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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Publicidade online ultrapassa a da TV na Grã-Bretanha, diz pesquisa
Da BBC Brasil
Os gastos com publicidade na internet ultrapassaram pela primeira vez os gastos com propagandas na televisão na Grã-Bretanha, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.
De acordo com a pesquisa, feita em conjunto pelas consultorias PricewaterhouseCoopers e Internet Advertising Bureau, os gastos com publicidade online cresceram 4,6% na Grã-Bretanha no primeiro semestre de 2009, enquanto os gastos com propaganda de TV caíram 16,1% no mesmo período.
O total de gastos para propagandas na internet chegou a 1,752 bilhão de libras (cerca de R$ 5 bilhões), enquanto os gastos com propagandas na TV caíram para 1,639 bilhão de libras (R$ 4,7 bilhões).
Os gastos totais com publicidade caíram 16% em comparação ao mesmo período em 2008, segundo o estudo. A pesquisa considerou como publicidade online campanhas por e-mail, anúncios classificados na internet, propagandas com banners e marketing em sistemas de busca.
Migração
Segundo o estudo, a recessão acelerou a migração dos gastos com publicidade dos meios mais tradicionais, como os impressos, rádio e TV, para a internet. Justin Pearse, editor do site especializado New Media Age, diz que o momento econômico difícil levou a uma queda significativa nos gastos com publicidade na TV, que foram superados um ano antes do que o previsto anteriormente.
"Isso aconteceria em algum momento, mas a publicidade online era vista como a prima pobre da publicidade para TV até agora, então isso é um grande acontecimento", diz ele. O estudo diz que empresas de tecnologia são os principais anunciantes na web britânica, com cerca de 19% do mercado, seguidas por companhias de telecomunicação, pelo setor financeiro, por empresas de entretenimento e pelo setor de mídia.
Segundo Guy Phillipson, presidente da Internet Advertising Bureau, as propagandas online como banners "tiveram um desempenho notável em comparação com os similares em TV, meios impressos e rádio". "Temos um ano difícil pela frente, mas mesmo em condições econômicas duras, os publicitários ainda reconhecem o valor, as respostas e a capacidade de mensuração da propaganda online", afirma.
Críticas
Apesar disso, a Thinkbox, a associação de marketing que reúne os principais canais comerciais de TV na Grã-Bretanha, diz que o estudo não compara coisas semelhantes. "O gasto com marketing online é formado por várias coisas, como e-mail, anúncios classificados, banners e, em grande número, publicidade em sistemas de busca. Eles deveriam ser considerados individualmente", argumenta Lindsey Clay, diretor de marketing da Thinkbox.
"A internet é uma tecnologia fantástica e abriga muitas atividades de marketing diferentes que podem fazer coisas diferentes." "Assim, é interessante, mas sem sentido, englobar todo o dinheiro gasto com cada aspecto do marketing online em um grande número e comemorá-lo", diz ela.
Audiência pública no Senado debate PEC que restabelece exigência do diploma
A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) do Senado realiza, nesta quinta-feira (1), audiência pública para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que restabelece a exigência do diploma no Jornalismo. O debate no Congresso Nacional ganhou novos ingredientes com a questão de ordem apresentada pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB/RS) de que cabe ao Senado manifestar se a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a inconstitucionalidade da exigência do diploma é válida nacionalmente.
A audiência pública desta quinta-feira (1º/10) será às 10h, na Sala de Reuniões nº 3 da CCJC, no Anexo II do Senado. Destinada a instruir a PEC 33/09, que "Acrescenta o art. 220-A à Constituição Federal, para dispor sobre a exigência do diploma de curso superior de comunicação social, habilitação jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista”, foram convidados a participar da audiência a FENAJ, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ), a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ).
Questão de ordem
Reforçada pela instalação, no dia 23 de setembro, da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, a reivindicação de que se restitua a obrigatoriedade de diploma em curso superior de Jornalismo para o exercício da profissão ganhou novo apoio com a questão de ordem levantada no mesmo dia pelo deputado federal Ibsen Pinheiro no Plenário da Câmara.
O parlamentar sustentou que o diploma de jornalista não caiu e que a Constituição (inciso X do art. 52) dispõe que só o Senado pode suspender a execução da norma que regulamentou a exigência para o exercício da profissão. A questão de ordem, subscrita também pelos deputados Aldo Rebelo (PCdoB/SP) e Edgar Moury (PMDB/PE) e pelos senadores Valter Pereira (PMDB/MS) e Inácio Arruda (PCdoB/CE), e que provoca o Senado a se manifestar sobre a questão, foi acolhida pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP). Ele comprometeu-se a encaminhar a documentação para a Presidência do Congresso Nacional.
Honduras: fatos que a nossa mídia ignora (Veja o vídeo)
Domingo, 25/9, num show que reuniu milhares de pessoas em Tegucigalpa, capital do país, Oscar fez um discurso que é de deixar qualquer um de queixo caído, não apenas pelo conteúdo como pela capacidade oratória e carisma.
Vê-se que não é um texto decorado e impressiona a articulação de sua fala. Ele bate duro no presidente golpista Roberto Micheletti: Micheletti que te vas, que te vas!
Nossa imprensa que prefere cobrir os gabientes, ignora fatos como este.
Confira abaixo o vídeo
Tv Digital: Venezuela adotará padrão nipo-brasileiro, diz Costa
Abertas inscrições para III Conferência de Comunicação e Tecnologias Digitais
O texto deve ser encaminhado completo, contendo de 20 mil a 35 mil caracteres (com espaços), em formato .doc ou .rtf, já inclusas as referências bibliográficas (padrão ABNT) e eventuais notas de rodapé. Deve conter título, resumo de até 10 linhas e 5 palavras-chave (em português, inglês e espanhol), seguidos de minicurrículo do(s) autor(es) em até 3 linhas, com vinculação institucional e contato eletrônico. O texto deve ser formatado em fonte Times New Roman, corpo 12, entrelinhamento 1,5. Citações com mais de três linhas devem ser redigidas recuadas em corpo 10, espaço simples.
Cada autor pode submeter um trabalho (comunicação individual) e uma co-autoria (comunicação coordenada). Os textos devem ser inéditos. Trabalhos de graduandos só serão aceitos em regime de co-autoria com graduados.
Prazos e seleção
Os textos devem ser encaminhados de 1 de setembro a 2 de outubro de 2009 exclusivamente por meio do endereço eletrônico poscom@metodista.br. Não haverá prorrogação de prazo e a submissão é gratuita. As comunicações que estiverem de acordo com as normas serão avaliadas em seu mérito científico por pareceristas indicados pela comissão organizadora, que observarão a adequação ao tema e a relevância científica. Os trabalhos selecionados serão divulgados no dia 5 de outubro.
A III Conferência Brasileira de Comunicação e Tecnologias Digitais é uma realização do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
STF lança página no YouTube
De acordo com o STF, com esse novo canal de comunicação, as pessoas poderão acessar as informações veiculadas pela TV Justiça sobre as atividades desenvolvidas na cúpula do Poder Judiciário. Um exemplo de conteúdo que estará disponível são os vídeos de julgamentos que acontecem no plenário, assim como os programas produzidos especialmente pela equipe da TV Justiça, administrada pelo STF.
Por meio do acordo serão fornecidas ferramentas tecnológicas desenvolvidas pelo Google com a finalidade de aprimorar a comunicação do STF e do CNJ com a sociedade. As ferramentas também vão possibilitar a criação de projetos e integração dos 15 mil juízes que atuam nas diversas regiões do país. Assim, eles poderão trocar experiências mais facilmente e adquirir mais conhecimento na página do CNJ.
Funcionamento da página
A página entrará no ar com edições gravadas de seis programas da TV Justiça e receberá as novas edições, na íntegra, mas divididas em blocos de até 10 minutos, em média, depois que forem exibidas pela TV. Somente um dos programas, o Saber Direito, será postado em blocos de uma hora.
A página já conta com aproximadamente 250 vídeos e será abastecida semanalmente com as novas edições dos seis programas, exibidas em primeira mão na TV Justiça. Nesse primeiro momento, estarão disponíveis edições dos seguintes programas: Carreiras, Cortes Supremas, Iluminuras, Refrão, Repórter Justiça e Saber Direito.
As sessões plenárias também poderão ser vistas pelos internautas, assim como o programa Síntese, que traz um resumo das sessões de cada semana. A previsão é de que, em breve, sejam incluídos os vídeos de julgamentos históricos do tribunal e, no futuro, todos os julgamentos do plenário da Corte, assim como as audiências públicas realizadas. O objetivo é também poder incluir todos os 19 programas produzidos pela TV Justiça no STF.
O usuário do YouTube poderá realizar a pesquisa por assunto, ou organizar os vídeos por data de inclusão, pelos mais vistos ou pelos mais bem avaliados. A página oferecerá links para as páginas da TV e da Rádio Justiça, além do site do CNJ.
Brasil Econômico chega às bancas no dia 8 de outubro
A edição número um do novo jornal de economia chega às bancas no dia 8 de outubro e será comemorada com um almoço em São Paulo, do qual deve participar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Circula em 8 de outubro a edição número um do jornal Brasil Econômico. A apresentação oficial do título do grupo português Ongoing será feita em almoço no Hotel Unique, em São Paulo, para o qual é aguardada a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, o lançamento para o mercado publicitário ocorrerá em 6 de outubro, durante o MaxiMídia, quando circulará uma edição especial.
