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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Fotografia: Duas exposições movimentam o fim de ano em Brasília

O social e o monumental de Brasília destacam-se em duas exposições fotográficas que animam o o fim de ano na Capital Federal.


Por Chico Sant'Anna

Duas exposição fotográficas, Além das Convicções e Novo Olhar sobre Brasília, revisitam nesse mês de dezembro os trabalhos dos expoentes do fotojornalismo de duas gerações de fotojornalistas da Capital Federal: Ivaldo Cavalcante e Ana Volpe. Os dois eventos tem entrada gratuita.

Além das Convicções propõe ser uma antevisão do futuro por meio das imagens do presente e do passado, exigindo um olhar despido de conceitos, rótulos e credo. Indo além das convicções, do que você tem “certeza”, Ivaldo Cavalcante explora uma realidade atemporal” – explica o curador Rafael Rodrigues.

Ela pode ser visitada, até o dia 22 de dezembro, na galeria Olho de Águia, em Taguatinga Norte, CNF 1, edifício Praiamar. 

O fotógrafo

O cearense de Crateús, Ivaldo Cavalcante, tem como marca registrada de seu trabalho, ao longo dos últimos 40 anos, o foco sobre o aspecto social, o underground de Brasília. 

Ivaldo gosta de registrar que à pouca distância dos palácios do poder, a injustiça social campea. Crianças, mulheres, trabalhadoras do sexo, o submundo das drogas... todos esses temas não escapam do enquadramento de Ivaldo Cavalcante que foi um dos primeiros fotógrafos brasileiros a conquistar o Prêmio Internacional Rei da Espanha de fotografia, em 1994. 

Novo Olhar sobre Brasília

Novo Olhar sobre Brasília está montada na galeria de arte do Quanto Café e traz os experimentos fotográficos de Ana Volpe. Abusando das lentes grandes angulares, das visões aéreas, Ana Volpe pretende revisitar os principais monumentos, construções e cenários da capital. Entre os locais retratados na mostra estão o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana, a Praça dos Três Poderes, os ipês da capital e até o famoso céu de Brasília.

Os registros foram feitos com o uso de tripé, câmera e nodal, que possibilitam sete cliques da área capturada. As fotos na exposição são o resultado da junção dessas imagens. Assim, é possível se obter paisagens em fotos em 360 graus, transformadas em figuras circulares As fotos estão impressas em "fine art", nas técnicas minimundi (com) ou equirretangular (também com fotos panorâmicas). Todas as imagens estarão à venda.

A fotógrafa

Ana Volpe é repórter-fotográfica e jornalista, com curso de curadoria de arte e curta-metragem em Barcelona, na Espanha. Ela também é graduada e pós-graduada em Artes visuais e trabalha na Agência Senado.

Todo esse trabalho pode ser apreciado até 15 de dezembro na galeria de arte do Quanto Café (CLN 103 Bl. A Lj.52), todos os dias da semana, das 8h até 21h.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

UDF realiza oficina fotográfica

Foto-Grafia: Percepção, Diálogos e Sentidos: esse o nome da oficina que a UDF realiza em Brasília, sob a coordenação do professor da instituição, o fotógrafo Ângelo Dimitre Gomes Guedes, doutor em  Educação, Arte e História da Cultura. A programação acontece presencialmente, nos dias 23 e 26 de novembro e em 07 de dezembro. A ativididade é voltada para estudantes e profissionais de Comunicação, Publicidade, Jornalismo, Artes visuais, Fotografia, Cinema, bem como os aficionados pela imagem.   

A oficina tem como principal objetivo explorar a fotografia como uma forma de perceber, se expressar, compartilhar e transformar pontos de vista. No primeiro encontro, será feita uma introdução e uma contextualização ao tema, explorando, de forma interdisciplinar, referências artísticas relacionadas à fotografia, à percepção, ao imaginário e às narrativas visuais. O segundo encontro será uma saída fotográfica em que os participantes irão fotografar com os seus próprios equipamentos um local que ainda será definido, dentro da cidade de Brasília. O último encontro será a conclusão do processo, com leitura das imagens produzidas durante a saída fotográfica, diálogos sobre o tema e esclarecimento de dúvidas.  

Inscrições:  

As inscrições já foram abertas tanto para a comunidade interna quanto a externa a UDF. As vagas são limitadas. Formulário para inscrição disponível aqui, no site do projeto .  Serão disponibilizadas trinta vagas e o curso terá um total de seis horas com direito a certificado.

Serviço:  

Oficina Foto-Grafia: Percepção, Diálogos e Sentidos 

Data: 23 e 26 de novembro e 07 de dezembro  

Quem pode se interessar: Entusiastas por comunicação visual e arte de modo geral. Estudantes e profissionais de Comunicação, Publicidade, Jornalismo, Artes visuais, Fotografia, Cinema, Design e áreas afins talvez se interessem de maneira especial. Deste modo, a oficina pode se estabelecer como introdução, revisão ou complemento, dependendo do perfil do participante e do diálogo que se construirá no decorrer da oficina.  

