Por Bárbara Sacchitiello, do M&M Online, em 28/10/2009
"A publicidade não está avançando no mesmo ritmo da audiência no universo digital. Mesmo assim, cobrar pelo conteúdo que é oferecido via online não é o caminho para nenhum meio de comunicação". A afirmação categórica do gerente de novas mídias do Grupo Clarin, Marcos Foglia, ilustra bem a essência com a qual o grupo de mídia vem conduzindo seus negócios no país e despontando como um dos principais cases de integração de conteúdo em toda a América Latina.
Em palestra ministrada durante a terceira edição do Seminário de Jornalismo Online promovido pela Terra e pelo Itaú Cultural, o jornalista falou, nesta quarta-feira, 28, em São Paulo, sobre os desafios de balancear a equação entre conteúdo de qualidade na web e arrecadação de receitas publicitárias. Para ele, o mercado de publicidade e de mídia vivem um momento de transição e a tendência é de que, naturalmente, as verbas empregadas nos meios tradicionais migrem para os conteúdos online. "A mudança cultural é a parte mais difícil desse processo. Mas essa nova realidade será incorporada a rotina de trabalho dos jornalistas, das agências de publicidade e dos anunciantes", aposta Foglia.
Apesar do otimismo em relação ao futuro do jornalismo online, o executivo do Clarin não deixou de ressaltar os atuais índices que revelam a distância abissal existente entre o consumo de conteúdo online e da participação da web na fatia do bolo publicitário. De acordo com dados apresentados por ele durante o painel, a projeção é de que somente 10,7% de toda a quantia investida em publicidade nos Estados Unidos em 2010 seja direcionada a internet. Na América Latina essa porcentagem é ainda menor - menos de 3%.
O gigante argentino se moderniza
Foglia também aproveitou a palestra para contar ao público brasileiro um pouco sobre a estrutura e o modo de trabalho do Clarin, o maior grupo de mídia da Argentina. Com raízes firmes nas mídias tradicionais, o grupo foi obrigado, nos últimos anos, a repensar as suas estratégias e olhar para o futuro. Atualmente, a marca Clarin conta com dezenas de sites, canais, rádios e demais meios de comunicação em seu portifólio, com grandes destaque para os canais online. Dos 20 sites mais acessados na Argentina atualmente, dez fazem parte do grupo de mídia."Não dá para competir com a agilidade das mídias sociais e dos canais online. Estamos tentando reformular a maneira de pensar da nossa redação. O que antigamente atualizávamos em 24 horas, hoje fazemos em 24 segundos", ilustra o gerente de novas mídias.
Apesar disso, Foglia deixa bem claro que a preocupação com os fundamentos de base do jornalismo e que a qualidade do conteúdo pautam as decisões e estratégias do grupo argentino. "Por mais que as novas mídias tenham transformado a realidade, o jornalismo ainda é e sempre será feito de uma única coisa: de boas histórias", finaliza.
Um espaço para os campos da Informação e da Comunicação e sobre eles abrir um debate com os leitores. Análises, artigos, avisos, concursos, publicações... Aqui você encontrará de tudo um pouco. Os textos poderão ser em português, espanhol, inglês ou francês.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
PL 29/2007 traz 45 diretrizes novas que mudam o mercado de TV paga
Por Samuel Possebon, do Tela Viva News, em 28/10/2009
O substitutivo do deputado Paulo Henrique Lustosa ao PL 29/2007, apresentado nesta quarta, 28, à Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, traz uma série de novidades importantes e resgata uma série de aspectos que já haviam sido colocados em discussões anteriores. Agora, com a aproximação das últimas etapas da tramitação, este noticiário elaborou um resumo das principais diretrizes estabelecidas pelo PL 29 e que tendem a se tornar as principais regras de uma futura lei para o Serviço de Acesso Condicionado.
Para ler a íntegra do resumo, clique aqui. Trata-se de um resumo ainda em fase de ajustes e aberto a contribuições. Até o momento, estão claramente definidas 45 diretrizes que são, de alguma maneira, novas ou importantes para o mercado de TV paga.
Algumas mudanças já eram esperadas e são extremamente relevantes para a dinâmica da indústria, como a possibilidade de entrada de empresas de telecomunicações. Também são colocados limites à participação de empresas de telecom no mercado de conteúdo, cotas de programação para dar espaço a conteúdos brasileiros e produção independente e limites à publicidade. Outras mudanças são importantes, como o crescimento do poder de regulação da Ancine sobre o setor, e o estabelecimento de regras para empresas produtoras e programadoras de conteúdos.
A versão atual tenta conciliar o crescente mercado de distribuição de conteúdos por Internet e celular ao deixar de fora da regulação conteúdos sob demanda. Apenas canais e pacotes de programação são regulados.
O substitutivo do deputado Paulo Henrique Lustosa ao PL 29/2007, apresentado nesta quarta, 28, à Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, traz uma série de novidades importantes e resgata uma série de aspectos que já haviam sido colocados em discussões anteriores. Agora, com a aproximação das últimas etapas da tramitação, este noticiário elaborou um resumo das principais diretrizes estabelecidas pelo PL 29 e que tendem a se tornar as principais regras de uma futura lei para o Serviço de Acesso Condicionado.
Para ler a íntegra do resumo, clique aqui. Trata-se de um resumo ainda em fase de ajustes e aberto a contribuições. Até o momento, estão claramente definidas 45 diretrizes que são, de alguma maneira, novas ou importantes para o mercado de TV paga.
Algumas mudanças já eram esperadas e são extremamente relevantes para a dinâmica da indústria, como a possibilidade de entrada de empresas de telecomunicações. Também são colocados limites à participação de empresas de telecom no mercado de conteúdo, cotas de programação para dar espaço a conteúdos brasileiros e produção independente e limites à publicidade. Outras mudanças são importantes, como o crescimento do poder de regulação da Ancine sobre o setor, e o estabelecimento de regras para empresas produtoras e programadoras de conteúdos.
A versão atual tenta conciliar o crescente mercado de distribuição de conteúdos por Internet e celular ao deixar de fora da regulação conteúdos sob demanda. Apenas canais e pacotes de programação são regulados.
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Comissão aprova obrigatoriedade de seguro para jornalista em áreas de conflito
Por Izabela Vasconcelos, do Comunique-se.
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na última semana o Projeto de Lei 5177/05, do deputado Celso Russomanno (PP-SP), que obriga as empresas jornalísticas a contratar seguro de vida, com cobertura nos casos de riscos de morte e invalidez, para jornalistas profissionais que atuam ou forem transferidos para áreas de conflito.
A proposta inicial de Russomanno previa a cobertura de mil salários mínimos (R$ 465 mil), mas a quantia foi revista pelo deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), relator do Projeto, que estipulou o valor mínino em 250 salários mínimos (R$ 116.250, em valores atuais). Com a diminuição do valor, o texto foi aprovado.
Para Resende, a alta quantia da proposta inicial prejudicaria algumas empresas de contratar jornalistas, principalmente após o fim da exigência de diploma para o exercício da profissão, decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Em negociação com entidades de comunicação de todo o País definimos o valor. Algumas empresas não têm nenhuma condição de arcar com esse seguro", explica Resende sobre a quantia prevista inicialmente no Projeto.
O deputado Celso Russomanno, que também é jornalista, afirma que apesar da queda do valor inicial do seguro, a aprovação já é um avanço para a categoria. "Na verdade não é o ideal, mas já é um avanço, porque houve uma pressão muito grande das empresas de comunicação nos deputados. As famílias dos jornalistas que trabalham em países em conflito precisam ter o mínimo de garantia", declarou.
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Mas, de acordo com Russomanno, essas são etapas mais simples. "O mais difícil já passou, agora essas etapas são mais fáceis", concluiu.
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na última semana o Projeto de Lei 5177/05, do deputado Celso Russomanno (PP-SP), que obriga as empresas jornalísticas a contratar seguro de vida, com cobertura nos casos de riscos de morte e invalidez, para jornalistas profissionais que atuam ou forem transferidos para áreas de conflito.
A proposta inicial de Russomanno previa a cobertura de mil salários mínimos (R$ 465 mil), mas a quantia foi revista pelo deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), relator do Projeto, que estipulou o valor mínino em 250 salários mínimos (R$ 116.250, em valores atuais). Com a diminuição do valor, o texto foi aprovado.
Para Resende, a alta quantia da proposta inicial prejudicaria algumas empresas de contratar jornalistas, principalmente após o fim da exigência de diploma para o exercício da profissão, decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Em negociação com entidades de comunicação de todo o País definimos o valor. Algumas empresas não têm nenhuma condição de arcar com esse seguro", explica Resende sobre a quantia prevista inicialmente no Projeto.
O deputado Celso Russomanno, que também é jornalista, afirma que apesar da queda do valor inicial do seguro, a aprovação já é um avanço para a categoria. "Na verdade não é o ideal, mas já é um avanço, porque houve uma pressão muito grande das empresas de comunicação nos deputados. As famílias dos jornalistas que trabalham em países em conflito precisam ter o mínimo de garantia", declarou.
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Mas, de acordo com Russomanno, essas são etapas mais simples. "O mais difícil já passou, agora essas etapas são mais fáceis", concluiu.
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Computador e televisão ocupam as horas de lazer de 49% dos jovens
Uma enquete realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) detectou que a maioria dos estudantes (49%) preenche seu tempo livre em casa, assistindo filmes, no computador ou conversando com amigos. A segunda opção é animadora, já que 32% afirmaram dedicar os momentos de lazer lendo jornais, livros ou revistas. Já 14% dos respondentes preferem ir ao cinema ou ao teatro, enquanto 3% vai ao shopping para fazer compras ou apenas passear e 2% preferem freqüentar lugares da moda, em busca do que de mais interessante está acontecendo em suas cidades. O levantamento foi feito com 8.952 jovens cadastrados no banco de dados da organização.
Esta enquete foi realizada no mês de janeiro de 2009 e contou com 8.952 respondentes.
Esta enquete foi realizada no mês de janeiro de 2009 e contou com 8.952 respondentes.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Crise: EUA pode lançar "proer da mídia" para salvar imprensa
Por Dean Graber, do Blog de Notícias, Jornalismo nas Américas, em 27/10/2009
Acaba de ser publicado um informe que faz um chamado à tomada de medidas radicais para preservar o futuro do jornalismo nos Estados Unidos. O documento está disponível em inglês aqui (arquivo PDF).
Em a “Reconstrução do Jornalismo nos Estados Unidos", encomendado pela Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, Len Downie Jr., ex-editor-executivo do Washington Post, e Michael Schudson, um professor de Columbia, recomendam seis ações específicas para serem executadas pelo governo, universidades e entidades filantrópicas.
Os autores sugerem que o Congresso ou Serviço de Impostos Internos (IRS, por sus siglas em inglês) permita que organizações jornalísticas funcionem como entidades sem fins de lucro ou que tenham lucro limitado. Um “fundo nacional para notícias locais” deveria ser criado com os recursos que o governo recolhe —ou poderia arrecadar— dos usuários de serviços de telecomunicações, estações de rádio e televisão, ou provedores de internet.
O informe pede ainda que as emissoras de rádio e TV públicas sejam “reorientadas substancialmente” para as notícias locais e insiste na necessidade de apoio filantrópico ao jornalismo sobre assuntos públicos e denúncias.
“Além de formar jornalistas, as universidades públicas e privadas deveriam operar suas próprias organizações de notícias e hospedar plataformas para outras organizações jornalísticas sem fins lucrativos”, recomendaram os autores.
Diante das várias respostas suscitadas, o informe tem sido qualificado como “mais um exemplo do que está errado no debate sobre o futuro do jornalismo” e elogiado por “atraver-se a dar boas-vindas a uma nova forma de jornalismo, assim como a uma nova forma de financiá-lo”.
Other Related Headlines: » Recuperação do jornalismo pode deixar para trás os jornais (ABC)
Acaba de ser publicado um informe que faz um chamado à tomada de medidas radicais para preservar o futuro do jornalismo nos Estados Unidos. O documento está disponível em inglês aqui (arquivo PDF).
Em a “Reconstrução do Jornalismo nos Estados Unidos", encomendado pela Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, Len Downie Jr., ex-editor-executivo do Washington Post, e Michael Schudson, um professor de Columbia, recomendam seis ações específicas para serem executadas pelo governo, universidades e entidades filantrópicas.
Os autores sugerem que o Congresso ou Serviço de Impostos Internos (IRS, por sus siglas em inglês) permita que organizações jornalísticas funcionem como entidades sem fins de lucro ou que tenham lucro limitado. Um “fundo nacional para notícias locais” deveria ser criado com os recursos que o governo recolhe —ou poderia arrecadar— dos usuários de serviços de telecomunicações, estações de rádio e televisão, ou provedores de internet.
O informe pede ainda que as emissoras de rádio e TV públicas sejam “reorientadas substancialmente” para as notícias locais e insiste na necessidade de apoio filantrópico ao jornalismo sobre assuntos públicos e denúncias.
“Além de formar jornalistas, as universidades públicas e privadas deveriam operar suas próprias organizações de notícias e hospedar plataformas para outras organizações jornalísticas sem fins lucrativos”, recomendaram os autores.
Diante das várias respostas suscitadas, o informe tem sido qualificado como “mais um exemplo do que está errado no debate sobre o futuro do jornalismo” e elogiado por “atraver-se a dar boas-vindas a uma nova forma de jornalismo, assim como a uma nova forma de financiá-lo”.
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Israel atrai jornalistas com curso sobre paz
A Embaixada de Israel por meio do Centro de Cooperação Internacional, MASHAV, abre vagas para o workshop internacional “Os meios de comunicação, o desenvolvimento e a busca pela paz em áreas de conflito” que ocorrerá em Israel de 12 de janeiro a 03 de fevereiro de 2010.
As inscrições estão abertas até o dia 04 de dezembro de 2009. As aulas serão em espanhol e o curso busca contribuir para o fortalecimento dos processos de paz a partir de um conhecimento exaustivo das realidades a serem tratadas, analisar a contribuição dos meios de comunicação local e internacional, a deterioração dos processos de pacificação, dentre outros temas.
Para os candidatos selecionados será oferecida uma bolsa de estudos que também inclui pensão completa, hospedagem em quarto duplo (dividido com outro participante), assistência e seguro médico durante o período do curso.
A passagem aérea não está incluída e as despesas pessoais ( pocket money ) são por conta do estudante.
SERVIÇO
Para maiores informações os candidatos devem entrar em contato com a Embaixada de Israel em Brasília, em horário comercial, pelos e-mails: dcm-sec@brasilia.mfa.gov.il , pelo telefone (61) 21050500 ou clique aqui.
Departamento de Comunicação e Relações Públicas
EMBAIXADA DE ISRAEL
SES Av. das Nações Qd. 809 Lote 38
CEP: 70424-900 – Brasília/DF – Brasil
Phone: (+55-61) 21050529 / 21050505Fax: (+55-61) 21050555
E-mail: hasbara@brasilia.mfa.gov.ilhttp://brasilia.mfa.gov.il
As inscrições estão abertas até o dia 04 de dezembro de 2009. As aulas serão em espanhol e o curso busca contribuir para o fortalecimento dos processos de paz a partir de um conhecimento exaustivo das realidades a serem tratadas, analisar a contribuição dos meios de comunicação local e internacional, a deterioração dos processos de pacificação, dentre outros temas.
Para os candidatos selecionados será oferecida uma bolsa de estudos que também inclui pensão completa, hospedagem em quarto duplo (dividido com outro participante), assistência e seguro médico durante o período do curso.
A passagem aérea não está incluída e as despesas pessoais ( pocket money ) são por conta do estudante.
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Para maiores informações os candidatos devem entrar em contato com a Embaixada de Israel em Brasília, em horário comercial, pelos e-mails: dcm-sec@brasilia.mfa.gov.il , pelo telefone (61) 21050500 ou clique aqui.