Criadas pela MPM, as primeiras campanhas institucional e de assinaturas estreiam no dia 4, com veiculação nacional em TV aberta e paga, mídias impressa e indoor em aeroportos e peças para internet. Com a definição, na semana passada, de Marco Panza (ex-Gazeta Mercantil) para a direção de publicidade legal e financeira, ficou completo o primeiro escalão da equipe comercial comandada por Heitor Pontes, que tem ainda Gian Marco La Barbera (ex-Neogama/BBH) no marketing.
UFRN contrata professor de semiótica
O edital está disponível aqui
Informações:DECOM-UFRNdecom@cchla. ufrn.br (84) 3215-3561 / 3215-3562
Honduras: Repórteres sem Fronteira denunciam o fechamento de duas emissopras e agressões a jornalistas
"Até onde irá o governo golpista? Roberto Micheletti corre sérios riscos de figurar entre os predadores da liberdade de imprensa. O presidente interino já afirmou estar disponível para suspender o decreto que instaurou o estado de exceção, logo no dia seguinte à sua promulgação. Consideramos que esse anúncio não terá nenhum valor se a Radio Globo e o Canal 36 não recuperarem imediatamente suas freqüências e equipamentos, e se a repressão não parar, em particular contra os defensores dos direitos humanos", declarou Repórteres sem Fronteiras.
No decorrer do confisco do equipamento de Radio Globo, um jornalista guatemalteco do canal mexicano Televisa, Ronny Sánchez, queixou-se de ter recebido golpes por parte dos policiais presentes. As forças da ordem também se comportaram com brutalidade com o seu colega e compatriota Alberto Cardona, de Guatevisión.
"A situação repressiva é pior que nos anos 80, na época do processo de segurança nacional. Nesse período, as liberdades públicas estavam garantidas oficialmente. Agora que elas já não existem, e os militares podem fazer o que bem desejarem. A situação sanitária se torna cada vez mais alarmante e a comunidade internacional também deve se mobilizar sobre essa questão", confiou a Repórteres sem Fronteiras Bertha Oliva de Nativí, coordenadora geral do Comitê de Familiares de Detidos e Desaparecidos em Honduras (Cofadeh), cujas instalações foram invadidas pela polícia no dia 22 de setembro.
Repórteres sem Fronteiras pede à comunidade internacional, com o Brasil e os Estados Unidos à cabeça, que exija ao governo de facto que permita o acesso ao território de uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA), para que esta possa obter a libertação dos opositores, jornalistas e defensores dos direitos humanos atualmente detidos.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Unesco procura jornalista para trabalho temporário
Os jornalistas interessados têm apenas até amanhã, dia 29/09/2009, para enviar os CVs .
(Pra variar os órgãos da ONU difundem seus editais em cima da hora e com pouca visibilidade)
O candidato deverá ter nível superior completo em Comunicação Social com habilitação em
Jornalismo, experiência profissional de no mínimo 05 anos em reportagem, edição e assessoria de comunicação e no desenvolvimento de reportagens internacionais. Domínio oral e escrito das línguas portuguesa e inglesa e conhecimento de Organismos Internacionais ou agências das Nações Unidas.
O trabalho a ser desenvolvido é o de elaborar notas para boletim eletrônico específico da CONFINTEA VI, produzir textos sobre a CONFINTEA VI para o site específico da Conferência assim como para os veículos internos da UNESCO e de parceiros do evento; elaborar press releases, avisos de pauta e resumos-executivos sobre pesquisas referentes ao evento.
O Curriculo deve ser enviado até amanhã, 29/9, para o e-mail thais.pires@unesco.org.br
O edital completo está disponível aqui
Honduras: Informe de Repórteres sem Fronteiras denuncia fim da liberdade de imprensa
LOS MEDIOS QUEDAN A MERCED DE UN CIERRE TOTAL
Cuando se cumplen exactamente tres meses del golpe de Estado del 28 de junio de 2009, en Honduras las libertades públicas no son más que palabras vanas. En la noche del 27 de septiembre de 2009 el gobierno de facto firmó un decreto prohibiendo cualquier reunión pública "no autorizada" y dando poder a las autoridades para cerrar los medios de comunicación que "atenten al orden público". El gobierno golpista intenta justificar dichas medidas diciendo que son para contrarrestar lo que considera las "llamadas a la insurrección" de Manuel Zelaya, quien invitó a sus simpatizantes de las provincias a "marchar sobre la capital".
"Ya no falta nada en la panoplia dictatorial de un gobierno llegado al poder por la fuerza y sordo a los llamamientos de la comunidad internacional. Las pocas informaciones que permanecían al margen del control de la administración Micheletti podrían desaparecer en cualquier momento, después de tres meses de repetidas suspendiones e intimidaciones a los medios críticos con el golpe de Estado", ha declarado Reporteros sin Fronteras.
El decreto del Estado de sitio, que en teoría tiene que revalidar el Congreso, establece que la situación va a durar cuarenta y cinco días. Existen grandes motivos para temer que pueda degenerar en una mayor represión y menor seguridad para el pueblo en general y los periodistas en particular; el 27 de septiembre, el sacerdote Ismael Moreno, director de Radio Progreso, manifestó haber recibido amenazas de muerte en mensajes llegados a los teléfonos móviles del personal de la emisora, en los que se promete una cantidad de dinero a cambio de su ejecución.
"Consideraremos al gobierno de facto responsable de la menor agresión que puedan sufrir el padre Ismael Moreno y su redacción", ha añadido Jean-François Julliard, secretario general de Reporteros sin Fronteras. El personal de Radio Progreso ha indicado que unos agentes de policía apostados, en los alrededores de la sede, están haciendo localizaciones antes de proceder al cierre total del medio.
La lista, no exhaustiva, de los medios de comunicación amenazados de cierre incluye a Radio Globo, Canal 36, Radio Uno, El Libertador, Cholusta SUR, así como la lista de difusión de la sociedad civil RDS (Red de Desarrollo Sostenible). La Comisión Nacional de Telecomunicaciones (Conatel) ha notificado a la RDS que está autorizada a inspeccionar y suspender todas las actividades registradas en el dominio (.hn). La medida podría permitir a la Conatel controlar toda la información enviada por Internet, no solo la de los medios de comunicación sino también la de cualquier otra organización civil con sede en Honduras.
Finalmente, el caos que impera en el país va acompañado de detenciones ilegales de periodistas. Agustina Flores, de Radio Libertad, lleva detenida desde el 22 de septiembre de 2009 por las fuerzas del orden. Ha sufrido violencia. Había cubierto en directo varias manifestaciones, presentando testimonios de la violencia de la represión.
João do Rio é tema de curso na Uerj
domingo, 27 de setembro de 2009
Revista Cultura y Representaciones Sociales disponível na Internet
Veja aqui os temas.
- Pierre Bourdieu (1930-2002) leído de otra manera Crítica social post-marxista y el problema de la singularidad individual. Por Philippe Corcuff _PDF
- Multiculturalismo y educación. Por Ernesto Díaz Couder Cabral_PDF_
- Los textos escolares como formadores de imaginarios territoriales en Argentina. Una mirada sobre los espacios marítimos. Por María Cecilia Rigonat _PDF_
- La Huasteca chilanguense. Por José Luis Flores Torres_PDF_
- Relatos de vida productiva alrededor del maíz. Por Norma Georgina Gutiérrez Serrano_PDF_
- Proyecto Bará: reflexiones en torno a la abyección y el vínculo cuerpo/danza/teoría. Por Elsa María Cristina Mendoza Bernal _PDF_
- Comentarios y glosas en torno a Modernities de Peter Taylor. Por Guillermo A. Peimbert Frías _PDF_
Uso da mídia - Pesquisa aponta crescimento do rádio web nos EUA
No âmbito da imprensa semanal, as revistas aumentaram a penetração de 1.6% para 2.1%, as publicações gratuitas (Free shopper newspapers) passaram de 2.2% para 2.9%. A imprensa local semanal, porém, segue a tendência dos jornalões: caiu de 5.1 % para 4.4%.
Pela ordem, televisão, jornais diários e o rádio são os veículos com maior credibilidade
Veja abaixo, em inglês o artigo com a pesquisa completa.
Media Usage Study: Online and Radio Up, TV Still Most Credible
by: Marketing Charts September 24, 2009
Americans are increasingly turning to online and radio sources for news and information, while at the same time they are relying less on daily newspapers and TV, according to (pdf) a media use and credibility survey commissioned by ARAnet and conducted by Opinion Research Corporation.
Daily newspaper usage dropped 4.1% and TV usage dropped 3.6%, while radio usage increased 2.9% and online usage increased 1.9%, the study found.
Credibility ratings for nearly all types of media except TV rose slightly from a year ago. TV is, however, still deemed to be most credible.
The national study of US adults, now in its second year, measured the percentage of news and information Americans receive from various media sources each month. Consumers reported getting 31% of their news and information from TV, and 19.4% from both radio and daily newspapers.
The media-use rankings from the survey, compared with last year’s results:
- Television: 31.1% (down from 34.7% a year ago)
- Daily newspaper: 19.4% (down from 23.5%)
- Radio: 19.4% (up from 16.5%)
- Online: 14.6% (up from 12.7%)
- Weekly community papers: 4.4% (down from 5.1 %)
- Free shopper newspapers: 2.9% (up from 2.2%)
- Magazines: 2.1% (up from 1.6%)
ARAnet, revealed a trend toward increased use of online sources for news and information among the college educated, Hispanics and those making more than $100K per year, compared with the general population.
Not surprisingly, the research also found that the younger the respondent, the more reliant that person was on online sources.
Key demographic differences:
Respondents with household incomes of $100K or more receive considerably more news and information from online sources (23.1% vs. 14.6% for the general population).
College grads report using online sources more frequently (20.0%).
