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domingo, 6 de setembro de 2015

EUA: Universidade de Harvad oferta bolsas para jornalistas

Inscrições para participar do intercâmbio vão até 24 de setembro

O Radcliffe Institute Fellowship Program, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, anunciou a abertura de vagas para bolsa de pesquisa que levará jornalistas para desenvolverem projetos em Cambridge, Massachussetts. O benefício alcança o valor de até US$ 75 mil por um ano, com fundos adicionais para despesas. No programa, os bolsistas receberão escritório ou estúdio e acesso a bibliotecas e outros recursos da Universidade de Harvard. O projeto vai do início de setembro de 2016, até maio de 2017.
As inscrições para participar do intercâmbio vão até 24 de setembro e podem ser realizadas por meio do site do instituto responsável. Jornalistas candidatos devem trabalhar profissionalmente há cinco anos. Segundo regulamento, os projetos serão julgados de acordo com sua qualidade, importância, currículo e potencial do candidato.
O Radcliffe Institute Fellowship Program é uma comunidade acadêmica em que os indivíduos se dedicam a trabalhos avançados em ampla gama de disciplinas acadêmicas. Dessa forma, o projeto também convida profissionais de cinema, vídeo, som e novas mídias para se candidatarem a bolsa de pesquisa.
 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Bolsas para jornalistas nos EUA e na Inglaterra

Inscrições terminam em 31 de dezembro

Dois programas de bolsas internacionais para jornalistas têm seus prazos de inscrição encerrando-se no dia 31 de dezembro,próximo.
O programa de bolsas para Jornalistas do World Press Institute, localizado na cidade norte-americana de  St. Paul, Minnesota, oferece uma bolsa anual de quatro meses de duração a dez jornalistas de todo o mundo. O programa combina estudos, visitas e entrevistas em várias regiões dos EUA. Durante o programa os bolsistas aprendem sobre política, negócios, mídia, ética jornalística e cultura americana. Os candidatos devem: ter cinco anos de experiência profissional e bom domínio do inglês, 
Informações completas estão disponíveis neste endereço ou pelo telefone (00- xx - 1-651) 696-6360

Inglaterra

A segunda oferta,também vencendo as inscrições dia 31, é ofertada pela Fundação Reuters, localizada na cidade de  Oxford, Reino Unido. A Fundação Reuters oferece bolsas de estudo para a Universidade de Oxford. O programa é para jornalistas com vasta experiência que queiram realizar um projeto de pesquisa de interesse pessoal. Até 30 jornalistas são selecionados a cada ano e as bolsas variam de três a nove meses de duração. Podem se candidatar jornalistas de todo o mundo e de todos os meios de comunicação. Os bolsistas recebem o status de visitantes e têm livre acesso a todos os recursos da Universidade.

Informações completas, clique aqui.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

EUA: Eleição ao Senado mostra como internet pode servir para análisar perfil do eleitor

Avaliação do especialista em marketing Gabriel Rossi, que compara o uso das redes sociais entre os dois países

As eleições para o Senado nos Estados Unidos pegaram o presidente Barack Obama de surpresa, com a “vitória” do Partido Republicano, que conseguiu maioria no Congresso Nacional. E serviram para provar que o uso de redes sociais na internet pode ir além da tentativa de contato direto com o eleitor, que se traduz em uma guerra entre militantes. “Nos Estados Unidos existe uma orientação para o uso da internet como ferramenta de análise do comportamento do consumidor. Aqui no Brasil estamos longe disso”, afirma o estrategista em marketing Gabriel Rossi.
O especialista explica que na mais recente eleição presidencial brasileira as redes sociais foram inundadas de ataques e comentários preconceituosos, sem apresentação de plano de governo. “Nos Estados Unidos as equipes responsáveis pelas campanhas se preocuparam em monitorar e identificar o provável eleitor. 
O comportamento do internauta é avaliado constantemente e há interface direta com ele. Tudo sobre uma pessoa que pode ser medido é medido. Se ela ‘curte’ certos apresentadores de TV considerados mais à esquerda, ou compartilha mensagens a favor do casamento gay, é considerada um democrata potencial. Após esta identificação, o internauta recebe uma ligação personalizada do partido político. Uma aproximação muito mais eficaz.”
O Big Data – como é chamado o grande armazenamento de dados – sabe o que o eleitor precisa ouvir, quais argumentos o fariam sair de casa para votar. A espionagem norte-americana nas redes sociais dos hábitos políticos, culturais e de consumo dos eleitores cresce há seis anos, quando Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook, pilotou a campanha de Barack Obama nessas mídias.

“A orientação para o uso da internet como ferramenta de análise do comportamento das pessoas contribui para melhor uso de recursos e mensagens. Por outro lado, pode colocar em xeque a privacidade do internauta. Porém, no Brasil continuamos a usar as redes sociais como um campo de batalha de militantes. Ou o Brasil começa a pensar neste modelo de precisão de pesquisa ou viverá sempre na margem de erro”, finaliza Rossi.

domingo, 7 de setembro de 2014

Mídia: em 2009 os EUA planejaram ciberataques contra empresas da Rússia e da Índia

Da Voz da Rússia

Os serviços secretos dos EUA analisaram a possibilidade de realizar espionagem industrial para obtenção de vantagens competitivas no mercado mundial para companhias norte-americanas.
Isso é afirmado num documento secreto dos serviços de espionagem dos EUA entregue à mídia pelo antigo colaborador da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden.
Datado de 2009, o documento de 32 páginas intitulado “Análise de quatro anos de estratégia da comunidade de inteligência” foi publicado pelo jornalista norte-americano Glenn Greenwald na publicação online The Intercept.
O documento descreve os passos que a comunidade de inteligência podia empreender, se em 2005 “os EUA começassem perdendo sua supremacia em tecnologia e inovação”. Assim, os serviços secretos norte-americanos poderiam se decidir pela “recolha sistemática de dados de fontes abertas, assim como pela obtenção de informação protegida através de introdução física e de realização de ciberataques”.
O documento analisa, nomeadamente, um cenário em que companhias da Índia e da Rússia desenvolvem em conjunto um hipotético produto de novas tecnologias e a inteligência dos EUA, como resposta, “realiza ciberataques contra os centros de investigação” desses países, acessa os projetos e estuda a possibilidade da sua utilização em benefício da economia norte-americana.

