Um artigo no projeto de lei que pretende introduzir um Conselho Editorial na gestão da TV Câmara promete gerar muita polêmica.
Pelo artigo 5º da proposta de Projeto de Resolução 198/09, apresentada pelo deputado Marco Maia (PT-RS) na semana passada , as mídias da Câmara dos Deputados poderão contar para o seu financiamento com receita proveniente de publicidade institucional de entidades de direito público e de direito privado, a título de apoio cultural, admitindo-se o patrocínio de programas, eventos e projetos de utilidade pública, de promoção da cidadania
e de responsabilidade social, conforme normas internas da Câmara dos Deputados.
A proposta joga dentro destas mídias públicas o peso econômico na programação. Deve levantar a ira das emissoras privadas, temerosas de perder receitas ou de ter ampliada a concorrência pelas verbas publicitárias. Outra discussão é o timing jornalístico. Como não há preocupação em faturar publicitariamente, os canais legislativos são mais flexiveis em termos de duração do tempo dos programas, podem ter produtos longos sem intervalo comercial. Há ainda a questão temática dos conteúdos veiculados pelos canais e emissoras legislativas.
Já imaginaram a transmissão da CPI da Petrobrás, patrocinada pela Ambev. Ver a CPI do Mensalão sob os auspícios do Mastecard, não tem preço.
Deixo o espaço abaixo para os comentários dos leitores. Não sejam tímidos.
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