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Deputado do PSDB vota contrário a PEC dos Jornalistas
Do portal O Jornalista
O deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) apresentou, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), voto em separado contra a PEC dos Jornalistas. Em sua justificativa adversa à exigência da formação superior em jornalismo, Coutinho demonstra estar alinhado com a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e com os grandes empresários da comunicação brasileira, já que utiliza os mesmos argumentos das entidades patronais na tentativa de evitar que prosperem as iniciativas em favor do diploma de jornalista no Congresso Nacional.
A estratégia da ANJ e de deputados conservadores é impedir que a PEC dos Jornalistas seja analisada e aprovada na CCJ. A tática ficou evidenciada quando na semana passada alguns dos mais importantes jornais do país romperam o silêncio sobre o assunto, dedicando parte de seus editoriais apenas à opinião da Presidente da ANJ, Judith Brito.
Autor da PEC dos Jornalistas, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificou como um tipo de "censura" tanto a prática da grande mídia, que restringe o acesso ao debate quando concede espaço somente a uma versão dos fatos, como a tentativa de barrar a votação da Proposta na CCJ. "É estranho que aqueles que se dizem defensores da liberdade de expressão revelem na prática exatamente o inverso, manipulando e restringindo a discussão. Desde que se começou a cogitar a votação da PEC na CCJ, iniciaram, estrategicamente, movimentos para impedir a análise da Proposta, o que considero uma prática anti-democrática. ", critica.
Pimenta informa ainda que, juntamente com o relator da PEC dos Jornalistas na CCJ, deputado Maurício Rands (PT-PE), com a líder da Frente Parlamentar em defesa do diploma na Câmara, deputada Rebeca Garcia (PP-AM), e o deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL), será estabelecida uma prática de trabalho para colocar em votação, na próxima quarta-feira (4), a Proposta na Comissão. No mesmo dia, os deputados Paulo Pimenta, Maurício Rands e Rebeca Garcia serão recebidos pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para discutir uma alternativa à decisão do dia 17 de junho da Suprema Corte brasileira.
A estratégia da ANJ e de deputados conservadores é impedir que a PEC dos Jornalistas seja analisada e aprovada na CCJ. A tática ficou evidenciada quando na semana passada alguns dos mais importantes jornais do país romperam o silêncio sobre o assunto, dedicando parte de seus editoriais apenas à opinião da Presidente da ANJ, Judith Brito.
Autor da PEC dos Jornalistas, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificou como um tipo de "censura" tanto a prática da grande mídia, que restringe o acesso ao debate quando concede espaço somente a uma versão dos fatos, como a tentativa de barrar a votação da Proposta na CCJ. "É estranho que aqueles que se dizem defensores da liberdade de expressão revelem na prática exatamente o inverso, manipulando e restringindo a discussão. Desde que se começou a cogitar a votação da PEC na CCJ, iniciaram, estrategicamente, movimentos para impedir a análise da Proposta, o que considero uma prática anti-democrática. ", critica.
Pimenta informa ainda que, juntamente com o relator da PEC dos Jornalistas na CCJ, deputado Maurício Rands (PT-PE), com a líder da Frente Parlamentar em defesa do diploma na Câmara, deputada Rebeca Garcia (PP-AM), e o deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL), será estabelecida uma prática de trabalho para colocar em votação, na próxima quarta-feira (4), a Proposta na Comissão. No mesmo dia, os deputados Paulo Pimenta, Maurício Rands e Rebeca Garcia serão recebidos pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para discutir uma alternativa à decisão do dia 17 de junho da Suprema Corte brasileira.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
Imprensa gratuita: O Destak passou a ter tiragem de 200 mil exemplares em São Paulo.
Do portal Portugal Digital
O jornal de distribuição gratuita Destak, do grupo português Cofina, aumentou a tiragem para 200 mil exemplares. O jornal da empresa que edita os portugueses Jornal de Negócios e Correio da Manhã, além de São Paulo circula também no Rio de Janeiro.
O Destak passou a ter tiragem de 200 mil exemplares de segunda a quinta-feira e uma edição especial às sextas-feiras, com circulação de 250 mil exemplares em São Paulo. No Rio de Janeiro, o diário circula com 80 mil exemplares.Em São Paulo, o jornal será distribuído em 500 pontos por uma equipe de 200 entregadores na rua, em cerca de 180 cruzamentos.
Atualmente, o Destak é o maior jornal impresso gratuito do Brasil. "Com isso, além de ser o maior gratuito do país, o Destak passa a ser também o diário de maior circulação na região metropolitana da capital paulista, o maior centro de negócios do Brasil", diz Cláudio Zorzett, diretor comercial e de marketing do jornal, citado pelo site Meio & Mensagem.
O jornal de distribuição gratuita Destak, do grupo português Cofina, aumentou a tiragem para 200 mil exemplares. O jornal da empresa que edita os portugueses Jornal de Negócios e Correio da Manhã, além de São Paulo circula também no Rio de Janeiro.
O Destak passou a ter tiragem de 200 mil exemplares de segunda a quinta-feira e uma edição especial às sextas-feiras, com circulação de 250 mil exemplares em São Paulo. No Rio de Janeiro, o diário circula com 80 mil exemplares.Em São Paulo, o jornal será distribuído em 500 pontos por uma equipe de 200 entregadores na rua, em cerca de 180 cruzamentos.
Atualmente, o Destak é o maior jornal impresso gratuito do Brasil. "Com isso, além de ser o maior gratuito do país, o Destak passa a ser também o diário de maior circulação na região metropolitana da capital paulista, o maior centro de negócios do Brasil", diz Cláudio Zorzett, diretor comercial e de marketing do jornal, citado pelo site Meio & Mensagem.
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Capes procura jornalista para seu portal
O Portal de Periódicos da Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Mec necessita de um jornalista para trabalhar em período integral, em Brasília. O perfil desejável prevê que o cadidato seja jornalista profissional, com pós graduação ou, pelo menos, cursando mestrado, que tenha algum conhecimento do sistema de pós-graduação e fluência em inglês.
Os candidatos devem enviar curriculo para Fabio Pereira pelo e-mail: fabio.pereira@capes.gov.br
Os candidatos devem enviar curriculo para Fabio Pereira pelo e-mail: fabio.pereira@capes.gov.br
México é o pais latino-americano mais perigoso para exercício jornalístico
Informe da ong Repórteres sem Fronteira classifica o México como o país mais perigoso das Américas para exercício do jornalismo. Na verdade, segundo o nforme, haveria um estado de guerra entre a imprensa e demais setores da sociedade mexicana, em especial a classe política e narco traficantes. Numa lista de 175 países pesquisados, o México aparece em 138º lugar. Desde o ano 2000, 55 jornalistas foram assassinados naquele país.
Veja abaixo, em espanhol, o informe divulgado pelo Observatorio Latinoamericano para la Libertad de Expresión da Federación Latinoamericana de Trabajadores de la Comunicación Social (FELATRACS).
MÉXICO, ES EL PAÍS MÁS PELIGROSO PARA LA SEGURIDAD DE LOS PERIODISTAS
Reporteros sin Fronteras (RSF), en su informe sobre la clasificación anual de libertad de prensa en el mundo, ha resaltado a México en el 138 puesto de un total de 175 naciones. RSF argumenta que la mala ubicación de México "sumido desde 2006 en un cuasi estado de guerra con la vasta ofensiva general contra el narcotráfico” ha hecho que mantenga el “triste rango de país más peligroso del continente para la seguridad de los periodistas", vista desde los 55 asesinatos de periodistas registrados desde el año 2000, de los cuales, 9 fueron perpetrados en el presente año. En esta clasificación, Estados Unidos se ubica en el primer lugar del continente americano, siendo el número 20 de la lista general; en segundo lugar ésta Jamaica con el puesto 23. Si bien México, se encuentra por debajo de países como Venezuela (124), Colombia (126) y Honduras (128) –indica el informa –, esto se debe a que han sido constantemente denunciados por la falta de garantías para el trabajo periodístico. RSF indica que "la eliminación de cualquier prensa crítica" perjudicó la imagen de Venezuela y que el golpe de Estado en Honduras "le costó caro a la libertad de prensa".
Cuba, ubicado en el puesto 170 a nivel mundial, ha sido, además, incluido en la clasificación de naciones "enemigas del internet". La clasificación se realizó en base a agresiones, asesinatos, encarcelamientos y amenazas contra periodistas, la práctica de la censura y la autocensura y la existencia de monopolios estatales de la radio y la televisión.
Veja abaixo, em espanhol, o informe divulgado pelo Observatorio Latinoamericano para la Libertad de Expresión da Federación Latinoamericana de Trabajadores de la Comunicación Social (FELATRACS).
MÉXICO, ES EL PAÍS MÁS PELIGROSO PARA LA SEGURIDAD DE LOS PERIODISTAS
Reporteros sin Fronteras (RSF), en su informe sobre la clasificación anual de libertad de prensa en el mundo, ha resaltado a México en el 138 puesto de un total de 175 naciones. RSF argumenta que la mala ubicación de México "sumido desde 2006 en un cuasi estado de guerra con la vasta ofensiva general contra el narcotráfico” ha hecho que mantenga el “triste rango de país más peligroso del continente para la seguridad de los periodistas", vista desde los 55 asesinatos de periodistas registrados desde el año 2000, de los cuales, 9 fueron perpetrados en el presente año. En esta clasificación, Estados Unidos se ubica en el primer lugar del continente americano, siendo el número 20 de la lista general; en segundo lugar ésta Jamaica con el puesto 23. Si bien México, se encuentra por debajo de países como Venezuela (124), Colombia (126) y Honduras (128) –indica el informa –, esto se debe a que han sido constantemente denunciados por la falta de garantías para el trabajo periodístico. RSF indica que "la eliminación de cualquier prensa crítica" perjudicó la imagen de Venezuela y que el golpe de Estado en Honduras "le costó caro a la libertad de prensa".
Cuba, ubicado en el puesto 170 a nivel mundial, ha sido, además, incluido en la clasificación de naciones "enemigas del internet". La clasificación se realizó en base a agresiones, asesinatos, encarcelamientos y amenazas contra periodistas, la práctica de la censura y la autocensura y la existencia de monopolios estatales de la radio y la televisión.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Rádios e TVs públicas: emissoras públicas ou ferramentas estatais?
Por Cristiano Castilho, da Gazeta do Povo, em 24/10/2009
Criação de conselhos curadores pode limitar intervenção dos governos na gestão das estações de rádio públicas.
“As rádios públicas brasileiras hoje enfrentam hoje um dilema. Porque não está muito bem definido o que é público e o que é estatal.” A afirmação de Orlando Guilhon, presidente da Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub), revela o ponto em que comunicadores, estudiosos da área e mesmo ouvintes de rádio encontram maior discordância.
Mantidas com recursos de governo – federal, estadual ou municipal –, as rádios públicas podem ser classificadas como educativas, culturais e universitárias. E o fato de estarem atrelados ao poder estatal é, ao mesmo tempo e sob diferentes perspectivas, positivo e negativo.
De acordo com Orlando Guilhon, presidente da Associação de Rádios Públicas do Brasil, alguns bons exemplos de emissoras de caráter público podem ser encontrados no país.
Confira também a programação cultural da Rádio Paraná Educativa
Fundação Piratininga (Rio Grande do Sul) e Fundação Padre Anchieta (São Paulo)
As duas entidades desenvolvem trabalhos radiofônicos e televisivos de caráter educativo. Instituídas pelo governo de seus estados, gozam de autonomia intelectual, política e administrativa. Os programas valorizam o conteúco cultural e de interesse público, sem maiores comprometimentos comerciais. Além disso, têm conselhos curadores, formados por integrantes vitalícios e eletivos.
“As emissoras públicas são juridicamente vinculadas a algum poder público e dependem fundamentalmente desses recursos. Esse vínculo ainda é muito forte no Brasil, ao contrário do que acontece na experiência europeia e norte-americana”, explica Guilhon.
A Arpub foi fundada em 2004 por dez rádios públicas brasileiras. Hoje são 24 empresas filiadas – um total de 63 emissoras. A Rádio Educativa do Paraná, segundo Guilhon, foi uma das primeiras a demonstrar interesse em entrar para a associação.
Desvincular o poder político da linha editorial de rádios públicas e fazer com que sua missão seja “difundir, irradiar e produzir cultura, educação, cidadania, entretenimento, informação e prestação de serviços, buscando atingir um público cada vez mais amplo da sociedade” é o objetivo da Arpub.
“O governo tem o direito de ter uma comunicação própria, mas isso não pode se confundir com comunicação pública. Esse é o centro do nosso debate hoje”, diz Guilhon, também superintendente de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Para Sandra de Deus, jornalista e professora de Radiojornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o panorama das rádios públicas brasileiras ainda não é satisfatório. “Há muita teoria e pouca prática. Se observarmos a programação dessas emissoras vamos verificar que aquelas que pertencem aos governos são verdadeiras assessorias de imprensa e as das universidades, mesmo as mais antigas, ainda não encontraram seu caminho. Além disso, a audiência é pequena”, declara Sandra.
Uma mudança benéfica, ainda segundo a professora, seria separar definitivamente – ou criar, em alguns casos – rádios públicas e estatais, estas com função exclusiva de atender ao setor de comunicação de seu governo gestor. “Não vejo qual a saída para isso se a cada quatro anos se troca a forma de fazer rádio ‘pública’. Se reinventa a roda. Uma emissora pública deveria ser entendida como rádio capaz de cumprir a sua função já definida pela associação [Arpub]. Outras seriam estações que se constituissem como órgãos de divulgação de governo e possuíssem uma programação para atender o partido de plantão.”
As rádios públicas seguiriam também a tendência da evolução tecnológica e se modificariam, sempre em função da demanda da sociedade. “Elas têm um papel fundamental porque as sociedades modernas querem emissoras públicas. Mas nós ainda não chegamos à metade do caminho. Na verdade não iniciamos o caminho”, lamenta Sandra.
Pós-Doutora em Comunicação pela Maison des Sciences de l’Homme – Paris Nord (França) e mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná, a professora Rosa Maria Dalla Costa relembra a importância das rádios públicas na democratização da informação. Segundo Rosa, com uma visão mais otimista, as rádios, mesmo as comerciais, já cumprem importante papel na prestação de serviços públicos.
“Acredito que os meios contribuem para a democracia e para um maior acesso às informações. Claro que esses meios têm problemas, interesses, não falam sobre tudo... mas garantem maior acesso à informação ainda assim. Por isso, penso que se temos problemas, eles não estão apenas nos meios, estão também em outras instituições, como na escola e no poder público.”
O ponto de convergência das opiniões dos entrevistados se dá quando surgem as possíveis soluções para que a rádio pública exerça seu papel integralmente. Seria necessária a criação de conselhos gestores, de uma equipe de curadores [como o conselho da TV Cultura, de São Paulo] e até a inserção de um ombudsman – o que já existe em rádios (e tevês) públicas dos Estados Unidos, por exemplo.
“Estamos em um país em que leis não funcionam. Elas modificam um papel e não modificam a cultura do povo nem sua forma de pensar. Por isso é preciso que a população se apropie das rádios. Que diga e pense: essa rádio é minha e eu tenho que fazer cobranças e exigências”, diz Orlando Guilhon.
Criação de conselhos curadores pode limitar intervenção dos governos na gestão das estações de rádio públicas.
“As rádios públicas brasileiras hoje enfrentam hoje um dilema. Porque não está muito bem definido o que é público e o que é estatal.” A afirmação de Orlando Guilhon, presidente da Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub), revela o ponto em que comunicadores, estudiosos da área e mesmo ouvintes de rádio encontram maior discordância.
