O Le Monde traz a público um estudo realizados nos Estados Unidos da América sobre os efeitos da Interet na imprensa escrita. Segundo a pesquisa realizada pelo Nieman Journalism Lab, uma instituição localizada en Boston e que tem como alvo pesquisar o futuro do jornalismo e da imprensa, a chamada idadade de ouro da imprensa norte-america já acabou. Ela se verificou entre 1974 e 2000, e foi impulsionada pelo modelo de jornalismo de invesyigação, principalmente a partir do caso Watergate. Esta fase permitiu aos veículos decuplicar suas receitas e tiragens.
Com o advento da Internet, as receitas publicitárias, que respondem por 80% do orçamento das empresas jornalísticas começaram a despencar. Mesmo que a grande imprensa continue a oferecer aos seus anunciantes grandes tiragens e um grande volume de leitores, ela não ultrapassa a Internet que é imbativel em termos de focar nos publicos alvo desejáveis - diz a reportagem do Le Monde.
Nesta correlação de forças, os jornais mais ameaçados são os diários regionais, estaduais ou restritos a grandes metrópoles. Eles nãosãosuficientemente grandes para resistir e não são suficientemente pequenos para almejarem ser vistos como mídias comunitárias e terem um público que se identifique com a publicação - explicou M. Benton. Surtout, do Nieman Journalism Lab. Para estes jornais, os efeito mais desastroso da Internet foi a perda dos pequenos anúncios e anúncios classificados que representavam a principal fonte de rendas. Os pequenos anúncios migraram para a Internet para sítios como o Craigslist. A publicidade na Internet é em média dez vezes mais barata do que no imprensa de papel.
Para Jay Rosen, professor da New York University, os jornais mais vulnerabilizados são os que têm tiragem entre 100 000 e 400 000 exemplares. Um dos exemplos desta situação é o tradicional Boston Globe, que está ameaçado de fechamento.
Ouro reflexo é a questão do mercado de trabalho. A Internet não exige redações tão grandes e por isso não será acapaz de absorver os jornalistas que perderem o trabalho na imprensa tradicional. Há umaestimativa que o mercado de trabalho neste segmento de médias publicações deve se reduzir em 80%.
A matéria completa de Xavier Ternisien, publicada no Le Monde, em francês, está disponível aqui.
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