Para mais informações,clique aqui. 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Opinião: Liberdade para Edward Snowden


Por Marcelo Zero

Snowden não é um desertor, um traidor e um criminoso, como afirma o governo norte-americano.
Snowden é um jovem que entrou na “guerra contra o terrorismo” por amor ao seu país e por idealismo, e dela saiu pelos mesmos motivos. Ele percebeu claramente a monstruosidade em que se transformou a NSA e os perigos que as agências de inteligência sem controle representam para a democracia. Qualquer democracia.
Quando Dilma tomou a corajosa iniciativa de protestar, na ONU, contra os omnipresentes mecanismos de espionagem dos EUA e dos Five Eyes, muitos aqui no Brasil a desdenharam. Tentaram naturalizar a espionagem.  Afirmaram que a espionagem existe desde que o mundo é mundo e que, se os EUA espionam mais, é porque possuem melhores meios para fazê-lo.
Ignoraram, ou fingiram ignorar, um dado crucial: a espionagem da NSA e de outras agências de inteligência dos EUA não tem mais nenhuma relação com a espionagem clássica. Trata-se de algo qualitativamente muito distinto. A espionagem clássica era aquele jogo em que os Estados tentavam descobrir os segredos de outros Estados. Um jogo que envolvia essencialmente espiões, contraespiões, agentes duplos e informações sigilosas que pertenciam a governos.
Mas o que a NSA faz hoje é completamente diferente. A NSA devassa sistematicamente, e em escala mundial, informações que pertencem aos cidadãos comuns. E não são somente “metadados”. São também os conteúdos. Este artigo, fosse apenas um singelo e-mail para um amigo, seria devassado pela NSA, já que tem referências ao Snowden e à agência.
Assim, a NSA implantou, com apenas algumas décadas de atraso, a distopia orwelliana prevista em “1984”. A diferença é que as “teletelas” imaginadas por George Orwell foram substituídas pelos computadores, os celulares, os tablets e todos esses dispositivos que inocentemente conectamos à rede mundial. O resto é praticamente igual.
Vivemos, portanto, num mundo sem privacidade. Porém, não é só a privacidade que é ameaçada. Na sua excelente entrevista dada à repórter Sônia Bridi, Snowden, um sujeito inteligente e articulado, comenta que esse mecanismo ubíquo e generalizado de espionagem ameaça nossas liberdades e nossos direitos. Claro. A vigilância omnipresente limita a livre e espontânea circulação de informações, o oxigênio das democracias. Sabendo-nos vigiados, vamos, aos poucos, evitando certos temas e podando palavras e termos em nossas comunicações. É como se vivêssemos num mundo no qual nossas cartas fossem sistematicamente abertas.  
Snowden, uma pessoa aparentemente discreta e tímida, teve a grande coragem pessoal de denunciar esse sério perigo à democracia. Merece, portanto, nossa gratidão e nosso respeito.
Respeito que alguns lhe negam quando tentam transformá-lo, como tudo no Brasil de hoje, em instrumento de luta política-eleitoral. Muitos dos que criticaram a presidenta por não ter ido à Washington, um gesto soberano inevitável naquelas circunstâncias, agora pressionam o governo brasileiro para dar asilo a Snowden. Mas, caso o asilo acontecesse, seriam os primeiros a vociferar contra a política externa “antiamericana” e “terceiro mundista” do governo. É o tal negócio: se ficar o bicho pega.....
Não obstante, defendo, como muitos, o asilo a Snowden. Reconheço, por outro lado, que tal concessão está longe de ser trivial.
Em primeiro lugar, Snowden teria de entrar em nossa embaixada ou em nosso território. Não existe o asilo ou refúgio à distância.
Em segundo, há questões de logísticas e de segurança complicadas. Por exemplo, como trazê-lo ao Brasil em segurança?  Os EUA já demonstraram do que são capazes, quando obrigaram países europeus a deter o avião presidencial boliviano por suspeitar que Snowden estava nele. Assim, para que Snowden chegasse ao Brasil são e salvo, o Brasil teria de contar com a assistência não apenas das autoridades russas, mas também de muitos países da Europa. Caso contrário, Snowden poderia transformar-se num novo Assange, que está há dois anos preso na embaixada do Equador em Londres.
Em terceiro, há algumas questões jurídicas a enfrentar. O Brasil tem, entre outros, um acordo de assistência judiciária em matéria penal com os EUA. Tal acordo, firmado em 1997, nos tempos de FHC, não prevê, como outros acordos da mesma natureza, que a cooperação possa ser negada, nos casos em que o Estado que recebe a solicitação suspeite de perseguição política contra os acusados.  Isso poderia ser um empecilho para a manutenção do asilo.
Em quarto, há o enigma do STF. Em 2009, o STF anulou a condição de refugiado de Cesare Battisti, autorizando a sua extradição solicitada pela Itália. Não fosse a decisão presidencial de negar a extradição, Battisti já estaria preso na Itália.
Em quinto, há a delicada questão política-diplomática. As relações bilaterais Brasil/EUA estão num nível baixo. Evidentemente, é do interesse de ambos os países que tais relações sejam normalizadas, com base no repeito mútuo.  O eventual asilo a Snowden poderia azedar de vez essa relação. Precisaríamos estar preparados para essa eventualidade.
Evidentemente, a verdadeira solução, uma solução definitiva, para o caso Snowden dificilmente virá por um caminho unilateral. É muito improvável que seja uma solução russa ou brasileira.
Uma solução multilateral ou plurilateral teria mais chance de ter êxito. Assim como a questão da liberdade na internet e nas telecomunicações está na ONU, o caso Snowden, que a provocou, também precisa ser debatido em nível multilateral e plurilateral. O ACNUR precisaria ser provocado para se posicionar sobre o assunto. Snowden, que se sacrificou pelas democracias, precisa do apoio de todas elas.
A solução ideal, no entanto, seria a solução norte-americana. Snowden deixou claro que quer voltar para casa. A sua liberdade está em seu país; não em seu exílio forçado. Creio que chegará o dia em que Snowden será reconhecido nos EUA pelo o que ele realmente é: um herói que fez jus às melhores tradições de integridade, accountability e transparência da democracia de seu país.
Contudo, até lá ele precisará de apoio. Seu tempo na Rússia está acabando e ele precisa de um porto seguro. Gostaria que esse porto fosse o Brasil. A sua recente entrevista humanizou-o. Ele deixou de ser Edward Snowden, um tema de geopolítica internacional, e passou a ser apenas o Edward, um cara legal a quem de bom grado convidaríamos para tomar um café e bater um papo.
Esse cara se arriscou muito defendendo liberdades. A minha, a sua, a de todo o mundo.
O mínimo que a gente pode fazer é tentar retribuir.
Edward, o cara, merece.