Onde: Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) - Sgas 903 - s/n LT52 Edhob, Brasília - DF, 70390-045

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Livro: A política contada e cantada no cordel versus a grande mídia

Por Chico Sant'Anna


O momento não podia ser melhor. Período eleitoral, discussão sobre o voto dos nordestinos, um cenário perfeito para se lançar o livro Política e Literatura de Cordel - o folheto de política como mídia informativa alternativa, popular e contra-hegemônica. Em tempos de redes sociais, zap zap, o pesquisador e jornalista cearense, Alberto Perdigão, mergulhou nos folhetins da literatura de cordel que tratam de política. A obra discute a poesia-reportagem como alternativa à notícia do jornal e analisa as narrativas do cordel sobre o golpe que destituiu a presidente Dilma Rousseff

Política e Literatura de Cordel - o folheto de política como mídia informativa alternativa, popular e contra-hegemônica (RDS, 2022, 352 p.) será lançado, com a presença do autor, em Brasília, nesta sexta-feira (21), às 17 horas, na livraria Sebinho (Comércio Local Norte 406, bloco. C, loja 44). A obra reúne uma coletânea de 12 artigos resultantes de uma pesquisa inédita, realizada por Perdigão, durante os anos de 2016 e 2021.

Dois dos capítulos analisam a narrativa de oito folhetos de cordel de autores nordestinos, publicados durante o processo de destituição da presidente Dilma Rousseff. Nas poesias-reportagens da amostra, os poetas-repórteres optam pela versão de golpe, diferentemente da perspectiva de impeachment apresentada pela mídia convencional. A amostra está reproduzida na íntegra em um dos anexos do livro.

“São mistos de notícia e de editorial perfeitos na rima e na métrica, e impecáveisl do ponto de vista da narrativa jornalísitica”, afirma Perdigão. Os artigos foram publicados em anais de congressos e em revistas científicas. A obra homenageia três pesquisadores da literatura de cordel já falecidos, que contribuíram com a pesquisa do autor: Joseph Luyten, que morreu em 2016, Gilmar de Carvalho (2021) e Arievaldo Viana (2021).

O autor

Alberto Perdigão (Fortaleza, 1963) - jornalista, mestre em políticas públicas e sociedade, pesquisa o folheto informativo da literatura de cordel, com ênfase no folheto de política. Atua como editor, apresentador em programas de jornalismo popular, e como professor de comunicação comunitária e alternativa. É autor dos livros Comunicação Pública e TV Digital (EdUece, 2010 - dissertação de mestrado), Comunicação Pública e Inclusão Política (RDS, 2014 - artigos jornalísticos) e Únicos (Editora Radiadora, 2021 - poesias). 


Serviço:
Livro
- Política e Literatura de Cordel - o folheto de política como mídia informativa alternativa, popular e contra-hegemônica
Autor -  Alberto Perdigão - 
Contato WhatsApp - (85) 99988.8638.
Capa: Rafael Limaverde.
Ilustração da capa: Hamurábi Batista
Lançamento no DF - Livraria Sebinho (Comércio Local Norte 406, bloco. C, loja 44) sexta-feira (21), às 17h
ISBN: 978-65-88668-36-8

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Brasil é o 5º país com mais usuários de internet no mundo

O País é o líder na América Latina em número de internautas ativos, computadores fixos, tablets e notebooks perdem espaço para o celular.

Por Chico Sant'Anna 

 

Com mais de 165 milhões de usuários e a sexta sexta maior população do mundo - fica atrás do Paquistão -, o Brasil se encontra na 5ª posição do ranking mundial dos países com a maior quantidade de usuários de internet. 

Em termos de acesso à web perde somente da China (1 bilhão), Índia (658 milhões), Estados Unidos (307 milhões) e Indonésia (204 milhões). 

Dentre os brasileiros com acesso à web, 99% são via celular. É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de desconto CupomValido.com.br com dados da Statista sobre os usuários de internet no mundo.

América Latina

No total, em todo o planeta, são mais de 5 bilhões de usuários de internet ativo pelo mundo. Ao levar em consideração somente os países da América Latina, a Argentina fica em 3ª posição com 38 milhões de usuários de internet. O México fica em 2ª posição, com 96 milhões. E o Brasil é o líder absoluto, com mais usuários que o 2º e o 3º colocados combinados.

Provedores mais usados

No Brasil, a NET (Claro NET) é o provedor de internet mais usados pelos brasileiros, com 22%. A Vivo está em segunda posição, com 16%. E a Claro em terceira com 14%. Em seguida fica a Oi, com 12%. A Brisanet, Cabo Telecom e Tim Live, possuem 3% de participação de mercado cada.

Por onde o brasileiro mais acessa a internet?

O celular é o aparelho preferido dos brasileiros acessarem a internet. Aproximadamente 99% dos usuários de internet no Brasil acessam pelo celular. 

Além do celular, 50% dos brasileiros acessam a internet via TV, principalmente, demando pelos serviços de streaming.

O Notebook e o Computador, ficam em terceira e quarta posição, respectivamente. Apesar de menores posições, a soma da porcentagem de Notebooks e Computadores, ainda representam uma grande fatia de quase 38%.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Jornalista lança livro de poesias para enfrentar a intolerância

 

A poesia de Viviane Viana se afasta da semiótica fria, que fez com que o gênero se distanciasse do interesse dos leitores, para contar histórias de forma compreensível e atraente, com poemas fluidos e musicais. 

Em tempos marcados pela intolerância, chega ao mercado o livro de poesia Cada um sabe onde o poema aperta (Caravana Editorial), da escritora e jornalista Viviane Viana. Dividido em três partes – Traço, Laço e Estilhaço –, a autora constrói um percurso que começa com a apresentação de seu traçado poético, passa pela fase do envolvimento, em que abraça o leitor com seu lirismo, e o conduz aos “apertos” finais, conforme o título sugere.

A poesia de Viviane Viana se afasta da semiótica fria, que fez com que o gênero se distanciasse do interesse dos leitores, para contar histórias de forma compreensível e atraente, com poemas fluidos e musicais. Aliás, o livro ganhou contrato de publicação porque a autora foi selecionada numa chamada de poesia, espécie de concurso realizado por algumas editoras.