Adults ages 18-34 report the highest reliance on online sources (22.2%).
Hispanics are more likely to prefer online sources (21.0%).
“The data showing an increase in online use and drop in daily newspaper consumption echoes what we’re hearing from consumers and media partners,” said Scott Severson, president of ARAnet. “Consumers want more of their information online.”
TV Drops Slightly, Still Most Credible
The was designed to gauge which media sources Americans view as the most credible sources of news and information. With the exception of TV, which dropped a tenth of a rating point, all media types stayed steady or increased slightly in credibility from a year ago.
The survey asked respondents to assign credibility scores to seven types of media, ranging from one for “not at all credible” to 10 for “extremely credible. Credibility scores:
- Television: 6.5 on a scale of one-to-10 (down .1 from a year ago)
- Daily newspaper: 6.3 (same as last year)
- Radio: 6.3 (up .3 from a year ago)
- Online: 5.7 (up .1)
- Weekly community papers: 5.4 (up .2)
- Magazines: 4.9 (up .3)
- Free shopper newspapers: 4.3 (up .8)
Other survey findings:
Respondents with annual household incomes of $100K and above trust online sources considerably more than the general population (giving online a 6.5 rating, compared with the 5.7 rating by the general population).
Higher-income respondents also view daily newspapers as more credible (6.8 vs. the 6.3 overall rating).
About the survey:
The survey was conducted with 1,000 US adults, ages 18+. It was conducted by phone September 10-13, 2009.
América Latina dá passos para a democratização da comunicação
Novos caminhos para a democratização da comunicação na América Latina começam a ser trilhados. Exemplo disso é a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação no Brasil e o polêmico projeto de Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, apresentado pela presidente argentina Cristina Kirchner. O argentino Guillermo Mastrini, em entrevista a este e-Fórum, avalia que essas iniciativas são reflexo das mudanças no contexto político da América Latina (AL).
Guillermo Mastrini, licenciado em Ciências da Comunicação e docente da Universidade de Buenos Aires (UBA) e da Universidade Nacional de Quilmes, considera que a caminhada para a democratização dos meios ainda é longa, mas que nunca antes a participação da sociedade civil foi tão ativa. Hoje, na América Latina, garante ele, uma maioria de governos moderadamente de esquerda ou de centro-esquerda, está disposta a buscar, ainda que lentamente, uma outra configuração dos sistemas de comunicação. Em entrevista concecida ao e-Fórum, o professor e autor do livro “Los dueños de la palabra”, lançado na última sexta-feira (18), em Buenos Aires, fala sobre a nova lei argentina de comunicação audiovisual, a concentração dos meios, a necessidade de políticas públicas e a luta por uma comunicação mais democrática. Leia a seguir:
O projeto da nova Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual (confira aqui), aprovado no último dia 17 pela Câmara dos Deputados da Argentina, vem gerando polêmica. Qual a sua avaliação sobre o projeto?
Para ler o restante deste artigo, clique aqui
CINEMA/TV: Filme "Lula, o filho do Brasil" vai virar também minissérie
Barreto diz que tentará manter na versão televisiva atores do filme, que é baseado no livro de Denise Paraná. Alguns deles, como Glória Pires, têm contrato com a TV Globo. A minissérie, contudo, ainda não tem emissora definida. "Estou conversando com algumas, há muito interesse, mas não fechei com ninguém. Mas será, com certeza, um projeto para TV aberta", diz Barreto. Segundo o diretor, a minissérie só irá ao ar depois das eleições presidenciais do fim do ano, diferentemente do filme. O orçamento da série está calculado por Barreto em R$ 15 milhões, quase o mesmo do longa-metragem. Nem o filme nem a série terão Lula na Presidência da República. Ambos mostrarão a vida de Lula desde Caetés, no interior pernambucano, até os momentos que antecederam a fundação do PT.
Pantanal
No embalo da minissérie sobre a vida de Lula, Fábio Barreto ressuscitou outro projeto de TV: uma minissérie sobre o Marechal Cândido Rondon, planejada há três anos, com cenas gravadas no Pantanal. "Mas estou readaptando, de 20 para quatro capítulos, com orçamento de R$ 4,5 milhões em vez de R$ 10 milhões. Já tenho patrocínios como Correios e Eletrobrás", diz ele, que inicialmente exibiria o programa na Rede TV!. "Pode ser lá, mas não está nada certo."
sábado, 26 de setembro de 2009
Opinião - Honduras: Jornalismo de resistência
Os jornalistas noticiam dia e noite tudo o que acontece no país. As mobilizações populares, as reuniões, os debates.
Nada é mais animador do que acompanhar a cobertura jornalística da Rádio Globo de Honduras nestes dias de golpe de estado. Primeiro porque a equipe chefiada por Don David Romero imediatamente tomou posição: contrária ao golpe. Claramente, sem vacilação. E depois, pela postura jornalística que esta mesma equipe tomou ao longo destes meses. Os jornalistas noticiam dia e noite tudo o que acontece no país. As mobilizações populares, as reuniões, os debates. Eles abrem o microfone para todas as vozes, mesmo as golpistas.
A rádio Globo e toda sua equipe está sendo nestes dias um ponto de apoio para toda a população. As pessoas confiam nos repórteres, ligam dos cantos mais remotos do país, passam informações, chamam seus companheiros para mobilizações. Usam a rádio como um espaço democrático e participativo de união e mobilização. E os jornalistas não se furtam a passar sua opinião sobre os atos dos golpistas.
Hoje, dia 22 de setembro, eram cinco horas da manhã quando o exército hondurenho chegou diante da embaixada brasileira e ali estavam os repórteres da Rádio Globo, relatando tudo. E mais, chamando o povo a sair de casa, a vir para a rua e se manifestar em apoio da legalidade constitucional, que é o retorno de Zelaya ao governo. Para quem vive num país onde a maioria dos jornalistas é cortesã do poder, este é um momento de pura emoção. Os jornalistas hondurenhos, pelo menos os da rádio Globo, estão do lado da maioria das gentes. Eles não ficam protegidos pelo exército golpista. Eles ficam no meio do povo, correndo os mesmos riscos.
Naquelas primeiras horas da manhã, as gentes que vivem longe da capital, congestionavam as linhas da rádio para passar informação. O país inteiro se expressa pelas ondas livres desta emissora que, apesar de privada e pertencer a um liberal, encontrou no seu corpo jornalístico o esteio onde amparar a realidade vista pelos olhos do povo.
Para nós, que somos informados pelo jornalismo entreguista e amorfo das grandes redes do Brasil, ouvir a Rádio Globo de Honduras é quase como sorver o néctar daquilo que devia ser o jornalismo em todos os lugares. Um fazer absolutamente encarnado na vida real, das maiorias, do povo. Um espaço de expressão de todas as vozes e não só de algumas. A equipe de jornalistas da Rádio Globo me enche de orgulho de ser o que sou: jornalista. Alguém comprometido e parcial. Porque não dá para ser neutro diante de um golpe ou diante da destruição da vida das gentes. Que vivam os jornalistas de Honduras, uma categoria que tem o amor e a confiança do povo. Coisa rara e por isso digna de nota.
As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores
Globo e Record têm concessões renovadas sem debate público
Por Jacson Segundo, do Observatório do Direito à Comunicação , publicado, em 21/09/2009, no Jornal do Brasil de Fato
As concessões de TV de quatro emissoras da Rede Globo e duas da Record foram oficialmente renovadas na última quinta-feira (10) pelo Congresso Nacional. Assim, as duas empresas ganham permissão para transmitir suas programações por mais 15 anos. No caso da Globo, esse prazo vai até 2022 e da Record, até 2013. Assim como acontece com os outros processos de renovação de outorga na radiodifusão, não houve a participação dos mais interessados no assunto: o público.
As renovações em questão ganham ainda mais importância por se tratarem de emissoras próprias das duas empresas, que respondem hoje por mais de 60% da audiência de TV no país. Além disso, nos dois casos as outorgas renovadas são para as chamadas “cabeça-de-rede”, que centralizam maior parte da produção que é transmitida pelas afiliadas espalhadas pelo país. As emissoras da Rede Globo cujas concessões foram renovadas ficam em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Já as da Record estão situadas no Rio e em Itajaí (SC).
A análise dos processos, que passam por dois ministérios – o das Comunicações e a Casa Civil – e pelo Congresso Nacional, durou pouco mais de dois anos. Este prazo contrasta com a morosidade registrada para os demais processos de renovação. Há casos de emissoras funcionando com licença vencida há mais de 10 anos.
O fato de essas emissoras influenciarem quase toda a população brasileira parece não ter sido motivo suficiente para uma análise menos burocrática e mais transparente de seus pedidos de renovação das outorgas. Na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara Federal - uma das principais instâncias que analisam esses casos -, por exemplo, a aprovação das renovações foi unânime. A participação da sociedade no processo se restringiu a uma Audiência Pública na Câmara, em novembro de 2008, que tratou da renovação de um conjunto de várias licenças, entre elas as da Globo e Record.
Par ler o restante desta matéria, clique aqui
O NEGRO NA MÍDIA
Discriminação racial e o uso estratégico dos dados dos censos foram temas de seminários de jornalistas afrodescendentes em Porto Alegre
"Historicamente os meios de comunicação têm reproduzido o racismo no Brasil". Esta é apenas uma das conclusões dos 120 participantes que lotaram o auditório da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) durante o Seminário Estadual O Negro na Mídia: a Invisibilidade da Cor e o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Censos de 2010, realizados em Porto Alegre nos dias 17 e 18 de setembro. Mais de 120 participantes compareceram aos eventos que integram a programação dos 67 anos do Sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul.
