de uma pesquisa encomendada à PricewaterhouseCoopers pelo Interactive Advertising Bureau, a qual rela que o quarto trimestre do ano foi o que registrou maior expansão, quando contabilizou US$ 9 bilhões, um crescimento sequencial de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O segmento móvel, embora não muito explorado, teve a maior alta entre todas as categorias no ano passado – 149% na comparação anual e receita de US$ 1,6 bilhão. "Combinar algumas das melhores funções da internet com ferramentas de localização e portabilidade permite aos anunciantes entregar anúncios rápidos, direcionados e relevantes, de uma maneira nunca antes alcançada", disse o analista David Silverman, da PwC.
O mercado de buscas obteve receita de US$ 14,8 bilhões em 2011, aumento de 15% em relação ao ano anterior. As empresas varejistas continuam sendo as que mais fazem anúncios na internet. Essas empresas respondeu por 22% dos anúncios online no ano passado, movimentando US$ 7,1 bilhões. O valor é 21% superior ao investimento do setor nas web em 2010.

sexta-feira, 9 de março de 2012

TV paga e TV aberta possuem o mesmo patamar de receitas

Por Daniele Frederico, em Tela Viva News
 
A TV aberta e a TV por assinatura estão no mesmo patamar de receitas. Segundo João Maria de Oliveira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apresentou nesta terça-feira, 6, palestra sobre os impactos do SeAC durante o encontro da NeoTV, as receitas da cadeia do audiovisual da TV por assinatura (e aqui são consideradas atividades de distribuição, programação e produção) tiveram um crescimento de 49% de 2007 para 2009, com receitas de R$ 14,6 bilhões em 2009. No mesmo ano, as receitas das atividades de televisão aberta foram de R$ 15,7 bilhões, com crescimento de 23,4% em relação a 2007. “Em dimensão de receitas, a TV por assinatura já faz frente à TV aberta”, observa. A análise foi obtida a partir de dados do IBGE e do PAS 2009.
Entre as atividades referentes à TV por assinatura, a distribuição é a responsável pela maior parte dos rendimentos: 73,4% das receitas são deste elo da cadeia, enquanto programação fica com 17,2% e produção com 9,5%.
Quando o assunto são os custos das empresas, as distribuidoras de TV por assinatura e as programadoras têm em direitos e cópias seus maiores custos: 31,3% dos custos das distribuidoras têm este fim, e 53% do custo das programadoras são com direitos. “Os operadores pagam muito com direitos, mas o insumo básico das TVs é o conteúdo”, lembra Oliveira. A avaliação é que se as maiores receitas não são as das empresas de produção, mas os maiores custos são com conteúdo, a maior parte do conteúdo é estrangeiro e portanto as receitas são remetidas para o exterior.

Concentração

Ao avaliar as possíveis conseqüências da Lei 12.485, Oliveira observa que deve haver uma redução no gap de mercado, com foco em áreas de maior rentabilidade. “O mercado vem se concentrand, nos mercados mais rentáveis”, diz. “O País passou de 121 operadoras de cabo e 38 de MMDS em 2001, para 90 de cabo e 28 de MMDS em 2011, sem que houvesse um aumento grande no número de municípios cobertos por essas tecnologias no período. O crescimento do número de assinantes foi mais incentivado pela tecnologia (no caso o DTH) do que pelo número de operadoras”, disse Oliveira. “Como a TV a cabo não podia crescer, o DTH cresceu, mas agora essa dinâmica se modifica”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

TV paga fatura R$ 1,2 bilhão em publicidade em 2012

Do Tela Viva news

O investimento publicitário na TV por assinatura cresceu 20% em 2011, passando de R$ 1 bilhão em 2010 para um total estimado em R$ 1,2 bilhão no final do ano. O segmento foi o segundo que mais cresceu no país, atrás apenas da Internet, segundo a ABTA, que apresentou nesta quarta, dia 1º, o Mídia Fatos 2012, caderno anual com dados do setor de TV por assinatura voltado ao mercado publicitário.
O presidente da associação, Alexandre Annenberg, destaca o crescimento da classe C na base de assinantes como um dos grandes impulsionadores do mercado. A TV por assinatura, que cresceu 30% em número de assinantes no ano passado, chega hoje a 18% dos domicílios de classe C, 50% a mais que no ano anterior, e esta faixa de renda representa 30% da base total de assinantes.
Segundo a publicação, o tempo médio de audiência diária da TV por assinatura é de 2h28 diárias, e no primeiro semestre do ano passado foram veiculadas 1,2 milhão de inserções publicitárias.
A penetração da TV por assinatura no país é de 26% dos domicílios, mas em praças como Florianópolis o número chega a 37%. Outras capitais com penetração acima da média nacional são Rio de janeiro (35%), Campinas (30%), Belo Horizonte e São Paulo (30%).
Segundo a ABTA, o crescimento da classe C na base de assinantes vem trazendo novos perfis de anunciantes, como as redes de varejo, antes focadas quase que exclusivamente na TV aberta. Os setores que mais anunciam na TV por assinatura são o de automóveis, telecomunicações e financeiro. Outro segmento que vem crescendo é o de produtos de beleza.
No primeiro semestre de 2011 os dez maiores anunciantes da TV paga eram, na ordem, Unilever, Fiat, Peugeot Citroën, Ambev, HSBC, Claro, Oi, Ipiranga, Ford e Itaú.