De acordo com a professora Ana Jurkiewicz, que assina a orelha da obra, “a autora é contundente na denúncia da miséria, da desumanização, dos preconceitos e é também delicada e divide com o leitor suas feridas, parte do subterrâneo de sua alma”.

O livro, que já está em pré-venda, será lançado no dia 19 de novembro, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Na semana seguinte, em 26/11, a autora fará uma performance na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, que nesta edição retoma as ruas e praças da cidade.


Sobre a autora

A jornalista e poetisa Viviane (de Paula) Viana nasceu no Rio de Janeiro, em 1975. Morou em Madri, São Paulo, Brasília e Natal. Hoje, se divide entre a capital fluminense e a cidade serrana de Teresópolis. 

A produção literária impressina. Publicou o livro-box Tirando de Letra, voltado ao público infantojuvenil, e participou da antologia Travessia: literatura para atravessar o fascismo, também lançado neste ano. 

Como jornalista, atuou nas redações dos jornais O Dia, Folha de S. Paulo, Tribuna do Norte e agência de notícias EFE. 

Foi coordenadora da TV Escola e ghostwriter de dois presidentes da República.


Palinha para os leitores

Poema “bolacha da privação”, que está no livro.


Bolacha da privação


dois quilos de barro

uma colher de manteiga

sal a gosto


junte tudo

prense com as mãos

deixe secar ao sol


a receita não tem mistério

incompreensível é a miséria 


Uênio não conheceu o brigadeiro

Uênio não sobreviveu à primeira infância


domingo, 11 de setembro de 2022

Cem anos da rádio cubana. O som de um país dentro da pele

Cem anos de transmissões continuadas, mais de 60 sendo – nas palavras de Fidel – «a artilharia pesada da Revolução». A rádio em Cuba é o som de um país dentro de sua pele.

Por Laura Mercedes Giraldez informacion@granmai.cu, publicado anteriormente em Prensa Latina

Está raiando o dia. Antes que seja posta no fogo a primeira cafeteira do dia, um lar se aproxima ao mundo exterior através do éter. Fora da hora, o dial indica que o pacto do motorista com a solidão do caminhão terminou. Ao mesmo tempo em que vigia a frigideira, alguém procura uma emissora à espera de sua novela favorita. Enquanto do outro lado da porta uiva o vento, em torno de uma rádio, as pessoas escutam novidades acerca da trajetória de um furacão. Com a esperança fixa no escopo desse meio de comunicação, um músico jovem espera sua estreia.

Desde que, em 22 de agosto de 1922, Luis Casas Romero e seu filho Luis Casas Rodríguez puseram no ar a primeira transmissão de rádio em Cuba, o cotidiano da Ilha maior das Antilhas abriu um espaço vital à radiodifusão.

Com uma emissora de reduzida potência, situada na rua Ánimas No. 99, a 2lc se converteu na emissora que, após as 21 horas, iniciava a sua programação musical, acompanhada pela informação da previsão do tempo. Única em nosso país, das primeiras no continente. Seríamos pioneiros também na locução feminina na América Latina: Zoila Casas Rodríguez aderiu à façanha familiar. Mais tarde legaríamos ao mundo a radionovela.

A rádio é a proximidade que se cria entre o locutor e seu ouvinte. É a intimidade do sussurro, a história que, através da palavra, penetra nas mentes, a voz acompanhante, a possibilidade de escutar imagens, os caminhos tresandados pelas pessoas.

Cem anos de transmissões continuadas, mais de 60 sendo – nas palavras de Fidel – «a artilharia pesada da Revolução». A rádio em Cuba é o som de um país dentro de sua pele.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Livro revela o papel dos algoritmos na propagação das fake news

Pesquisa de Magaly Prado, doutora em Comunicação e Semiótica, pontua o uso da inteligência artificial na formação de radicalizações e bolhas sociais. 


De meros conjuntos de instruções para a realização de uma tarefa, os algoritmos se tornaram personagens de destaque em um amplo debate sobre a sustentação dos preceitos democráticos em todo o mundo. Eles também são o ponto de partida do livro Fake News e Inteligência Artificial, lançamento da editora Almedina Brasil. A obra da Doutora em Comunicação e Semiótica, Magaly Prado, explora as origens da desinformação, analisa o impacto destrutivo das notícias falsas e indica os caminhos para a superação do problema.

Fruto de um trabalho de quatro anos de pesquisa e ampla investigação de áreas do conhecimento como big data, machine learning e blockchain, o livro explora o uso da inteligência artificial para a produção e disseminação de conteúdos inverídicos, enganosos, dissimuladores e potencialmente danosos. Presentes no dia a dia da população, mesmo que disfarçados ou despercebidos, os algoritmos hoje influenciam a tomada de decisões, contribuem para as radicalizações e fomentam a formação de bolhas sociais.

Ao abordar diferentes vertentes da inteligência artificial, Magaly Prado revela como o uso indevido destas tecnologias tem afetado negativamente as democracias. Com apenas alguns cliques, é possível produzir páginas, fotos, áudios e vídeos adulterados com o intuito de reforçar opiniões, mesmo que autoritárias ou discriminatórias, ou ainda desmoralizar poderes e personalidades. Esta praticidade, aliada às possibilidades de rápida distribuição de conteúdos, tem minado a confiança em instituições como o poder público, imprensa, as organizações científicas e as entidades artístícas.

Em Fake News e Inteligência Artificial, a autora se debruça sobre temas como a disputa pelas informações pessoais dos usuários na internet, o papel dos algoritimos nas mídias sociais e na distribuição de notícias e a conexão entre polarização e desinformação. Sem se abalar pelo pessimismo, a especialista destaca ainda as possibilidades, já existentes, para o controle e eventual eliminação das fake news. Isso sem desconsideradar argumentações essenciais como a necessidade de uma regulação que não incite e não emule a censura.