O presidente da entidade, José Maria Nunes, ressaltou a importância de promover discussões sobre o tema. "Encontros como este são fundamentais para multiplicar as informações relativas à discriminação em relação aos colegas negros que enfrentam inúmeras dificuldades para se colocarem no mercado de trabalho. Mas, também porque é preciso alertar a sociedade sobre esta questão, que é invisível na mídia e por extensão na sociedade".
Nunes lembrou que a data do seminário também é de extrema importância para os jornalistas porque neste dia completa exatamente três meses da decisão do STF que abolia a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. "Esta é uma decisão que atinge a todos e fundamentalmente aos jornalistas negros, pois se já é difícil um emprego tendo diploma, imaginem sem a obrigatoriedade do mesmo".
O presidente do Sindicato dos Jornalistas lembrou que é fundamental a participação dos representantes dos núcleos de afrodescendentes na Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada em Brasília nos dias 1, 2 e 3 de dezembro. O presidente da ARI, Ercy Torma, afirmou que a realização do evento é uma honra para a entidade, que foi criada em 1935 e sempre esteve presentes nas discussões de temas relevantes para a sociedade gaúcha.
Já Valdice Gomes da Silva, da Comissão de Igualdade Racial de Alagoas, diretoria da FENAJ e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas, lembrou que havia um discurso no meios das empresas de comunicação de que o negro não produzia, não trabalhava. "Criamos o nosso grupo, com um site e podemos observar a quantidade de material que é postado, desmontando este argumento. Na verdade, o que nós todos sabemos é que os veículos de comunicação deste país reproduzem o racismo", avaliou.
Alerta para discriminação racial e exclusão de jornalistas negros na mídia brasileira
José Carlos Torves, diretor do Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), advertiu os presentes para a importância da realização de pesquisas científicas, no sentido de colher dados confiáveis para que os mesmos sejam utilizados das mais diversas formas, tanto nos trabalhos acadêmicos quanto em estudos voltados às políticas democráticas e que buscam a igualdade social.
Torves lembrou que para a realização deste seminário foi necessário percorrer um longo caminho até sua realização e que o mesmo deve acontecer em relação a 1ª Conferência Nacional de Comunicação. "A Conferência vai acontecer, apesar de todos os boicotes por parte dos representantes dos grandes veículos de comunicação de massa do país, e, de imediato, nada vai mudar, porque trata-se de uma luta de grandes proporções e de muita paciência e de empenho".
O representante da FENAJ foi enfático ao lembrar da importância das pesquisas. "Quando elaboramos o livro a Invisibilidade do Negro na Negro, aqui no Sindicato dos Jornalistas do RS, sabíamos que os negros não ocupavam espaços nas redações e principalmente nas mídias de imagem como a TV, porém quando recebemos os dados oficiais da pesquisa, elaborada pelo Departamento de Sociologia da PUC, e constatamos que em todo o Rio Grande do Sul havia apenas 5% de apresentadores ou repórteres negros. Portanto, com os dados foi possível constatar que o nosso estado é um dos que mais discrimina.
Políticas afirmativas
Outra palestrante, Maria Inês Barbosa, coordenadora do programa de Gênero, Raça e Etnia do UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas) Brasil e Cone Sul, lembrou que durante muitos anos prevaleceu no mundo "uma supremacia branca e eurocêntrica.
A representante do UNIFEM foi enfática ao afirmar que é preciso rescrever a história e citou um pensamento de Martin Luther King: "para abrir as feridas, primeiro é preciso aceitar que existem feridas".
Na opinião de Maria Inês, uma das formas de rescrever a história é promover e implementar políticas afirmativas. "Estamos promovendo uma série de políticas públicas para redução da pobreza e também de para promoção da igualdade de gênero e raça. Temos cursos de capacitação em 11 universidade brasileiras", concluiu.
Refletir sobre o racismo
A equatoriana Sonia Viveros foi a primeira a falar na continuação do encontro. Ela ressaltou a importância de reconhecer a existência do racismo, por parte dos governos e organismos internacionais, principalmente em convenções e acordos. Para ela, este reconhecimento significa um grande avanço para o povo negro. Outra questão abordada por Viveros diz respeito ao uso estratégico das estatísticas oficiais para desmantelar a discriminação racial, por meio das variações é tnicas.
"Temos como objetivo incidir sobre os institutos de estatísticas para incorporar perguntas de autoidentificação étnico-racial que contabilizem qualitativamente quantitativamente os afrodescendesntes nos países da América Latina e Caribe", afirmou.
A equatoriana argumenta que é preciso refletir sobre o racismo, porque ele se constitui em um dos fundamentos para a estruturação e hierarquização racial das sociedade, colocando os afrodescendentes nas posições mais baixas da pirâmide social, política e econômica.
Espaços de afirmação
Esaúd Urrutia Noel é jornalista e presidente da Associação Nacional de Jornalistas Afrocolombianos (Colômbia) e diretor da Revista Ébano Latinoamérica. Noel falou das experiências de comunicação, voltadas à população afro, que são realizadas na Colômbia, com a publicação de revistas, jor nais, boletins e programas de rádio e TV. Nestas experiências se dá visibilidade ao povo negro, valorizando as mais diversas iniciativas como forma de amenizar a imagem negativa que durante anos foi passada pelos meios de comunicação de massa para o imaginário coletivo.
Esaúd afirmou que foram esforços importantes, capazes de garantirem um salto de qualidade que permitiu maior impacto sobre a opinião pública no país. Bogotá, como a capital da Colombia, deu exemplos de como criar espaços de afirmação e inclusão, com diálogos e políticas públicas para melhorar a situação das comunidades pobres, por meios de comunicação diferenciada. Esaúd afirma que a Associação de Jornalistas Afrocolombianos está decidida a abrir fronteiras para criar espaços para a divulgação de informações de interesse ao povo negro, possibilitando a realização de encontros de jornalistas de toda a América.
Evolução histórica
Para Elói Ferreira, secretário-adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promação da Igualdade Racial (SEPPIR), o tema da invisibilidade é determinante para o país. Ferreira fez um apanhado de datas e traçou a evolução e as conquistas dos negros na sociedade. Os primeiros negros chegaram ao Brasil em 1511, nos porões do navios. Há uma data que é o Dia de Consciência Negra que é uma referência ao extermínio do Quilombo de Palmares, no dia 20 de novembro de 1695, ocasião em que os negros que vivam neste locais foram exterminados. Ferreira contou que quando era menino o dia 13 de maio tinha um grande significado, porque era a data referente à Abolição da Escravatura.
"Temos que ter consciência que a abolição da escravatura foi um dos maiores movimentos políticos do país. Naquele 13 de maio de 1888, a Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro, que era capital do país, foi cercada pela população que queria o fim da escravidão. Havia uma grande campanha abolicionista nas ruas, na época", diz.
O secretário-adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial informou que o primeiro censo realizado no país foi em 1872 e contabilizou 1,6 milhões de escravos, negros ou pardos. Ele ainda fez referência ao ano de 1950, quando o racismo tornou-se um crime, uma contravenção penal. Já no período da ditadura militar não houve nenhum avanço no Brasil, porque os militares consideravam que não existia racismo no Brasil, não havia censo e tema não interessa ao Brasil. Mas o movimento negro ressurge junto com o movimento sindical nos anos 80 e uma da vitória foi a criação da lei 7.716 que torna o racismo crime inafiançável?, lembra.
Elói Ferreira cita ainda outras vitórias do movimento negro: o direito de titulação das terras de remanescentes de quilombos, a criação da Fundação Palmares, o decreto do presidente FHC que determina a ocupação de cargos públ icos por negros, como forma de reparação histórica, além da a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promação da Igualdade Racial (SEPPIR), já no governo Lula.
Censo e recursos públicos
O representante da Seppir considera que o censo é fundamental para determinar a dotação orçamentária para as políticas públicas voltadas à reparação em relação ao negros e também como forma de superar as desigualdades criadas ao longo dos 350 anos de escravidão. Um processo discriminatório que estabeleceu a partir da chegada no Brasil dos primeiros negros e que apesar dos avanços é necessário fazer muito mais, definiu.
Ana Lúcia Sabóia, socióloga e chefe da Divisão de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explicou que a partir de ano 2000 se consolidou a publicação anual do IBGE. Era a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) - "Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira, que incluia um capítulo específico sobre desigualdades raciais, analisando diversos indicadores socio-econômicos relativos a educação, renda, organização familiar, entre outros." Esta publicação tem tido bastante repercussão nacional e se converteu numa referência em matéria de informações e estudos das desigualdades raciais no país, afirma Sabóia, lembrando que a SIS 2009 será divulgada em 9 de outubro próximo.
Avanços para o Censo de 2010
A representante do IBGE considera um grande avanço a inclusão da pergunta de classificação racial, no questionário básico do Censo Demográfico de 2010, e que será aplicada em todos os domicílios do país. Ela informa que para a categoria indígena, se perguntará também a etnia e a língua falada. A finalidade é obter informações atualizadas acerca do processo social de construção e utilização das categorías de clasificação racial.
Sabóia lembra que em 2008 foi implementada uma pesquisa sobre as Características Étnico-Raciais da População. Trata-se de uma proposta de investigação inédita no IBGE quanto ao seu conteúdo, abrangência e metodología, observa, afrimando que os resultados desta investigação serão utilizados para pensar uma possível revisão do atual sistema de classificação racial do IBGE.