Mantidas com recursos de governo – federal, estadual ou municipal –, as rádios públicas podem ser classificadas como educativas, culturais e universitárias. E o fato de estarem atrelados ao poder estatal é, ao mesmo tempo e sob diferentes perspectivas, positivo e negativo.
De acordo com Orlando Guilhon, presidente da Associação de Rádios Públicas do Brasil, alguns bons exemplos de emissoras de caráter público podem ser encontrados no país.
Confira também a programação cultural da Rádio Paraná Educativa
Fundação Piratininga (Rio Grande do Sul) e Fundação Padre Anchieta (São Paulo)
As duas entidades desenvolvem trabalhos radiofônicos e televisivos de caráter educativo. Instituídas pelo governo de seus estados, gozam de autonomia intelectual, política e administrativa. Os programas valorizam o conteúco cultural e de interesse público, sem maiores comprometimentos comerciais. Além disso, têm conselhos curadores, formados por integrantes vitalícios e eletivos.
“As emissoras públicas são juridicamente vinculadas a algum poder público e dependem fundamentalmente desses recursos. Esse vínculo ainda é muito forte no Brasil, ao contrário do que acontece na experiência europeia e norte-americana”, explica Guilhon.
A Arpub foi fundada em 2004 por dez rádios públicas brasileiras. Hoje são 24 empresas filiadas – um total de 63 emissoras. A Rádio Educativa do Paraná, segundo Guilhon, foi uma das primeiras a demonstrar interesse em entrar para a associação.
Desvincular o poder político da linha editorial de rádios públicas e fazer com que sua missão seja “difundir, irradiar e produzir cultura, educação, cidadania, entretenimento, informação e prestação de serviços, buscando atingir um público cada vez mais amplo da sociedade” é o objetivo da Arpub.
“O governo tem o direito de ter uma comunicação própria, mas isso não pode se confundir com comunicação pública. Esse é o centro do nosso debate hoje”, diz Guilhon, também superintendente de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Para Sandra de Deus, jornalista e professora de Radiojornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o panorama das rádios públicas brasileiras ainda não é satisfatório. “Há muita teoria e pouca prática. Se observarmos a programação dessas emissoras vamos verificar que aquelas que pertencem aos governos são verdadeiras assessorias de imprensa e as das universidades, mesmo as mais antigas, ainda não encontraram seu caminho. Além disso, a audiência é pequena”, declara Sandra.
Uma mudança benéfica, ainda segundo a professora, seria separar definitivamente – ou criar, em alguns casos – rádios públicas e estatais, estas com função exclusiva de atender ao setor de comunicação de seu governo gestor. “Não vejo qual a saída para isso se a cada quatro anos se troca a forma de fazer rádio ‘pública’. Se reinventa a roda. Uma emissora pública deveria ser entendida como rádio capaz de cumprir a sua função já definida pela associação [Arpub]. Outras seriam estações que se constituissem como órgãos de divulgação de governo e possuíssem uma programação para atender o partido de plantão.”
As rádios públicas seguiriam também a tendência da evolução tecnológica e se modificariam, sempre em função da demanda da sociedade. “Elas têm um papel fundamental porque as sociedades modernas querem emissoras públicas. Mas nós ainda não chegamos à metade do caminho. Na verdade não iniciamos o caminho”, lamenta Sandra.
Pós-Doutora em Comunicação pela Maison des Sciences de l’Homme – Paris Nord (França) e mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná, a professora Rosa Maria Dalla Costa relembra a importância das rádios públicas na democratização da informação. Segundo Rosa, com uma visão mais otimista, as rádios, mesmo as comerciais, já cumprem importante papel na prestação de serviços públicos.
“Acredito que os meios contribuem para a democracia e para um maior acesso às informações. Claro que esses meios têm problemas, interesses, não falam sobre tudo... mas garantem maior acesso à informação ainda assim. Por isso, penso que se temos problemas, eles não estão apenas nos meios, estão também em outras instituições, como na escola e no poder público.”
O ponto de convergência das opiniões dos entrevistados se dá quando surgem as possíveis soluções para que a rádio pública exerça seu papel integralmente. Seria necessária a criação de conselhos gestores, de uma equipe de curadores [como o conselho da TV Cultura, de São Paulo] e até a inserção de um ombudsman – o que já existe em rádios (e tevês) públicas dos Estados Unidos, por exemplo.
“Estamos em um país em que leis não funcionam. Elas modificam um papel e não modificam a cultura do povo nem sua forma de pensar. Por isso é preciso que a população se apropie das rádios. Que diga e pense: essa rádio é minha e eu tenho que fazer cobranças e exigências”, diz Orlando Guilhon.
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Os americanos estão lendo cada vez menos jornais impressos
Da France Presse, em 26/10/2009
WASHINGTON, EUA (AFP) - Os americanos estão lendo cada vez menos jornais impressos, o que corresponde a uma queda de mais de 10% da cirulação diária média em um ano, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira.
Entre abril e setembro de 2009, os jornais publicaram 30,39 milhões de exemplares por dia em média, contra 34 milhões durante o semestre equivalente em 2008. A queda é maior do que a registrada no período outubro de 2008-março de 2009 (-7,09%) ou o período precedente (-4,64%).
O escritório de auditoria da difusão (ABC) confirmou que o Wall Street Journal, o único entre os 25 maiores jornais do país a ganhar leitores (+0,61% a 2,02 milhões), tornou-se o com maior circulação semanal, passando o USA Today (queda de 17,05% a 1,9 milhão).
O San Francisco Chronicle sofreu a maior queda: de 25,82% a 251.782, mas o New York Times teve em contrapartida mais sorte que muitos outros com uma circulação reduzida de 7,28% a 927.851 exemplares.
O recuo não poupou os tablóides: o New York Post, que como o Wall Street Journal pertence ao império News Corporation de Rupert Murdoch, viu sua difusão cair 18,77% a 508.042 exemplares.
Esta queda, acompanhada por um desabamento das receitas publicitárias e a migração dos leitores para a internet, levou vários grupos de imprensa à quebra, vários títulos inclusive os centenários, e reduções de efetivos em todo o país.
WASHINGTON, EUA (AFP) - Os americanos estão lendo cada vez menos jornais impressos, o que corresponde a uma queda de mais de 10% da cirulação diária média em um ano, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira.
Entre abril e setembro de 2009, os jornais publicaram 30,39 milhões de exemplares por dia em média, contra 34 milhões durante o semestre equivalente em 2008. A queda é maior do que a registrada no período outubro de 2008-março de 2009 (-7,09%) ou o período precedente (-4,64%).
O escritório de auditoria da difusão (ABC) confirmou que o Wall Street Journal, o único entre os 25 maiores jornais do país a ganhar leitores (+0,61% a 2,02 milhões), tornou-se o com maior circulação semanal, passando o USA Today (queda de 17,05% a 1,9 milhão).
O San Francisco Chronicle sofreu a maior queda: de 25,82% a 251.782, mas o New York Times teve em contrapartida mais sorte que muitos outros com uma circulação reduzida de 7,28% a 927.851 exemplares.
O recuo não poupou os tablóides: o New York Post, que como o Wall Street Journal pertence ao império News Corporation de Rupert Murdoch, viu sua difusão cair 18,77% a 508.042 exemplares.
Esta queda, acompanhada por um desabamento das receitas publicitárias e a migração dos leitores para a internet, levou vários grupos de imprensa à quebra, vários títulos inclusive os centenários, e reduções de efetivos em todo o país.
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domingo, 25 de outubro de 2009
França lança "proer" da mídia
Uma espécie de proer da imprensa está gerando polêmica na França. Cerca de 60 milhões de euros - R$ 140 milhões – deverão sair dos cofres públicos para revitalizar a mídia daquele país e a para desenvolver uma nova forma de jornalismo na Internet, que visa se valer da convergência tecnológica, utilizando recursos da fotografia, da redação, e do vídeo.
Jornalistas. Para capacitar os profissionais, o governo francês vai investir, em três anos, a soma de 18 milhões de euros – cerca de R$ 43,2 milhões. Os recursos são provenientes de uma espécie de fundo ao desenvolvimento de empregos e capacitação de trabalhadores. Teoricamente, eles serão empregados na capacitação dos jornalistas, mas há dúvidas sobre eventuais desvios.
A medida anunciada pelo ministério da Cultura, no dia 8/10, já provoca polêmica. Em entrevista ao Le Monde, Jacques Morandat, diretor da Fédération française des agences de presse (FFAP), declarou que a iniciativa representa um desvio de dinheiro público que vai privilegiar os jornalistas. Já os sindicatos de jornalistas estão inquietos, pois acreditam que este projeto vai se valer de recursos destinados a capacitar a corporação para interferir nos conteúdos a serem publicados.
Além dos recursos destinados à capacitação profissional, o governo de Sarkozi deve investir mais 20 milhões de euros – R$ 48 milhões – na modernização das gráficas e outra quantia semelhante para desenvolver a imprensa digital.
Jornalistas. Para capacitar os profissionais, o governo francês vai investir, em três anos, a soma de 18 milhões de euros – cerca de R$ 43,2 milhões. Os recursos são provenientes de uma espécie de fundo ao desenvolvimento de empregos e capacitação de trabalhadores. Teoricamente, eles serão empregados na capacitação dos jornalistas, mas há dúvidas sobre eventuais desvios.
A medida anunciada pelo ministério da Cultura, no dia 8/10, já provoca polêmica. Em entrevista ao Le Monde, Jacques Morandat, diretor da Fédération française des agences de presse (FFAP), declarou que a iniciativa representa um desvio de dinheiro público que vai privilegiar os jornalistas. Já os sindicatos de jornalistas estão inquietos, pois acreditam que este projeto vai se valer de recursos destinados a capacitar a corporação para interferir nos conteúdos a serem publicados.
Além dos recursos destinados à capacitação profissional, o governo de Sarkozi deve investir mais 20 milhões de euros – R$ 48 milhões – na modernização das gráficas e outra quantia semelhante para desenvolver a imprensa digital.
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Deputado pode ter programa em televisão pública?
Não, a dúvida não se refere a algum parlamentar brasileiro, apresentador de programa de rádio ou de TV. Tampouco, se refere a políticos que foram agraciados no Brasil com canais de rádio e TV. A preocupação é do jornal Le Monde e se refere ao deputado Jean-Marie Cavada (foto), que representa a França no Parlamento Europeu.
O parlamentar, membro da articulação Nouveau Centre, é ex-apresentador do programa La Marche du siècle, veiculado na TV pública France 3. O deputado deverá ancorar um programa especial consagrado aos refugiados climáticos - populações que precisam mudar de um lugar ao outro do planeta para fugir dos rigores do clima - e que será transmitido por outro canal público, o France 5, dia 24/11.
Os primeiros a reclamarem do que foi classificado confusão de papéis foram os sindicatos que representam os trabalhadores de France Télévisions, holding pública que reúne os dois canais anteriormente citados.
Existem diversos jornalistas competentes trabalhando na France Télévisions que poderiam ancorar este programa - declarou o jornalista Jean-François Téaldi, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas, vinculado a Central Geral dos Trabalhadores da França -SNJ-CGT. Qualquer que seja a sua coloração política um parlamentar não pode ser apresentador de um programa ainda mais num canal de serviço público - complementou.
Para ler, em francês, a reportagem do Le Monde sobre este tema, clique aqui.
O parlamentar, membro da articulação Nouveau Centre, é ex-apresentador do programa La Marche du siècle, veiculado na TV pública France 3. O deputado deverá ancorar um programa especial consagrado aos refugiados climáticos - populações que precisam mudar de um lugar ao outro do planeta para fugir dos rigores do clima - e que será transmitido por outro canal público, o France 5, dia 24/11.
Os primeiros a reclamarem do que foi classificado confusão de papéis foram os sindicatos que representam os trabalhadores de France Télévisions, holding pública que reúne os dois canais anteriormente citados.
Existem diversos jornalistas competentes trabalhando na France Télévisions que poderiam ancorar este programa - declarou o jornalista Jean-François Téaldi, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas, vinculado a Central Geral dos Trabalhadores da França -SNJ-CGT. Qualquer que seja a sua coloração política um parlamentar não pode ser apresentador de um programa ainda mais num canal de serviço público - complementou.
Para ler, em francês, a reportagem do Le Monde sobre este tema, clique aqui.
No Brasil, quando vivo, o então senador Artur da Távola mantinha um programa de música clássica na TV Senado. Outros parlamentares já aventaram a possibilidade de manterem programas nas emissoras legislativas, mas a resistência, em especial dos jornalistas concursados, tem impedido que isso se concretize. Já nas emissoras privadas....
TV digital: 500 mil lares sem televisão, na França
A França vai desligar o seu sistema de transmissão de televisão analógica em 2011, passando a operar exclusivamente o sistema digital, lá denominado TNT (televisão numérica terrestre). A passagem de um sistema ao outro não acontecerá sem deixar seqüelas. A previsão de Alain Méar, membro do Conseil supérieur de l'audiovisuel (CSA) - instituição governamental encarregada de tratar do tema - é que 500 mil lares cairão no apartheid tecnológico e ficarão no apagão do digital. Traduzindo> não terão acesso a nenhum dos dois sistemas, nem ao analógico que deixa de operar, nem ao TNT.
A previsão anterior é que o apagão atingisse 1,3 milhão de residências e para reduzir isso o governo estuda subsidiar os equipamentos e nas localidades onde o TNT não uder efetivamente funcionar, a saída seria subsidiar a assinatura de canais satelitais pagos.
Segundo Alain Méar haverá uma "zona de sombra" onde o TNT não alcançará e esta zona deve representar 500 mil casas residenciais. Estas considerações foram feitas por ocasião de uma audiência pública na Assembléia Nacional Francesa. Os deputados estão preocupados pois não saberiam como explicar aos cidadãos franceses que antes possuiam acesso aos canais analógicos e agora terão seus aparelhos de televisão com as telas negras.
Uma outra saída aventada - e que é largamente utilizada no Brasil - é autorizar que as municipalidades, as prefeituras, instalem emissoras repetidoras para atender o público onde comercialmente não for interessante implantar os canais tradicionais.
Todo este debate deve servir de exemplo ao Brasil. O Brasil é 16 vezes maior do que a França e em seu território as áreas onde a televisão só chega mediante antenas satelitais analógicas sãobem mais numerosas do que naquele país europeu. Desta forma, daqui a dez anos, quando o Brasil desligar seu sistema analógico, as perspectivas de um apartheid tecnológico são bem maiores.
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Censura: Marrocos proíbe circulação do Le Monde
Esta caricatura, aí ao lado, foi o suficiente para que a monarquia marroquina proibisse a circulação do jornal francês Le Monde no Marrocos. Na edição de 22/10, o diário francês traz uma caricatura do ilustrador Plantu mostrando uma mão que sai da bandeira marroquina em direção a um boneco, em forma de desenho infantil, com uma coroa e com um nariz que o próprio jornal diz ser parecido aos utilizados por palhaços. A justificativa para a proibição de circulação do Le Monde é que ele teria atingindo os símbolos nacionais, fato inaceitável para o governo de Casa Branca.
Recentemente, o Marrocos também proibiu a divulgação de pesquisas de opinião pública que versassem sobre a família real. O Marrocos foi ocupado pela França até 1950.
Recentemente, o Marrocos também proibiu a divulgação de pesquisas de opinião pública que versassem sobre a família real. O Marrocos foi ocupado pela França até 1950.
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Imprensa gratuita: Metro dá preju na Europa
O principal veículo impresso gratuíto do mundo, ícone de um novo formato jornalístico internacional, o Metro está dando prejuízo na Europa. Enquanto que em terra brasilis o Metrô - que é uma parceira entre o grupo Bandeirantes e os empresários internacionais que possuem a marca - amplia sua área de distribuição em SP, chegando à região do ABC, ( vice Imprensa gratuita: Metro anuncia chegada à região do ABC ), na Europa o bureau central do Metro International, auncia um perda de 8,6 milhões de euros, no terceiro trimetre do ano, contra um lucro de 22,1 milhões de euros no mesmo período do ano passado. O faturamento caiu em 8 %. Quando melhor do que a média mundial dos jornais que deverão regitrar perdas de 15 a 20 % neste ano.