Sobre a autora

Magaly Prado, é doutora em Comunicação e Semiótica e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP, é também professora da pós-graduação Transformação Digital. Bolsista de pós-doutorado da Cátedra Oscar Sala (Instituto de Estudos Avançados) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA), integra o time de pesquisadores do Center for Artificial Intelligence (C4AI), da Universidade de São Paulo (USP). Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, é autora dos livros “Produção de Rádio: um Manual Prático”, “Webjornalismo”, “História do Rádio no Brasil”, “Ciberativismo e Noticiário: da mídia torpedista às redes sociais” e “Fake News e Inteligência Artificial”.

Ficha técnica

Livro: Fake News e Inteligência Artificial
Autora: Magaly Prado
Editora: Editora Almedina Brasil, selo Edições 70
ISBN: 9788562938658
Páginas: 424 - Formato: 13x23x0,7
Preço: R$ 99,00 - Onde encontrar: Editora Almedina, Amazon

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Fotografia: Festival recebe inscrições de profissionais e amadores

Pelo oitavo ano consecutivo, o Brasília Photo Show premia fotógrafos brasileiros e internacionais. Com mais de 20 temáticas, os interessados podem se inscrever a partir do dia 30 de julho.

 

Por Aline Ramos

Já está tudo preparado para o 8º Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show, que abre suas inscrições no próximo sábado, dia 30, por meio do site do festival. Segundo os organizadores, a novidade para este ano é a categoria foto analógica, que tem como objetivo resgatar as fotos mais especiais em seus negativos e filmes que estão guardados na gaveta.

Qualquer pessoa - residente no Brasil ou não, profissionais ou amadores -  pode participar das quatro categorias principais, que são foto digital, celular, drone e foto analógica, além das mais de 22 subcategorias temáticas. Uma premiação especial acontecerá destinada aos novos talentos, menores de 18 anos. Edu Vergara, fotógrafo brasiliense e curador do festival, comenta que a fotografia é uma das poucas coisas no mundo que pode condensar uma história em um frame.

“A fotografia se torna uno e expõe de forma brilhante a realidade. Chega a emocionar os mais duros quando carrega a saudade, a compaixão e o amor em suas entrelinhas. Faz rir e faz chorar. É negativa e positiva. Quem fotografa cria, conta um conto, mostra talentos profundos e deixa para o mundo grandes heranças. Portanto, há espaço para todos contarem histórias por meio de suas fotos”, destaca.

Os participantes podem inscrever suas imagens nas subcategorias temáticas que contemplam temas como natureza, pet, agronegócio, arquitetura, esporte, documental, casamento, sensual, retrato, gastronomia, dentre outras.

O Brasília Photo Show deste ano estreia ainda a rede social do evento, a Members Pic BPS, onde as fotos serão postadas para a avaliação do grande público. As que obtiverem maior engajamento e também uma avaliação técnica favorável serão postadas nas outras redes como Facebook e Instagram. “Isso vai fazer com que as fotos circulem em várias redes, sendo que a do BPS é especializada, uma super novidade para o mundo da fotografia em geral”, detalha Vergara.

Ao todo, serão 400 fotos vencedoras que passarão pelo crivo de curadores e galeristas que fazem parte do corpo técnico do festival para qualificar as milhares de obras inscritas. As fotografias vencedoras serão premiadas com medalhas, estatuetas e prêmios especiais, como a foto da capa do livro, além de serem publicadas no livro deste ano.

Um dos maiores festivais da América Latina

Há oito anos. o Brasília Photo Show se consagra como um dos maiores festivais de fotografia da América Latina. Em sete edições já realizadas, mais de 35 mil fotógrafos participaram do evento, quase 80 mil fotos foram recebidas e, ao todo, sete livros foram publicados, com as fotografias vencedoras de todas as edições.

Com inscrições gratuitas que iniciam dia 30 de julho e vão até o dia 4 de setembro, nesse site, o projeto contempla quatro categorias principais e os participantes estarão ainda concorrendo às estatuetas das 22 subcategorias temáticas. Qualquer pessoa pode participar do BPS. Os vencedores serão agraciados com prêmios que somam mais de R$ 40 mil.

O Brasília Photo Show

Aberto a todos os fotógrafos profissionais ou não, do Brasil ou do exterior, brasileiros ou estrangeiros, o Brasília Photo Show é um dos maiores Festivais de Fotografia da América Latina. Em sete edições mais de 35 mil fotógrafos participaram do evento, quase 80 mil fotos foram recebidas para o festival e ao todo, sete livros foram publicados com as fotografias vencedoras de todas as edições.

Todas as fotografias vencedoras de estatuetas, medalhas e menções são impressas no livro oficial do Festival que conta com 400 imagens premiadas. Na última edição, em 2021, o Festival teve mais de 16.400 fotos inscritas, o que foi considerado um recorde de todas as edições.

 

Serviço

Festival Internacional de Fotografia - BPS

Data: De 30 de julho a 4 de setembro de 2022

Local: www.brasiliaphotoshow.com.br

Quanto: fotógrafos que inscreverem até 2 (duas) fotos são isentos do pagamento da inscrição.
A partir da terceira foto inscrita, há cobrança de R$ 25 por imagem.