terça-feira, 13 de maio de 2014

EUA: Ateus inauguram canal de TV dedicado a combater a religião

Do Gospel Prime, com informações de Religion News
 
A ideia é levar o ateísmo onde ele "não está chegando"
Constantemente acusados de imitar práticas cristãs, o movimento ateísta está chegando à televisão. Nos Estados Unidos existem cerca de 100 canais de TV que transmitem programação evangélica, algumas dezenas passam programas católicos. Já existem canais judeus e até muçulmanos.
David Silverman, presidente da Ateus Americanos, anunciou a formação de um canal de televisão só de conteúdo ateu durante uma palestra na Universidade de Stanford esta semana.
Ele explicou que o público-alvo são ateus, humanistas, livres-pensadores e outros não-teístas terão sua primeira opção real de televisão dedicado ao ateísmo em julho. “Por que estamos indo para a televisão?  É parte da nossa estratégia de ir até os locais onde não estamos chegando”, ressaltou Silverman, 49 anos.
Ele explicou que inicialmente o canal de televisão será via Internet e poderá ser acessado por operadoras de TV a cabo que já ofereçam o sistema streaming, algo que está em crescimento nos EUA. O conteúdo ateu estará no ar sete dias por semana, 24 horas por dia e será gratuito.
O canal ainda não teve seu nome revelado, mas Silverman comemora, enfatizando que serão transmitidos, no início, eventos ateus, incluindo gravações de convenções dos Ateus Americanos de anos passados. Também exibirá apresentações de palestrantes convidados, além de conteúdo fornecido por vlogueiros ateus e outros grupos ateus com forte presença no ativismo online.
“Estamos prevendo o surgimento de um monte de conteúdo diferente nos próximos meses”, disse Dave Muscato, diretor de comunicações Ateus Americanos. O grupo ainda analisa a viabilidade de uma rádio com conteúdo 100% ateu. , Com informações de Religion News

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Presença do canal iraniano HispanTV na América Latina preocupa EUA

Do Irã News

Fontes diplomáticas dos Estados Unidos acusam o Irã de que está se espalhando atividades de propaganda na América Latina e no Caribe, incluindo Porto Rico, onde emite o canal iraniano em espanhol, Hispan TV.
Isso se refletiu em um artigo escrito por Andres Oppenheimer, jornalista argentino que mora nos Estados Unidos, logo depois que o novo presidente do Irã, Hasan Rohani, ressaltou a importância de fortalecer as relações com a América Latina em suas reuniões com a alta administração de alguns países da região, presentes na sua tomada de posse.
Em meados de agosto, o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou sua decisão de reavaliar o relatório do promotor especial do caso da Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA), Alberto Nisman, que dizia respeito à alegada infiltração do Irã nos países latino-americanos como Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, entre outros, com o objetivo de estabelecer bases de inteligência.
Um relatório de 500 páginas, de Nisman fez o Departamento de Estado EUA emitir em 01 de agosto, uma carta ao senador republicano Mark Kirk para pedir novas investigações sobre as atividades do Irã na região.
Neste contexto, o Gabinete do Procurador Geral, Alejandra Gils Carbó, impediu que Nisman comparecesse perante o Congresso dos EUA para apresentar alegações contra o Irã.
O caso AMIA, que conta com o apoio dos Estados Unidos e do regime israelense, onde acusa o Irã de envolvimento no atentado contra a AMIA, perpetrado em 1994, em Buenos Aires, capital da Argentina, matando 86 pessoas.
O governo iraniano rejeitou todas as acusações e sempre manifestou a sua vontade de cooperar com a Argentina para esclarecer as dúvidas que existem sobre o assunto.
Neste sentido, o Ministro de Assuntos Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi e seu homólogo argentino Hector Timerman, assinaram acordo em janeiro deste ano, onde criaram um memorando de entendimento para esclarecer o atentado à AMIA.
O acordo entre os dois países aumentou a fúria do regime israelense, que solicitou explicações à nação sul-americana sobre o documento assinado, no entanto, Buenos Aires rejeitou firmemente o pedido do regime de Tel Aviv, pedindo para não se intrometer em seus assuntos internos.

domingo, 23 de junho de 2013

Como os EUA conquistaram o Brasil usando a mídia

Por Leandro Severo*, publicado anteriormente em Carta Maior

Em 1957, uma CPI da Câmara dos Deputados, comprovou que O Estado de São Paulo, O Globo e Correio da Manhã foram remunerados pela publicidade estrangeira para moverem campanhas contra a nacionalização do petróleo. 
Em momentos cruciais para o país se inclinaram para o golpismo e a traição aos interesses nacionais: contra Getúlio, a Petrobrás, JK, contra Jango, apoiando a ditadura, Collor, FHC e suas privatizações, atacando Lula.
Em 1941, enquanto milhões de homens e mulheres derramavam seu sangue pela liberdade nos campos da Europa e da União Soviética, a elite dos círculos financeiros dos Estados Unidos já traçava seus planos para o pós-guerra.
Como afirmou Nelson Rockefeller, filho do magnata do petróleo John D. Rockefeller, em memorando que apresentava sua visão ao presidente Roosevelt: “Independente do resultado da guerra, com uma vitória alemã ou aliada, os Estados Unidos devem proteger sua posição internacional através do uso de meios econômicos que sejam competitivamente eficazes…” (COLBY, p.127, 1998).
Seu objetivo: o domínio do comércio mundial, através da ocupação dos mercados e da posse das principais fontes de matéria-prima.
Anos mais tarde o ex-secretário de imprensa do Congresso americano, Gerald Colby, sentenciava sobre Rockefeller: “No esforço para extrair os recursos mais estratégicos da América Latina com menores custos, ele não poupava meios” (COLBY, p.181, 1998).
Neste mesmo ano, Henry Luce, editor e proprietário de um complexo de comunicações que tinha entre seus títulos as revistas Time, Life e Fortune, convocou os norte-americanos a “aceitar de todo o coração nosso dever e oportunidade, como a nação mais poderosa do mundo, o pleno impacto de nossa influência para objetivos que consideremos convenientes e por meios que julguemos apropriados” (SCHILLER, p.11, 1976).
Ele percebeu, com clareza, que a união do poder econômico com o controle da informação seria a questão central para a formação da opinião pública, a nova essência do poder nacional e internacional.
Evidentemente para que os planos de ocupação econômica pelas corporações americanas fossem alcançados havia uma batalha a ser vencida: como usurpar a independência de nações que lutaram por seus direitos? Como justificar uma postura imperialista do país que realizou a primeira insurreição anticolonial?
A resposta a esta pergunta foi dada com rigor pelo historiador Herbert Schiller: “Existe um poderoso sistema de comunicações para assegurar nas áreas penetradas, não uma submissão rancorosa, mas sim uma lealdade de braços abertos, identificando a presença americana com a liberdade – liberdade de comércio, liberdade de palavra e liberdade de empresa. Em suma, a florescente cadeia dominante da economia e das finanças americanas utiliza os meios de comunicação para sua defesa e entrincheiramento onde quer que já esteja instalada e para sua expansão até lugares onde espera tornar-se ativa” (SCHILLER, p.13, 1976).
Foi exatamente ao que seu setor de comunicações se dedicou. Estava com as costas quentes, já que as agências de publicidade americanas cuidavam das marcas destinadas a substituir as concorrentes europeias arrasadas pela guerra.
O setor industrial dos EUA havia alcançado um vertiginoso aumento de 450% em seu lucro líquido no período 1940-1945, turbinado pelos contratos de guerra e subsídios governamentais.