Apesar dos números vemelhos, o diretor geral do Metro, Per Mikael Jensen, considerou - em entrevista ao Le Monde - que as estatísticas são encorajadoras e que elas indicam que o veículo está bem posicionado para atravessar a crise pblicitária. A expectativa é que 2010 tudo seja diferente.
Apesar dos números vemelhos, o diretor geral do Metro, Per Mikael Jensen, considerou - em entrevista ao Le Monde - que as estatísticas são encorajadoras e que elas indicam que o veículo está bem posicionado para atravessar a crise pblicitária. A expectativa é que 2010 tudo seja diferente.
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Argentina: Nova lei das comunicações começa a vigorar em etapas (Veja o vídeo)
A nova legislação que regula os meios de comunicação na Argentina começa a vigorar em etapas. A presidente Cristina Kirchner assimou os decretos que cria a empresa estatal de comunicação pública, a Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado, e que institui a Autoridad Federal de Aplicación de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, que será o órgão agerir as concessões de rádio e televisão.
Dentre outras inovações, a nova lei argentina combate o monopólio dos meios de comunicação naquelepaís, proibindo a propriedade cruzada de meios de comunicação, bem como limitando terriorialmente a área que um mesmo grupomidiático poderá cobrir.
Veja abaixo, em espanhol, o vídeo com o discurso da presidente argentina quando da sanção da nova lei e a nota divulgada pela agência de notícias Telam.
Por Telam, em 22/10/2009
POLITICA Medios: en diciembre entra en vigencia Radio y Televisión Argentina y constituyen la autoridad de aplicación
La Presidenta anunció que firmó el decreto que crea la autoridad de aplicación de la ley de Comunicación Audiovisual, que reemplaza al COMFER, y la entrada en vigencia Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
La presidenta Cristina Fernández de Kirchner resolvió hoy la constitución de la Autoridad Federal de Aplicación de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual y la conformación de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado, a través de sendos decretos.Ambas normas fueron leídas durante el acto realizado en el Teatro Argentino de La Plata.
El texto del decreto referido a la Autoridad Federal de Aplicación es el siguiente: "Se dispone que la autoridad federal de servicios de comunicación audiovisual iniciará sus funciones el día 10 de diciembre de 2009.
Se establece el procedimiento para la designación de los integrantes del directorio de la autoridad de aplicación de la ley de servicio audiovisual, tomándose como referencia las previsiones del decreto 222 del 19 de junio de 2003 para el nombramiento de los magistrados de la Corte Suprema, con las particularidades propias del presente caso.
Se dispone las previsiones necesarias a los fines de posibilitar el inicio del funcionamiento del Consejo Federal de Comunicación Audiovisual.
Se asignan las funciones a los diferentes órganos del Consejo Federal de Comunicación Audiovisual a los fines de la integración de la autoridad federal y del Consejo Federal de Comunicación Audiovisual. Se efectúan las invitaciones a los diferentes organismos previstos en esta ley".
El decreto referido a Radio y Televisión Argentina, Sociedad del Estado, establece: "Se dispone que Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado, iniciará sus funciones el día 10 de diciembre de 2009.
Se establecen las previsiones necesarias a los fines de posibilitar el inicio del funcionamiento de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
Se aprueba el estatuto que regirá el funcionamiento de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
Se asigna las funciones las diferentes funciones a los órganos de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
A los fines de la integración de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado se efectúan las invitaciones a los diferentes organismos previstos en esta ley.
Se establece que el personal del Sistema Nacional de Medios Públicos Sociedad del Estado y de las emisoras comerciales que se transfieren, mantendrán la misma remuneración, categoría y antigüedad".
Ante un teatro Argentino colmado, Cristina afirmó que "se han caído mitos, como por ejemplo el de la libertad de prensa independiente" y remarcó: "En algunos medios sólo se escuchaban voces contrarias a la ley" de Comunicación Audiovisual.
La presidenta graficó así el debate que se dio en torno a la ley de Comunicación Audiovisual aprobada por el Parlamento, al encabezar un acto en el Teatro Argentino de La Plata, donde quedó constituida la Autoridad Federal de Aplicación de la nueva norma.
"Este instrumento va a servir para que todas las voces tengan la posibilidad de expresarse libremente. Por eso construimos un instrumento colectivo y federal donde se reflejen todos y cada uno de los sectores, pueblos originarios, actores, periodistas, organizaciones de derechos humanos, cooperativas", sostuvo.
Tras destacar que esta ley "clausura otra etapa de la dictadura", la presidenta señaló que hay dos leyes que no fueron autoria de este gobierno o del anterior.
Así, mencionó la derogación de las leyes de obediencia debida y punto final "que se la debemos a esas mujeres de pañuelos blancos" y "esta otra, que es de ustedes, de la coalición democrática, de las organizaciones libres del pueblo, de actores, periodistas, que incansablemente lucharon para llegar a este resultado. Nosotros fuimos el instrumento político".
También agradeció a "los periodistas, que siempre fueron críticos, pero supieron separar lo que era este instrumento de la democracia". Además, agradeció "a los partidos políticos de la oposición que mantuvieron diferencias, pero supimos construir los consensos necesarios para aprobar este instrumento por mayorías nunca vistas en diputados y senadores".La presidenta dijo que fue "una batalla cultural profunda porque se había instalado que no era posible resistir la presión mediática de los grandes monopolios".
"Voy a dar todas las batallas para combatir la pobreza, la desigualdad", agregó. "Quiero contribuir a seguir construyendo consensos", indicó y en ese sentido anunció el lanzamiento de la reforma política.
La presidenta también sostuvo que "se ha caído el mito en cuanto a que no podíamos construir consensos" y al respecto mencionó las 200 modificaciones que se hicieron a la ley. "Las vivimos como construcciones, no como concesiones", dijo. "Necesitamos también que los partidos políticos que tienen representación popular en las cámaras hagan honor a sus plataformas. En la coherencia con las doctrinas es también posible construir una Argentina que vuelva a creer que la política es la que puede cambiar la realidad", añadió."
Esta presidenta no guarda rencor a nadie, cuanto mas gente sumemos a esta convicción democrática, vamos a estar haciendo honor a tantos argentinos que dieron su vida para construir una Argentina mejor y ni siquiera sabemos donde están", subrayó.
"Convoco a seguir construyendo consensos como este, es la clausura de otra etapa de la dictadura. Nos falta también la mas importante, la lucha por redistribución del ingreso que se empezó a modificar dramáticamente en 1976", enfatizó. Y agregó que "estoy segura que en algún momento y sin renunciar a identidades nos vamos a estrechar en un fuerte abrazo", finalizó.
Dentre outras inovações, a nova lei argentina combate o monopólio dos meios de comunicação naquelepaís, proibindo a propriedade cruzada de meios de comunicação, bem como limitando terriorialmente a área que um mesmo grupomidiático poderá cobrir.
Veja abaixo, em espanhol, o vídeo com o discurso da presidente argentina quando da sanção da nova lei e a nota divulgada pela agência de notícias Telam.
Por Telam, em 22/10/2009
POLITICA Medios: en diciembre entra en vigencia Radio y Televisión Argentina y constituyen la autoridad de aplicación
La Presidenta anunció que firmó el decreto que crea la autoridad de aplicación de la ley de Comunicación Audiovisual, que reemplaza al COMFER, y la entrada en vigencia Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
La presidenta Cristina Fernández de Kirchner resolvió hoy la constitución de la Autoridad Federal de Aplicación de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual y la conformación de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado, a través de sendos decretos.Ambas normas fueron leídas durante el acto realizado en el Teatro Argentino de La Plata.
El texto del decreto referido a la Autoridad Federal de Aplicación es el siguiente: "Se dispone que la autoridad federal de servicios de comunicación audiovisual iniciará sus funciones el día 10 de diciembre de 2009.
Se establece el procedimiento para la designación de los integrantes del directorio de la autoridad de aplicación de la ley de servicio audiovisual, tomándose como referencia las previsiones del decreto 222 del 19 de junio de 2003 para el nombramiento de los magistrados de la Corte Suprema, con las particularidades propias del presente caso.
Se dispone las previsiones necesarias a los fines de posibilitar el inicio del funcionamiento del Consejo Federal de Comunicación Audiovisual.
Se asignan las funciones a los diferentes órganos del Consejo Federal de Comunicación Audiovisual a los fines de la integración de la autoridad federal y del Consejo Federal de Comunicación Audiovisual. Se efectúan las invitaciones a los diferentes organismos previstos en esta ley".
El decreto referido a Radio y Televisión Argentina, Sociedad del Estado, establece: "Se dispone que Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado, iniciará sus funciones el día 10 de diciembre de 2009.
Se establecen las previsiones necesarias a los fines de posibilitar el inicio del funcionamiento de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
Se aprueba el estatuto que regirá el funcionamiento de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
Se asigna las funciones las diferentes funciones a los órganos de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado.
A los fines de la integración de Radio y Televisión Argentina Sociedad del Estado se efectúan las invitaciones a los diferentes organismos previstos en esta ley.
Se establece que el personal del Sistema Nacional de Medios Públicos Sociedad del Estado y de las emisoras comerciales que se transfieren, mantendrán la misma remuneración, categoría y antigüedad".
Ante un teatro Argentino colmado, Cristina afirmó que "se han caído mitos, como por ejemplo el de la libertad de prensa independiente" y remarcó: "En algunos medios sólo se escuchaban voces contrarias a la ley" de Comunicación Audiovisual.
La presidenta graficó así el debate que se dio en torno a la ley de Comunicación Audiovisual aprobada por el Parlamento, al encabezar un acto en el Teatro Argentino de La Plata, donde quedó constituida la Autoridad Federal de Aplicación de la nueva norma.
"Este instrumento va a servir para que todas las voces tengan la posibilidad de expresarse libremente. Por eso construimos un instrumento colectivo y federal donde se reflejen todos y cada uno de los sectores, pueblos originarios, actores, periodistas, organizaciones de derechos humanos, cooperativas", sostuvo.
Tras destacar que esta ley "clausura otra etapa de la dictadura", la presidenta señaló que hay dos leyes que no fueron autoria de este gobierno o del anterior.
Así, mencionó la derogación de las leyes de obediencia debida y punto final "que se la debemos a esas mujeres de pañuelos blancos" y "esta otra, que es de ustedes, de la coalición democrática, de las organizaciones libres del pueblo, de actores, periodistas, que incansablemente lucharon para llegar a este resultado. Nosotros fuimos el instrumento político".
También agradeció a "los periodistas, que siempre fueron críticos, pero supieron separar lo que era este instrumento de la democracia". Además, agradeció "a los partidos políticos de la oposición que mantuvieron diferencias, pero supimos construir los consensos necesarios para aprobar este instrumento por mayorías nunca vistas en diputados y senadores".La presidenta dijo que fue "una batalla cultural profunda porque se había instalado que no era posible resistir la presión mediática de los grandes monopolios".
"Voy a dar todas las batallas para combatir la pobreza, la desigualdad", agregó. "Quiero contribuir a seguir construyendo consensos", indicó y en ese sentido anunció el lanzamiento de la reforma política.
La presidenta también sostuvo que "se ha caído el mito en cuanto a que no podíamos construir consensos" y al respecto mencionó las 200 modificaciones que se hicieron a la ley. "Las vivimos como construcciones, no como concesiones", dijo. "Necesitamos también que los partidos políticos que tienen representación popular en las cámaras hagan honor a sus plataformas. En la coherencia con las doctrinas es también posible construir una Argentina que vuelva a creer que la política es la que puede cambiar la realidad", añadió."
Esta presidenta no guarda rencor a nadie, cuanto mas gente sumemos a esta convicción democrática, vamos a estar haciendo honor a tantos argentinos que dieron su vida para construir una Argentina mejor y ni siquiera sabemos donde están", subrayó.
"Convoco a seguir construyendo consensos como este, es la clausura de otra etapa de la dictadura. Nos falta también la mas importante, la lucha por redistribución del ingreso que se empezó a modificar dramáticamente en 1976", enfatizó. Y agregó que "estoy segura que en algún momento y sin renunciar a identidades nos vamos a estrechar en un fuerte abrazo", finalizó.
Comunicação movimentou R$ 47,3 bilhões em 2007
Por Robert Galbraith, do M&M Online, em 23/10/2009
Estudo concluído pelo IBGE e pela Abap mostrou que cifra representou 1,8% do PIB daquele ano e representou 612 mil empregos
A Associação Brasileira das Agências de Propaganda anunciou nesta sexta-feira, 23, no encontro de seus presidentes de capítulos regionais, em Recife, os primeiros números do estudo conduzido pelo IBGE sobre a movimentação da indústria da comunicação no ano de 2007. O levantamento aponta que todas as cadeias produtivas do setor movimentaram R$ 47,3 bilhões, o equivalente a 1,8% do PIB - que naquele ano foi de 2,358 trilhão - um incremento de 9,2% em relação ao último estudo divulgado referente a 2005.
O número de empregos registrados formalmente por pouco mais de 97 mil empresas foi de 612 mil, com uma massa salarial de R$ 9,5 bilhões. O setor que mais empregou foi o de telemarketing com 265 mil empregos mas uma massa salarial de apenas 140,4 milhões pagos por 1.128 empresas. A publicidade, por sua vez, representou R$ 8,5 bilhões do montante, no qual as 10.242 agências empregaram 25.271 pessoas pagando R$ 679 milhões em salários.
Luiz Lara, presidente da ABAP, também confirmou a realização do próximo Encontro Nacional das Agências de Publicidade para o Rio de Janeiro nos dias 4 e 5 de março de 2010, no prédio da Firjan, no centro da cidade. O jantar de gala que encerra o evento será no Pier Mauá, área da cidade que vem passando por um processo de revitalização. Na ocasião será entregue a primeira edição do prêmio Ícones que irá premiar personalidades não necessariamente ligadas à publicidade nas categorias Liberdade, Conteúdo e Inovação.
Lara também informou que os líderes regionais da ABAP estarão em Brasília no próximo dia 4 de novembro num encontro com os 180 deputados da Frente Parlamentar da Comunicação para reafirmar suas convicções sobre diversos temas referentes à liberdade de expressão comercial, entre eles as novas restrições para a publicidade infantil e a de medicamentos.
Estudo concluído pelo IBGE e pela Abap mostrou que cifra representou 1,8% do PIB daquele ano e representou 612 mil empregos
A Associação Brasileira das Agências de Propaganda anunciou nesta sexta-feira, 23, no encontro de seus presidentes de capítulos regionais, em Recife, os primeiros números do estudo conduzido pelo IBGE sobre a movimentação da indústria da comunicação no ano de 2007. O levantamento aponta que todas as cadeias produtivas do setor movimentaram R$ 47,3 bilhões, o equivalente a 1,8% do PIB - que naquele ano foi de 2,358 trilhão - um incremento de 9,2% em relação ao último estudo divulgado referente a 2005.
O número de empregos registrados formalmente por pouco mais de 97 mil empresas foi de 612 mil, com uma massa salarial de R$ 9,5 bilhões. O setor que mais empregou foi o de telemarketing com 265 mil empregos mas uma massa salarial de apenas 140,4 milhões pagos por 1.128 empresas. A publicidade, por sua vez, representou R$ 8,5 bilhões do montante, no qual as 10.242 agências empregaram 25.271 pessoas pagando R$ 679 milhões em salários.