Opinião pública e curadoria técnica: até 30 de setembro

Evento de premiação: Dezembro de 2022

terça-feira, 7 de junho de 2022

TCU teme apagão televisivo em regiões remotas do Brasil

Com o fim das transmissões de TV pelo sistema analógico, famílias de baixa renda poderão ficar sem acesso à TV digital e desconectadas do que acontece no Brasil. O Tribunal de Contas da União estima que 1.300 municípios - praticamente, 1/4 das cidades brasileiras - podem ficar sem qualquer conexão com o Brasil, pois não terão mais sinal de TV. 

Texto e foto por Chico Sant'Anna

Muitas famílias de baixa renda, beneficiárias do Programa Bolsa Família correm o risco de ficar sem acesso à televisão aberta digital. Tudo em decorrência da implantação da Internet 5G no Brasil, que vai usar frequências hoje utilizadas pelas transmissões analógicas de televisão. Essas localidades perderão a transmissão analógica e ainda não contam com a digital. O Tribunal de Contas da União estima que 1.300 municípios - praticamente, 1/4 das cidades brasileiras - podem ficar sem qualquer conexão com o Brasil, pois não terão mais sinal de TV. São Municípios de pequeno e médio porte, desprovidos de meios de comunicação próprios e dependentes das transmissões satelitais de rádio e tv.

Isso é que os técnicos denominam apartheid tecnológico. O sinal analógico é de fácil captação pelas antigas antenas parabólicas. Muitas cidades não possuem canal local. Outras, as prefeituras criaram canais repetidores para redifundir o sinal captado nos satélites. Mas com o sinal digital, também as prefeituras teriam que comprar novos equipamentos para se adequarem às mudanças tecnológicas.

Há ainda problemas geográficos. Localidades em que o relevo ou a vegetação, como na Amazônia, não favorecem a transmissão do sinal digital. Na França, quando da implantação da TV digital, cerca de 500 lares ficaram sem acesso a TV. O governo criou uma espécie de bolsa televisão, concedendo a essas famílias um abono que permitissem que elas assinasse serviços pagos de televisão.

Nos Estados Unidos, também houve esse fenômeno. Em 2009, 2,8 milhões de lares no país não conseguiram se adaptar para receber os sinais de transmissão digital. O Impacto também afetou 21 pequenas e médias emissoras locais, que sem dinheiro para se adaptar à nova tecnologia, tiveram que encerrar suas transmissões.

Para evitar que isso aconteça, o TCU recomendou ao ministério das Comunicações, que crie um planejamento para o desligamento do sinal analógico dos municípios que ainda não possuem a transmissão de TV digital, viabilizando às populações que contam atualmente com a transmissão analógica da televisão aberta a continuidade de acesso, no mínimo, aos mesmos canais em tecnologia digital.

Para mais detalhes sobre a migração para o canal digital, leia também:

TV digital: 500 mil lares sem televisão, na França

TV Digital: Governo francês teme apartheid tecnológico

TV Digital: Término da transmissão em sistema analógico deixa milhões de lares sem sinal de TV nos EUA

TV Digital: Emissoras pedem adiamento do fim do sinal analógico

TV Digital: fim da TV analígica pode ser prorrogado

Japão completa transição do sistema de TV analógica para digital

Para o TCU se o cenário atual permanecer da forma que está, após ocorrer a migração da transmissão analógica para digital prevista para o final de 2023, cerca de 1.300 municípios ficarão sem qualquer sinal de TV, deixando seus moradores sem acesso à TV aberta.

sábado, 4 de junho de 2022

Livro resgata a história de Landell de Moura: o brasileiro que inventou o rádio

Landell, segundo explica o biógrafo, patenteou o rádio no Brasil e nos Estados Unidos. “Eu consegui aprofundar uma série de aspectos nessa nova pesquisa. Tem uma informação também que eu considero muito importante é que a invenção dele nos Estados Unidos foi reconhecida por outros inventores. Consegui encontrar provas disso (e estão no livro)”.


Acaba de sair do prelo a nova obra de Hamilton Almeida, ela versa sobre o padre Landell de Moura, inventor do rádio. O livro é uma produção independente. A história de Roberto Landell de Moura é “um retrato das vicissitudes que marcam a trajetória da ciência brasileira”, define o professor doutor Gildo Magalhães, da USP.

Com poucos recursos financeiros, foi pioneiro na transmissão da voz por ondas de rádio, projetou a televisão etc. Abriu a porta que, nos tempos modernos, viabiliza diversas invenções sem fio, como o telefone celular. Envolto, porém, no conflito secular entre obscurantismo e ciência, teve os sonhos despedaçados, ficando à margem da memória oficial.

Sobre Landell de Moura, leia também:

Este livro lança novas luzes sobre a sua biografia. Detalha a inédita experiência wireless, revelando o conteúdo da mais antiga mensagem via rádio. Mostra que, nos EUA, ele foi reconhecido por outros inventores e que o seu nome transita entre membros do renomado IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers, a maior organização profissional técnica do mundo.

A obra postula um lugar na galeria dos gênios das telecomunicações para o brasileiro que inventou o wireless.

Você pode assistir aqui ao documentário sobre Landell de Moura, dirigido por Deraldo Goulart



O Autor

Hamilton Almeida é jornalista. Começou a pesquisar as façanhas do Padre Landell ainda estudante na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Não parou mais até esculpir esta obra-mestra. Iniciou a carreira profissional em São Paulo, como repórter da agência Telenotícias, do Grupo Visão. 

Em Porto Alegre, foi repórter de economia do jornal Zero Hora por mais de uma década. Em Buenos Aires, correspondente de ZH e, depois, da Gazeta Mercantil Latino-Americana, além de colunista da revista Imprensa e colaborador da rádio BBC, de Londres, para assuntos de economia. 