Com esta plataforma invadiram a América Latina e o mundo.
Com o suporte do coordenador de Assuntos Interamericanos (CIIA), Nelson Rockefeller, mais de mil e duzentos donos de jornais latinos recebiam, de forma subsidiada, toneladas de papel de imprensa, transportada por navios americanos.
Além disso, milhões de dólares em anúncios publicitários das maiores corporações eram seletivamente distribuídos. É claro que o papel e a publicidade não vinham sozinhos, estavam acompanhados de uma verdadeira enxurrada de matérias, reportagens, entrevistas e releases preparadas pela divisão de imprensa do Departamento de Estado dos EUA.
A vontade de conquistar as novas “colônias” e ocupar novos territórios como haviam feito no século anterior, no velho oeste, não tinha limites.
No Brasil, circulava desde 1942, a revista Seleções (do Reader’s Digest), trazida por Robert Lund, de Nova York.
A revista, bem como outras publicações estrangeiras, pagavam os devidos direitos aduaneiros por se tratarem de produtos importados, mas solicitou, e foi atendida pelo procurador da República, Temístocles Cavalcânti, o direito de ser editada e distribuída no Brasil, com o argumento de ser uma revista sem implicações políticas e limitada a publicar conteúdos culturais e científicos. Assim começou a tragédia.
Logo chegou o grupo Vision Inc., também de Nova York, com as revistas Dirigente Industrial, Dirigente Rural, Dirigente Construtor e muitos outros títulos que vinham repletos de anúncios das corporações industriais.
Um fato bastante ilustrativo foi o da revista brasileira Cruzeiro Internacional, concorrente da Life International, que apesar de possuir grande circulação, nunca foi brindada com anúncios, enquanto a concorrente americana anunciava produtos que, muitas vezes, nem sequer estavam à venda no Brasil.
Ficava claro que os critérios até então estabelecidos para o mercado publicitário, como tempo de circulação efetiva, eficiência de mensagem e comprovação de tiragem, de nada adiantavam. O que estava em jogo era muito maior.
Um papel importantíssimo na ocupação dos novos mercados foi desempenhado pelas agências de publicidade americanas. McCann-Erickson e J. Warter Thompson eram as principais e tinham seu trabalho coordenado diretamente pelo Departamento de Estado. Para se ter uma ideia a McCann-Erickson , nos anos 60, possuía 70 escritórios e empregava 4619 pessoas, em 37 países, já a J. Warter Thompson tinha 1110 funcionários, somente na sede de Londres.
Os Estados Unidos tinham 46 agências atuando no exterior, com 382 filiais. Destas 21 agências em sociedade com britânicos, 20 com alemães ocidentais e 12 com franceses. No Brasil atuavam 15 agências, todas elas com instruções absolutamente claras de quem patrocinar.
No início dos anos 50, Henry Luce, do grupo Time-Life, já estava luxuosamente instalado em sua nova sede de 70 andares na área mais nobre de Manhattan, negócio imobiliário que fechou com Nelson Rockefeller e seu amigo Adolf Berle, embaixador americano no Brasil na época do primeiro golpe contra o presidente Getúlio Vargas.
Luce mantinha fortes relações com os irmãos Cesar e Victor Civita, ítalo-americanos nascidos em Nova Iorque. Cesar foi para a Argentina em 1941 onde montou a Editorial Abril, como representante da companhia Walt Disney, já Victor, em 1950, chega ao Brasil e organiza a Editora Abril.
Neste mesmo período seu filho, Roberto Civita, faz um estágio de um ano e meio na revista Time, sob a tutela de Luce e logo retorna para ajudar o pai.

Poucos anos depois, o mercado editorial brasileiro está plenamente ocupado por centenas de publicações que cantavam em prosa e verso o american way of life.
Somente a Abril, financiada amplamente pelas grandes empresas americanas, edita diversas revistas: Claudia, Quatro Rodas, Capricho, Intervalo, Manequim, Transporte Moderno, Máquinas e Metais, Química e Derivados, Contigo, Noiva, Mickey, Pato Donald, Zé Carioca, Almanaque Tio Patinhas, a Bíblia Mais Bela do Mundo, além de diversos livros escolares.
Em 1957, uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, comprova que O Estado de São Paulo, O Globo e Correio da Manhã foram remunerados pela publicidade estrangeira para moverem campanhas contra a nacionalização do petróleo.
Em 1962, o grupo Time-Life encontra seu parceiro ideal para entrar de vez no principal ramo das comunicações, a Televisão. A recém-fundada TV Globo, de Roberto Marinho. Era uma estranha sociedade.
O capital da Rede Globo era de 600 milhões de cruzeiros, pouco mais de 200 mil dólares, ao câmbio da época. O aporte dado “por empréstimo” pela Time-Life era de seis milhões de dólares e a empresa tinha um capital dez mil vezes maior.
Como denunciou o deputado João Calmon, presidente da Abert (Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão): “Trata-se de uma competição irresistível, porque além de receber oito bilhões de cruzeiros em doze meses, uma média de 700 milhões por mês, a TV Globo recebe do Grupo Time-Life três filmes de longa metragem por dia – por dia, repito… Só um ‘package’, um pacote de três filmes diários durante o ano todo, custa na melhor das hipóteses, dois milhões de dólares” (HERZ, p.220, 2009).
O Brasil e o mundo estão em efervescência. A tensão é crescente com revoluções vitoriosas na China e em Cuba. A luta pela independência e soberania das nações cresce em todos continentes e os EUA colocam em marcha golpes militares por todo o planeta. A Guerra Fria está em um ponto agudo.
É nesse quadro que a Comissão de Assuntos Estrangeiros do Congresso dos EUA, em abril de 1964, no relatório “Winning the Cold War. The O.S. Ideological Offensive” define: “Por muitos anos os poderes militar e econômico, utilizados separadamente ou em conjunto, serviram de pilares da diplomacia. Atualmente ainda desempenham esta função, mas o recente aumento da influência das massas populares sobre os governos, associado a uma maior consciência por parte dos líderes no que se refere às aspirações do povo, devido às revoluções concomitantes do século XX, criou uma nova dimensão para as operações de política externa. Certos objetivos dessa política podem ser colimados tratando-se diretamente com o povo dos países estrangeiros, em vez de tratar com seus governos. Através do uso de modernos instrumentos e técnicas de comunicação, pode-se hoje em dia atingir grupos numerosos ou influentes nas populações nacionais – para informá-los, influenciar-lhes as atitudes e, às vezes, talvez, até mesmo motivá-los para uma determinada linha de ação. Esses grupos, por sua vez, são capazes de exercer pressões notáveis e até mesmo decisivas sobre seus governos” (SCHILLER, p.23, 1976).
A ordem estava dada: “informar”, influenciar e motivar. A rede está montada, o financiamento definido.
O jornalista e grande nacionalista, Genival Rabelo, exatamente nesta hora, denuncia no jornal Tribuna da Imprensa do Rio de Janeiro: “Há, por trás do grupo (Abril), recursos econômicos de que não dispõem as editoras nacionais, porém muito mais importante do que isso está o apoio maciço que a indústria e as agências de publicidade americanas darão ao próximo lançamento do Sr. Victor Civita, a exemplo do que já fizeram com as suas 18 publicações em circulação, bem como as revistas do grupo norte-americano Vision Inc.” (RABELO, p.38, 1966)
Mas é necessário mais. É preciso enfraquecer, calar e quebrar tudo que seja contrário aos interesses dos monopólios, tudo que possa prejudicar os interesses das corporações. A General Eletric, General Motors, Ford, Standard Oil, DuPont, IBM, Dow Chemical, Monsanto, Motorola, Xerox, Jonhson & Jonhson e seus bancos J. P. Morgan, Citibank, Chase Manhattan precisam estar seguros para praticar sua concorrência desleal, para remeter lucros sem controle, para desnacionalizar as riquezas do país se apossando das reservas minerais.
Várias são as declarações, nesta época, que deixam claro qual o caminho traçado pelos EUA. Nas palavras de Robert Sarnoff, presidente da RCA – Radio Corporation of America – “a informação se tornará um artigo de primeira necessidade equivalente a energia no mundo econômico e haverá de funcionar como uma forma de moeda no comércio mundial, convertível em bens e serviços em toda parte” (SCHILLER, p.18, 1976).
Já a Comissão Federal de Comunicações (FCC), em informe conjunto dos Ministérios do Exterior, Justiça e Defesa, afirmava: “As telecomunicações evoluíram de suporte essencial de nossas atividades internacionais para ser também um instrumento de política externa” (SCHILLER, p.24, 1976).
É esclarecedor o pensamento do delegado dos Estados Unidos nas Nações Unidas, vice-ministro das Relações Exteriores, George W. Ball, em pronunciamento na Associação Comercial de Nova Iorque: 