Luiz Lara, presidente da ABAP, também confirmou a realização do próximo Encontro Nacional das Agências de Publicidade para o Rio de Janeiro nos dias 4 e 5 de março de 2010, no prédio da Firjan, no centro da cidade. O jantar de gala que encerra o evento será no Pier Mauá, área da cidade que vem passando por um processo de revitalização. Na ocasião será entregue a primeira edição do prêmio Ícones que irá premiar personalidades não necessariamente ligadas à publicidade nas categorias Liberdade, Conteúdo e Inovação.
Lara também informou que os líderes regionais da ABAP estarão em Brasília no próximo dia 4 de novembro num encontro com os 180 deputados da Frente Parlamentar da Comunicação para reafirmar suas convicções sobre diversos temas referentes à liberdade de expressão comercial, entre eles as novas restrições para a publicidade infantil e a de medicamentos.
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Opinião: A imprensa diária está morrendo?
O artigo é de Ignácio Ramonet, em Carta Maior
O que é que agrava tão letalmente a velha decadência da imprensa escrita quotidiana? Um fator conjuntural: a crise econômica global que provoca a redução da publicidade e a restrição do crédito. E que, no momento mais inoportuno, se veio somar aos males estruturais do setor: a mercantilização da informação, o apego à publicidade, a perda de credibilidade, a queda de subscritores, a competência da imprensa gratuita, o envelhecimento dos leitores... Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa.
O desastre é enorme. Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa. Nem sequer se salvam os outrora considerados "jornais de referência": El País em Espanha, Le Monde em França, The Times e The Independent no Reino Unido, Corriere della Sera e La Repubblica em Itália, etc. Todos eles acumulam fortes perdas económicas, baixa da difusão e queda da publicidade (1). O prestigiado New York Times teve que solicitar a ajuda do milionário mexicano Carlos Slim; a empresa editora de The Chicago Tribune e de Los Angeles Times, assim como a Hearst Corporation, dona do San Francisco Chronicle, caíram na bancarrota; News Corp, o poderoso grupo multimédia de Rupert Murdoch que publica o Wall Street Journal, apresentou perdas anuais de 2.500 milhões de euros...
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O que é que agrava tão letalmente a velha decadência da imprensa escrita quotidiana? Um fator conjuntural: a crise econômica global que provoca a redução da publicidade e a restrição do crédito. E que, no momento mais inoportuno, se veio somar aos males estruturais do setor: a mercantilização da informação, o apego à publicidade, a perda de credibilidade, a queda de subscritores, a competência da imprensa gratuita, o envelhecimento dos leitores... Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa.
O desastre é enorme. Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa. Nem sequer se salvam os outrora considerados "jornais de referência": El País em Espanha, Le Monde em França, The Times e The Independent no Reino Unido, Corriere della Sera e La Repubblica em Itália, etc. Todos eles acumulam fortes perdas económicas, baixa da difusão e queda da publicidade (1). O prestigiado New York Times teve que solicitar a ajuda do milionário mexicano Carlos Slim; a empresa editora de The Chicago Tribune e de Los Angeles Times, assim como a Hearst Corporation, dona do San Francisco Chronicle, caíram na bancarrota; News Corp, o poderoso grupo multimédia de Rupert Murdoch que publica o Wall Street Journal, apresentou perdas anuais de 2.500 milhões de euros...
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Opinião - Folha de São Paulo: A ditadura do ombudsman
O artigo é de Urariano Mota, em Carta Maior
A Folha de São Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a ter algo semelhante, o seu próprio ombudsman, que deveria ser um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores, além de realizar a crítica interna do jornal. O ombudsman da Folha pode até receber e encaminhar as queixas dos leitores. Mas poderia ser substituído por uma caixa online, que a cada reclamação respondesse automático: caro senhor, muito obrigado, senhor, atenciosamente.
Recife (PE) - Qualquer pesquisa na internet informará que ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. E que a Folha de São Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a ter algo semelhante, o seu próprio ombudsman, que deveria ser um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores; realizar a crítica interna do jornal e, uma vez por semana, aos domingos, etc. etc. Vamos ao ponto e ao fato, agora. Em 29 de julho de 2009, lancei o livro “Soledad no Recife” em São Paulo. O livro narra os últimos dias de Soledad Barrett, a militante socialista que teve a infinita infelicidade de ser mulher do Cabo Anselmo, pois grávida foi entregue por ele ao assassino Fleury. Que a executou sob torturas, a ela e a mais cinco militantes, em 1973. Isso é histórico. O livro, uma recriação literária em cima de pessoas, depoimentos e papéis, expõe o caráter da traição de Anselmo, em um momento que não poderia ser mais inconveniente para ele.
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A Folha de São Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a ter algo semelhante, o seu próprio ombudsman, que deveria ser um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores, além de realizar a crítica interna do jornal. O ombudsman da Folha pode até receber e encaminhar as queixas dos leitores. Mas poderia ser substituído por uma caixa online, que a cada reclamação respondesse automático: caro senhor, muito obrigado, senhor, atenciosamente.
Recife (PE) - Qualquer pesquisa na internet informará que ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. E que a Folha de São Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a ter algo semelhante, o seu próprio ombudsman, que deveria ser um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores; realizar a crítica interna do jornal e, uma vez por semana, aos domingos, etc. etc. Vamos ao ponto e ao fato, agora. Em 29 de julho de 2009, lancei o livro “Soledad no Recife” em São Paulo. O livro narra os últimos dias de Soledad Barrett, a militante socialista que teve a infinita infelicidade de ser mulher do Cabo Anselmo, pois grávida foi entregue por ele ao assassino Fleury. Que a executou sob torturas, a ela e a mais cinco militantes, em 1973. Isso é histórico. O livro, uma recriação literária em cima de pessoas, depoimentos e papéis, expõe o caráter da traição de Anselmo, em um momento que não poderia ser mais inconveniente para ele.
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Nosso blog recebe mais de 5 mil visitas em outubro
O nosso blog, Chico Sant'Anna e a Info Com, recebeu mais de cinco mil visitas neste mês de outubro. Criado por quem lhe escreve, um neófito da blogosfera, o nosso espaço nasceu em março de 2009 de um dever de casa do Curso Jornalismo em linha 2.0, ofertado pela Universidade de Austin, no Texas.
Terminado o curso decidi manter o blog e focá-lo nas notícias de Informação e Comunicação em quatro idiomas: português, francês, espanhol e inglês.
Em outubro, introduzi um contador de visitas, contador este que registrou na manhã deste domingo, 25/10/2009, 5039 visitas. Uma média de 200 por dia. Ta bom, né? O blog conta com 54 seguidores cadastrados e com serviço de RSS. Quem habilitar este serviço poderá receber em tempo real as notas postadas.
Do dia 30 de março até hoje, foram postadas 713 notas. Um olhar analítico sobre elas aponta bem o perfil do conteúdo do blog. Confira:
Tema (tag) Total de notas
Terminado o curso decidi manter o blog e focá-lo nas notícias de Informação e Comunicação em quatro idiomas: português, francês, espanhol e inglês.
Em outubro, introduzi um contador de visitas, contador este que registrou na manhã deste domingo, 25/10/2009, 5039 visitas. Uma média de 200 por dia. Ta bom, né? O blog conta com 54 seguidores cadastrados e com serviço de RSS. Quem habilitar este serviço poderá receber em tempo real as notas postadas.
Do dia 30 de março até hoje, foram postadas 713 notas. Um olhar analítico sobre elas aponta bem o perfil do conteúdo do blog. Confira:
Tema (tag) Total de notas
- Diploma de Jornalismo (exigência) 51
- Regulamentação Profissional/Jornalista 47
- TV Digital 37
- Democratização dos Meios de Comunicação 33
- Ensino de Jornalismo 31
- Capacitação profissional 30
- Emprego (para jornalista) 29
- Concursos públicos 29
- Pesquisa em Comunicação 29
- Liberdade de Expressão 26
- Livros-Lançamentos 26
- Encontros profissionais 23
- Análise das mídias 22
- Ensino de Comunicação 20
- TV Pública 20
- TV Paga 19
- Mídia das Fontes 17
- França (Comunicação e Jornalismo) 17
- Bolsas de Estudo 15
- Estados Unidos(Comunicação e Jornalismo) 15
- Festival (cinema e publicidade) 14
- Comunicação Institucional 14
- Confecom 14
- Honduras (Comunicação e Jornalismo) 12
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Twitter é rede de informação. E não mídia social, diz seu criador
Biz Stone, um dos fundadores do Twitter, comemorou no Brasil o acerto de acordos assinados com duas grandes marcas do mundo digital: Google e Microsoft. Convidado pelo Grupo TV1 para se apresentar no segundo encontro Agenda do Futuro, realizado na quarta-feira, 22, ele deu os toques finais na negociação em São Paulo - e o anúncio foi feito nos Estados Unidos.
Por Lena Castellón, do M&M ON-line, em 22/10/2009
A afirmação é de Biz Stone, cofundador do site de microblog. Ele fez a declaração no dia em que Google e Bing fecharam acordo com a empresa para incrementar busca
Com os acordos, os tweets (as mensagens de 140 caracteres) passam a constar das buscas feitas no Google ou no Bing, o sistema da Microsoft. Se alguém postar uma notícia a respeito de um evento em uma cidade, por exemplo, a informação entra na lista de resultados dos serviços. "Os acordos permitem uma busca melhor no Twitter. O search do Twitter só nos dá os últimos updates. Agora, com o Google e o Bing, que dominam o conhecimento da busca, o usuário poderá fazer uma pesquisa com maior valor", explicou Stone.
Assinar esse acordo reforça a filosofia do Twitter, que é a troca de informações, conforme salientou o cofundador. Em encontro com jornalistas antes de sua apresentação no evento da TV1, Stone comentou que procura manter uma relação aberta com todas as companhias possíveis, sejam elas de search, rede social, redes móveis ou redes de TV, com quem já teve algumas experiências nos Estados Unidos.
Para ler o resto deste arigo, clique aqui
Por Lena Castellón, do M&M ON-line, em 22/10/2009
A afirmação é de Biz Stone, cofundador do site de microblog. Ele fez a declaração no dia em que Google e Bing fecharam acordo com a empresa para incrementar busca
Com os acordos, os tweets (as mensagens de 140 caracteres) passam a constar das buscas feitas no Google ou no Bing, o sistema da Microsoft. Se alguém postar uma notícia a respeito de um evento em uma cidade, por exemplo, a informação entra na lista de resultados dos serviços. "Os acordos permitem uma busca melhor no Twitter. O search do Twitter só nos dá os últimos updates. Agora, com o Google e o Bing, que dominam o conhecimento da busca, o usuário poderá fazer uma pesquisa com maior valor", explicou Stone.
Assinar esse acordo reforça a filosofia do Twitter, que é a troca de informações, conforme salientou o cofundador. Em encontro com jornalistas antes de sua apresentação no evento da TV1, Stone comentou que procura manter uma relação aberta com todas as companhias possíveis, sejam elas de search, rede social, redes móveis ou redes de TV, com quem já teve algumas experiências nos Estados Unidos.
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Imprensa gratuita: Metro anuncia chegada à região do ABC
Por Robert Galbraith, do M&M On-line, em 22/10/2009
Título gratuito, que já circula em São Paulo, terá campanha criada pela Lua Branca e promotores distribuindo exemplares em 40 pontos
O Metro, jornal de distribuição gratuita resultado de uma joint-venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional, lança nesta sexta-feira, 23, uma edição exclusiva para a região do ABC - Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano.
A primeira distribuição será feita por promotores espalhados em mais de 40 pontos estratégicos das três cidades, que irão distribuir cerca de 30 mil exemplares por dia de circulação, auditados pela BDO Trevisan. Segundo o presidente do Metro, Marcello D'Angelo, existe no ABC uma demanda por um jornal do perfil do Metro. "A região tem um potencial importante e adequado ao nosso modelo", afirma.
A nova operação vai mobilizar diariamente cerca de 80 pessoas, entre produção jornalística, comercialização e distribuição. "Já temos uma redação dedicada exclusivamente à região e todos os profissionais foram recrutados na localidade ", destaca D'Angelo.
A campanha para divulgar a novidade estará a cargo da Lua Branca e terá um teaser como largada. Anúncios nos veículos dirigidos aos anunciantes, além de outdoors, mobiliário urbano e painéis eletrônicos nas cidades do ABC, destacam a novidade com o slogan: "Chegou Metro. O jornal que fala a língua da sua cidade". Spots de rádio e comerciais de televisão também integram o pacote publicitário.
A primeira edição do Metro no Brasil foi lançada em São Paulo em maio de 2007. Presente em 20 países, o Metro soma mais de 10 milhões de exemplares de circulação diariamente em todo o mundo, segundo comunicado da empresa. É citado também uma pesquisa do Instituto de pesquisas Ipsos Marplan que aponta o Metro São Paulo como o jornal que mais cresce em número de leitores na capital paulista e um portfólio de 500 anunciantes que já veicularam anúncios.
Título gratuito, que já circula em São Paulo, terá campanha criada pela Lua Branca e promotores distribuindo exemplares em 40 pontos
O Metro, jornal de distribuição gratuita resultado de uma joint-venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional, lança nesta sexta-feira, 23, uma edição exclusiva para a região do ABC - Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano.
A primeira distribuição será feita por promotores espalhados em mais de 40 pontos estratégicos das três cidades, que irão distribuir cerca de 30 mil exemplares por dia de circulação, auditados pela BDO Trevisan. Segundo o presidente do Metro, Marcello D'Angelo, existe no ABC uma demanda por um jornal do perfil do Metro. "A região tem um potencial importante e adequado ao nosso modelo", afirma.
A nova operação vai mobilizar diariamente cerca de 80 pessoas, entre produção jornalística, comercialização e distribuição. "Já temos uma redação dedicada exclusivamente à região e todos os profissionais foram recrutados na localidade ", destaca D'Angelo.
A campanha para divulgar a novidade estará a cargo da Lua Branca e terá um teaser como largada. Anúncios nos veículos dirigidos aos anunciantes, além de outdoors, mobiliário urbano e painéis eletrônicos nas cidades do ABC, destacam a novidade com o slogan: "Chegou Metro. O jornal que fala a língua da sua cidade". Spots de rádio e comerciais de televisão também integram o pacote publicitário.
A primeira edição do Metro no Brasil foi lançada em São Paulo em maio de 2007. Presente em 20 países, o Metro soma mais de 10 milhões de exemplares de circulação diariamente em todo o mundo, segundo comunicado da empresa. É citado também uma pesquisa do Instituto de pesquisas Ipsos Marplan que aponta o Metro São Paulo como o jornal que mais cresce em número de leitores na capital paulista e um portfólio de 500 anunciantes que já veicularam anúncios.
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III Simpósio Nacional de Pesquisadores em Cibercultura
A Comissão Organizadora do III Simpósio Nacional da ABCiber informa que o prazo final para proposição de trabalhos se encerra no próximo dia 26 de outubro. O Simpósio será realizado na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, nos dias 16, 17 e 18 de novembro de 2009.
Clique aqui , para obter informações detalhadas sobre a ABCiber e aqui para se informar sobre o envio de trabalhos e inscrições no III Simpósio Nacional de Pesquisadores em Cibercultura.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009
TV Paga: Net bate recorde de lucro, atingindo R$ 246 milhões no trimestre
Por Fernando Lauterjung, do Pay-TV
A Net Serviços teve lucro líquido de R$ 246 milhões no terceiro trimestre de 2009, seu recorde histórico. A operadora divulgou seu balanço do terceiro trimestre nesta quarta, 21. O valor é quase o dobro do apresentado no segundo trimestre, que foi de R$ 130 milhões. No terceiro trimestre de 2008, a empresa apresentou prejuízo de R$ 63 milhões. Com o resultado recém-anunciado, a operadora soma lucro líquido de R$ 457 milhões no ano de 2009. A receita líquida e o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do terceiro trimestre também apresentaram crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida no trimestre foi de R$ 1,195 bilhão, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, e o Ebitda foi de R$ 322 milhões, crescimento de 31% em comparação ao terceiro trimestre de 2008. A margem Ebitda manteve-se em 27%.
