Caros leitores e leitoras.

sábado, 20 de novembro de 2021

Qual é o perfil racial da imprensa brasileira?

Quando se celebra o Dia da Consciência Negra vem a público estudo apontando que negros representam apenas 20,10% dos jornalistas brasileiros 


Por Eduardo Ribeiro


Branca (como esperado), a imprensa brasileira está longe de manter equidade com o perfil racial da população do Brasil

Qual o tamanho da população negra no jornalismo brasileiro?

Há racismo e assédio nas redações? 

Quais as principais dificuldades dos negros e negras no trabalho e na construção das respectivas carreiras? 

Como os negros estão distribuídos geograficamente pela imprensa do País?

Essas são apenas algumas das perguntas respondidas pelo estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira, lançado na última semana no X Seminário Internacional Diálogos Antirracistas, que integra a programação da Semana da Consciência 2021 da Universidade Zumbi dos Palmares.

Se não havia dúvida da branquitude da imprensa brasileira, a certeza agora tem números: apenas 20,10% dos jornalistas das redações do País declaram-se pretos e pardos (negros), número quase dois terços menor do que a efetiva representação da população negra do Brasil, que é de 56,20%, segundo projeções da PNAD/IBGE 2019. Já os que se autodeclaram brancos são impressionantes 77,60%, com 2,10% de amarelos e 0,20% de indígenas. 

O estudo compõe um retrato fiel das redações, em que o racismo, muitas vezes dissimulado, está presente, tanto quanto o machismo, ambos constituindo-se em fatores decisivos para impedir maior presença e ascensão profissional de negros na atividade, a despeito de iniciativas pontuais que, embora constituam um alento, ainda se mostram insuficientes para a correção de rumos.

Sob a liderança de J&Cia e do Portal dos Jornalistas, com concepção e coordenação técnica do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e apoio logístico do I’MAX no contato com os jornalistas, o estudo dividiu-se em três fases e ouviu, via telefone ou questionário de autorresposta, 1.952 profissionais de todo o País, entre os dias 16 de setembro e 31 de outubro de 2021. 

A análise dos resultados gerais dessas três fases permite uma afirmação inicial bastante contundente: as redações jornalísticas brasileiras são mais brancas do que a população brasileira e o racismo está presente na vida de praticamente todos os profissionais negros durante a sua trajetória profissional. 

O Perfil Racial da Imprensa Brasileira contou com o apoio de ABI, Abracom, Ajor, Aner, ANJ, APJor, Bori Agência, Conajira/Fenaj, Ecos do Meio, Jeduca, Projor, Rede JP – Jornalistas Pretos, Universidade Metodista e Universidade Zumbi dos Palmares; patrocínio de ADM, Grupo Boticário e Uber; e inúmeras personalidades e agências de comunicação contribuíram voluntariamente com o projeto.

A íntegra do estudo foi publicada em edição especial da newsletter Jornalistas&Cia e pode ser conferida aqui.


sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Da ditadura à pandemia: uma grande reportagem na forma de livro

Por Wagner Vasconcelos

Testemunhas da História todos nós somos. Mas a perspicácia para compreender as dimensões dos fatos e a destreza de reconta-los com fidedignidade e paixão são habilidades reservadas a poucos. A jornalista Márcia Turcato integra o seleto rol desses privilegiados.

Ao longo das páginas de Reportagem: da ditadura a pandemia, o leitor encontrará mais do que o registro de momentos históricos.

Encontrará um olhar crítico, provocador e até mesmo bem humorado sobre episódios marcantes em interseção com a vida dessa comunicadora polivalente.

A disposição em reunir experiências tão peculiares que viveu, seja elaborando estratégias de comunicação para enfrentar epidemias, seja desafiando chuva, mosquitos e atoleiro ao encarar, ao volante de um jipe, a estrada Transpantaneira, rendeu um livro curioso e necessário.

A forma como Márcia Turcato desvela os deliciosos (e amargos) capítulos de sua carreira é envolvente e inquietante, fazendo com que os que se dispõem a lê-los não estacionem no mero conhecer dos fatos, mas estabeleçam conexões e reflexões com aquilo que é descrito e com as situações que ainda se fazem presentes.

Ao blog, Márcia Turcato explica que o livro Reportagem: da ditadura à pandemia é uma homenagem aos jornalistas profissionais e aos assessores de imprensa com quem ela teve o privilégio de compartilhar um trabalho ético e feito com compromisso social ao longo de 40 décadas. "É especialmente feliz a data em que o livro é lançado pela Editora Telha, justo no dia em que o Comitê do Nobel anunciou o Prêmio da Paz para dois jornalistas por seu trabalho investigativo em benefício da sociedade. A imprensa livre garante cidadania."

O livro pode ser adquirido no portal da editora

*Jornalista, doutor em Ciências da Saúde (UnB) e coordenador da Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Livro: Jornalista analisa a violência contra as mulheres

Cuidado e Autocuidado entre Mulheres Ativistas no mundo online – estimulando (novas) subjetividades em tempos de pandemia e violência é resultado do pós-doutorado da autora. O volume nos brinda com as experiências que vem sendo realizada nas rodas de cuidado e de autocuidado entre mulheres ativistas organizadas pela ong Cfemea e nos conclama a lutar para a implementação de Políticas Nacionais de Cuidado. 


Por Cristina Gobbi*

O livro produzido pela pesquisadora Cosette Castro e prefaciado pela socióloga Guacira Oliveira trata de um tema sensível, atual e necessário. Traz os conceitos das pedagogias do feminicídio e da secundarização, revela a invisibilidade e a naturalização da violência de todos os tipos, que vem sendo copiosamente ampliada e reforçada pela cultura do ódio e a invisibilidade feminina.

Demonstra que a violência estrutural contra as mulheres, convertida em agressões físicas, psicológicas, sociais, domésticas, familiar, institucional, racista, etc., refletem as desigualdades não superadas e que são brutal e cotidianamente marcadas no corpo, na memória, na vida e nos sentimentos do grupo. 

Trata dos desafios do cuidado e do autocuidado nas rodas de cuidado presencial e virtual, trazendo como as tecnologias digitais podem ajudar na ressignificação dos laços sociais, fraternos e afetivos, e no incentivo ao cuidado coletivo sob o ponto de vista das mulheres, em especial no momento de isolamento social da Covid-19 que atravessamos. 

Reflete sobre a igualdade de gênero e o direito à diversidade, amparados no respeito à pluralidade racial, de corpos, sexualidade e de gerações, situando o movimento de mulheres como um espaço de resistência, onde o cuidado coletivo e o autocuidado são ‘um ato político’.

Resultado do pós-doutorado em Psicologiada autora, o volume nos brinda com as experiências que vem sendo realizada nas rodas de cuidado e de autocuidado entre mulheres ativistas organizadas pela ong Cfemea e nos conclama a lutar para a implementação de Políticas Nacionais de Cuidado.

O e-book Cuidado e Autocuidado entre Mulheres Ativistas no mundo online – estimulando (novas) subjetividades em tempos de pandemia e violência pode ser acessado, lido, descarregado e compartilhado gratuitamente no site da Ria Editorial (clique aqui), no  Google Play (clique aqui) e também no Google Livros (clique aqui).