“Somente nos últimos vinte anos é que a empresa multinacional conseguiu plenamente seus direitos. Atualmente, os limites entre comércio e indústria nacionais e estrangeiros já não são muito claros em muitas empresas. Poucas coisas de maior esperança para o futuro do que a crescente determinação do empresariado americano de não mais considerar fronteiras nacionais como demarcação do horizonte de sua atividade empresarial” (SCHILLER, p.27, 1976).
A ação desencadeada pelos interesses externos já havia produzido a falência de muitos órgãos de imprensa nacionais e, por outro lado, despertado a consciência de muitos brasileiros de como os monopólios utilizam seu poder de pressão e de chantagem.
Em 1963, o publicitário e jornalista Marcus Pereira afirmava em debate na TV Tupi, em São Paulo: “Em última análise, a questão envolve a velha e romântica tese da liberdade de imprensa, tão velha como a própria imprensa. Acontece que a imprensa precisa sobreviver, e, para isso, depende do anunciante. Quando esse anunciante é anônimo, pequeno e disperso não pode exercer pressão, por razões óbvias. É o caso das seções de ‘classificados’ dos jornais. Mas poucos jornais têm ‘classificados’ em quantidade expressiva. A maioria dos jornais e a totalidade das revistas vivem da publicidade comercial e industrial, dos chamados grandes anunciantes. Acho que posso parar por aqui, porque até para os menos afoitos já adivinharam a conclusão” (RABELO, p.56, 1966).
Não é difícil perceber o quanto a submissão aos interesses econômicos estrangeiros levou a dita “grande mídia” brasileira a se afastar da nação. A se tornar, ao longo dos anos, em uma peça chave da política do Imperialismo.
Em praticamente todos os principais momentos da vida nacional se inclinaram para o golpismo e a traição. Já no primeiro golpe contra Getúlio, depois, contra sua eleição, contra sua posse, contra a criação da Petrobrás, contra a eleição de Juscelino, contra João Goulart, contra as reformas de base, apoiando a Ditadura, apoiando a política econômica de Collor, apoiando Fernando Henrique e suas privatizações, atacando Lula.
Hoje, ela novamente tem lado: o das concessões de estradas, portos e aeroportos, o dos leilões de privatização do petróleo e da necessidade da elevação das taxas de juros, do controle do déficit público com evidentes restrições aos investimentos governamentais, ou seja, da aceitação de um neoliberalismo tardio.

Porque atuam desta forma?
Genival Rabelo deu a resposta: “Um industrial inteligente desta cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro me fez outro dia, esta observação, em forma de desafio: ‘Dou-lhe um doce, se nos últimos cinco anos você pegar uma edição de O Globo que não estampe na primeira página uma notícia qualquer da vida americana, dos feitos americanos, da indústria americana, do desenvolvimento científico americano, das vitórias e bombardeios americanos. A coisa é tão ostensiva que, muita vez, sem ter o que publicar sobre os Estados Unidos na primeira página, estando o espaço reservado para esse fim, o secretário do jornal abre manchete para a volta às aulas na cidade de Tampa, Miami, Los Angeles, Chicago ou Nova Iorque. Você não encontra a volta às aulas em Paris, Nice, Marselha, ou outra cidade qualquer da França, na primeira pagina de O Globo, porque, de fato, isso não interessa a ninguém. Logo, não pode deixar de haver dólar por trás de tudo isso…’ Outro amigo presente, no momento, e sendo homem de publicidade concluiu, deslumbrado com seu próprio achado: ‘É por isso que O Globo não aceita anúncio para a primeira página. Ela já está vendida. É isso. É isso!’. ‘E muito bem vendida, meu caro – arrematou o industrial – A peso de ouro’ ” (RABELO, p.258, 1966).
* Secretário Municipal de Comunicação em São Carlos entre 2007 e 2012 .

Referências:


§          COLBY, G; DENNETT, C. Seja feita a vossa vontade: a conquista da Amazônia, Nelson Rockefeller e o evangelismo na idade do Petróleo. Tradução: Jamari França. Rio de Janeiro: Record, 1998.
§          HERZ, D. A história secreta da Rede Globo. Porto Alegre: Dom Quixote, 2009. Coleção Poder, Mídia e Direitos Humanos.


§          RABELO, G. O Capital Estrangeiro na Imprensa Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966 
§          SCHILLER, H. I. O Império norte-americano das comunicações. Tradução: Tereza Lúcia Halliday Petrópolis: Vozes, 1976.