Base em crescimento
A Net fechou o trimestre com 9,908 milhões de Unidades Geradoras de Receita (UGRs), o que representa um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2008. Em TV por assinatura, a base da operadora cresceu 25%, passando de 2,923 milhões para 3,645 milhões de assinantes. A base de clientes do serviço de banda larga Vírtua teve crescimento de 35%, passando de 2,059 milhões no terceiro trimestre de 2008 para 2,790 milhões de assinantes.
Foi na telefonia que a operadora alcançou maior crescimento. O número de linhas do Net Fone via Embratel fechou o trimestre com 2,489 milhões, um aumento de 63% em relação ao mesmo período de 2008 (1,532 milhão de linhas).
Dívida renegociada
Após negociar junto a investidores e credores um novo prazo para iniciar o pagamento do principal da 6ª Emissão de Debêntures e da CCB (Cédula de Crédito Bancário), a operadora conseguiu manter seu nível de alavancagem. Com isso sua dívida passou a apresentar um calendário de amortização de pagamento de principal até 2012, permitindo alocar mais recursos nos investimentos para sustentar seu crescimento.
Por conta das margens conseguidas e da renegociação das dívidas, a companhia recebeu uma elevação em sua nota pelas duas agências que avaliam seu risco de crédito, a Standard & Poor's Ratings Services (BB+) e a Moodys Investors Service (Ba1).
Mudanças nos custos
O balanço mostra que os custos de programação e franquia passaram de R$ 215,5 milhões no terceiro trimestre de 2008 para R$ 265 milhões no trimestre atual, um aumento de 23%. A empresa explica no balanço que a variação se dá por conta do reajuste anual do contrato de alguns programadores além do aumento da base TV por assinatura. Vale lembrar que a operadora aumentou o número de canais em alta definição, o que também deve impactar no custo de programação. Como percentual da receita liquida, os custos com programação e franquia passaram de 22,7% para 22,2%, comparando os terceiros trimestres de 2008 e de 2009. A empresa destaca que seus contratos com os programadores, inclusive fornecedores de conteúdo internacional, estão denominados em reais.
O Capex, investimentos na aquisição de assinantes, tanto para o pagamento de mão-de-obra de instalação quanto para o pagamento dos equipamentos e adequações de infra-estrutura necessárias para suportar o crescimento de assinantes, apresentou uma redução de 8% em relação ao mesmo período de 2008, totalizando R$ 238,5 milhões. Isso se deu, segundo a empresa devido à valorização da moeda nacional no período. O que barateou o custo dos equipamentos importados. Do total investido, a parcela variável representou 81% e foi destinada à compra de equipamentos e instalação em residência, ambos relacionados à aquisição de assinantes como também à adequação de infra-estrutura. A parcela fixa representou 19% e foi alocada principalmente para melhoria da qualidade da rede.
A Net Serviços teve lucro líquido de R$ 246 milhões no terceiro trimestre de 2009, seu recorde histórico. A operadora divulgou seu balanço do terceiro trimestre nesta quarta, 21. O valor é quase o dobro do apresentado no segundo trimestre, que foi de R$ 130 milhões. No terceiro trimestre de 2008, a empresa apresentou prejuízo de R$ 63 milhões. Com o resultado recém-anunciado, a operadora soma lucro líquido de R$ 457 milhões no ano de 2009. A receita líquida e o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do terceiro trimestre também apresentaram crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida no trimestre foi de R$ 1,195 bilhão, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, e o Ebitda foi de R$ 322 milhões, crescimento de 31% em comparação ao terceiro trimestre de 2008. A margem Ebitda manteve-se em 27%.
Base em crescimento
A Net fechou o trimestre com 9,908 milhões de Unidades Geradoras de Receita (UGRs), o que representa um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2008. Em TV por assinatura, a base da operadora cresceu 25%, passando de 2,923 milhões para 3,645 milhões de assinantes. A base de clientes do serviço de banda larga Vírtua teve crescimento de 35%, passando de 2,059 milhões no terceiro trimestre de 2008 para 2,790 milhões de assinantes.
Foi na telefonia que a operadora alcançou maior crescimento. O número de linhas do Net Fone via Embratel fechou o trimestre com 2,489 milhões, um aumento de 63% em relação ao mesmo período de 2008 (1,532 milhão de linhas).
Dívida renegociada
Após negociar junto a investidores e credores um novo prazo para iniciar o pagamento do principal da 6ª Emissão de Debêntures e da CCB (Cédula de Crédito Bancário), a operadora conseguiu manter seu nível de alavancagem. Com isso sua dívida passou a apresentar um calendário de amortização de pagamento de principal até 2012, permitindo alocar mais recursos nos investimentos para sustentar seu crescimento.
Por conta das margens conseguidas e da renegociação das dívidas, a companhia recebeu uma elevação em sua nota pelas duas agências que avaliam seu risco de crédito, a Standard & Poor's Ratings Services (BB+) e a Moodys Investors Service (Ba1).
Mudanças nos custos
O balanço mostra que os custos de programação e franquia passaram de R$ 215,5 milhões no terceiro trimestre de 2008 para R$ 265 milhões no trimestre atual, um aumento de 23%. A empresa explica no balanço que a variação se dá por conta do reajuste anual do contrato de alguns programadores além do aumento da base TV por assinatura. Vale lembrar que a operadora aumentou o número de canais em alta definição, o que também deve impactar no custo de programação. Como percentual da receita liquida, os custos com programação e franquia passaram de 22,7% para 22,2%, comparando os terceiros trimestres de 2008 e de 2009. A empresa destaca que seus contratos com os programadores, inclusive fornecedores de conteúdo internacional, estão denominados em reais.
O Capex, investimentos na aquisição de assinantes, tanto para o pagamento de mão-de-obra de instalação quanto para o pagamento dos equipamentos e adequações de infra-estrutura necessárias para suportar o crescimento de assinantes, apresentou uma redução de 8% em relação ao mesmo período de 2008, totalizando R$ 238,5 milhões. Isso se deu, segundo a empresa devido à valorização da moeda nacional no período. O que barateou o custo dos equipamentos importados. Do total investido, a parcela variável representou 81% e foi destinada à compra de equipamentos e instalação em residência, ambos relacionados à aquisição de assinantes como também à adequação de infra-estrutura. A parcela fixa representou 19% e foi alocada principalmente para melhoria da qualidade da rede.
Câmara discutirá possibilidade de restrição de capital na Internet
Por Mariana Mazza, do Tela Viva News
As discussões sobre a possibilidade de regulação da Internet continuam ativas no Congresso Nacional. O assunto que deverá entrar em pauta em breve pode afetar fortemente empresas que hoje detém portais na Internet com TVs e divulgação de notícias: as regras constitucionais de limitação do capital estrangeiro impostas às empresas de comunicação se aplicam ou não aos portais da Internet? Para responder a esta pergunta, os deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) aprovaram nesta quarta-feira, 21, requerimento para a realização de audiência pública sobre este assunto.
A proposta partiu do próprio presidente da comissão, deputado Eduardo Gomes (PSDB/TO). "Trata-se de discutir se cabe ou não aplicar restrições à origem do capital das empresas que dela (Internet) se utilizem para prestar serviços que muito se assemelham aos prestados pelas empresas jornalísticas e de radiodifusão", explica o deputado em seu requerimento. A questão pode gerar repercussões no PL 29/2007, que pretende atualizar a legislação das empresas de TV por assinatura, permitindo a entrada das empresas de telefonia e criando cotas de conteúdo nacional nas programações.
Na última comissão por onde passou o PL 29, a possibilidade de aplicação das regras estabelecidas para as empresas de TV por assinatura na veiculação de programas pela Internet causou bastante polêmica, mas acabou perseverando no projeto. Na CCTCI, um grupo de trabalho tem discutido o desenho final da proposta para levá-la à votação. A perspectiva é que o trabalho seja concluído na próxima semana.
Como a audiência aprovada hoje ainda não teve a data de realização acertada, não se sabe se o debate poderá ser realmente aproveitado na construção do PL 29. A lista detalhada de convidados também não está fechada. No requerimento, o deputado sugere a presença de representantes do Executivo e do Judiciário, além de entidades representativas dos provedores de Internet, empresas de telecomunicações, jornalísticas e de radiodifusão.
As discussões sobre a possibilidade de regulação da Internet continuam ativas no Congresso Nacional. O assunto que deverá entrar em pauta em breve pode afetar fortemente empresas que hoje detém portais na Internet com TVs e divulgação de notícias: as regras constitucionais de limitação do capital estrangeiro impostas às empresas de comunicação se aplicam ou não aos portais da Internet? Para responder a esta pergunta, os deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) aprovaram nesta quarta-feira, 21, requerimento para a realização de audiência pública sobre este assunto.
A proposta partiu do próprio presidente da comissão, deputado Eduardo Gomes (PSDB/TO). "Trata-se de discutir se cabe ou não aplicar restrições à origem do capital das empresas que dela (Internet) se utilizem para prestar serviços que muito se assemelham aos prestados pelas empresas jornalísticas e de radiodifusão", explica o deputado em seu requerimento. A questão pode gerar repercussões no PL 29/2007, que pretende atualizar a legislação das empresas de TV por assinatura, permitindo a entrada das empresas de telefonia e criando cotas de conteúdo nacional nas programações.
Na última comissão por onde passou o PL 29, a possibilidade de aplicação das regras estabelecidas para as empresas de TV por assinatura na veiculação de programas pela Internet causou bastante polêmica, mas acabou perseverando no projeto. Na CCTCI, um grupo de trabalho tem discutido o desenho final da proposta para levá-la à votação. A perspectiva é que o trabalho seja concluído na próxima semana.
Como a audiência aprovada hoje ainda não teve a data de realização acertada, não se sabe se o debate poderá ser realmente aproveitado na construção do PL 29. A lista detalhada de convidados também não está fechada. No requerimento, o deputado sugere a presença de representantes do Executivo e do Judiciário, além de entidades representativas dos provedores de Internet, empresas de telecomunicações, jornalísticas e de radiodifusão.
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Argentina: Contra-espionagem o novo tempero das relações governo e imprensa
Por Diego Dillenberger, da Revista Imagen
El video anónimo que sugiere una operación de desinformación contra la petrolera YPF y que escandalizó como nunca al sector de las PR en Argentina despertó en los profesionales temores a ataques generalizados de servicios de inteligencia, además de un debate sobre el daño que dejará el episodio a la imagen del sector.
El video, de 17 minutos, fue subido al site YouTube, y luego emitido dos veces consecutivas en horario central por el canal de TV gubernamental argentino, es sospechado por ser producto de servicios de inteligencia vinculados al gobierno argentino. El video afecta seriamente la imagen del editorialista de La Nación, Carlos Pagni, supuesto ejecutor de una campaña de desinformación deliberada contra YPF, ahora con management argentino, y del consultor y ex director de comunicación de Repsol-YPF, Fabián Falco, hasta ahora el comunicador empresario más premiado y destacado del sector (Premio Konex, y primero en un ranking de RR.PP. influyentes de la consultora CIO).
El video muestra a dos falsos empresarios hablando con Falco e insinúa que lo convencen de “plantarle” a Pagni información falsa sobre YPF. Luego sugiere resaltando párrafos de Pagni en sus columnas en La Nación que el periodista habría “comprado” esa información.
Ademas de que tanto Pagni, por su lado, como YPF, por el otro acudieron a la Justicia, la repercusión del escándalo llevó como nunca el trabajo de un relacionista público a los medios on y off line. Según la base de datos de la auditora Reporte Informativo, entre una solicitada publicada por YPF y las notas periodísticas, en una semana el tema del video anónimo tuvo 39 notas en la prensa gráfica. La auditora noruega Meltwater, con sucursal en Argentina, contabiliza 48 notas incluyendo portales de Internet, blogs y los sites de la prensa gráfica argentina.
Falco, que puede verse seriamente afectado en su carrera profesional por el video anónimo, eligió explicar su posición ante colegas durante la comida del Círculo Dircom, la semana pasada en el restaurante del Museo Malba en Buenos Aires. Allí calificó al video de montaje y aclaró que había conversado con los falsos empresarios sobre inversiones en el procesamiento de residuos. Una de las secuencias del video lo demuestran, y nunca de hacer operaciones contra sus ex empleadores de YPF.Lo escucharon atentamente una veintena de altos directivos de comunicación empresaria, y logró la adhesión de buena parte de ellos, aunque algunos se manifestaron escépticos.
Pero en lo que sí coincidieron todos es en que la operación afecta seriamente la imagen de todo el sector de la comunicación institucional en la Argentina. Gustavo Pedace, que a la vez es director de comunicación de Camuzzi Argentina y presidente del Consejo Profesional de RR.PP., dijo que “el video es una canallada”. Pedace afirma contundentemente que se solidariza con su colega.Sin embargo, Cecilia Mosto, presidenta de la empresa de análisis de medios CIO, que ubicó en 2007 primero en el ranking de comunicadores empresarios más “influyentes”, sostuvo que “el sector de las PR perdió una oportunidad de solidarizarse. Hubiera ameritado un comunicado o algún tipo de acción sectorial, ya que el mercado queda muy dañado por este episodio”.
Ante la pregunta de si Falco no pecó por ingenuo al haber caído en la trampa de los agentes de inteligencia que se hacían pasar por representantes de la rama latinoamericana de un inexistente fondo IGStone, Pedace afirma que “me resisto a que en mi profesión tenga que incorporar herramientas de contrainteligencia para poder trabajar en Argentina”, agregó.
Justamente este capítulo del escándalo es uno de los que llaman la atención: con qué facilidad pudo ser engañado un profesional del sector con insuficientes prevenciones de contrainteligencia. Si bien habrían plantado una página web ad hoc, hoy borrada, hay suficientes herramientas de investigación en Internet al alcance de cualquiera para analizar la probabilidad de veracidad de datos y personas.Un agente de inteligencia especializado en “contramedidas” y consultado por este servicio ante la creencia generalizada recomendó, luego de ver el video y su repercusión, que antes de reunirse con un potencial cliente al que no se conoce, investigarlos. “Nunca se debe asistir solo a ese tipo de encuentro”, agrega. “Es conveniente llegar media hora antes para realizar un reconocimiento del lugar y, si no se puede, cambiar el lugar de encuentro media hora antes y por sorpresa”. Otro de los consejos del agente de inteligencia es contar con algunos aparatos que ayudan a prevenir las escuchas, como inhibidores de señal de celular, que se pueden llevar en el bolsillo, o detectores de micrófonos.Sin embargo, el experto admite que hay cámaras ocultas en el mercado por 300 dólares que se parecen a una lapicera o reloj y son muy difíciles de reconocer para ojos no entrenados.
El video anónimo que sugiere una operación de desinformación contra la petrolera YPF y que escandalizó como nunca al sector de las PR en Argentina despertó en los profesionales temores a ataques generalizados de servicios de inteligencia, además de un debate sobre el daño que dejará el episodio a la imagen del sector.
El video, de 17 minutos, fue subido al site YouTube, y luego emitido dos veces consecutivas en horario central por el canal de TV gubernamental argentino, es sospechado por ser producto de servicios de inteligencia vinculados al gobierno argentino. El video afecta seriamente la imagen del editorialista de La Nación, Carlos Pagni, supuesto ejecutor de una campaña de desinformación deliberada contra YPF, ahora con management argentino, y del consultor y ex director de comunicación de Repsol-YPF, Fabián Falco, hasta ahora el comunicador empresario más premiado y destacado del sector (Premio Konex, y primero en un ranking de RR.PP. influyentes de la consultora CIO).