Investigações na capital do país vizinho levaram à escrita de Sob os olhos de Perón: o Brasil de Vargas e as relações com a Argentina (Record, 2005). De volta ao Brasil, atuou na CDN e é colaborador da revista Química e Derivados.

Serviço:

  • Título: Padre Landell: o brasileiro que inventou o wireless
  • Autor: Hamilton Almeida
  • Prefácio: Gildo Magalhães
  • Número de páginas: 344 - Formato: 16 x 23 cm
  • ISBN: 978-85-524-0224-4.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Câmara dos Deputados: Um dia de luta para a imprensa e pra cultura

A pedido da deputada Luisa Erundina (Psol-SP,
Câmara dos Deputados vai debater a segurança
dos jornalistas nas eleições de 2022.

As eleições de 2022 no Brasil serão realizadas em um contexto de crescentes ataques a jornalistas, comunicadores e violações da liberdade de imprensa, que tendem a se agravar durante a campanha. 


Por Márcia Turcato, de Brasília

 

A segurança dos jornalistas e a liberdade de imprensa durante o processo eleitoral de 2022 será tema de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados. A proposta da deputada Luíza Erundina (Psol/SP) e do deputado Gustavo Fruet (PDT/PR) foi aprovada nesta terça-feira (01/06).

Para justificar o pedido de audiência, os autores do requerimento apresentaram dados de agressão a jornalistas e a veículos de imprensa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da Associação Nacional de Jornalistas Investigativos (Abraji) e da associação internacional Repórteres sem Fronteiras.

Requerimento de Luisa Erundina é aprovado pela Comissão
 de Comunicação e Informática da Câmara Federal.
Foto Márcia Trucato
De acordo com a deputada Luiza Erundina, as eleições de 2022 no Brasil serão realizadas em um contexto de crescentes ataques a jornalistas, comunicadores e violações da liberdade de imprensa, que tendem a se agravar durante a campanha. Ela citou o levantamento feito pela Fenaj, entre 2019 e 2021, apontando que a violência contra jornalistas no Brasil somou 1.066 ocorrências – total superior à soma de todos os episódios já registrados pela entidade.

A Abraji, que realizou pesquisa semelhante em 2021, registrou 453 ataques contra comunicadores e meios de comunicação. Em 69% dos casos, a agressão foi provocada por agentes públicos, como ministros e o próprio presidente da República. Já o levantamento da associação Repórteres Sem Fronteiras, em parceria com o Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, registrou, somente entre março e junho de 2021, meio milhão de tweets contendo hashtags com ataques à imprensa nesta rede social.

Serão convidados para participar da audiência pública, que deve ocorrer ainda em junho, representantes da Fenaj, da Abraji, do Repórteres sem Fronteira, do Tribunal Superior Eleitoral, do Ministério Público Federal, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e do Twitter Brasil.

Artistas, cineastas e produtores culturais se fizeram presente
à Comissão de Cultura para sensibilizar os parlamentares.
Foto de Márcia Turcato.
Leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo

Logo após a reunião da CCTCI, foi a vez do setor cultural ter voz na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Em audiência pública conduzida pela deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), artistas, cineastas, diretores, poetas e produtores discutiram a derrubada dos vetos do presidente da República às leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo. A apreciação dos vetos pela Câmara e Senado deve ocorrer na próxima semana. Segundo a deputada Jandira Feghali, os dois vetos devem ser derrubados porque o entendimento da maioria é que o setor cultural necessita de auxílio financeiro e que existe recurso para isto.

A lei Aldir Balnc 2 amplia o número de beneficiados pelo auxílio federal frente aos prejuízos impostos pela pandemia de covid-19, fixando um repasse de três bilhões de Reais para o setor cultural em todas as Unidades da Federação durante cinco anos. A segunda lei destina 3,86 bilhões de Reais a estados e municípios, sendo que 1,06 bilhão de Reais são para ações emergenciais.

A produtora cultural Rita Andrade (ao centro), de Brasília,
 integrante do Conselho Nacional de Cultura,
participou da reunião e destacou que a cultura
é o mais democrático dos setores produtivos
 porque todos têm acesso a acesso a ela.
A produtora cultural Rita Andrade, de Brasília,  integrante do Conselho Nacional de Cultura, participou da reunião e destacou que a cultura é o mais democrático dos setores produtivos porque todos têm acesso a acesso a ela, sendo quando assistem um filme na TV ou cinema, quando compram um livro ou vão a um show, por exemplo.

Participaram da audiência pública, entre outros, Fabrício Noronha, presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura; Ana Castro, presidente do Fórum Nacional de Gestores de Cultura; Eduardo Barata, da Associação de Produtores de Teatro; Bianca de Felippes, da Gávea Filmes; Fred Maia, da Mídia Ninja; Célio Turino, criador dos Pontos de Cultura; e as atrizes Julia Lemmertz e Rose Campos.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Documentário traz a fotografia do Brasil na ótica de Orlando Brito


Vítima de um câncer de intestino, o fotojornalista Orlando Brito, um dos gigantes do fotojornalismo contemporâneo,
nos deixou uma crônica visual das últimas décadas do Brasil. Registros que remontam aos anos de chumbo da Ditadura Militar. Não Nasci Para Meus Olhos Perderem Tempo, documentário sob a direção de Cláudio Moraes, resgata a alma desse que foi o grande cronista de nosso país.


Por Rita Nardelli              

                

Zé Ketti, compositor de músicas de enorme sucesso, como Máscara Negra, A Voz do Morro e Acender as Velas, terminou a vida num quartinho cedido por uma prostituta, cantando em bares da zona de prostituição em São Paulo em troca de um prato de comida.