A socióloga diz que entre os objetivos da pesquisa estão questões importantes como levantar as dimensões mais relevantes da categorização por cor ou raça das pessoas, respeitando rigorosamente o princípio da auto-declaração como forma exclusiva de identificação. Neste sentido, a pesquisa traz uma inovação metodológica: a seleção exclusiva de um entrevistado por domicílio que responde sobre a sua identificação racial.
Outra intenção, segundo a chefe da Divisão de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é compreender o processo social de construção e utilização das categorias de identificação étnico-racial da população brasileira, além de fornecer uma base empírica que permita subsidiar a elaboração de uma proposta alternativa para aprimorar o atual sistema de classificação de cor/raça utilizado nas pesquisas do IBGE.
Contra-ponto
Rosane Borges, jornalista, doutora em Comunicação pela ECA/USP e secretária executiva da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) fez questão de fazer um contra-ponto à afirmação de Elói Ferreira, secretário-adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em relação à importância do 13 de mais. Para Rosane, o momento é de conquista, porém é extremamente constrangedor o trabalho para desconstituir os avanços do negro na sociedade. Na minha opinião, o 13 de maio é um marco histórico vergonhoso. Quando pensamos a questão contemporânea do negro, quando pensamos em censo, pensamos em um retrato de uma realidade".
Rosane lembrou aos participantes da força do negro brasileiro: "somos um exército e estamos incidindo na opinião pública de forma positiva, com alegria, com trabalho, com cultura". Ela citou a questão das cotas e os argumentos utilizados por quem é contrário às mesmas. "Tentam tratar a questão como estrutural para esconder o racismo. Um dos argumentos é de que com as cotas o nível da educação vai baixar. Outra é de que estamos disseminando o ódio racial, o que é um absurdo", finalizou.
Inscrições abertas para festival estudantil de animação
Durante o evento são realizadas mostras competitivas e as não-competitivas, com participação de profissionais brasileiros. A mostra é subdivida em 3 categorias: estudantes do ensino médio/fundamental, estudantes universitários e estudantes internacionais. A votação é feita por júri oficial e popular.
Os primeiros colocados eleitos pelo júri oficial nas categorias "universitários" e "ensino médio/fundamental" receberão o troféu Futura-Anim!Arte (parceria do festival com o canal Futura) e premiação em dinheiro de R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
Mais informações e inscrições aqui.
Ibope/Nielsen divulga ranking da Internet brasileira
O Ibope Nielsen Online divulgou segunda, 22/9, o ranking das 10 marcas da internet brasileira. O instituto diz que não recomenda a divulgação, por parte de seus clientes, de ranking deste tipo, já que seria possível gerar inúmeros rankings, sob variados critérios, incluindo ou não aplicativos, por empresas controladoras, por marcas, por sites, por domínios ou por categorias.
O Ibope Nielsen Online afirma que está publicando o ranking excepcionalmente neste mês "visando dar ao mercado uma visão completa do panorama atual".
A medição mostra que em agosto, 37,3 milhões de pessoas usaram a Internet no trabalho ou em residências, crescimento de 2,3% sobre os 36,5 milhões registrados no mês de julho. A quantidade de pessoas com acesso no trabalho ou em residências, que era de 44,5 milhões, cresceu 5% e chegou a 46,7 milhões.
A projeção divulgada do número de pessoas com acesso à Internet em qualquer ambiente (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas e telecentros), considerando os brasileiros de 16 anos ou mais de idade com posse de telefone fixo ou móvel, é de 64,8 milhões. Considerando apenas os internautas residenciais, o crescimento mensal do número de usuários ativos em agosto foi de 5,4%, atingindo a marca de 29 milhões de pessoas. Em relação a agosto de 2008, a evolução foi de 19%. O tempo de navegação por pessoa em residências chegou a 30 horas e 33 minutos. O número de pessoas que moram em domicílios em que há a presença de computador com internet cresceu para 42,2 milhões.
O Ibope Nielson divulgou dois rankings, um considerando aplicativos e outro desconsiderando a audiência através de aplicativos de acesso.
Veja os ranking abaixo.
Painel de residências e local de trabalho - 10 marcas, incluindo aplicativos - agosto de 2009:
* 1º - Google, com audiência única de 34,173 milhões de pessoas;
* 2º - MSN/WindowsLive/Bing, com audiência única de 32,579 milhões de pessoas;
* 3º - Orkut, com audiência única de 27,893 milhões de pessoas;
* 4 º - UOL, com audiência única de 27,685 milhões de pessoas;
* 5 º - Microsoft, com audiência única de 25,700 milhões de pessoas;
* 6 º - iG, com audiência única de 23,999 milhões de pessoas;
* 7 º - Globo.com, com audiência única de 22,918 milhões de pessoas;
* 8 º - Terra, com audiência única de 22,776 milhões de pessoas;
* 9 º - YouTube, com audiência única de 22,434 milhões de pessoas;
* 10 º - Yahoo! , com audiência única de 21,871 milhões de pessoas.
Painel de residências e local de trabalho - 10 marcas, excluindo aplicativos - agosto de 2009:
* 1º - Google, com audiência única de 34,137 milhões de pessoas;
* 2º - Orkut, com audiência única de 27,893 milhões de pessoas;
* 3º - MSN/WindowsLive/Bing, com audiência única de 27,707 milhões de pessoas;
* 4º - UOL, com audiência única de 27,685 milhões de pessoas;
* 5º - iG, com audiência única de 23,999 milhões de pessoas;
* 6º - Globo.com, com audiência única de 22,918 milhões de pessoas;
* 7º - Terra, com audiência única de 22,776 milhões de pessoas;
* 8º - YouTube, com audiência única de 22,434 milhões de pessoas;
* 9º - Yahoo!, com audiência única de 21,781 milhões de pessoas;
* 10º - Blogger, com audiência única de 19,134 milhões de pessoas.
Comissão da Câmara aprova PEC que destina 2% do orçamento da União à cultura
Foi aprovado o substitutivo do deputado José Fernando Aparecido de Oliveira (PV-MG), que destina à cultura 2% dos impostos federais, 1,5% dos estaduais e distritais e 1% dos municipais. Porém, dentro dos 2% de responsabilidade da União 20% deverão ser destinados aos estados e ao Distrito Federal e 30% para os municípios.
A matéria segue para análise do Plenário.Também foi aprovada, desta vez pela Comissão de Educação da Câmara, o projeto que institui o Plano Nacional de Cultura, que dá marco legal para as políticas da área pelos próximos 10 anos.
Unieuro lança pós em Produção e Gerenciamento de Mídias Digitais
O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Jornalismo Online: Produção e Gerenciamento de Mídias Digitais do UNIEURO tem como objetivo aprimorar o conhecimento dos profissionais envolvidos no universo da comunicação, com ênfase no desenvolvimento das melhores práticas do jornalismo na produção de conteúdos online e no gerenciamento de sites e outras plataformas digitais. O curso vai trabalhar conhecimentos atuais e úteis no cotidiano dos profissionais que pretendem atuar no universo digital, navegando pelos meandros do jornalismo online para desvendar as consequências e os desdobramentos da convergência das mídias. O estudo e o debate dos aspectos mais "quentes" e instigantes do tema também vão melhorar a compreensão dos alunos sobre o universo digital e suas implicações sociais e políticas, aprimorando sua visão crítica sobre o assunto.
Públicos Preferenciais
Jornalistas, publicitários, assessores de comunicação, profissionais das áreas correlatas, e todos os graduados que estejam interessados em aprender a produzir e gerenciar produtos de cunho jornalístico e informativo nas mídias digitais constituem nossos públicos preferenciais. Funcionários públicos ligados direta ou indiretamente aos processos da comunicação e informação completam o universo dos públicos possíveis. Afinal de contas, tanto os focas como os profissionais traquejados precisam atualizar seus conhecimentos sobre as mídias digitais.
O curso tem duração de 15 meses, ( 400 horas, sendo 360 horas de conteúdo e 40 horas para o Trabalho de Conclusão de Curso ), sendo 10 meses de aulas presenciais e cinco meses para o desenvolvimento do TCC. As aulas serão realizadas na Unidade Asa Sul, às terças-feiras (19h00 às 23h00) e aos sábados (9h00 às 13h00 e 14h00 às 18h00). As aulas começam já no dia 13 de outubro.
Coordenação
Jornalista e Prof. MSc. Nelson Freire Penteado
posjornalismoeuro@hotmail.com
Titulação
Aos alunos que cumprirem as exigências da IES será conferido o título de Especialista em Jornalismo Online: Produção e Gerenciamento de Mídias Digitais.
Inscrições
As inscrições podem ser feitas online no site WWW.unieuro.edu.br ou na coordenação da Pós-Graduação Lato Sensu, pelo 61.3445.5888.
Conteúdo Programático
· Cultura Contemporânea
· Conteúdo e Comunicação Corporativa no Ambiente Online
· Arquitetura da Informação e Usabilidade
· Tópicos Avançados de Jornalismo Online 1 e 2
· Ética, Direitos Autorais, Produção e Edição da Notícia nas Mídias Digitais
· Produção de Conteúdos Digitais
· Webdesign
· Metodologia Científica Aplicada
· Elaboração de Monografia
Investimento
O investimento é de 15 parcelas de R$ 500,00, com 25% de desconto para funcionários públicos e jornalistas sindicalizados. Ex-alunos têm 30% de abatimento.