El video muestra a dos falsos empresarios hablando con Falco e insinúa que lo convencen de “plantarle” a Pagni información falsa sobre YPF. Luego sugiere resaltando párrafos de Pagni en sus columnas en La Nación que el periodista habría “comprado” esa información.
Ademas de que tanto Pagni, por su lado, como YPF, por el otro acudieron a la Justicia, la repercusión del escándalo llevó como nunca el trabajo de un relacionista público a los medios on y off line. Según la base de datos de la auditora Reporte Informativo, entre una solicitada publicada por YPF y las notas periodísticas, en una semana el tema del video anónimo tuvo 39 notas en la prensa gráfica. La auditora noruega Meltwater, con sucursal en Argentina, contabiliza 48 notas incluyendo portales de Internet, blogs y los sites de la prensa gráfica argentina.
Falco, que puede verse seriamente afectado en su carrera profesional por el video anónimo, eligió explicar su posición ante colegas durante la comida del Círculo Dircom, la semana pasada en el restaurante del Museo Malba en Buenos Aires. Allí calificó al video de montaje y aclaró que había conversado con los falsos empresarios sobre inversiones en el procesamiento de residuos. Una de las secuencias del video lo demuestran, y nunca de hacer operaciones contra sus ex empleadores de YPF.Lo escucharon atentamente una veintena de altos directivos de comunicación empresaria, y logró la adhesión de buena parte de ellos, aunque algunos se manifestaron escépticos.
Pero en lo que sí coincidieron todos es en que la operación afecta seriamente la imagen de todo el sector de la comunicación institucional en la Argentina. Gustavo Pedace, que a la vez es director de comunicación de Camuzzi Argentina y presidente del Consejo Profesional de RR.PP., dijo que “el video es una canallada”. Pedace afirma contundentemente que se solidariza con su colega.Sin embargo, Cecilia Mosto, presidenta de la empresa de análisis de medios CIO, que ubicó en 2007 primero en el ranking de comunicadores empresarios más “influyentes”, sostuvo que “el sector de las PR perdió una oportunidad de solidarizarse. Hubiera ameritado un comunicado o algún tipo de acción sectorial, ya que el mercado queda muy dañado por este episodio”.
Ante la pregunta de si Falco no pecó por ingenuo al haber caído en la trampa de los agentes de inteligencia que se hacían pasar por representantes de la rama latinoamericana de un inexistente fondo IGStone, Pedace afirma que “me resisto a que en mi profesión tenga que incorporar herramientas de contrainteligencia para poder trabajar en Argentina”, agregó.
Justamente este capítulo del escándalo es uno de los que llaman la atención: con qué facilidad pudo ser engañado un profesional del sector con insuficientes prevenciones de contrainteligencia. Si bien habrían plantado una página web ad hoc, hoy borrada, hay suficientes herramientas de investigación en Internet al alcance de cualquiera para analizar la probabilidad de veracidad de datos y personas.Un agente de inteligencia especializado en “contramedidas” y consultado por este servicio ante la creencia generalizada recomendó, luego de ver el video y su repercusión, que antes de reunirse con un potencial cliente al que no se conoce, investigarlos. “Nunca se debe asistir solo a ese tipo de encuentro”, agrega. “Es conveniente llegar media hora antes para realizar un reconocimiento del lugar y, si no se puede, cambiar el lugar de encuentro media hora antes y por sorpresa”. Otro de los consejos del agente de inteligencia es contar con algunos aparatos que ayudan a prevenir las escuchas, como inhibidores de señal de celular, que se pueden llevar en el bolsillo, o detectores de micrófonos.Sin embargo, el experto admite que hay cámaras ocultas en el mercado por 300 dólares que se parecen a una lapicera o reloj y son muy difíciles de reconocer para ojos no entrenados.
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Garantia de verbas ainda é desafio para EBC
Por Mariana Mazza, da Tela Viva news, em 21/10/2009.
Depois de dois anos de sua criação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ainda tem no orçamento o seu principal desafio a ser superado. Organizada para se sustentar a partir de um mix de receitas - que incluem verbas orçamentárias em sua maior parte, recursos obtidos com patrocínios institucionais e de uma contribuição criada especificamente para financiar a rede pública de comunicação - a estatal tem enfrentado cortes no Congresso Nacional, contingenciamentos e ações na Justiça para bloquear o repasse de parte dos recursos. Com todas essas dificuldades, a falta de verbas foi destacada pela presidente da EBC, Tereza Cruvinel, em audiência pública no Senado Federal como um grande desafio para a estatal ainda neste ano.
O maior apelo de Tereza foi para que os senadores aprovem um projeto em tramitação na casa garantindo a recomposição de R$ 41 milhões contingenciados pelo governo federal. Esses recursos são fundamentais para o fechamento das contas da EBC em 2009 e teriam como origem a parte da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública que não foi bloqueada por ações movidas pelas empresas de telecomunicações. Ao todo, apenas R$ 53 milhões dos estimados R$ 200 milhões que seriam recolhidos por meio da contribuição estão disponíveis de fato no caixa da União.
"Neste ano, eu gostaria muito que o Congresso fosse mais parceiro porque os cortes no ano passado prejudicaram muito o orçamento da EBC", declarou a presidente. A proposta orçamentária que será feita ao Congresso Nacional para o ano de 2010 é de destinação de R$ 446 milhões para a EBC. No ano passado, o orçamento proposto foi de R$ 382 milhões. Na lei orçamentária aprovada, este valor caiu para R$ 290 milhões após cortes dos parlamentares. E, depois disso, R$ 91 milhões foram contingenciados pelo governo, fazendo com que o orçamento efetivo de 2009 caísse para quase a metade da previsão original.
A importância de recompor esse caixa e garantir um orçamento mais robusto para o próximo ano vai além do fato de que, por ser uma empresa pública, a EBC tem maiores dificuldades de conseguir recursos por outras vias, como a publicidade, que ela é proibida de fazer.
O principal objetivo é garantir a real criação de um sistema público de radiodifusão, congregando as demais emissoras públicas do país.Mesmo com as limitações de obtenção de recursos alternativos, Tereza Cruvinel frisou que a proposta mais robusta para 2010, de R$ 446 milhões, inclui vários recursos gerados pela própria estatal dentro dos termos permitidos pela lei. Os senadores presentes ofereceram apoio à executiva, entre eles Pedro Simon (PMDB/RS), que fez questão de protestar contra o que chamou de "má vontade generalizada" das televisões e dos jornais com relação à existência da EBC.
Fistel
O imbróglio envolvendo as teles e a EBC também foi discutido na audiência. Desde o início do ano, as empresas de telecomunicações contestam judicialmente a criação da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública. Até o momento, a EBC conseguiu derrubar todas as liminares obtidas pelas companhias para não recolher a contribuição. Mas ainda persiste uma decisão liminar que garantiu às teles o pagamento em juízo do encargo até que o mérito da ação seja julgado.
O atrito com as teles vem do fato de que a contribuição nasce a partir de uma "transferência" de recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) que teve seus valores de recolhimento reduzidos em 5% pela lei que criou a EBC. Esse percentual correspondente a uma queda de aproximadamente R$ 200 milhões. E este valor serviu de parâmetro para a criação da tabela da nova contribuição da radiodifusão pública, paga pelas teles e empresas de radiodifusão nos mesmos moldes do Fistel. Assim, na prática, as empresas agora dividem o montante antes pago apenas ao Fistel para o próprio fundo e para o novo encargos.
Segundo dados da EBC, R$ 160 milhões estão paralisados pela Justiça por conta da disputa com as teles. A estatal continua na batalha para retirar a liminar, mas não tem pressa em resolver a questão ainda neste ano. Isso porque, faltando apenas dois meses para o fim de 2009, reconquistar as verbas agora pode não ser vantajoso, pois não haverá tempo hábil para investir os recursos.
Depois de dois anos de sua criação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ainda tem no orçamento o seu principal desafio a ser superado. Organizada para se sustentar a partir de um mix de receitas - que incluem verbas orçamentárias em sua maior parte, recursos obtidos com patrocínios institucionais e de uma contribuição criada especificamente para financiar a rede pública de comunicação - a estatal tem enfrentado cortes no Congresso Nacional, contingenciamentos e ações na Justiça para bloquear o repasse de parte dos recursos. Com todas essas dificuldades, a falta de verbas foi destacada pela presidente da EBC, Tereza Cruvinel, em audiência pública no Senado Federal como um grande desafio para a estatal ainda neste ano.
O maior apelo de Tereza foi para que os senadores aprovem um projeto em tramitação na casa garantindo a recomposição de R$ 41 milhões contingenciados pelo governo federal. Esses recursos são fundamentais para o fechamento das contas da EBC em 2009 e teriam como origem a parte da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública que não foi bloqueada por ações movidas pelas empresas de telecomunicações. Ao todo, apenas R$ 53 milhões dos estimados R$ 200 milhões que seriam recolhidos por meio da contribuição estão disponíveis de fato no caixa da União.
"Neste ano, eu gostaria muito que o Congresso fosse mais parceiro porque os cortes no ano passado prejudicaram muito o orçamento da EBC", declarou a presidente. A proposta orçamentária que será feita ao Congresso Nacional para o ano de 2010 é de destinação de R$ 446 milhões para a EBC. No ano passado, o orçamento proposto foi de R$ 382 milhões. Na lei orçamentária aprovada, este valor caiu para R$ 290 milhões após cortes dos parlamentares. E, depois disso, R$ 91 milhões foram contingenciados pelo governo, fazendo com que o orçamento efetivo de 2009 caísse para quase a metade da previsão original.
A importância de recompor esse caixa e garantir um orçamento mais robusto para o próximo ano vai além do fato de que, por ser uma empresa pública, a EBC tem maiores dificuldades de conseguir recursos por outras vias, como a publicidade, que ela é proibida de fazer.
O principal objetivo é garantir a real criação de um sistema público de radiodifusão, congregando as demais emissoras públicas do país.Mesmo com as limitações de obtenção de recursos alternativos, Tereza Cruvinel frisou que a proposta mais robusta para 2010, de R$ 446 milhões, inclui vários recursos gerados pela própria estatal dentro dos termos permitidos pela lei. Os senadores presentes ofereceram apoio à executiva, entre eles Pedro Simon (PMDB/RS), que fez questão de protestar contra o que chamou de "má vontade generalizada" das televisões e dos jornais com relação à existência da EBC.
Fistel
O imbróglio envolvendo as teles e a EBC também foi discutido na audiência. Desde o início do ano, as empresas de telecomunicações contestam judicialmente a criação da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública. Até o momento, a EBC conseguiu derrubar todas as liminares obtidas pelas companhias para não recolher a contribuição. Mas ainda persiste uma decisão liminar que garantiu às teles o pagamento em juízo do encargo até que o mérito da ação seja julgado.
O atrito com as teles vem do fato de que a contribuição nasce a partir de uma "transferência" de recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) que teve seus valores de recolhimento reduzidos em 5% pela lei que criou a EBC. Esse percentual correspondente a uma queda de aproximadamente R$ 200 milhões. E este valor serviu de parâmetro para a criação da tabela da nova contribuição da radiodifusão pública, paga pelas teles e empresas de radiodifusão nos mesmos moldes do Fistel. Assim, na prática, as empresas agora dividem o montante antes pago apenas ao Fistel para o próprio fundo e para o novo encargos.
Segundo dados da EBC, R$ 160 milhões estão paralisados pela Justiça por conta da disputa com as teles. A estatal continua na batalha para retirar a liminar, mas não tem pressa em resolver a questão ainda neste ano. Isso porque, faltando apenas dois meses para o fim de 2009, reconquistar as verbas agora pode não ser vantajoso, pois não haverá tempo hábil para investir os recursos.
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TV Brasil superou temor de falta de isenção, disse diretora-presidente
Por Marcos Magalhães, da Agência Senado, em 21/10/2009
Quase dois anos após a sua criação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) não enfrenta mais a suspeita de falta de isenção em relação ao governo federal, disse nesta quarta-feira (21) a diretora-presidente da empresa, jornalista Tereza Cruvinel. Ao participar de audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), ela demonstrou satisfação com a receptividade do público em relação à TV Brasil, principal produto da EBC.
Segundo o resultado de pesquisa do Instituto Datafolha, que a jornalista apresentou à comissão, 10% da população assistem regularmente à TV Brasil. E, dentre estes espectadores, 80% aprovam a programação da emissora.
- Durante a tramitação da medida provisória que criou a EBC, muitos perguntaram se o jornalismo da empresa seria manipulado. Os nossos conteúdos afastaram o discurso de chapa-branquismo e desmentiram os temores que marcaram os debates de 2007 - afirmou Tereza na abertura da audiência, presidida pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Tereza pediu apoio aos senadores da comissão para que se mantenha no Orçamento da União de 2010 a verba proposta de R$ 446,7 milhões, dos quais R$ 109,4 milhões seriam destinados a investimentos. Segundo a diretora, a dotação prevista conta com "muita receita própria" e permitirá o fortalecimento de uma aliança que a EBC vem firmando com televisões educativas estaduais.
Uma das prioridades para o ano que vem, de acordo com a jornalista, será o projeto de Operador Único de TV Digital, por meio do qual a TV Brasil dividirá custos de implantação de torres em todo o país com as TVs Senado e Câmara, além dos ministérios responsáveis pelos futuros canais digitais de educação, cultura e cidadania. Ela anunciou ainda a intenção de transformar o atual Canal Integración, voltado aos países vizinhos, na TV Brasil Internacional, que terá entre seus espectadores os mais de três milhões de brasileiros que vivem no exterior.
Isenção
Autor do requerimento para a realização do debate, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que não existe mais polêmica sobre a EBC, uma vez que a nova empresa vem agindo de "forma equilibrada". O senador Pedro Simon (PMDB-RS) recordou ter feito críticas à criação da empresa por medida provisória - e não por projeto de lei, discutido com a sociedade. Mas observou que a EBC está "no caminho certo", apesar do que chamou de "má vontade generalizada" da imprensa em relação à empresa.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) criticou o fato de até hoje não terem sido liberados recursos equivalentes a 5% do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), que deveriam ser encaminhados à EBC e a outras empresas públicas de comunicação. Segundo a diretora, uma "batalha de liminares" tem evitado que os recursos pagos pelas empresas de telecomunicações cheguem de fato à EBC.
O senador Lobão Filho (PMDB-MA) disse que o principal legado da atual administração da EBC será uma televisão pública que "não seja a voz do Estado, mas as vozes do povo brasileiro". Por sua vez, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) observou que a diretoria da empresa poderia sentir orgulho pelo fato de já ser reconhecida por boa parte da população. Flexa Ribeiro elogiou a TV Senado, em sua opinião um "exemplo de sucesso" de TV pública, e sugeriu que o Senado aprove as indicações dos membros do conselho curador da EBC.
Ao final da reunião, foi aprovado requerimento dos senadores Roberto Cavalcanti e Wellington Salgado (PMDB-MG), para a realização de audiência pública sobre a destinação da faixa de 2,5 GHz, com a presença, entre outros, do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Mota Sardenberg.
Quase dois anos após a sua criação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) não enfrenta mais a suspeita de falta de isenção em relação ao governo federal, disse nesta quarta-feira (21) a diretora-presidente da empresa, jornalista Tereza Cruvinel. Ao participar de audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), ela demonstrou satisfação com a receptividade do público em relação à TV Brasil, principal produto da EBC.
Segundo o resultado de pesquisa do Instituto Datafolha, que a jornalista apresentou à comissão, 10% da população assistem regularmente à TV Brasil. E, dentre estes espectadores, 80% aprovam a programação da emissora.