Norte-americano não confia em sua própria imprensa

Da HispanTV, tradução da redação do Vermelho, publicado anteriormente em Pátria Latina

Mais de 77% dos estadunidenses não confiam nos principais meios de comunicação, inclusive nas reportagens de televisão emitidas em seu país, de acordo com uma pesquisa realizadas entre 1º e 4 de junho, com perguntas por telefone a 1.529 adultos em todo o território nacional. Deste total, só 23% dos estadunidenses dizem ter confiança nas instituições noticiosas do país, enquanto a porcentagem foi de 25% em 2012 e 28% em 2011.
Os leitores de notícias encontraram melhores maneiras de aceder a essas áreas, seja por meio das páginas de internet ou redes sociais, cuja expansão foi global, o que torna difícil para o setor noticioso imprenso manter uma boa posição. Os jornais e a televisão ocuparam um lugar inferior na lista de confiança entre 16 instituições da sociedade, e ficaram junto com os bancos, o Congresso e as grandes empresas.
Os estadunidenses em todos os grupos demográficos, conservadores, moderados e liberais experimentaram, em geral, uma queda de confiança sobre os principais meios de informação desde os anos 2000, mas a situação foi agravada desde 2007, de acordo com o estudo.
A ampla e desigual cobertura dos principais meios de comunicação sobre acontecimentos internacionais, incluídos a agressão israelense contra os palestinos, o escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA), denunciado por Edward Snowden, e o caso dos atentados à maratona de Boston, que não foi resolvido, deram origem à iniciativa da pesquisa.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Tevês a cabo dos EUA deixam de oferecer canais de notícia do Irã

O governo dos EUA, que costuma acusar o Irã de restringir a liberdade de expressão de seu povo, acaba de sofrer uma acusação semelhante. Como parte das novas sanções ao país dos aiatolás, empresas de tevê a cabo norte-americanas suspenderam a oferta de canais de notícia produzidos pelos iranianos, como a Press TV e HispanTV.


Por Lauren McCauley, da Common Dreams, publicado em Carta Maior

Como parte das novas sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos ao Irã, empresas de tevê a cabo norte-americanas estão suspendendo a oferta de canais de notícia iranianos. A notícia foi divulgada justamente por um desses canais, a Press TV, que é estatal.

Leia também: 


Classificando o episódio como “flagrante violação da liberdade de exressão”, a Press TV disse também neste sábado (9) que seu sinal foi suspenso do satélite Galaxy 19, que retransmitia o canal nos territórios norte-americano e canadense.

Novas sanções anunciadas pelo Departamento de Tesouro dos Estados Unidos também incluíram restrições à Islamic Republic of Iran Broadcasting (Irib) e a seu diretor, Ezatollah Zarghami.

"Enquanto o Irã continuar a não responder às preocupações da comunidade internacional sobre seu programa nuclear, os EUA vão impor sanções mais rígidas [...] contra o regime ", disse David S. Cohen, subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira.

“Nós também vamos atingir aqueles responsáveis por abusos aos direitos humanos no Irã, especialmente os que negam ao povo iraniano liberdades básicas de expressão e reunião”, concluiu, em comunicado.

De acordo com a Al Jazeera, o Irib criou a Press TV, além de emissoras em espanhol e árabe, para veicular a uma audiência planetária um noticiário produzido segundo a visão do governo iraniano.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Jornais brasileiros são progressistas... nos EUA


Mídia de papel destaca discurso inclusivo de Barack Obama na posse de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos; igualdade foi a palavra chave nas manchetes; no Brasil, porém, políticas de transferência de renda, cotas para minorias e diversidade sexual são publicadas na editoria do preconceito; progressismo só é bonito no quintal alheio?


Programas de inclusão social como o estabelecimento de cotas raciais para acesso ao ensino superior e ocupação do mercado de trabalho, ações de garantia de renda mínima como o bolsa família e iniciativas para a compreensão sobre a diversidade sexual e a integração de imigrantes à sociedade brasileira não são, exatamente, assuntos pelos quais a mídia de papel representada por jornais como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo morra de amores. Ao contrário. Praticamente todos os dias, o que se pode ler nas páginas desses jornais são ataques a programas como o ProUni, disparos em série contra o que é visto como assistencialismo representado pelas ações de concessão de renda como o Bolsa Família e uma cobertura bastante discreta, e pitoresca, sobre os direitos das minorias, entre as quais os gays e os imigrantes.

Na boca do presidente Barack Obama, no entanto, temas como esses ganharam status de bandeiras do melhor do progressismo de uma sociedade moderna. Dando grande destaque para os trechos do discurso feito ontem, em Washington D.C., pelo presidente americano durante a cerimônia de sua segunda posse no cargo, os três jornais coincidiram em elevar as promessas de redução das diferenças sociais feitas por Obama. Igualdade foi a palavra chave. Coberto de elogios, o discurso teve destaques nos trechos em que o presidente frisou a necessidade da redução das diferenças na sociedade americana.
No dia a dia da cobertura da cena brasileira, o trio de ferro da mídia de papel tem uma postura bastante diferente da mostrada hoje. Apesar da extensão e dos efeitos objetivos de programas sociais federais como o Bolsa Família e o ProUni, para ficar em dois exemplos, o que mais se mostra, aqui, são aspectos negativos dessas iniciativas. Muitas vezes eles são apontados como fatores de distorção, e não de equalização, do quadro social. Pode-se, também, enxergar muito de pitoresco e folclórico na cobertura cotidiana dada a questões referentes à diversidade sexual. À exceção de espaços abertos a eventos diferenciados como as paradas pelos direitos dos homossexuais e o tratamento consequente dedicado por alguns poucos colunistas, os problemas dos gays são relegados a um segundo plano pelos jornais. Questões diretamente afetas aos imigrantes legais e ilegais no Brasil, igualmente não frequentam a pauta corrente das publicações tradicionais.
A partir das manchetes rasgadas pelos jornais para o discurso de Obama, talvez um novo enfoque sobre esses temas venha a ser dado, no Brasil, por essa mídia mais tradicional. Pelo histórico da pauta, no entanto, a tendência é que eles voltem para a editoria do preconceito agora que a festa da reeleição do presidente americano já acabou.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Implantação do cabo submarino EUA-Mercosul começa em 2013


A construção do primeiro dos cinco cabos submarinos previstos pelo governo, em projeto capitaneado pela Telebrás, começará no primeiro semestre de 2013 e deve ser concluída já em 2014. Ao menos esta é a previsão do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
De acordo com ele, o cabo será construído pelo Brasil em parceria com Argentina e Uruguai e custará US$ 500 milhões. A ideia é interligar os três países e ligá-los aos Estados Unidos. A primeira fase da empreitada deve ser a colocação de fibra óptica entre o Brasil e o estado norte-americano da Flórida. “Trinta e cinco por cento do nosso tráfego é com eles e isso vai gerar economias, porque até agora temos que pagar para quem tem cabo”.
A segunda fase do projeto prevê a interligação entre o Brasil e os parceiros da América do Sul e, conforme disse Paulo Bernardo, “os custos da obra se pagam em dois anos, gerando economias para os três países”. O ministro participou do evento Ericsson Business Innovation Forum nesta quarta, 21, em São Paulo.

domingo, 18 de novembro de 2012

Bolsa para jornalistas que falam espanhol

Enviado por Pedro Nastri II

Jornalistas de língua espanhola residentes nos Estados Unidos ou em países da América Latina podem concorrer aos programa de bolsa Carlos Castañeda. Patrocinado pela Fundación Educativa Carlos M. Castañeda, com sede em Miami, o programa concede anualmente bolsa de US$ 7.000  a um jornalista para que realize mestrado em uma universidade dos Estados Unidos.
Podem se inscrever jornalistas ou estudantes de jornalismo com diploma universitário e média acadêmica equivalente a 3.0 ou B (segundo a classificação acadêmica dos Estados Unidos).