João Cabral de Melo Neto, diplomata e poeta, autor de Morte e Vida Severina, tomava cachaça diariamente para disfarçar a dor de, em idade avançada e depois de ter acumulado tanto conhecimento, ter sido aposentado e não poder mais trabalhar pelo seu país.

Dois soldados comunicaram-se pelo olhar no momento que decidiram, por não haver outra opção, soltar-se de um cabo de aço que apresentou problemas durante um exercício militar realizado numa torre a uma altura correspondente a onze andares.

Num acidente de trânsito, Bruna, de 15 anos de idade, morre. A mãe explica assim a dor: “olha, quando eu perdi a minha filha, eu perdi também a noção das distâncias, eu perdi a precisão dos aromas, perdi a delícia dos sabores e eu perdi, sobretudo, a beleza das cores.”

Em 1977, o plenário da Câmara vazio – só havia ali um segurança da Casa, tomando conta daquele cenário – era o triste retrato de uma das medidas constantes do Pacote de Abril - o fechamento do Congresso Nacional.

Em 1989, Fernando Collor de Mello é eleito presidente da República. Todos em festa na Casa da Dinda. Menos o irmão do futuro chefe da Nação, Pedro Collor. O olhar dele já antecipava a tragédia que atingiria a família.

Em 2010, Dilma Rousseff é eleita presidente. Na transmissão da faixa presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva levanta o braço de sua sucessora. O vice-presidente eleito, Michel Temer, aplaude timidamente e sem entusiasmo a nova presidente. Já se podia antever, ali, a deterioração da relação entre os dois.

No Palácio da Alvorada, Dilma Rousseff chega de uma viagem. Os guardas demoram a hastear a bandeira – que estava rasgada. Um descaso que representava um prenúncio do impeachment da presidente, aprovado dias depois.

Essas personagens e essas histórias foram registradas pelo olhar aguçado e sensível do premiado fotógrafo Orlando Brito, protagonista do documentário Não nasci para deixar meus olhos perderem tempo – Uma fotografia do Brasil por Orlando Brito.

Sobre Orlando Brito, leia também:


O filme fez parte da Seleção Oficial do maior festival de documentário da América Latina, o É Tudo Verdade – It’s All True de 2020. É construído a partir das entrevistas feitas com Orlando Brito, das fotos que ele produziu, de imagens dele trabalhando no Congresso Nacional ou registrando o colorido e o místico no Vale do Amanhecer.

Repórter fotográfico desde 1966, Brito fotografou todos os presidentes da República desde Castelo Branco até hoje. Suas fotos retratam o regime militar, os bastidores da política, a solidão dos ocupantes do Palácio do Planalto. Edição do AI-5, assinatura da Lei da Anistia, renúncia do ex-presidente Collor, eleição do presidente Lula são fatos marcantes clicados pelo fotógrafo. Nas viagens a trabalho para a cobertura de fatos políticos, sempre aproveitou os momentos que seriam de descanso para registrar a vida, os costumes, as pessoas no interior do país, em povoados de nomes desconhecidos.

Autor de diversos livros, como O Perfil do Poder, Senhoras e Senhores, Poder – Glória e Solidão e Corpo e Alma, Brito recebeu o World Press Photo Prize concedido pelo Museu Van Gogh, em Amsterdam, na Holanda, em 1979. E conquistou onze vezes o Prêmio Abril de Fotografia - a partir de 1987, foi considerado hors-concours da premiação. Também mereceu os Prêmios de Aquisição da I Bienal de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e da Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba. Participou de mais de quarenta exibições coletivas no Brasil e no exterior. Suas fotografias estão em acervos de colecionadores institucionais e privados.

Gravações tiveram lugar em diferentes sets, um deles foi no Vale do Amanhecer.
A equipe trabalhou, toda ela, de forma voluntária,
contaminada pela grandeza da trajetória de Orlando Brito
Nas entrevistas para o documentário, Brito não só relata as experiências que teve no Brasil e no exterior e que são reveladas em suas fotos, como fala sobre o papel do fotógrafo, a importância do domínio visual dos personagens fotografados e a dor do fotógrafo ao registrar a dor de alguém.

O documentário foi feito de forma independente. Todos os envolvidos no processo dedicaram-se ao filme gratuitamente, por paixão. O filme sobre o genial fotógrafo Orlando Brito já está disponível no Now, no Vivo Play e no Oi Play.


Ficha técnica:

  • Fotografia e Direção – Claudio Moraes
  • Roteiro e Entrevistas: Rita Nardelli
  • Montagem: Douro Moura
  • Produção Executiva: Claudio Moraes, Jimi Figueiredo e Ricardo Movits
  • Som Direto: Fernando Cavalcante
  • Finalização e DCP: Thiago Moysés
  • Assistente de Finalização: Radha Nicihoka
  • Fotografia Adicional: Elder Miranda e Alan Silva
  • Trilha Sonora Original: Assis Medeiros e Ricardo Movits
  • Gerência do Arquivo de Fotos de Orlando Brito: Rodrigo Botelho
  • Audiodescrição: Guilherme Bitencourt e Milena Maiave
  • Apoio: Vale do Amanhecer, Omeleteria Brasil, Mary Oliver e Ricardo Nunes Román

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Como criar roteiro para mininovelas de até um minuto no Kwai


Diretores e produtores participantes do projeto TeleKwai dão dicas para desenvolver um roteiro e produzir vídeos curtos originais e de qualidade.