 

*Professora da pós-graduação em Comunicação da Unesp. 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Concursos: Oportunidade para Jornalistas atuarem no Judiciário


Por Chico Sant'Anna
 

Em tempos de desemprego aberto no meio jornalístico, surge uma bela oportunidade para os profissionais da informação. A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário – (Funpresp-Jud) lançou edital para formar cadastro reserva com 20 vagas para analista de Comunicação, sendo metade para publicitários e metade para bacharéis em Comunicação.

O salário ofertado é de R$ 6.558,63, para jornada de 40 horas semanais, mas, como se trata de serviço público federal titulares de pós graduação, mestrado ou doutorado strictu sensu deverão fazer jus a um adicional de especialização.

As inscrições vão até 21 de outubro e a prova acontece dia 5 de dezembro

Para ter acesso ao edital, clique aqui.

TJM-MG

Também na área do Judiciário, o Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais lançou edital para selecionar um jornalista que atuará como analista judiciário/especialidade Jornalista. A remuneração é de R$ 4.677,09, para uma jornada de 30 horas semanais.

As inscrições abrem em 4 de outubro e ficam abertas até 4 de novembro. A prova também acontece em 5 de dezembro.

Para ter acesso ao edital, clique aqui.

 

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Censo apura o perfil racial dos profissionais de imprensa no Brasil

Levantamento quer traçar o perfil racial dos jornalistas em atuação no Brasil
Estudo quer identificar o perfil étinico racial dos 
jornalistas em atuação no Brasil.
Foto de Chico Sant'Anna.

O Censo, iniciado em 16 de agosto, busca dimensionar o Perfil Racial da Imprensa Brasileira. Questionário será enviado por email aos 61 mil jornalistas em atividade no País, convidando-os a responderem a pesquisa que tem 13 questões e leva até 5 minutos de duração.


O objetivo do estudo é medir a presença de todas as raças no Jornalismo brasileiro com vistas a permitir, a partir desse conhecimento, o planejamento e a implementação de políticas afirmativas de diversidade e inclusão nas redações jornalísticas. Uma maior diversidade no jornalismo o tornará mais inclusivo e menos preconceituoso, e distorções que ainda são muito comuns, sobretudo em relação aos negros, muito pouco representados tanto quantitativa quanto qualitativamente nas redações, poderão de fato começar a ser combatidas.

A iniciativa é da newsletter Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, em parceria com o Instituto Corda – Rede de Pesquisas e Projetos e I’Max, e conta com o apoio institucional de ABI – Associação Brasileira de Imprensa, Ajor – Associação de Jornalismo Digital, Aner – Associação Nacional dos Editores de Revista, ANJ – Associação Nacional de Jornais, JEeduca – Associação dos Jornalistas de Educação, Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, Rede de Jornalistas Pretos e Universidade Zumbi dos Palmares. Conta ainda com o patrocínio da ADM.

Para estimular uma participação expressiva dos 61 mil jornalistas brasileiros em atividades nas redações, o Censo está realizando uma campanha de estímulo com depoimentos de jornalistas e outras personalidades da sociedade brasileira, como os jornalistas Pedro Bial, Juca Kfouri, Roberto D’Ávila, Flávia Oliveira, Flávia Lima e Wanderley Nogueira, os escritores Laurentino Gomes e Antônio Torres, o maestro João Carlos Martins, a empresária Luiza Trajano, o economista e ex-ministro Maílson da Nóbrega, o ator Paulo Betti, o jornalista e também ex-ministro Miguel Jorge, entre outros. Todos eles apoiam a campanha e recomendam os jornalistas brasileiros a participarem do Censo, pela relevância de se conhecer o Perfil Racial da Imprensa Brasileira e, com isso, contribuir para a diversidade nas redações, para um jornalismo mais plural e equânime, e para o fortalecimento da Democracia e da Liberdade.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Livro: A Vida em Primeira Pessoa - um romance narrado por jornalista

Livro da professora da UnB e jornalista Thaïs de Mendonça mistura experiências de personagem jornalista com panorama brasileiro

 

Os bastidores da política e o exercício do poder no Planalto Central são o pano de fundo para uma história de amor pontuada por contrastes, controvérsias e incertezas, no novo livro de Thaïs de Mendonça, lançado na quinta-feira, 29/7. Tecnicamente, A Vida em Primeira Pessoa pode ser considerado um roman à clef, característica dos romances que possuem um contraponto na realidade, a partir da qual a autora brinca com o espaço público, misturando eventos passados e presentes. Os personagens são deslocados de contexto para compor uma trama inteligente e dramática.

A vida íntima da jornalista, tão agitada quanto a profissional, é contada com muito humor, em capítulos bem amarrados que vão conduzindo o leitor até o desfecho. O que é o amor, afinal? Um dos temas que o livro discute, será que é possível definir onde o amor começa e onde ele acaba? Assim como a religião e o suicídio, esses três temas vão sendo desenvolvidos a par com a trajetória da personagem principal, a jornalista Martina Mirabella, mineira de Belo Horizonte.

O candidato eleito para o mandato, um jovem político paranaense desconhecido do cenário nacional, Nelson Bastos, no passado um playboy cabeludo, vai aos poucos se adequando ao figurino popular. Guiado por sua agência de publicidade, o novo presidente é talhado à medida para encarnar a figura mítica do herói salvador. Com um discurso genérico, sem proposta clara, ele consegue envolver a população com uma vaga proposta de não-ideologia, como se ele próprio fosse uma pessoa de fora do sistema. Carismático e populista, obtém votação recorde, derrotando vários adversários de uma só vez.

Assassinatos acontecem sem que as autoridades investiguem. Alguns morrem sem causas definidas. A jornalista, encarregada da cobertura política pela revista Fatos, vai aos poucos se afirmando no cenário competitivo de Brasília, para onde ela se muda depois de uma carreira em Belo Horizonte. Martina, descendente de italianos, é uma mulher bonita e sensual que ostenta, além da beleza, um caráter forte e muita força de vontade. Entretanto, ela convive mal com a própria solidão.

O romance alterna páginas escritas em primeira pessoa – como se fossem fragmentos do diário de Martina –, levando o leitor ao desfecho, ao mesmo tempo dramático e surpreendente. Eis um trecho da obra:

“Entro pela primeira vez na sala de imprensa do Palácio do Planalto. É uma sala ampla, aos fundos do saguão principal do térreo. A revista me credenciou e eu logo descubro qual é a mesa da Fatos. Fico a um canto, sem querer aparecer muito. Noto uma mulher a me observar. Ela sorri e se apresenta. Chama-se Ana Paula e trabalha para uma rádio.

Como a todos os novatos, os colegas tentam me pregar uma peça, usando a Ana Paula. A brincadeira é a seguinte: o jornalista que chega é convidado a ir à sala do Dr. Cecin Sarkis. O nome soa estranho, mas Very Well – o sempre solícito funcionário do Comitê de Imprensa – dá a indicação de que a sala do doutor coronel fica no terceiro andar, logo à direita do elevador. ‘Ele quer conhecer todo mundo que aparece na sala de imprensa’, convence o repórter que passa o recado ao neófito. Os que acabam de chegar à capital caem na armadilha, para descobrir depois que Cecin Sarkis é o nome de uma loja de materiais elétricos da cidade e a sala indicada é a do sistema de força do palácio. Quando o novato volta com cara de tacho, os colegas se divertem. É uma espécie de ritual de iniciação.” 