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Livro revela as notícias mais censuradas nos EUA

De Medioslatinos

Hace más de cuatro décadas, un equipo de investigación de la carrera de sociología de la Universidad Sonoma State de California realiza un ranking con las 25 noticias más censuradas por la prensa corporativa de los Estados Unidos. El libro Censored 2013 resume los resultados de la investigación para el último año académico 2011/2012. 
Entre los temas más censurados durante el año que pasó se encuentran: 
1. El cercenamiento creciente de la libertad y la conversión de EEUU en un estado policial desde la aprobación de la National Defense Authorization Act; 
2. la depredación de los recursos de los océanos; 
3. las consecuencias de los atentados de Fukishima en EE.UU., en donde algunos científicos estiman 14.000 muertos como consecuencia del polvillo radiactivo proveniente de Japón; 
4. la creación de una red de casi 15.000 espías para combatir el terrorismo por parte del FBI; 
5. la impresión de 16 billones de dólares por parte de la Reserva Federal de EE.UU. para salvar a los bancos; 
6. un estudio de la Universidad de Zurich sobre las 147 corporaciones que maneja el 40% de la economía global; 
7. El año internacional de las cooperativas; 
8. Los crímenes de guerra de la OTAN en Libia pese a haberse invocado principios humanitarios para justificar la intervención; 
9. La condición de semi-esclavos de prisioneros de EE.UU. que cobran 23 centavos de dólar por hora y 
10. la Ley HR 347 que criminaliza las protestas de el movimiento "Occupy".

Información publicada en el sitio web de CIESPAL. Para más detalles haga click aquí

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cinegrafista negra da CNN é vítima de racismo em convenção republicana nos EUA

Com base no Opera Mundi

O primeiro dia da convenção do partido Republicano dos Estados Unidos foi marcado por um episódio de racismo. O evento se destinava a homologar a candidatura do ex-governador de Massachusetts Mitt Romney à presidência daquele país.
Segundo informações da rede norte-americana TPM, um homem jogou amendoins em uma cinegrafista negra da CNN e disse à ela: “é assim que alimentamos os animais” durante a conferência. O republicano, que não foi identificado, foi retirado do local pela administração do evento. A convenção aconteceu em Tampa, na Flórida.
Já a agência France Press informa que o incidente foram com dois convencionais dos Republicanos ."Dois participantes da convenção republicana foram expulsos depois de jogar amendoins em uma cinegrafista negra da CNN, dizendo que estavam "alimentando os animais", informou a cadeia nesta quarta-feira" - registro a AFP.
A administração da CNN não providenciou detalhes sobre o ocorrido, mas confirmou por meio de um comunicado que houve um “incidente” com uma de suas funcionárias na cobertura em Tampa. “A CNN trabalhou com os funcionários da convenção para resolver esse problema e não tem outros comentários”.

Autoridades do Partido Republicano e os responsáveis pelo evento não se pronunciaram sobre o ataque e nem responderam às ligações da TPM. O ocorrido foi divulgado na noite de terça (28/08) na página do Twitter do apresentador da TPM, David Shuster, e logo, centenas de seguidores reproduziram sua mensagem.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

EUA: Midia terá que informar quem paga a propaganda eleitoral

De Medioslatinos
 
De acuerdo con el periódico Washington Post, los dos principales partidos y sus grupos afiliados han gastado desde el pasado mes de noviembre, cerca de 270 millones de dólares USA en spots de campaña. Frente a estas cifras millonarias, la Comisión Federal de Comunicaciones (FCC) de Estados Unidos está obligando a los medios de comunicación para hacer que el financiamiento de la propaganda electoral sea más transparente. 
En el futuro, se detallará en un sitio web de la FCC qué individuos y grupos han pagado qué montos para financiar spots electorales. Los medios de comunicación más importantes de los Estados Unidos, incluyendo las cadenas de TV NBC News (ComcastNBCU), ABC News (Walt Disney), Fox News (News Corp.), Hearst Co. y las empresa de periódicos Cox y Gannett se habían opuesto hasta el momento de manera vehemente a la divulgación de esta información. 
El presidente Obama lidera las estadísticas de gastos en anuncios televisivos, con unos 78 millones de dólares, seguido por su rival Mitt Romney, que ya lleva gastados 47 millones. Sólo una cuarta parte de los anuncios de campaña se han orientado a publicitar en forma positiva a los candidatos presidenciales. Las otras tres cuartas partes de los anuncios se han orientado a difamar a los contrincantes políticos.

Información publicada en el sitio web www.mediadb.eu. Para más detalles haga click aquí.       

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Google já atua como provedora de TV paga nos EUA

De Medioslatinos

A través de sucesivos lanzamientos, Google sigue mostrado sus claras intenciones de convertirse en un actor de peso en el negocio de la TV. A la adquisición de Youtube, se sumaron luego Google TV y, más recientemente, dispositivo multimedia Nexus Q. El último paso de la empresa es un proyecto piloto para implementar un servicio de internet y TV paga. Google Fiber fue lanzado este jueves en la ciudad estadounidense de Kansas y promete revolucionar el ambiente de la televisión por suscripción.
En efecto, el servicio cuenta con una conexión a internet 100 veces más rápida que la que existe actualmente en el mercado, con velocidades de descarga de un gigabyte por segundo, según directivos de la compañía. Aprovechando esta velocidad impresionante, Google Fiber dará acceso a 161 canales de TV paga, entre los que destacan señales de NBC Universal Comcast, Viacom o Discovery Communications, así como servicios de video bajo demanda como Netflix o Starz Liberty. 
La empresa todavía se encuentra en negociaciones con cadenas como Fox, Time Warner o Walt Disney Company. El servicio tendrá un costo de 300 dólares de instalación y una cuota mensual de US$ 70 para internet y US$ 120 para el paquete de internet y televisión. También ofrecerá un terabyte de almacenamiento en la nube, un decodificador y DVR con hasta 500 horas de almacenamiento en HD y, de manera promocional, una Tablet Nexus 7. 
"Internet es una enorme fuerza positiva y, sin embargo, estamos en una encrucijada", declaró durante el evento de lanzamiento el director financiero de Google, Patrick Pichette. Según el directivo, las velocidades de conexión se han "estancado" desde el 2000. "En Google creemos que no hay necesidad de esperar", concluyó Pichette.

