Por Fernando Paiva, do Pay-TV News, em 29/07/2009
No fim do ano haverá no Brasil 4,6 milhões de usuários 3G, dos quais 76% com modems USB. Em 2012, o número de assinantes dessa tecnologia saltará para 46 milhões e mais da metade da base estará utilizando telefones celulares para acessar a rede 3G. Essas são algumas das previsões de um estudo realizado por uma parceria entre a Ericsson e o Yankee Group.
As duas empresas entrevistaram em março passado cerca de 600 usuários 3G no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília com o objetivo de traçar seu perfil. O estudo concluiu que o assinante 3G no Brasil hoje é majoritariamente jovem e utiliza essa tecnologia principalmente dentro de casa, em substituição ao acesso fixo. "Geralmente é uma pessoa jovem, que acabou de sair da casa dos pais. A razão para preferir o acesso móvel é porque enxerga valor na mobilidade ou porque não há oferta de banda larga fixa onde mora", explica o analista sênior do Yankee Group, Julio Püschel.
De acordo com o estudo, 83% dos assinantes usam o serviço em casa e 27%, no escritório. Apenas 26% das linhas 3G são corporativas. Mas 42% dos assinantes fazem um uso misto pessoal e profissional do serviço. 72% dos usuários têm entre 20 e 30 anos.
Modelos de cobrança
Para Püschel, as operadoras deveriam variar o modelo de cobrança, na tentativa de reduzir a desigualdade entre heavy users e assinantes comuns. Pois embora paguem a mesma mensalidade, consomem volumes bem diferentes de tráfego de dados. Ele não recomenda a cobrança por dados trafegados, mas talvez um preço diferenciado para quem quiser uma velocidade maior de upload, característica típica de heavy users.
Sobre planos pré-pagos, o analista acredita que o preço do modem ainda é uma barreira e que esse modelo só vai deslanchar depois que houver uma grande quantidade de laptops com SIMcard embarcado disponível no mercado brasileiro. Na sua opinião, o mais provável é que o modelo de cobrança seja por horas ou dias de acesso.
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