Sobre a autora

Thaïs de Mendonça é jornalista e professora da Universidade de Brasília (UnB). Trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo, O Tempo, Correio Braziliense, dentre outros. Tem vários livros publicados na área do jornalismo: “Manual do foca. Guia de sobrevivência para jornalistas”; “Mutação no Jornalismo. Como a notícia chega à internet”; e “Viver o jornalismo. A entrevista no dia a dia da profissão”. Na área da psicologia, é coautora de “Dieta da Mente. 101 perguntas e respostas para emagrecer”.

Lançamento

Live/ entrevista de Claudinei Vieira, editor da Desconcertos, com a autora
Data: 29/7/2021
Horário: 20h
 

terça-feira, 20 de julho de 2021

Saudade da minha terra. O adeus a Jaime Sautchuk

Jaime (de gravata) acompanha discurso de Aldo Arantes.
Ao fundo, à esquerda, Fernando Tolentino,
Estela Landim e Haroldo Lima.
Foto: Arquivo pessoal Fernando Tolentino.


São muitas as lembranças. Nas lutas pela retomada do Sindicato dos Jornalistas, do Clube da Imprensa, do Movimento de Defesa da Amazônia, pela Constituinte (ampla, geral e irrestrita), por Diretas Já, por eleições em Brasília, na campanha de Aldo Arantes (em 1982), na campanha em que fui candidato a deputado federal (por que não?). E também seus vários livros, as diversas redações em que brilhou, até finalmente a Xapuri, a reserva ambiental Linda Serra dos Topázios, que criou em Cristalina, para se recolher nos anos mais recentes, como que deixando entender que "não adianta viver na cidade".

Por Fernando Tolentino

A despedida de tantos amigos queridos havia sido no Campo da Esperança. Ali se encontraram dezenas de colegas do primeiro time do jornalismo brasileiro, não poucos camaradas do PCdoB e companheiros da esquerda em geral.Encontraram-se, falaram das inesquecíveis experiências de convivência com Jaime Sautchuk. E dos "causos".

Muitos choraram e abraçaram-se, talvez pouco lembrados da pandemia, talvez muito confiados na vacina. Afinal, valia a pena se abraçarem. A lembrança comum de Jaime justificava.

São muitas as lembranças. Nas lutas pela retomada do Sindicato dos Jornalistas, do Clube da Imprensa, do Movimento de Defesa da Amazônia, pela Constituinte (ampla, geral e irrestrita), por Diretas Já, por eleições em Brasília, na campanha de Aldo Arantes (em 1982), na campanha em que fui candidato a deputado federal (por que não?). E também seus vários livros, as diversas redações em que brilhou, até finalmente a Xapuri, a reserva ambiental Linda Serra dos Topázios, que criou em Cristalina, para se recolher nos anos mais recentes, como que deixando entender que "não adianta viver na cidade".

Por isso, foi a chance de se marcarem novos encontros, inclusive com os que não puderam comparecer e não se desculpavam. Como a velha base dos jornalistas do PCdoB, com a declarada intenção de reunirem-se com a assumida intenção de reafirmar a presença de Jaime.

Uns poucos insistiram em levar Jaime à despedida final. Sua família e amigos que não conseguiram se afastar antes do último momento.

"De que me adianta viver na cidade.
Se a felicidade não me acompanhar."

A pedido da filha Rosa, o meu celular entoou pianíssimo, a canção preferida de Jaime, "Saudade da Minha Terra", de Goiá.

sábado, 17 de abril de 2021

Opinião: Ditadura do Mercado sobre a Comunicação


Num país em que o povo não tem acesso a leitura de jornais e revistas e onde o noticiário de rádio e tv é marcado por uma linha editorial escandalosamente a favor da demolição dos direitos trabalhistas, previdenciários e da comunicação, a defesa da Voz do Brasil deveria ser parte da agenda de lutas dos sindicatos dos jornalistas e trabalhadores em geral, da Fenaj, da ABI e dos partidos progressistas, tendo em vista que somente naquela uma hora os cidadãos têm acesso à totalidade de informações  sobre atos oficiais que decidem sobre sua vida, 


Por Beto Almeida*

A Voz do Brasil é a primeira experiência bem sucedida de regulamentação informativa no Brasil, determinando que pelo menos uma hora ao dia, em cadeia nacional, seja destinada pelas emissoras de rádio (concessionárias da União), à transmissão de informações dos poderes constituídos, o que, frequentemente, é negado pelas mentalidade editorial dos empresários da comunicação, submetida aos ditames do mercado. Em sua gana insaciável por acumulação, estes magnatas da comunicação pressionam pela flexibilização do horário de exibição da Voz do Brasil, sempre com o intuito extinguir o programa, pois nele vêm um exemplo exitoso e perigoso de regulamentação informativa, tese que abominam, em favor de uma absoluta ditadura do mercado sobre a comunicação. Nesta pressão que exercem sobre os poderes constituídos, os magnatas da mídia já tiveram o apoio até de um Ministro da Comunicação do PT, Paulo Bernardo, que, presente a um Congresso da ABERT, defendeu , lamentavelmente, a flexibilização da Voz do Brasil, durante o governo Dilma Rousseff.

Num país em que o povo não tem acesso a leitura de jornais e revistas e onde o noticiário de rádio e tv é marcado por uma linha editorial escandalosamente a favor da demolição dos direitos trabalhistas, previdenciários e da comunicação, a defesa da Voz do Brasil deveria ser parte da agenda de lutas dos sindicatos dos jornalistas e trabalhadores em geral, da Fenaj, da ABI e dos partidos progressistas, tendo em vista que somente naquela uma hora os cidadãos têm acesso à totalidade de informações  sobre atos oficiais que decidem sobre sua vida, ao contrário dos noticiosos das emissoras privadas, sempre manipulados pelos interesses dos anunciantes e dos proprietários das empresas de comunicação, jamais dispostos a reconhecer o direito à comunicação como um direito constitucional da sociedade.

Portaria

A portaria do Ministério das Comunicações autoriza a veiculação fora do intervalo de 19h às 22h quando as emissoras optarem por transmitir jogos da seleção brasileira de futebol ou jogos de equipes brasileiras em campeonatos estaduais, nacionais, sul americanos ou internacionais. Se o início do jogo estiver marcado entre 19h e 20h30, o programa poderá ser retransmitido, sem cortes, com início até as 23h do mesmo dia. Se o início do jogo estiver marcado para depois de 20h30, A Voz do Brasil poderá ser transmitida, sem cortes, antes do jogo ou com início até 23h30 do mesmo dia.

Dispensa de retransmissão

Está prevista a dispensa da retransmissão do programa nos casos em que o jogo que estiver sendo transmitido vá para prorrogação ou resulte em decisão por cobrança de pênaltis, impedindo seu término até os horários limites fixados para o início da retransmissão; ou caso ocorra “alguma situação de força maior durante o jogo que impeça seu término até os horários limites fixados para início da retransmissão”.

*Beto Almeida é jornalista

segunda-feira, 22 de março de 2021

O apagão: uma fábula.