Información publicada en el sitio web de Todo TV News. Para más detalles haga click aquí

sábado, 28 de julho de 2012

Direito autoral: Cuba acusa EUA de roubar a marca Havana Club


Da Prensa Latina

Cuba denunciou perante o Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) que a usurpação da marca Havana Club constitui uma grave violação aos compromissos multilaterais dos Estados Unidos em matéria de propriedade industrial.

Em uma intervenção no fórum, a encarregada de negócios interina de Cuba ante os organismos internacionais com sede em Genebra, Nancy Madrigal, lembrou que desde 1976 a empresa Cubaexport obteve e manteve a titularidade da marca, segundo os procedimentos estabelecidos pelo Escritório de Marcas e Patentes desse país.

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No entanto, em 2006 o Escritório de Controle dos Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro negou a licença à empresa para realizar o pagamento da taxa correspondente à renovação do título.

Durante vários anos de litígio, as instâncias judiciais-civis dos Estados Unidos mantêm a posição de que a decisão do Departamento do Tesouro é correta.

Com isso, se foi legitimando a aplicação de uma medida que viola princípios básicos do comércio multilateral em matéria de propriedade industrial: o comércio nacional e o comércio da nação mais favorecida, denunciou Madrigal.

Recentemente, no dia 14 de maio, a Corte Suprema negou a petição da Cubaexport para revisar o caso e com isto foi negado à entidade seu legítimo direito de titularidade sobre a marca.

Não só arrebatam os direitos da Cubaexport sobre a marca Havana Club, mas também foi amparado seu uso ilegítimo pela companhia Bacardí, que a utiliza dentro dos Estados Unidos, em ato descarado de pirataria comercial, para comercializar um rum que não é de origem cubana.

"Este crime e outros processos em andamento contra patentes e marcas cubanas nas cortes estadunidenses demonstram os verdadeiros propósitos que estão por trás: tentar aniquilar por qualquer meio os bens intangíveis de nosso país, que são importantes recursos competitivos para o desenvolvimento sustentável", denunciou a funcionária pública.

Em contraposição, Cuba tem respeitado invariavelmente, sem a menor discriminação, as obrigações contraídas em virtude dos instrumentos jurídicos internacionais referidos à Propriedade Industrial.

"Com isto garante que mais de cinco mil marcas e patentes estadunidenses se beneficiem de seu registro em nosso país, apesar de não fazermos uso delas no território devido ao bloqueio dos Estados Unidos."

"Se o governo estadunidense não age e muda sua decisão, outorgando a licença necessária para a renovação da marca a seu legítimo titular, será o único responsável pelas consequências negativas que poderiam derivar para a proteção recíproca da propriedade industrial", afirmou Madrigal.

Na última reunião do Conselho Geral da OMC antes do recesso de verão, um grande número de delegações expressou seu apoio à declaração de Cuba e instou os Estados Unidos a cumprir as recomendações e resoluções do órgão de resolução de diferenças da OMC.

Entre estas delegações estão as da Argentina, Angola, Bolívia, Brasil, China, Equador, Nicarágua, República Dominicana, União Europeia, Uruguai, Vietnã e Zimbabwe.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

EUA controlam as redes sociais por meio de 400 palavras-chaves

De Medioslatinos


El Electronic Privacy Information Center (EPIC) de los Estados Unidos acaba de dar a conocer un informe en el que revela las 400 palabras más rastreados en Internet por el Departamento de Defensa. Este informe viene a confirmar una información divulgada en enero pasado por el Departamento de Seguridad estadounidense, que admitió que rastrea en forma constante los contenidos publicados en las redes sociales. 
Las palabras vigiladas incluyen términos de uso masivo, como response (Respuesta) u organization (Organización), a otros con mayor asociación a peligros terroristas como car bomb (coche bomba) o suicide attack (ataque suicida). 
Por casos como los primeros, la organización EPIC considera que el Gobierno de EEUU se está extralimitando en el rastreo de información con sus investigaciones. Para conocer el listado completo de palabras, recomendamos leer la nota completa publicada en el periódico español El Economista.

El centro de comando del Departamento de Seguridad Nacional de Estados Unidos supervisa rutinariamente decenas de páginas populares en Internet como Facebook, Twitter, Hulu y WikiLeaks, así como páginas de noticias y sitios como Huffington Post y Drudge Report, insistiendo en el proceso que anunció en junio que estaba haciendo y a lo que ha destinado 42 millones de dólares, según un informe gubernamental.
Una "revisión de cumplimiento de la privacidad" emitida en noviembre por el DHS (centro de comando del departamento estatal, en inglés), destacó que al menos desde verano de 2010 su centro nacional de operaciones ha llevado a cabo una "Capacidad de los Medios/Redes Sociales" que implica una supervisión habitual de "foros, blogs, páginas web y tablones de mensajes disponibles públicamente online".
El objetivo del seguimiento es "recopilar información utilizada a la hora de proporcionar conocimiento circunstancial y establecer un cuadro común operativo", dijo el documento oficial.

Con un lenguaje más sencillo, el documento añadió que este seguimiento pretende ayudar al DHS y a sus numerosas agencias, incluyendo el Servicio Secreto y la Agencia Federal de Gestión de Emergencias, a manejar la respuesta gubernamental a acontecimientos como el terremoto del 2010 en Haití y la seguridad y el control de las fronteras relacionadas con los Juegos Olímpicos de Invierno de 2010 en Vancouver, en Canadá.
Un funcionario del DHS conocedor del programa de seguimiento dijo que pretende simplemente permitir a los miembros del centro de comando estar al día de los diferentes medios de la era de Internet para que sean conscientes de los principales eventos a los que el Departamento o sus agencias tuvieran que responder.
El documento que habla sobre el programa de seguimiento dice que todas las páginas de Internet supervisadas por el centro de comando están "disponibles públicamente y (...) todo uso de datos publicados en páginas de medios sociales fue únicamente para proporcionar más conocimiento circunstancial, un cuadro común operativo más completo, e información más oportuna para aquellos que toman decisiones".

Sin copias del tráfico

El funcionario del DHS dijo que de acuerdo con las normas del programa, el departamento no mantendrá copias permanentes del tráfico de Internet que vigila. Sin embargo, el documento que habla sobre el programa dice que el centro de operaciones "retendrá información durante no más de cinco años".
El programa incluye además una lista de cinco páginas de webs que el centro de comando esperaba seguir. Entre ellas se encuentran Facebook y My Space y más de una docena de páginas que siguen, añaden y permiten búsquedas de mensajes e intercambios en Twitter.
Además está el blog de investigación del programa de la cadena de televisión ABC News The Blotter, varios blogs relacionados con noticias y actividad en la frontera de Estados Unidos, blogs que informan de narcotráfico y cíbercrimen, blogs como Jiha dWatch e Informed Comment, que tratan cuestiones relacionadas con el islam a través de un agudo prisma político, y páginas para compartir vídeos o fotos como Hulu, Youtube y Flickr.


Información publicada en el periódico español El Economista. Para más detalles haga click aquí