Gastos com publicidade em redes sociais crescem 119% nos EUA
Os gastos com publicidade on-line em redes sociais e blogs nos Estados Unidos aumentaram 119% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, saltando de US$ 49 milhões para US$ 108 milhões. Segundo pesquisa da Nielsen, os números refletem os 17% do tempo on-line que os americanos passaram em sites de relacionamento no mês passado, aumento de quase três vezes em relação a agosto de 2008.A indústria da publicidade também destinou uma parcela maior de suas verbas para sites de redes sociais. Em agosto do ano passado, o investimento foi de 7% do total direcionado à internet, enquanto neste ano o investimento foi de 15%. A indústria de entretenimento foi a que mais desembolsou verba de publicidade para as redes sociais. De agosto deste ano para o mesmo mês de 2008, o aumento foi de 812%.Jon Gibs, vice-presidente de mídia da Nielsen, diz que a pesquisa reflete uma mudança na forma como a indústria vê a internet nos EUA. Segundo ele, por mais que conteúdos em texto e vídeo ainda sejam o centro das atenções na web, é o desejo dos internautas de se comunicar e se conectar que tem impulsionado as receitas da rede mundial.as da rede mundial.
Já está nas mãos do MEC a proposta de novo curriculo para o Curso de Jornalismo
"Por lei, o CNE é o órgão responsável pela revisão das diretrizes. Depois, o Conselho envia proposta de resolução ao MEC", explicou o ministro. As novas diretrizes devem ser aprovadas ainda este ano para começar a vigorar em 2010.
De acordo com o presidente da comissão, José Marques de Melo, entre as propostas estão o incentivo à diversidade de projetos pedagógicos nos cursos de jornalismo, o estágio supervisionado e a construção de cursos mais autônomos. "Pretendemos que o curso de jornalismo tenha mais autonomia curricular, porque o que ocorre hoje é que o aluno entra e passa dois anos fazendo disciplinas comuns a todos os cursos de Comunicação", disse.
Segundo José Marques, na proposta também está prevista uma maior criatividade na elaboração dos projetos pedagógicos. "É preciso haver mais diversidade na elaboração dos projetos pedagógicos para abarcar, por exemplo, as diferenças regionais", explicou.
De acordo com Marques, outra sugestão da comissão é incluir no currículo o estágio supervisionado. "A idéia é que o aluno faça estágio nos últimos anos do curso, mediante parceria entre as escolas e as empresas."
Na visão de Marques, as propostas pretendem atualizar o perfil dos estudantes e melhorar a formação dos jornalistas. "A intenção é revalorizar o diploma. Os jornalistas que se formarem sob essas orientações serão bem mais competentes", afirmou.
De acordo com o ministro, a queda da exigência do diploma torna a revisão das diretrizes ainda mais importante para formar bem os jornalistas. "Os meios de comunicação têm que ter à sua disposição profissionais altamente qualificados para exercer a profissão de jornalista. Tanto quanto medicina, direito e pedagogia, jornalismo se insere nesse contexto, que dialoga com a questão dos direitos civis e sociais. Escolhemos esses quatro cursos, nestes dois anos de supervisão, justamente em função da sua importância para a questão democrática", enfatizou.
As atuais diretrizes dos cursos de jornalismo datam de 2001. As diretrizes curriculares orientam as instituições de educação superior na formulação do projeto pedagógico dos cursos de graduação e são estabelecidas pelo CNE.
No trabalho de revisão, a sociedade civil participou em três audiências públicas. A primeira, no Rio de Janeiro, reuniu o segmento acadêmico; na segunda, em Recife, foram ouvidos os representantes do mercado de trabalho e das entidades de classe. No último encontro, em São Paulo, os debates contaram com organizações não governamentais e movimentos sociais. Houve consulta pública também pela internet.
A comissão de especialistas, presidida por José Marques de Melo, foi instituída pela Portaria MEC nº 203/2009.
A íntegra do relatório está na página do MEC .
Bolsas de estudos britânicas para jornalistas focam em ciência e religião
A bolsa, que vigorá entre junho e julho de 2010, inclui um seminário de três semanas na Universidade de Cambridge.
Veja mais detalhes.em inglês, aqui.
Jornalismo cidadão será pouco usado, porém valorizado como fator de transparência dos veículos, diz estudo
Por que é relativamente baixa a percentagem das pessoas realmente engajadas no jornalismo cidadão? Assim ela será mantida nos próximos anos? Esses são alguns dos pontos levantados pelo colunista do Washington Post John Kelly em estudo do Instituto Reuters.
O jornalista arrisca um panorama: a quantidade de usuários ativos permanecerá pequena e, para a maioria dos leitores, o jornalismo cidadão será uma "via raremente utilizada" mais apreciada pela oportunidade de interatividade que pelo seu uso efetivo.
"Apenas um por cento dos visitantes dos sites de notícias irá contribuir com alguma forma de conteúdo (...) Mas essa oportunidade (de interatividade) não deve ser subestimada. Leitores vão desejar que a grande mídia de 2010 seja mais sensível que a grande mídia de 1990", diz o texto.
Além disso, aposta a pesquisa, os meios de comunicação que negarem a participação do público estarão arriscando perder a sua credibilidade. "Numa cultura em que as notícias são crescentemente vistas como commodities, usuários vão procurar por fatores que as diferenciam quando estiverem escolhendo por fontes de informação".
Ibsen sustenta: Senado deve manter o diploma de jornalista
Veja abaixo a nota publicada pelo NR Internet - a news letter do sindicato dos jornalistas do DF
O diploma de jornalista não caiu e a Constituição dispõe que apenas o Senado poderá suspender a execução da norma que regulamentou a exigência para o exercício da profissão, sustenta o deputado Ibsen Pinheiro que encaminhou questão de ordem dirigida ao Congresso Nacional. Com a subscrição na fundamentação também dos deputados Aldo Rebelo e Edgar Moury e dos senadores Valter Pereira e Inácio Arruda, a questão de ordem provoca regimentalmente a manifestação dos senadores sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em grau de recurso de processo originado de jurisdição inferior, considerou inconstitucional art. 4°, inciso V, do Decreto-Lei 972 que exige o diploma, decisão que vale tão somente aos veículos de comunicação integrantes daquele processo. Para que a decisão tenha validade geral, impõe-se a manifestação do Senado que poderá ser pela inconstitucionalidade de partes da norma, porém mantendo a eficácia da exigência do diploma.
Ibsen explica que o inciso X do art. 52 da Constituição Federal estabelece a competência do Congresso Nacional, por meio do Senado, para suspender a execução de norma considerada inconstitucional, por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal que não seja resultante de ação direta que esta produz o efeito imediato. Qualquer outra decisão de inconstitucionalidade, como esta que ocorre no bojo de uma ação civil pública, não se completa sem apreciação pelo Congresso Nacional, através do Senado Federal. E o Senado ainda não fora provocado sobre esta decisão do Supremo.
Na sessão de quarta-feira, o presidente da Câmara Michel Temer acolheu a questão de ordem para encaminhar à Presidência do Congresso Nacional as razões escritas que Ibsen define:
- A norma do art. 4° inciso V do Decreto-Lei 972 só poderá ser afetada na plenitude de sua validade e eficácia após deliberação do Senado Federal que suspenda sua execução, nos termos do Art. 52, X da Constituição Federal. Releva notar que o tema, até pela sedimentação do tempo, é matéria de alta indagação jurídica, sem laivos de visível incompatibilidade com o texto constitucional em vigor, até porque o Constituinte de 1988 não inovou na matéria, antes repetiu o regramento do sistema constitucional anterior, que, a par de consagrar a liberdade dos ofícios e profissões, subordinou-a, conforme o já citado Art. 150 §23. Outra coisa não faz a atual Constituição, ao consagrar, cf. Art. 5º, XIII. a liberdade do exercício profissional, condicionando-a ao atendimento das qualificações profissionais que a lei estabelecer.
10 mil rádios num portal
Estou em Pernambuco, participando da 1ª Conferência Livre da Comunicação para a Cultura. É uma iniciativa do Ministério da Cultura, da Secretaria de Cidadania Cultura, liderada pelo Célio Turino. Estão reunidos muitos dos 80 dos Pontos de Mídia Livre premiados recentemente e alguns Pontos de Cultura que trabalham com comunicação.
Estou na coordenação de um dos GTs: “Mídias Livres no contexto de web social: políticas para o setor”. E ontem à tarde debatemos uma proposta que acabo de discutir com o José Sóter, coordenador nacional da Abraço, entidade das rádios comunitárias. E ele topou avançar na sua construção. Algo muito animador.
A proposta é a seguinte: lutar para que o governo crie um portal público onde possamos, se houver interesse, colocar até 10 mil rádios comunitárias no ar. Seria um portal das rádios comunitárias, o que as colocaria num outro patamar, mais global.
De São Paulo, por exemplo, poderíamos ouvir uma rádio dos índios Xavantes ou da comunidade de um bairro do Crato, no Ceará.
Isso não diminuiria a luta por concessões de rádio. Ao contrário, daria mais visibilidade ao conjunto dos midialivristas que atuam no segmento.
Imagine uma possibilidade: há um conflito de sem-terras no Pará e você quer saber ao vivo o que está acontecendo. Você vai a esse portal e localiza a cidade onde o evento está acontecendo e sintoniza as rádios comunitárias de lá. Muito provavelmente uma estará transmitindo ao vivo o caso. E você não ficaria refém da versão que a TV Globo vai dar ao episódio. Isso daria uma enorme força ao midialivrismo.
Tudo!, o novo jornal gratuito de São Paulo
Nova publicação terá periodicidade semanal e abordará temas variados, com foco nas classes C e D
No próximo Salão Imobiliário do Automóvel, que acontecerá entre os próximos dias 24 e 27, a cidade de São Paulo ganhará um novo jornal gratuito. Com o nome de Tudo!, a publicação terá como foco os públicos das classes C e D e pretende reunir um apanhado de informações ligadas à compras e vendas de bens como imóveis, automóveis entre outros, acompanhadoa de notícias sobre saúde, comportamento e família.