Do lado de cá do Japão, na nossa República, o chefe maior é o Presidente que, ao ter a pretensão de ser a resposta de Asuma, ele se torna um plutocrata, um ditador, ou reinará como o Reizinho (The Little King, de Otto Soglow), um dos mais hilariantes personagens dos quadrinhos do século passado, que gostava de se comunicar com gestos pantomímicos. Reinou por quarenta anos amparado pelos jornais e revistas conservadores.

 

Por Aylê-Salassié F. Quintão* e Alexandre Q.F Quintão**

A nossa velha República não tem como dar resposta a este desafio que, no Japão, pertence ao mundo dos mangás, animes e otakus, porque não os leva a sério. Para os brasileiros, tecnologicamente ainda no cueiro, são perturbadoras, entretanto, as virtudes e as competências das tecnologias dessa quinta geração (5G) que está vindo por aí, propondo a troca de softs, conexões digitais inovadoras e a instalação de novas redes digitais.

O modelo é comandado pela mega fabricante chinesa Huawei que, por aqui, já detém o controle da Nextel e da Sercomtel, está presente em 65% da rede Vivo, 60% da OI, 55% da Claro e 45% da TIM (Wiziack,2021). Os Estados Unidos questionam o papel da empresa chinesa, e o Brasil, seguindo ainda a linha de Trump, transita refratário pelo ambiente, mas já cogitando de uma concorrência internacional para atualização e instalação de novas redes. Briga de “cachorro grande”: a China é o maior parceiro comercial do Brasil.

Em uma partida de Shogi, um jogo de xadrez japonês, entre um aluno e seu professor, o mestre pergunta: Shikamaru, se esse jogo fosse como a nossa vida, nossa vila, e acontecesse no contexto que vivemos, quem seria o Rei? Shikamaru é considerado um dos ninjas mais inteligentes do país do Fogo. Com o menor esforço, busca resolver problemas da maneira lógica, e ser o mais objetivo possível, responde: Ora, é o Hokage (o “presidente”).

O professor contesta: Numa primeira vista, parece mesmo o Hokage. Se por algum motivo, o Hokage é deposto do cargo ou se o rei morre, outro “Hokage’’ entra no trono e o jogo recomeça. Então é preciso proteger o rei pois, se for capturado o jogo acaba. Mas, quem é o rei, então?

Do lado de cá do Japão, na nossa República, o chefe maior é o Presidente que, ao ter a pretensão de ser a resposta de Asuma, ele se torna um plutocrata, um ditador, ou reinará como o Reizinho (The Little King, de Otto Soglow), um dos mais hilariantes personagens dos quadrinhos do século passado, que gostava de se comunicar com gestos pantomímicos. Reinou por quarenta anos amparado pelos jornais e revistas conservadores. Imaginação fértil, desafiava o protocolo e a realidade ao seu redor. Tinha família, conselho de ministros, exército, corte e súditos. A única figura que ali destoava era ele mesmo, o o rei, pouco afeito às convenções e às liturgias. Vivia criando situações embaraçosas.

São fábulas que ajudam hoje a compreender a realidade brasileira. O cidadão se aborrece e se diante de tantos reizinhos e visionários contando diferentes versões. A História mostra que o socialismo não deu certo por eleger como virtuosa a classe operária, ignorando os problemas ainda maiores que ela gera. O capitalismo, se perdeu ao produzir uma enorme exclusão social. O diálogo democrático entre os dois tende a não vingar porque são confrontos recheados de vícios retóricos, estigmas, fetiches e maldades com sentidos pré determinados, cujos ônus caem sempre sobre a sociedade, sem que alguém seja responsabilizado criminalmente.

Restam os reformistas conciliadores, temerosos das soluções violentas, propondo reformas políticas, ajustes nos sistemas de saúde, de educação, de humanização da cadeia produtiva, da propriedade da terra, etc. Tudo tende, entretanto, a ser apenas representado, como se fora mesmo um mangá capitaneado pelo jogo dos três poderes. Eles parecem um cemitério, onde toda a história se encerra e se enterra. Deve ser por isso que a maioria veste-se de preto. 

A história brasileira teve tempo e algumas oportunidades para passar por rupturas definitivas. Nada vingou, porque o sistema se ampara em uma estrutura social e mental canonizada por falsos profetas e enganosas interpretações. Foram tão bem configuradas ao longo da História que a tecnologia as disseca com rapidez e as deglute com facilidade. Na Austrália, o Google já controla 95% das buscas. O mundo atual, em processo distópico, está começando a ficar mesmo sob o controle das grandes plataformas digitais, modelos e ferramentas conectados dentro de um ambiente e que interagem entre si, buscando, criando valores e encripitando-os. Nossos arquivos pessoais, de empresas e governos vão sendo codificados, ininteligivelmente, por essas plataformas inclinadas a  retomar o caminho do mundo   em direção a paradigmas culturais novos.  

A tecnologia, sucedendo a si mesmo constantemente (1G,2G,3G, 4G, 5G), começa aos poucos a controlar o espetáculo social. Uma empresa estrangeira controla no Serviço de processamento (Serpro) do ministério da Fazenda o auxílio emergencial e as contas públicas. Agora chega aí, também de mansinho, uma tentação tão indigna quanto as atitudes do reizinho, que é o controle da inteligência nos centro de pesquisa e nas salas de aula digitais.

O impaciente Shikamaru, vê o mestre Assuma mal no leito de morte, e não resiste: “Quem é afinal o reiFala, quem é?. O mestre responde: “Ele não nasceu ainda”. As virtudes desta geração estão se apagando à espera da próxima.

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*Jornalista e professor; ** Fisioterapeuta, pós-graduado em gerenciamento estratégico de projetos.

sábado, 13 de março de 2021

A regionalização da produção pelas mãos do Cade

 

Programa Carrosel, na TV Brasília, marcou época na
transmissão local de conteúdos na Capital Federal

Avaliando as chamadas “condutas anticompetitivas” nos segmentos de TV aberta e por assinatura, o Cade aponta que a estruturação em redes, para efeitos de concentração, "é negativa, pois limita a variedade de conteúdo, sendo transmitida menos programação do que existiria, se cada geradora fosse diretamente responsável pelos produtos audiovisuais transmitidos".


Por Chico Sant’Anna*
Publicado originalmente no Observatório da Imprensa

 

 A Constituição Federal definiu, após mobilização da Fenaj, Fitert e Fitel, que a produção educativa, cultural e jornalística no rádio e na televisão deve ser regionalizada. O artigo 221, porém, nunca vigorou devido à falta de regulamentação. Não por falta de iniciativas. A pressão de grandes redes midiáticas e a chamada bancada da mídia nunca permitiram que isso acontecesse. Agora, estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade, órgão do ministério da Justiça com poder de avaliar a existência de cartéis e monopólios na economia brasileira, pode fazer com que a regionalização venha acontecer.

Desde 1988, a concentração da produção midiática se exacerbou, chegando ao rádio. Pela lei, não existe emissora repetidora de rádio. Todas são geradoras e, como tal, obrigadas a produzir localmente seus conteúdos. O modelo da TV, contudo, migrou pro rádio. Emissoras regionais passaram a ser simples retransmissoras da produção do Centro-Sul, notadamente, do Rio de Janeiro e São Paulo.

Avaliando as chamadas “condutas anticompetitivas” nos segmentos de TV aberta e por assinatura, o Cade aponta que a estruturação em redes, para efeitos de concentração, "é negativa, pois limita a variedade de conteúdo, sendo transmitida menos programação do que existiria, se cada geradora fosse diretamente responsável pelos produtos audiovisuais transmitidos".