Por Gabriela Menezes, da RPMA Comunicação


O Kwai, aplicativo de criação e compartilhamento de vídeos curtos, tem conquistado cada vez mais o público no Brasil com suas mininovelas. Com o lançamento do programa TeleKwai no país, a plataforma oferece aos usuários um novo formato de dramaturgia com mininovelas e minisséries produzidas na vertical. O projeto é exclusivo da plataforma para agências, produtoras e criadores de conteúdo parceiros, que criam vídeos originais de diferentes gêneros, do drama à ficção científica. Mas o formato também pode ser explorado por qualquer usuário no app, e para isso é importante criar histórias que envolvam a audiência do começo ao fim. 

Um roteiro bem produzido facilita a produção do conteúdo e pode deixar os vídeos com mais personalidade e dinamismo. Pensando nisso, o Kwai reuniu algumas dicas valiosas para quem quer produzir um bom vídeo em formato de mininovela ou minissérie, preparadas por dois participantes do TeleKwai: o ator e diretor Felipe Reis, que possui cinco canais (DistopiaMeu chapa, GuruFala ComigoCâmera de Insegurança e Golpistas!) no app, e o diretor de conteúdo da DR Produtora, Phil Rocha, que gerencia os canais O Lado ObscuroA Nossa HistóriaHistórias de AmorMensagem Inesperada e Abra o Coração na plataforma. 

Confira as dicas a seguir:

Primeiros passos

Antes de produzir qualquer conteúdo, é preciso planejar seu roteiro. Uma boa forma de fazer isto é responder às seguintes  perguntas:

· Qual será o conteúdo?

O primeiro passo é definir o assunto da sua mininovela. Se vai seguir o gênero drama, terror, LGBTQIA+, romance, histórias que sejam motivacionais com uma lição de moral, se vai ser uma nova receita, ou até mesmo retratos do seu cotidiano.

· Qual o formato?

Serão episódios aleatórios ou uma série? Se for uma minissérie é muito importante definir que cada episódio precisa terminar em um momento que gere curiosidade nas pessoas para que elas queiram ver a continuação dessa história.

· Qual o público que você quer que assista a seus vídeos?

É importante distinguir a  faixa etária, identidade de gênero e localização dos usuários que gostaria que tivessem acesso e vissem seus vídeos. Assim fica mais fácil pensar em assuntos que possam virar tema para os roteiros.

· Como?

De que forma o conteúdo será feito? Estabeleça a duração do vídeo, se ele será feito de forma narrada, com efeitos especiais, com a inserção de animações, com a participação de outros criadores, etc.

Crie um Storytelling

Depois de responder a essas quatro questões, o próximo passo é criar um storytelling, ou seja, uma breve descrição das cenas e do que acontecerá entre elas. Descreva o que irá aparecer em cada cena, qual cenário será utilizado (uma parede branca ou um local aberto, por exemplo), quem serão os personagens do vídeo, quais serão os ingredientes da   receita ou a maquiagem do tutorial de beleza. Lembre-se que é uma narrativa que precisa ter começo, meio e fim.

De acordo com Felipe Reis, para criar roteiros de ficção e mininovelas, mais do que uma ideia, é preciso uma história, com um bom personagem e principalmente um excelente conflito. “O conflito da trama normalmente vai contra o protagonista, impedindo ele de alcançar o seu objetivo, é isso que vai deixar sua história interessante. Não precisa ser uma ideia mirabolante, muitas vezes, uma ideia simples, aquela que a gente não se perde para contar, acaba rendendo grandes histórias”.

Para Phil Rocha, também é importante estabelecer estratégias para elaborar um roteiro eficiente. “É essencial estudar o formato do conteúdo antes de começar a produzir para entender a linguagem e as principais características de cada estilo. A adequação do que irá abordar ou a mensagem da produção que irá manter o público interessado durante todo o vídeo. Além disso, é preciso ser criativo e utilizar os recursos disponíveis da melhor maneira possível”, explica.

Para se destacar no feed do Kwai, o vídeo deve começar de uma maneira muito impactante, e isso irá chamar atenção de quem está rolando a tela. “Existem algumas artimanhas para a gente poder chegar nesse resultado. Uma delas é, por exemplo, começar o vídeo com uma frase bem marcante, que pode ser usada mais para frente usando o recurso de flashbacks. Digamos que iremos contar uma história de assassinato e lá no final a personagem vai falar para o assasino ‘não acredito que você matou tal pessoa’, o vídeo com essa frase no começo irá despertar a curiosidade e fará os usuários assistirem até o final”, completa Phil.

Nas mininovelas também é importante definir onde cada episódio deve terminar. A trama com final aberto tem que dar a entender que será resolvida no próximo capítulo. Isso irá atiçar a curiosidade de quem está assistindo.

Por fim, produza!

É muito importante revisar o roteiro por completo e fazer uma leitura em voz alta para ter uma percepção melhor de como ficarão as falas e as cenas dentro do vídeo. Após isso, seu conteúdo estará pronto para ser gravado e publicado. “Uma dica importante é fazer uma leitura com os atores que vão participar da cena antes de gravar, assim cada um pode adaptar o texto para falar de uma forma mais natural. Nessa leitura você já vai perceber o que funciona e o que não funciona”, finaliza Felipe Reis.

Sobre o Kwai

Um dos aplicativos gratuitos mais populares do Brasil, o Kwai permite que o público crie seu próprio conteúdo e compartilhe vídeos online de forma fácil, inclusiva e acessível, em um universo interativo que possibilita a conexão de pessoas. Com a missão de tornar a vida das pessoas mais felizes, o Kwai acredita que todos os pequenos momentos da vida merecem ser compartilhados. O app está disponível nos sistemas iOS e Android, na App Store e no Google Play . Saiba mais em: kwai.com.