O projeto editorial do jornal Tudo! é assinado pela Full Case e, inicialmente, a publicação contará com uma média entre 12 e 16 páginas e sua periodicidade será semanal. A ideia do jornal partiu do especialista em marketing Daniel Rosenthal, que já ocupou os postos de diretor de eventos da Eugênio Publicidade e de diretor de marketing e comunicação do Secovi São Paulo.
O lançamento da publicação acontecerá dentro do Salão Imobiliário 2009, que será realizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. Após o lançamento oficial, o jornal será distribuído em 20 pontos diferentes da cidade de Sçao Paulo, sendo 15 deles as saídas de estações de metrô
Desaparecidos políticos tem campanha na TV
Três filmes criados pela Matisse entram no ar neste domingo, 27, para buscar informações sobre 140 vitimas da ditadura
O governo federal lança neste domingo, 27, a campanha Memórias Reveladas, um investimento de R$ 3,5 milhões. A proposta é mobilizar a sociedade a buscar informações sobre 140 desaparecidos políticos, entre 1964 e 1985, cujos corpos até hoje não foram encontrados. A ação busca sensibilizar pessoas e organizações a doarem documentos relativos à política brasileira durante os governos militares. Esse material será encaminhado a um arquivo nacional, que abrigará todo o acervo.
Segundo Ottoni Fernandes Junior, secretário executivo da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da Republica, a campanha permitirá o resgate de informações importantes sobre esse período. Muito possivelmente ajudará na localização dos corpos desses militantes mortos pela ditadura.
A campanha tem três filmes, com versões de 1 minuto e 30 segundos, criados pela Matisse e dirigidos por Cao Hamburger, Helvecio Raton e João Batista de Andrade. Há também quatro anúncios impressos que trazem a assinatura "Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça". O plano de mídia inclui peças de internet e cartazes que servirão de apoio à mobilização.
No site "Memórias Reveladas" serão disponibilizadas informações sobre o projeto, que foi lançado em 13 de maio. Nele será disponibilizado um filme de 5 minutos exibindo imagens sobre os 140 desaparecidos políticos.As peças para jornal serão veiculadas exclusivamente na região do Araguaia (Tocantins), onde se acredita que a maioria das vitimas tenha encontrado o fim. Questionado sobre uma eventual reação dos militares contra a campanha, Ottoni explica que não existe uma pretensão revanchista. "Só queremos encontrar vestígios destas vítimas e saber exatamente o que aconteceu com elas".
Os filmes contêm depoimentos de familiares de alguns desaparecidos políticos (Rubens Paiva, Fernando Santa Cruz, Dinaelza Santana Coqueiro e Vandick Coqueiro). Uma das pessoas que marca presença na campanha é o escritor Marcelo Rubens Paiva. Por se tratar de um tema sensível e abordar a morte de brasileiros que lutaram contra a ditadura e da dor daqueles que não tiveram direito de enterrar seus corpos, optou-se por um olhar autoral na realização dos filmes.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Senado aprova limite de verba publicitária do governo
Comissão de Constituição e Justiça determinou que os investimentos em publicidade feitos pela União poderão ser somente 0,1% maior do que o montante do ano anterior
A verba destinada à publicidade do governo federal brasileiro poderá ser apenas 0,1% maior do que a utilizada no ano anterior. A determinação é um complemento de um projeto de Lei aprovado nessa última quarta-feira, 23, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Com a nova regulamentação, os investimentos em propaganda dos Estados poderão subir somente 0,3% em relação ao ano anterior, enquanto o dos municípios não poderá ultrapassar uma margem de aumento de 0,5%. A restrição, entretanto, não é válida para a publicidade obrigatória, como a publicação e divulgação de editais e balanços de empresas públicas.Apesar de restringir o aumento da verba de publicidade, a proposta não prevê nenhuma forma de punição para quem burlar ou desrespeitar a regra. No último mês de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia vetado a emenda da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que restringia o montante investido em publicidade no ano de 2009. De acordo com as estimativas do governo, e verba reservada para a publicidade no ano de 2010 chega a R$ 699 milhões, quantia 19% maior do que o autorizado para uso em 2009.
No debate, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) manifestou posição contrária ao projeto. Alegou, entre outras razões, o fato de a proposta não prever punição para quem burlar as regras sugeridas, o que tornaria "inócuas" as medidas. Mesmo assim, desistiu do pedido de vista que chegou a considerar, depois de ouvir do presidente da CCJ, senador Demosténes Torres (DEM-GO), de que o debate poderá ser reaberto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde o texto ainda será examinado, em decisão terminativa.
Depois de ser aprovado pela CCJ, o complemento da Lei será encaminhado à Comissão de Assuntos Econômicos para a avaliação e seguirá, posteriormente, para a votação na Câmara. Se a regra passar pelo Congresso, as novas medidas passarão a constar como um dos artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei Complementar 101, de 2000.
TV Digital - América Latina pode ter modelo comum
A criação de um modelo de TV Digital comum na América Latina ganhou outro forte impulso nesta segunda-feira, 14 de setembro. Além do anúncio do Chile de adesão ao ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial) – como é chamado o padrão de TV Digital aberta nipo-brasileiro –, o ministro de Transportes e Comunicações do Peru, Enrique Cornejo, assinou o acordo de cooperação técnica com o Brasil.
"Estamos caminhando para um grande sistema sul-americano de televisão digital, com a adesão do Peru, Argentina e Chile", disse Hélio Costa, ministro das Comunicações. Ele revelou que a expectativa é que, em outubro, Venezuela também faça o anúncio formal de sua decisão pelo sistema. "Isso vai facilitar todo o intercâmbio dos países do cone sul. Não apenas o intercâmbio comercial, mas também cultural, artístico e tecnológico", comentou.
A decisão do Chile em adotar o padrão ISDB-T não chegou a surpreender diplomatas e técnicos brasileiros, que já haviam recebido sinalizações do governo da presidente Michele Bachelet sobre a simpatia pelo modelo nipo-brasileiro. Mas veio rápida, após inúmeras reuniões e visitas, inclusive de Hélio Costa, que esteve no país em abril. Em fevereiro, ele também foi a Lima para reuniões com o presidente Alan Garcia e o próprio Cornejo. Em abril, o governo peruano anunciou sua decisão. Em agosto, foi a vez da Argentina.
Em todos os três casos, pesaram os argumentos técnicos sobre as vantagens do modelo adotado e aperfeiçoado pelo Brasil. De acordo com o ministro peruano, foram levados em consideração três critérios para a tomada de decisão: vantagens tecnológicas, econômicas e de cooperação.
Peru e Chile anunciaram que começam a fazer suas primeiras transmissões digitais a partir de 2010. No caso do Peru, Cornejo disse que os sinais estarão disponíveis em Lima já em março do próximo ano. A idéia é que, em julho, durante as transmissões oficiais da Copa do Mundo da África do Sul, a população dos dois países possam assistir aos jogos do torneio de futebol já em alta definição e de maneira gratuita.
MIT procura pesquisador para vaga estável em Estudos Comparativos de Mídia
O programa do MIT em Estudos Comparativos de Mídia (Comparative Media Studies) está à procura de um pesquisador interessado em vaga de emprego estável começando em 2010. É necessário PhD (Doutorado) e um registro extenso de publicações, pesquisas, além de espírito de liderança. É desejável que o candidato tenha um amplo leque de conhecimentos. As inscrições para a vaga deverão ser enviadas até 1° de Novembro de 2009.
O programa abraça a noção de comparatividade e colaboração e trabalha através das várias escolas do MIT e entre o MIT e ao cenário mais amplo da mídia. A vaga envolve dar aulas de graduação e pós-graduação, e em desenvolver e coordenar atividades de pesquisas colaborativas, participando com a liderança intelectual e criativa do Programa e do Instituto. Candidatos devem demonstrar um registro de ensino efetivo e supervisão de teses, atividade significativa de pesquisa/criação, experiência administrativa relevante e reconhecimento internacional.
O pesquisador escolhido irá ensinar e guiar pesquisas em uma ou mais das dimensões do Programa no âmbito da comparação (histórica, metodológica, cultural) entre formas de mídia. Perícia em implicações sociais e culturais em formas de mídia estabelecidas (filme, televisão, áudio e culturas visuais, impresso) é tão importante quanto bolsa de estudos em uma ou mais áreas emergentes, como jogos, mídia social, novas mídias literárias, cultura participativa, estudos de software, IPTV e o desenvolvimento transmidiático de histórias. Interessados devem enviar seus dados para:
Professor William Uricchio
Director, Comparative Media Studies
MIT 14N-207 77 Massachusetts Avenue Cambridge,
MA 02139 USA
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Franceses querem avisos em fotos com retoques e montagens
Um grupo de políticos franceses está propondo a colocação de avisos em fotos que tenham recebido retoques nas revistas ou que sejam adulteradas. De acordo com o diário britânico The Telegraph, 50 membros do Parlamento Francês estão por trás da proposta, que teve a primeira leitura na semana passada.
Bandeirantes também prepara regras para mídias sociais
Normas da empresa terão teor semelhante às já editadas pela Rede Globo e pela Folha de São Paulo
Leia também O que você acha? - Folha cria normas para a atuação de seus jornalistas em blogs e redes sociais
A exemplo do que fizeram a Rede Globo e a Folha de S.Paulo (veja aqui), o Grupo Bandeirantes também prepara regras para normatizar a presença de seus contratados nas redes sociais.