Para o Cade, a concorrência pela audiência das programações só ocorre entre as cabeças de rede de abrangência nacional. "Historicamente, a última entrada significativa no mercado de cabeças de rede nacionais se deu em 1999, com a entrada da Rede TV. Portanto, tal mercado não é dinâmico. O mercado é também altamente verticalizado, uma vez que para se tornar uma cabeça de rede nacional, a empresa deve atuar simultaneamente nas etapas de transmissão de conteúdo, programação e produção de conteúdo", aponta o órgão.

Embora o Cade não mencione, há o inciso II, do artigo 221, até hoje desrespeitado, que prevê a produção independente que objetive a divulgação da cultura nacional e regional.

A bandeira da regionalização, levantada na década de 80 pelos trabalhadores do setor, tinha como pano de fundo preservar as diferentes culturas regionais, dar espaço a valores locais, evitar a pasteurização da informação, e fomentar maior geração de emprego e renda.

Gerações que nasceram após o advento das transmissões via satélite não vivenciaram os telejornais locais, que tratavam de temas locais, nacionais e internacionais. Tão pouco os programas musicais e humorísticos das diversas cidades. Aqui mesmo no DF, a TV Brasília embalou gerações com programas do tipo Carrossel, Quem Sabe Viaja. Nomes como Carranquinha e Titio Darlan encantaram milhares de crianças. Hoje, não teriam espaço na grade de programação.

Na música, valores locais como Ney Matogrosso, Cassia Eller, Paralamas do Sucesso, dentre tantos outros, só conseguiram vingar depois que migraram para o Rio e São Paulo e lá obter a visibilidade midiática que só as cabeças-de-rede propiciam. Até no Jornalismo, do Planalto Central, muita gente foi buscar espaço no Rio e São Paulo. Vide os casos recentes de Poliana Abrita e Tadeu Schmidt, mas no passado teve também Amália Rocha, Mauro Naves, Ana Paula Padrão, Leilane Neubarth, dentre vários e várias outras.

Para as empresas é mais barato produzir e mais fácil gerir uma só grade de programação, difundida nacionalmente. Se reduz custos, este modelo diminui a oferta de trabalho, a diversificação cultural e informativa e fortalece uma agenda temática formulada a partir de uma única perspectiva. Com as grandes redes, o caboclo da Amazônia sabe mais das enchentes do Tietê do que as dos igarapés amazônicos.

O Cade aponta ainda como condutas anticompetitivas os contratos de direito de transmissão de eventos esportivos. "Principalmente com relação ao abuso de poder econômico, abuso de posição dominante e acordo de exclusividade". Nos anos 70, em Brasília, podia se ver o futebol do Rio, na Globo, o paulista, na Bandeirantes, e o do Rio Grande do Sul, na TV Nacional – hoje TV Brasil – já que os generais de plantão apreciavam o futebol gaúcho. Hoje, na maioria dos casos, o jogo é um só para todo o Brasil. O espectador é obrigado a torcer ou secar times que não lhe dizem nada culturalmente.

Não se sabe até onde o Cade pretende levar suas conclusões. Pautaria o governo a disciplinar a regionalização da produção de rádio e TV? O momento atual, em que o Palácio do Planalto tem se bicado com a maioria dos grandes conglomerados midiáticos, pode ser um elemento motivador para que o Executivo proponha um novo modelo.

Pensar num país com as dimensões do Brasil com um só cardápio de conteúdos midiáticos é ruim e joga contra a criatividade regional. Entretanto, mudar de supetão as regras da produção teleradiofônica, principalmente depois dos efeitos econômicos da Covid, pode ser nocivo à maioria dos meios de comunicação e levar alguns à sucumbência.

Regulamentar o artigo 221 por “canetada”, seja medida provisória ou norma do Cade, não seria de bom alvitre. O Congresso Nacional é que deveria tomar à frente a responsabilidade. Junto com a regionalização, a exemplo do que ocorre em países como a França, deveria pensar também na regulamentação da distribuição de verbas publicitárias, públicas e privadas, para que mídias locais, regionais e nacionais sobrevivam. Lá, canais nacionais de TV, por exemplo, não veiculam propaganda do varejo. Essa publicidade cabe às mídias locais, impressas, radiofônicas ou televisivas. 

Mas esse é um debate mais profundo, que fica para outro artigo.

 

 

*Chico Sant’Anna é jornalista, documentarista e pesquisador em Comunicação, com Doutorado pela Universidade de Rennes 1 – França. Durante a Constituinte, era vice-presidente Regional da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, tendo atuado diretamente nas gestões para a redação do Capítulo da Comunicação Social, na Constituição de 1988.

Um blog pra ouvir e falar com quem cuida


"Somos um país que está envelhecendo rapidamente e parte das cuidadoras familiares também precisam de cuidado. Mas pouco se fala sobre isso", lembra Ana Castro, outra jornalista de larga trajetória, aposentada, e também uma das coordenadoras do Coletivo.


Por Cosette Castro

Desde o dia 05 de março, um novo blog está disponível na internet. O Blog Coletivo Filhas da Mãe está hospedado na página do Correio Braziliense – clique aqui pra acessá-lo. Ele é fruto de um coletivo criado, no final de 2019, como uma rede de apoio a cuidadoras e cuidadores familiares de pessoas com demências e Alzheimer.

" Nossa proposta é olhar para quem cuida. O cuidado familiar é gratuito, invisível, pesado  e solitário", afirma  Cosette Castro, jornalista, psicanalista e pesquisadora, uma das coordenadoras do Coletivo. Segundo o IBGE, no Brasil 96% do cuidado de pessoas com demências e Alzheimer não remunerado é feito por mulheres. Muitas delas parentes: filhas, irmãs, sobrinhas.

Nas segundas, quartas e sextas-feiras o público poderá ler textos sobre envelhecimento, demências e Alzheimer, cuidado e autocuidado e também acompanhar dicas que facilitem a vida de cuidadoras e cuidadores familiares.

"Somos um país que está envelhecendo rapidamente e parte das cuidadoras familiares também precisam de cuidado. Mas pouco se fala sobre isso", lembra Ana Castro, outra jornalista de larga trajetória, aposentada, e também uma das coordenadoras do Coletivo.

Desde seu surgimento, o Coletivo Filhas da Mãe vem realizando várias ações para chamar a atenção sobre as demências, entre elas o Alzheimer - o tipo de demência mais conhecido - e também para promover o cuidado e autocuidado entre cuidadoras e cuidadores.

Em 2020, por exemplo, o Coletivo criou o Bloco das Filhas da Mãe e saiu pelas ruas de Brasília com a marchinha "Ninguém Solta a Mão de Ninguém".

Com a chegada da pandemia, o Coletivo incentivou cuidadoras e cuidadores de todo o país a contarem suas histórias através do celular no Projeto Filhas da Mãe Contam Histórias. A cada dia, durante 30 dias, uma história diferente – mas que tinha muito em comum com as demais -foi publicada, reunindo depoimentos de oito estados brasileiros

Em 2021, o Coletivo Filhas da Mãe realizou o III Sarau Virtual de música, prosa, poesia e afeto para homenagear o carnaval que não houve e lançou a marchinha " Vacina Sim!".

"É preciso recuperar a alegria, mesmo falando sobre temas sérios e dolorosos", diz Cosette Castro. Ela  conta que o Coletivo Filhas da Mãe está presente no mundo digital. Além do Blog, também está no Facebook (coletivo filhas da mãe), no Instagram (@blocofilhasdamãe), possui canal no YouTube (filhas da mãe). E em março lançou o Blog Coletivo Filhas da Mãe.

Ana Castro e Cosette Castro, uma gaúcha e uma bahiana, radicadas no Planalto Central, assinam os textos semanais e revelam que, em breve, terão convidadas e convidados escrevendo no Blog. " É uma construção coletiva, inclusive nas sugestões de temas", afirma Ana Castro, que possui longa experiência em blogs. 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Opinião: Quem vai botar o guizo no Twitter?

Por Hugo Machín Fajardo*, publicado originalmente em Espanhol, sob o título ¿Quién le pone el cascabel a Twitter?no portal Las2Orillas

Justino Jiménez de Aréchaga (1910-1980) escribió a principio de los cincuenta que el otorgamiento a privados de concesiones para el usufructo del espectro radioeléctrico uruguayo se había transformado en una entrega de "ducados fructíferos" que el gobierno de turno otorgaba a sus amigos políticos.

A mediados del siglo pasado la radiotelefonía, iniciada en Uruguay en 1922, era el medio de comunicación masivo por excelencia, más que la televisión.

El teórico y catedrático uruguayo del derecho, maestro de juristas, refería a que a partir de que la radiotelefonía demostró su poder y su potencial económico, los propietarios de las emisoras uruguayos durante décadas eran las mismas familias. De ahí su metáfora medioeval.

Los sectores políticos y sociales sistemáticamente excluidos de esa repartición, rechazaron tal discriminación antidemocrática proveniente de quien debería velar con imparcialidad por los intereses de todos los uruguayos, y no solamente de los de sus amistades. Antidemocrático, además, porque el espectro radioeléctrico era (es) de toda la sociedad y no del gobierno de turno.

Esa situación no varió con la llegada de la televisión en la década de los sesenta que, como es sabido en Uruguay, los permisos para operar canales de aire repitieron el esquema de concesiones radiales. Algo que no cambió durante la dictadura (1973 - 1985) sino que, por el contrario, los militares antes de abandonar el poder hicieron uso de esa discrecionalidad para otorgar frecuencias radiales a sus amigos.

Durante la administración Lacalle (1990-1995) el otorgamiento de la televisión por cable siguió el mismo patrón de adjudicación cuasi familiar en Montevideo, y de correligionarios blancos o colorados en las diferentes ciudades del interior.

La disputa del éter. En los años previos al triunfo electoral de la izquierda (2004) surgieron las radios comunitarias, que en realidad eran mayoritariamente de militantes de izquierda, que legítimamente defendían el derecho ciudadano a tener sus propias emisoras. La tecnología lo permitía y el poder político lo retaceaba. Fueron emisoras de alcance barrial que comenzaron a funcionar sin autorización administrativa.

El proceso lo seguí de cerca, pues en la Asociación de la Prensa Uruguaya (APU) recibía — pese a alguna otra mirada sindical de reojo— a los dirigentes de ese movimiento que abogaba por trabajar sin recibir remuneración. Un imposible solamente sobrellevable con apoyo financiero extra a esas radios comunitarias. Estaban en una disyuntiva de hierro: no podía ser radios comerciales, pues perdían el carácter "comunitario", y al mismo tiempo, deberían efectuar sus labores sin profesionales. Complicado.

En la primera década del siglo XXI en cinco países —Bolivia, Chile, Ecuador, Uruguay y Venezuela— se logró el reconocimiento legal de las radios comunitarias.

Cito el caso porque uno de aquellos dirigentes de radios comunitarias, defensor acérrimo de la libertad de expresión, cuando sobrevino un gobierno de izquierda en Uruguay, sería uno de los principales impulsores de un proyecto restrictivo de la libertad de prensa que para el republicanismo uruguayo era difícil de aplicar, y terminó archivado.

Fue un fenómeno generalizado en aquellos países donde a la par de los gobiernos denominados progresistas, proliferaron proyectos legislativos o intentos parecidos de darle al Estado un mayor o menor control sobre la libertad de prensa. Así fue en Argentina, Bolivia, Ecuador, Uruguay —con diferente peripecia— hasta la "Misión Comunicación" en Venezuela, cuyo objetivo decretado fue la "expresión concreta de democratización de la comunicación en Venezuela y promover el desarrollo de la contra hegemonía cultural". La realidad de aquellos enunciados es que Venezuela hace años que es un clásico en materia de violaciones al derecho a la información, agresiones a periodistas, limitaciones al acceso a la información y criminalización de la actividad de la prensa. Que incluye desconocimiento de sentencias de la Corte Interamericana de Derechos Humanos que determinan la devolución a sus legítimos propietarios los medios de prensa confiscados.

La tecnología manda. La tecnología digital ha sido implacable en todo sentido. Tanto las legítimas reivindicaciones de democratizar la comunicación afectada por monopolios empresariales, como los excesos autoritarios de quienes al llegar al poder traicionaron sus antiguos reclamos libertarios, se han visto sacudidos por el formidable cambio que supuso la irrupción de las redes sociales (RRSS) en sus múltiples plataformas: Facebook, YouTube, Instagram, TikTok, Twitter, etc. y aplicaciones de mensajería instantánea: WhatsApp, WeChat, FacebookMessenger, Skype, etc.

De pronto, quien tuviera un celular pudo recibir y reenviar al universo digital informaciones, opiniones, fotografía, videos, chismografía, vida personal, estados de ánimo, obsesiones, etc. Todo por los mismos canales, con la supuesta misma importancia y con la consiguiente saturación de impacto.

Sucedió la inevitable: el estómago se impuso a la mente en muchos casos. Las RRSS combinaron lo maravilloso que supuso la muerte de la distancia y la interacción instantánea, con la explicitación de lo peor del ser humano.

Los antivalores más insospechados, los que una persona razonable difícilmente se atrevería a exponer en un ámbito compartido con semejantes, tuvieron vía libre para ser emitidos desde la a veces rabiosa soledad del cibernauta. Con el agravante de que el algoritmo— verdadero digitador— le hace creer al cliqueador que el mundo real es esa burbuja de tuits enviados y recibidos en que vive. Al punto que en junio del 2020 la propia empresa Twitter intentó acotar el leo y reenvío compulsivo y tratar de evitar los retuits en los que no se le da contexto, con los recordatorios "los titulares no cuentan toda la historia" y "puedes leer el artículo en Twitter antes de retuitearlo". El intento buscó evitar que se compartan irreflexivamente noticias falsas o engañosas.

Según la información proporcionada por Twitter, después de tres meses de prueba, la plataforma digital señaló que gracias a esta función, un 40% de usuarios abre los artículos completos antes de compartir después de ver el recordatorio.

Estas empresas privadas — vía internet— desplegaron un menú de posibilidades comunicacionales con base a soportes personales. El celular, el PC, el portátil, la tableta, se volvieron los instrumentos de comunicación y se pasó a que cada aparato personal recibiera y emitiera en vivo y en directo lo que fuera, como fuera y donde fuera.