Segundo o vice-presidente Marcelo Meira, a intenção é que não sejam divulgados "assuntos relacionados às atividades da Rede Bandeirantes ao mercado de mídia ou mesmo relativos ao conjunto de leis que regem o setor de radiodifusão, sem prévia autorização".
O vice-presidente executivo Walter Vieira Ceneviva acrescenta que, embora não exista uma política formal de estímulo para uso das redes sociais pelos contratados da Band, a empresa acredita que as redes sociais "representam uma ótima oportunidade de comunicação e interatividade com o público". "A experiência multimídia faz parte do nosso cotidiano e da natureza da comunicação", salienta Ceneviva.
Consultados pela reportagem de Meio & Mensagem, outros grandes grupos de comunicação brasileiros, como Estado, RBS e Record, informaram que não têm regras específicas para a utilização das redes sociais por seus funcionários.
A Rede Record diz que apesar de não ter nenhuma norma em vigor, acompanha a evolução das redes sociais e fez propostas para vários integrantes de seu elenco para que seus blogs fossem transferidos para o portal R7, que estréia no domingo 27. Em alguns casos, esses blogs terão links para as páginas pessoais mantidas pelos profissionais nas redes sociais.
A lista de blogueiros do R7 inclui Alexandre Rossi (o Dr. Pet), Ana Paula Padrão, Ana Hickmann, André Forastieri, Britto Jr., Celso Freitas, Geraldo Luís, Luciano Szafir, Oscar Schmidt, Rodrigo Faro, Rubens Ewald Filho, Theo Becker, além de um blog coletivo dos repórteres da área de jornalismo da TV (leia mais sobre o R7 aqui).
Embora seus contratados estejam sujeitos ao manual de ética do Grupo Abril, que não dispõe especificamente sobre as redes sociais, a MTV estimula esta presença e se preocupa também em preservar as "particularidades e características individuais" de seus funcionários, especialmente aqueles que aparecem na tela.
A diretora de programação e produção Cris Lobo considera que as diferenças e a livre expressão dos apresentadores são valores que devem ser preservados e que acabam ajudando a própria MTV. "Alguns dos nossos apresentadores já chegaram aqui após ter forte presença em redes sociais", lembra.
Para ela, esta é uma questão de educação e não de policiamento, considerando ser mais produtivo conversar com os funcionários do que criar regras de conduta que poderiam inibir a criatividade de comunicadores e jornalistas.
Na opinião do diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, a polêmica é passageira, própria da "efervescência natural que a novidade traz". Embora a empresa não tenha editado regras específicas para redes sociais, ele considera que o tema está coberto pelo código de ética interno do Grupo Estado, que dispõe sobre expressões individuais. "Liberdade anda junto com responsabilidade. Valores e princípios para as mensagens independem das plataformas, dos meios", reforça.
O problema, segundo ele, é que uma atitude anti-ética expressada por algum contratado antes poderia ficar restrita a mesa de bar. "Agora, é assistida pelo mundo todo" - o que exige que as pessoas cuidem ainda mais de suas atitudes.
Leia também:Globo explica a blogueiros suas regras para mídias sociais
Cobertura do golpe em Honduras - Altenativas para se informar
O asilo político concedido a Manuel Zelaya pela embaixada brasileira em Honduras tem causado grande alvoroço na imprensa nacional e internacional. Apesar dos cortes na energia e na internet realizados pelo governo golpista de Micheletti em todo o país, diversas transmissoras radiofônicas encontraram um caminho para continuarem a fazer suas transmissões e a denunciar o governo golpista e as arbitrariedades cometidas por ele: a internet.
A Radio Globo Honduras tem sido um dos principais meios de comunicação do país que tem informado, pela rede, o passo-a-passo da situação diplomática desde que Zelaya entrou em seu país de origem e se asilou na embaixada brasileira.
Outro canal, que tem sido acessado internacionalmente desde o primeiro dia do golpe é o TelesurTV, que hoje transmitiu a 64ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em que o presidente Lula se destacou por pedir às Nações Unidas que investiguem atentados aos direitos humanos em Honduras. Lula ainda afirmou que “a comunidade internacional exige que Zelaya reassuma imediatamente a presidência de seu país e deve estar atenta à inviolabilidade da missão diplomática brasileira na capital hondurenha".
Confira abaixo uma lista de veículos de comunicação alternativos que estão cobrindo a situação em Honduras:
Sites
Centro de Medios Independentes
TeleSur
Kaos em La Red
Honduras Laboral
Revistazo
Aporrea
Radios pela internet
Radio Globo Honduras
Radio Es Lo de Menos
Associacion de Radios y Programas Participativos de El Salvador
Blogs
Voces em Contacto
Agregador de notícias
Opinião: Nova lei de comunicação argentina compra briga contra monopólios
Durante as últimas semanas, os debates em Buenos Aires giram em torno da nova lei de comunicação proposta pelo governo de Cristina Kirchner: esteve em audiências públicas lotadas, nos jornais, televisões e nas ruas. Conhecida pelos portenhos como “Nueva Ley de Medios”, o projeto quer regulamentar o setor e, apesar das críticas de opositores, que temem um maior controle do Estado, na última quinta-feira (17), após quase 14 horas de debate, o projeto governista obteve 146 votos, contra três votos contrários e três abstenções. A medida ainda passa pelo Senado, possivelmente em outubro. Entre outros pontos, a nova lei cria uma comissão bicameral de controle, um Conselho Federal de Comunicação Audiovisual e a figura do Defensor Público de consumidores de serviços audiovisuais.
Taxação sobre canais estrangeiros gera R$ 104,3 milhões a produções nacionais
A análise do histórico pode servir para se ter uma ideia do que acontecerá com o mecanismo Artigo 3ºA da Lei 8.685/93. Trata-se de um mecanismo que permite que canais nacionais e estrangeiros, de TV aberta ou por assinatura, invistam na coprodução com produtores independentes.
Como ainda é recente, o mecanismo não apresenta volume significativo de canais que tenham aderido. Mesmo assim, apenas no primeiro semestre deste ano foi recolhido quase R$ 1,5 milhão. A TV Record lidera, tendo recolhido R$ 959,1 mil, apenas com a compra dos direitos de transmissão do Comitê Olímpico Internacional, seguido por Telecine (R$ 318,7 mil), Fox (R$ 107,2 mil) e ESPN (103,7 mil).
O Artigo 39, que conta com aderência quase que total dos canais internacionais, já é responsável por arrecadação mais significativa. Em seis anos e meio, o mecanismo recolheu aproximadamente R$ 104,3 milhões, sendo quase R$ 9 milhões apenas no primeiro semestre de 2009. O valor efetivamente comprometido com coprodutores ainda no primeiro semestre pelos canais foi de quase R$ 7 milhões, em 19 projetos divididos em sete séries documentais, três séries de ficção, uma série de animação, dois programas de TV, um longa de ficção, três médias-metragens documentais, um longa documental e um curta documental.
Historicamente, as empresas que mais recolhem são HBO (R$ 48,86 milhões), Turner (R$ 15,94 milhões), Discovery (10,89 milhões), Fox (R$ 10,48 milhões) e a DirecTV (R$ 8,46 milhões).
Record investe R$ 100 milhões em portal de notícias
Portal R7 será lançado no próximo domingo, contando com uma equipa de 300 profissionais, sendo 150 jornalistas. Será concorrente de portais como o UOL, participado da Portugal Telecom.
Brasília - A emissora brasileira Record, com presença em Portugal, investiu R$ 100 milhões no lançamento do R7, novo portal de notícias que será lançado no próximo domingo, dia 27. O projeto envolve uma equipa de 300 profissionais, dos quais metade serão jornalistas. O portal será alimentado com conteúdo exclusivo, produzido pelas equipes de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, além de vídeos e reportagens produzidas para outros programas da emissora.
A equipe do R7 garante que o portal terá um diferencial. "A Internet irá interferir nos programas da Record, que irão retroalimentar o site. A forma como essas plataformas vão interagir será inovadora. E faremos isso com muito mais agilidade que a concorrência", afirmou Antonio Guerreiro, diretor de conteúdo do portal, citado no portal "Comunique-se".
O portal terá outras ferramentas de interação com o internauta, como área para comentários, votações, enquetes, fóruns, além da possibilidade de envio de vídeos.
A Record, que emite em Portugal nos serviços de TV por assinatura, tal como a Globo, confirmou esta terça-feira a contratação da jornalista Rosana Hermann para a direção de Criação e Produto do R7. Com passagens pela TV Bandeirantes, TV Globo, Rede Record, SBT, Jovem Pan e Rede Manchete, Rosana também é conhecida por seu blog pessoal, o "Querido Leitor", que recebeu o prêmio BOBs Awards concedido pela Deutsche Welle como o melhor Blog de Língua Portuguesa.
Outros nomes confirmados que irão comentar no novo portal são Ana Hickmann, André Forastieri, Ana Paula Padrão, Celso Freitas, Britto Jr., Carlinhos e Vinicius (Mendigo e Glu Glu), Cosme Rimoli, Cris Flores, Dado Dolabella, Daniel Castro, Edu Guedes, Eduardo Marini, Fabiola Reipert, Geraldo Luis, Luciano Szafir, Marcilio Moraes, Mylena Ciribelli, Oscar Schmidt, Rodrigo Faro, Rosana Hermann, Rubens Ewald Filho, Sophia Camargo, Theo Becker, entre outros.
Na data de lançamento do R7 se comemoram os 56 anos da emissora e o aniversário de dois anos da Record News. O portal irá concorrer com portais como o Terra, IG, UOL (que é participado a 29% pela Portugal Telecom) e G1.