¿Se volvió obsoleta la enseñanza sesentista del canadiense Marshall McLuhan (1911-1980) — "el medio es el mensaje"— o sigue vigente y ¿"el medio (aún) es el mensaje"?

"Demasiadas personas saben demasiado las unas sobre las otras. Nuestro nuevo ambiente obliga al compromiso y a la participación. Cada uno de nosotros está ahora irrevocablemente envuelto en la vida de los demás, y es responsable de ellos", evoca la chilena Teresa Ayala Pérez, doctora Didáctica de la Lengua y la Literatura, en su trabajo Marshall Mcluhan, las redes sociales y la Aldea Global.

"Amenazan a la demcoracia". Ni cortos ni perezosos, los políticos para quienes la prensa era hasta entonces un contrapeso molesto a su demagogia, cuando no a sus falsedades, vieron en esas RRSS la gran oportunidad. Muchos — no solo Trump— las utilizaron para diseminar su opinión sin recibir como contrapropuesta el interrogante periodístico, el análisis o la opinión de los profesionales de la información. Las RRSS aparecieron como la "forma directa" de comunicación entre el líder, sus seguidores y— lo que exacerbó el ambiente— sus contradictores espantados y furiosos ante el rostro de piedra de Presidentes tuiteros.

No es menor la responsabilidad de esto último en las consabidas grietas sociales que hoy se viven en varios países.

La reacción profesional de la prensa fue disímil. En general, se optó por repetir lo que ese líder diseminaba a troche y moche. De hecho, se retroalimentó todo lo que decía: lo legítimo y la basura.

Algo que acompañó a las RRSS desde hace años fue la creación de los "bot"—programa informático que reitera tareas automáticamente— cuyo efecto distorsionador de la realidad y fabricador de noticias falsas fue medido, entre otras investigaciones, por la realizada por la Fundación Knight de Estados Unidos.

El estudio examinó más de 10 millones de tweets de 700.000 cuentas vinculadas a más de 600 cuentas falsas y sitios de noticias sobre conspiración. "La investigación identificó grupos de cuentas de Twitter que se vincularon a estos sitios repetidamente, a menudo de formas que parecían coordinadas o incluso automatizadas".

Esta deformación de la realidad fruto de servicios de inteligencia de diferentes países, sumado a operaciones internas en determinados países, lleva a los autores Francis Fukuyama, Barak Richman y Ashish Goel, a afirmar en un reciente informe publicado por la revista Foreing Affairs que: "Las plataformas de Internet causan daños políticos que son mucho más alarmantes que cualquier daño económico que generen. Su verdadero peligro no es que distorsionen los mercados; es que amenazan la democracia".

Golpistas. Entonces llegó el 6 de enero del 2021 y a raíz del intento de asalto al Capitolio de EE. UU., alentado por el ya expresidente Trump, las RRSS reaccionaron cerrando las cuentas del golpista.

Surgen diferentes temas para analizar. Y que en este texto obviamente no se dilucidan, apenas si se plantean algunos:

1. El universo digital no pertenece a la comunidad de naciones. Ergo, no hay una censura en el cierre de una cuenta perteneciente a una empresa privada. Nadie propietario de una empresa de comunicación puede ser obligado a insertar en sus contenidos aspectos contrarios a sus valores. Excepción hecha cuando se da un fenómeno de difamación o calumnia en que los estados democráticos tienen mecanismos legales para que al ciudadano ofendido se le ampare en el ejercicio del derecho de respuesta. Así son las cosas en el sistema democrático.

2. Las RRSS, a diferencia de los medios periodísticos serios, no poseen un código de ética profesional. Por eso pueden contener información u opiniones muy útiles y válidas seguidas del disparatario. Google ha aceptado censurar a los usuarios bajo regímenes totalitarios en aras de no perder el negocio. Cierto es que en mayo del 2020 Mark Zuckerberg ensayó que comisión de personalidades Junta de Supervisión (Oversight Board) tendría "el poder de cambiar las políticas y revisar de fondo las decisiones sobre contenido de la red social, incluyendo Facebook, Instagram, grupos, perfiles e incluso políticas de anuncios". Pero esa articulación va para largo…

3. El intento de golpe de Estado —que tuvo su etapa final en el Capitolio de Washington— disparo la reacción de los propietarios de los sitios más utilizados por Trump y sus 88 millones de seguidores. Hubo clausura y no solamente del todavía Presidente de EE. UU.: miles de cuentas de delirantes del QAnon también fueron cerradas. En 2016 había cuentas que le adjudicaban a Hilary Clinton prácticas satánicas que fueron parte de una operación de la inteligencia rusa de acuerdo a la investigación de Knight ya citada. Y esas cuentas al 17 de enero del 2021 siguen operativas.

4. Cabe preguntarse por qué los dueños de las RRSS no habían reaccionado antes, cuando el daño que estaba produciendo Trump con sus declaraciones anticientíficas sobre la estrategia anti COVID-19, generó miles de muertes de estadounidense. ¿Es que servía más al negocio de las RRSS mantener un vector homicida "al aire" para aumentar los seguidores en general? Esa respuesta está pendiente por parte del Zuckerberg y otros propietarios de las RRSS. No se necesita un doctorado en ética para discernir que Trump profirió disparate tras disparate respecto a la pandemia: dijo que "en un par de días" los contagios iban "a bajar a casi cero (…) Va a desaparecer. Un día, como un milagro, desaparecerá (…) Hemos hecho un trabajo bastante bueno”, alardeó en febrero de 2020. Se negó a utilizar tapabocas durante meses, siguió organizando actos masivos; afirmó que "un medicamento para la malaria cura el COVID-19 (…) El virus no tiene la menor posibilidad contra nosotros. Ninguna nación está tan preparada o es más resistente que Estados Unidos", el 11 de marzo, para contradecirse días después: "Siempre consideré que era algo serio", el 17 de ese mismo mes. "No me veo (...) portando mascarilla. Quizá cambie de opinión", sostuvo el 3 abril, para agregar "veo que el desinfectante lo elimina (al virus) en un minuto. ¡Un minuto! Y ¿existe una forma de que podamos hacer algo parecido, mediante una inyección para limpiar casi todo? Es algo (el virus) que penetra en los pulmones, y podría por eso ser interesante intentarlo (…) Supongamos que golpeamos el cuerpo con una luz tremenda, ultravioleta o simplemente muy potente. Y supongamos que se puede meter luz en el cuerpo, a través de la piel o de alguna otra manera. Creo que hay que probarlo" sostuvo el 24 abril. Para agregar veinticinco días después: "Cuando tenemos muchos casos no considero que eso sea algo malo, considero de alguna manera que es una buena cosa".

Su irresponsabilidad, que hace pensar en homicidio culposo masivo, la llevó al plano electoral personal cuando tres días antes de su debate con Joe Biden y de confirmarse su contagio de COVID-19 se burló de su contendor: "Tengo mascarilla, tengo una aquí mismo, pero no la uso como él, que cada vez que lo ves tiene una mascarilla". ¿Estaría contagiado Trump cuando debatió con su oponente?

La historia registrará las imágenes de Nueva York cuando se hacían entierros masivos de víctimas del coronavirus en gigantescas fosas comunes, como si la ciudad hubiera sufrido un bombardeo y Trump seguía fabricando una realidad diferente mediante las redes sociales que entonces no actuaron.

*Jornalista uruguaio radicado na Colômbia

 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Livro: Jornalista lança Sobrevivência e resistência. Tempo de pandemia e utopia

 

Os textos, diz o autor, analisam a indiferença da sociedade diante da necropolítica do governo federal, que tem causado a perda de milhares de vidas. Apesar disto, o que se vê é a falta de alteridade com a dor das vítimas e uma ausência de disposição por parte das forças de esquerda no enfrentamento à política governamental, liderada por um ex-capitão, expulso do exército. 

 

Sobrevivência e resistência: Tempo de pandemia e utopia, o 16º livro do jornalista, escritor e poeta Pedro César Batista, reúne uma coletânea de artigos escritos a partir de 15 e março, começo da pandemia da Covid-19 e será lançado durante a edição do Fórum Social Mundial de 2021, que acontecerá entre os dias 23 e 31 de janeiro.

Os textos, diz o autor, analisam a indiferença da sociedade diante da necropolítica do governo federal, que tem causado a perda de milhares de vidas. Apesar disto, o que se vê é a falta de alteridade com a dor das vítimas e uma ausência de disposição por parte das forças de esquerda no enfrentamento à política governamental, liderada por um ex-capitão, expulso do exército. O chefe do Planalto lidera uma facção das Forças Armadas, especialmente alguns generais, da ativa e reserva, que negam o coronavírus, a ciência e propagam a Covid-19, a principal causa das mais de 210 mil mortes no Brasil.

Como explicar a desmobilização, apatia e desarticulação das forças de esquerda com centenas de milhares de mortes, a retirada dos Direitos Sociais, a destruição do Meio Ambiente, o desmonte e a entrega do Patrimônio Nacional ao capital internacional? Estes pontos permeiam os textos de Pedro.

Nunca foi do desconhecimento público os crimes do ex-deputado Bolsonaro, os quais se tornaram mais frequentes e duros após a sua eleição para a Presidência, entretanto, como explicar que em dentro do Estado Democrático de Direito, mesmo com pouco tempo de duração, uma pessoa com tantos crimes fosse eleita para o cargo mais importante do país.

Qual o papel desempenhado pelas das forças de esquerda no atual momento histórico? Devem atuar em busca de uma nova composição com as elites, aceitar todas as contrarreformas que retiraram direitos da classe trabalhadora? Organizar-se somente em busca de um bom resultado eleitoral em 2022? Buscar hegemonia no campo popular e democrático, sem atuar para construir uma unidade estratégica com um programa efetivamente popular e de esquerda?

Não é um livro para acadêmicos – diz Pedro César Batista -, apesar de poder lhes interessar, já que os artigos tratam do distanciamento dos debates teóricos e das direções de esquerda das bases populares, a falta de formação ideológica da militância, o desconhecimento e negação das experiências revolucionárias no processo civilizacional, especialmente na atual fase em que os setores indentitários buscam o protagonismo, negando a luta de classes.

Sobrevivência e resistência: Tempo de pandemia e utopia é um conjunto de artigos que serve à militância e para gente do povo, que precisa realizar esse debate sobre a ruptura com o capitalismo, única forma de avançar na construção da dignidade humana.

O autor começou a publicar há mais de 40 anos, mesmo tempo que se dedica a militância por democracia, justiça social e a dignidade humana. O conjunto de sua obra é formado por poesia, contos, romance e pesquisas jornalísticas.

Dados sobre o autor:

Pedro César Batista é jornalista profissional há mais de 30 anos, poeta e romancista que, segundo ele mesmo diz, tem por prioridade a luta por uma sociedade igualitária e socialista. Estudou Letras, Direito e tem especialização em Antropologia e Educação Ambiental. Nasceu em Alvares Florence, interior de São Paulo. Antes de completar dois anos de idade sua família seguiu para o interior do Pará, onde viveu dentro da floresta, na cidade de Paragominas. Aos dez anos transferiram-se para Belém. Morou em muitos lugares. Um migrante permanente. Vive desde 2002 em Brasília (DF).

Suas primeiras publicações foram Tudo tem (1979), E aí? (1980), Poesia matutaí (1981), Letras livres (1982) e Coração de boi (1984), folhetos com poemas publicados no mimeografo. Participou das Coletânea(s) de poetas em Ilhéus (Bahia - 1980) e de Enluadonovo (1983). Neste período atuou na criação da União dos Poetas do Pará – UPOP e da seção paraense da UBE – União Brasileira de Escritores. Em 1991, publicou Conivência e impunidade (CEPE-SP).

Durante a pandemia publicou nas redes o conto Noite Longa e, agora, a coletânea de 30 artigos, com textos produzidos durante o período de isolamento, Sobrevivência e resistência. Tempo de pandemia e utopia.

Serviço

Lançamento - 29 de janeiro, às 18h, no Fórum Social Mundial 2021, com debate virtual com os prefaciadores, Marcos Fabrício Lopes da Silva, Doutor e professor em Literatura e José Lima da Silva Filho, advogado e romancista, autor de Tocaieiro Sanguinário, e o autor, Pedro César Batista.

Editora ArtLetras
Preço: R$ 20,00 (E-book)
Informações: pcbatis@gmail,.com ou pelo fone 61 98322 9805

Emprego: Vaga de redator em Brasília


O portal Poder360 e o Drive estão selecionando um jornalista para atuar como redator na cobertura de assuntos do poder e da política. A atuação profissional será em em Brasília.

O profissional deverá demonstrar conhecimento avançado de jornalismo de dados, excelente domínio da língua portuguesa; conhecimento avançado de inglês; habilidade para fazer fotos e vídeos com o celular; ser organizado(a) e responder a e-mails com presteza e estar de acordo com o Código de Conduta, Política de Compliance e com os Princípios Editoriais do Poder360.

Dentre os critérios de seleção está um forte domínio das ferramentas da informática, a saber: conhecimento de planilhas; de Photoshop (edição de imagens), de Adobe Premiere (edição de vídeos) e Audacity (edição de áudio) e habilidade para usar computadores Apple;

O selecionado será contratado com carteira assinadam com base nas regras da CLT, plano de saúde e dental. Os valores do salário e do, vale refeição não são informados, nem a jornada de trabalho, que pela lei deve ser de cinco horas diárias com a possibilidade de duas horas extras de prorrogação.

Em tempos de pandemia, o anuncia ambiente arejado e com distanciamento social na Redação. A empresa fornecerá equipamentos Apple para trabalhar (MacBook, iPhone e iPad). E assegura folga no dia do aniversário do candidato

Lançado há quatro anos, o Poder360 é um veículo jornalístico profissional com sede é em Brasília Tem acordo com o grupo Bandeirantes e seu inclui o jornal digital (de conteúdo aberto), uma newsletter (o Drive, apenas para assinantes pagos), a divisão de pesquisas de opinião (PoderData) e um segmento de eventos (o Poder360-ideias).

Os interessados devem enviar e-mail para vagas@poder360.com.br, com texto biográfico de três parágrafos (no máximo 900 caracteres + espaços), contando por que escolheu ser jornalista, quais são os seus planos profissionais e por que gostaria de trabalhar no Poder360. Junto com o texto, deve ser encaminhado um currículo (anexo em PDF) para. O currículo deve conter, no mínimo, as seguintes informações.