- Durante a tramitação da medida provisória que criou a EBC, muitos perguntaram se o jornalismo da empresa seria manipulado. Os nossos conteúdos afastaram o discurso de chapa-branquismo e desmentiram os temores que marcaram os debates de 2007 - afirmou Tereza na abertura da audiência, presidida pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Tereza pediu apoio aos senadores da comissão para que se mantenha no Orçamento da União de 2010 a verba proposta de R$ 446,7 milhões, dos quais R$ 109,4 milhões seriam destinados a investimentos. Segundo a diretora, a dotação prevista conta com "muita receita própria" e permitirá o fortalecimento de uma aliança que a EBC vem firmando com televisões educativas estaduais.
Uma das prioridades para o ano que vem, de acordo com a jornalista, será o projeto de Operador Único de TV Digital, por meio do qual a TV Brasil dividirá custos de implantação de torres em todo o país com as TVs Senado e Câmara, além dos ministérios responsáveis pelos futuros canais digitais de educação, cultura e cidadania. Ela anunciou ainda a intenção de transformar o atual Canal Integración, voltado aos países vizinhos, na TV Brasil Internacional, que terá entre seus espectadores os mais de três milhões de brasileiros que vivem no exterior.
Isenção
Autor do requerimento para a realização do debate, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que não existe mais polêmica sobre a EBC, uma vez que a nova empresa vem agindo de "forma equilibrada". O senador Pedro Simon (PMDB-RS) recordou ter feito críticas à criação da empresa por medida provisória - e não por projeto de lei, discutido com a sociedade. Mas observou que a EBC está "no caminho certo", apesar do que chamou de "má vontade generalizada" da imprensa em relação à empresa.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) criticou o fato de até hoje não terem sido liberados recursos equivalentes a 5% do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), que deveriam ser encaminhados à EBC e a outras empresas públicas de comunicação. Segundo a diretora, uma "batalha de liminares" tem evitado que os recursos pagos pelas empresas de telecomunicações cheguem de fato à EBC.
O senador Lobão Filho (PMDB-MA) disse que o principal legado da atual administração da EBC será uma televisão pública que "não seja a voz do Estado, mas as vozes do povo brasileiro". Por sua vez, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) observou que a diretoria da empresa poderia sentir orgulho pelo fato de já ser reconhecida por boa parte da população. Flexa Ribeiro elogiou a TV Senado, em sua opinião um "exemplo de sucesso" de TV pública, e sugeriu que o Senado aprove as indicações dos membros do conselho curador da EBC.
Ao final da reunião, foi aprovado requerimento dos senadores Roberto Cavalcanti e Wellington Salgado (PMDB-MG), para a realização de audiência pública sobre a destinação da faixa de 2,5 GHz, com a presença, entre outros, do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Mota Sardenberg.
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Veja o vídeo: Internet muda a forma de fazer política
SESSENTA E SETE MILHÕES DE BRASILEIROS TÊM ACESSO À REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES. A INTERNET ESTÁ REVOLUCIONANDO TAMBÉM A FORMA DE SE FAZER POLÍTICA. E COM OS SENADORES, NÃO É DIFERENTE.
VEJA NO VÍDEO A REPORTAGEM DE JÚNIA MELO VEICULADA NA TV SENADO, EM 19/10.
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TV Brasil: trabalhadores recusam proposta salarial da emissora
Enviado pelo Sindicato dos Jornalistas do DF
Data-Base 2009: Sindicatos e Comissão rejeitam “proposta” da EBC e marcam assembléia para dia 26/10
Os sindicatos dos Radialistas, dos Jornalistas e a Comissão de Empregados receberam da direção da empresa EBC uma contraproposta que consideram um retrocesso, diante do encaminhamento que vinha sendo dado até então.
Como os representantes da EBC não puderam permanecer na reunião de 21/10, porque tinham outros compromissos, enviamos um oficio ao Secretário Executivo, Ricardo Collar, recusando a proposta e solicitando que, já na próxima sexta-feira, dia 23/10/2009, a empresa apresente uma proposta séria e completa. A ausência de proposta sobre o piso salarial, por exemplo, é inaceitável.
Segue o que nos foi entregue nesta quarta-feira pela direção da EBC:
“A Empresa Brasil de Comunicação - EBC, por meio deste documento, apresentar a contraposta de firmamento de acordo Coletivo de Trabalho com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade - CONTCOP e com os Sindicatos dos trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Distrito Federal e dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, da seguinte forma:
1 - vigência de 2 anos;
2 - aplicação do índice de medição da inflação que o DEST sempre utilizou: Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA;
3 - reajuste salarial de100% do ICPA dos últimos 12 meses (4,2 %);
4 - antecipação, para 1° de Novembro de 2009, de 50 % (2,25%) da estimativa de ICPA para os 12 meses subseqüentes (calculado 4,5%);
5 - reajuste dos benefícios nos mesmos percentuais do reajuste salarial.
Os empregados da EBC estão convocados para Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada na segunda-feira, dia 26/10, às 12h30, na parte externa do Edifício da 702 Norte.
Data-Base 2009: Sindicatos e Comissão rejeitam “proposta” da EBC e marcam assembléia para dia 26/10
Os sindicatos dos Radialistas, dos Jornalistas e a Comissão de Empregados receberam da direção da empresa EBC uma contraproposta que consideram um retrocesso, diante do encaminhamento que vinha sendo dado até então.
Como os representantes da EBC não puderam permanecer na reunião de 21/10, porque tinham outros compromissos, enviamos um oficio ao Secretário Executivo, Ricardo Collar, recusando a proposta e solicitando que, já na próxima sexta-feira, dia 23/10/2009, a empresa apresente uma proposta séria e completa. A ausência de proposta sobre o piso salarial, por exemplo, é inaceitável.
Segue o que nos foi entregue nesta quarta-feira pela direção da EBC:
“A Empresa Brasil de Comunicação - EBC, por meio deste documento, apresentar a contraposta de firmamento de acordo Coletivo de Trabalho com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade - CONTCOP e com os Sindicatos dos trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Distrito Federal e dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, da seguinte forma:
1 - vigência de 2 anos;
2 - aplicação do índice de medição da inflação que o DEST sempre utilizou: Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA;
3 - reajuste salarial de100% do ICPA dos últimos 12 meses (4,2 %);
4 - antecipação, para 1° de Novembro de 2009, de 50 % (2,25%) da estimativa de ICPA para os 12 meses subseqüentes (calculado 4,5%);
5 - reajuste dos benefícios nos mesmos percentuais do reajuste salarial.
Os empregados da EBC estão convocados para Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada na segunda-feira, dia 26/10, às 12h30, na parte externa do Edifício da 702 Norte.
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TV Câmara ganha Prêmio Vladimir Herzog
A TV Câmara recebeu menção honrosa do 31º Prêmio Vladimir Herzog de Anisita e Direitos Humanos, com o documentário "Chico Mendes, Cartas da Floresta". A premiação será entregue na próxima segunda-feira (26), no Tuca, em São Paulo.
Com 43 minutos, a produção pode ser vista no site da TV Câmara, clique em http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/default.asp?selecao=MAT&materia=82718 Cartas, bilhetes e entrevistas mostram como Chico Mendes - criado longe dos bancos da escola - aprendeu a ler, a escrever e se tornou o maior líder seringueiro que o Brasil já conheceu. Além de testemunhar a luta dos seringueiros contra a pressão do latifúndio e a devastação da floresta, os textos revelam detalhes de como era o dia-a-dia de Chico Mendes.
A narração das cartas é intercalada com depoimentos atuais, gravados pela TV Câmara na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, 20 anos após o assassinato do líder seringueiro. Participam do documentário o escritor e jornalista Zuenir Ventura, a antropóloga Mary Allegretti, seringueiros, amigos e parentes de Chico Mendes, entre eles as filhas Elenira e Ângela.
Com direção de Dulce Queiroz e música de Victor Araújo, a produção mostra, de forma delicada, como Chico Mendes conseguiu chamar a atenção do Brasil e do mundo para a necessidade de se preservar a floresta, numa época em que as preocupações com o meio ambiente não constavam da pauta política. De sua luta resultou a criação das reservas extrativistas.
Com 43 minutos, a produção pode ser vista no site da TV Câmara, clique em http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/default.asp?selecao=MAT&materia=82718 Cartas, bilhetes e entrevistas mostram como Chico Mendes - criado longe dos bancos da escola - aprendeu a ler, a escrever e se tornou o maior líder seringueiro que o Brasil já conheceu. Além de testemunhar a luta dos seringueiros contra a pressão do latifúndio e a devastação da floresta, os textos revelam detalhes de como era o dia-a-dia de Chico Mendes.
A narração das cartas é intercalada com depoimentos atuais, gravados pela TV Câmara na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, 20 anos após o assassinato do líder seringueiro. Participam do documentário o escritor e jornalista Zuenir Ventura, a antropóloga Mary Allegretti, seringueiros, amigos e parentes de Chico Mendes, entre eles as filhas Elenira e Ângela.
Com direção de Dulce Queiroz e música de Victor Araújo, a produção mostra, de forma delicada, como Chico Mendes conseguiu chamar a atenção do Brasil e do mundo para a necessidade de se preservar a floresta, numa época em que as preocupações com o meio ambiente não constavam da pauta política. De sua luta resultou a criação das reservas extrativistas.
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Mídia das Fontes: Jornalistas da Rádio Senado Federal recebem mais um prêmio de jornalismo
A reportagem especial “Escravos da esperança: a saga dos bolivianos em São Paulo” ganhou menção honrosa na 31ª edição Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo e Direitos Humanos, que é concedido pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
A reportagem dos jornalistas Celso Cavalcanti e George Cardim, da Rádio Senado, conta a saga dos cerca de 200 mil bolivianos que sobrevivem na cidade de São Paulo, em condição análoga a dos escravos. São explorados por empresários da região como mão-de-obra barata, sem direito a nenhuma cobertura por parte da legislação trabalhista. George Cardim e Celso Cavalcanti foram à Bolívia, passaram por Mato Grosso e chegaram a São Paulo cumprindo a rota seguida por estes trabalhadores.
A reportagem especial “Escravos da esperança: a saga dos bolivianos em São Paulo” foi ao ar no dia 3 de julho de 2009 e será reprisada neste domingo (18/10), às 20h, na Rádio Senado. Além disso, está disponível na Radioagência Senado, no endereço eletrônico: www.senado.gov.br/radio.
A reportagem dos jornalistas Celso Cavalcanti e George Cardim, da Rádio Senado, conta a saga dos cerca de 200 mil bolivianos que sobrevivem na cidade de São Paulo, em condição análoga a dos escravos. São explorados por empresários da região como mão-de-obra barata, sem direito a nenhuma cobertura por parte da legislação trabalhista. George Cardim e Celso Cavalcanti foram à Bolívia, passaram por Mato Grosso e chegaram a São Paulo cumprindo a rota seguida por estes trabalhadores.
A reportagem especial “Escravos da esperança: a saga dos bolivianos em São Paulo” foi ao ar no dia 3 de julho de 2009 e será reprisada neste domingo (18/10), às 20h, na Rádio Senado. Além disso, está disponível na Radioagência Senado, no endereço eletrônico: www.senado.gov.br/radio.
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terça-feira, 20 de outubro de 2009
XI Fórum Nacional de Televisão Universitária
Brasília vai sediar o XI Fórum Nacional de Televisão Universitária entre os dias 11 e 13 de novembro, no Auditório do Conselho de Reitores do Brasil (CRUB). A discussão terá como temática central "TV Universitária: Instrumentode Pesquisa e Extensão", o evento contará com mesas de debates, quatro oficinas temáticas e a presença de ícones na área da educação e da comunicação. Dentre eles, Gabriel Priolli, Presidente de honra da ABTU, e Pedro Ortiz, Diretor da TV USP.
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Blogueiros discutem os rumos da mídia
Cinco dos principais nomes da blogosfera independente brasileira estarão em Brasília, entre os dias 26 e 30 de outubro, para discutir com estudantes de comunicação e profissionais da imprensa o papel das novas mídias. À frente de blogs campeões de audiência, Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif, Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna e Marco Weissheimer vão conversar sobre a importância das novas mídias.
Esse time de primeira linha vem promovendo, na internet, um amplo debate sobre a qualidade da informação oferecida pelas mídias tradicionais, servindo como paradigma na mediação entre público e notícia. Os cinco jornalistas foram convidados a falar da internet como alternativa de informação para o público, o novo mundo das redes sociais, a crise da mídia corporativa e o exercício da cidadania online.
Para mais detalhes, clique aqui
Esse time de primeira linha vem promovendo, na internet, um amplo debate sobre a qualidade da informação oferecida pelas mídias tradicionais, servindo como paradigma na mediação entre público e notícia. Os cinco jornalistas foram convidados a falar da internet como alternativa de informação para o público, o novo mundo das redes sociais, a crise da mídia corporativa e o exercício da cidadania online.
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Câmara inicia transmissão de 22 comissões simultâneas pela internet
WebCâmara vai ampliar transparência e participação da sociedade nas atividades legislativas
A Câmara dos Deputados lança nesta quarta-feira (21), às 10 horas, o serviço WebCâmara, com transmissão ao vivo na internet de todos os eventos das 22 comissões da Câmara dos Deputados. O lançamento ocorrerá em cerimônia no Salão Verde, com o presidente da Câmara, Michel Temer.
A ferramenta deve dar maior transparência às audiências públicas, votações e outras atividades das comissões da Câmara, responsáveis por grande parte das atividades legislativas. Somente neste ano, as comissões aprovaram conclusivamente - sem a necessidade de discussão no Plenário - 208 projetos de lei. Desses, 154 foram enviados ao Senado, 18 à sanção presidencial e 36 já viraram normas jurídicas. Enquanto isso, o Plenário aprovou 185 proposições, sendo 46 projetos de lei ordinária ou complementar.
Participação
Os eventos registrados ficarão on-line por um período de 30 dias, podendo ser acessados automaticamente. Depois desse período, os registros podem ser consultados mediante pesquisas solicitadas ao Centro de Documentação e Informação.
Além de assistir ao vivo a todos os debates nas comissões, o cidadão poderá encaminhar perguntas, sugestões, críticas ou reclamações em tempo real, enquanto a discussão está ocorrendo. Ao pesquisar os arquivos das reuniões realizadas nos últimos dias, o internauta também pode localizar as intervenções feitas pelo deputado de seu interesse.
A Câmara dos Deputados lança nesta quarta-feira (21), às 10 horas, o serviço WebCâmara, com transmissão ao vivo na internet de todos os eventos das 22 comissões da Câmara dos Deputados. O lançamento ocorrerá em cerimônia no Salão Verde, com o presidente da Câmara, Michel Temer.
A ferramenta deve dar maior transparência às audiências públicas, votações e outras atividades das comissões da Câmara, responsáveis por grande parte das atividades legislativas. Somente neste ano, as comissões aprovaram conclusivamente - sem a necessidade de discussão no Plenário - 208 projetos de lei. Desses, 154 foram enviados ao Senado, 18 à sanção presidencial e 36 já viraram normas jurídicas. Enquanto isso, o Plenário aprovou 185 proposições, sendo 46 projetos de lei ordinária ou complementar.
Participação
Os eventos registrados ficarão on-line por um período de 30 dias, podendo ser acessados automaticamente. Depois desse período, os registros podem ser consultados mediante pesquisas solicitadas ao Centro de Documentação e Informação.
Além de assistir ao vivo a todos os debates nas comissões, o cidadão poderá encaminhar perguntas, sugestões, críticas ou reclamações em tempo real, enquanto a discussão está ocorrendo. Ao pesquisar os arquivos das reuniões realizadas nos últimos dias, o internauta também pode localizar as intervenções feitas pelo deputado de seu interesse.
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Crise da mídia capitalista : NY Times deve demitir 100 jornalistas até o fim do ano
Da Redação Adnews
O jornal norte-americano The New York Times anunciou nesta segunda-feira (19) que pretende demitir 100 jornalistas de sua redação até o fim do ano.De acordo com o Portal Imprensa, a decisão levará em conta a aposentadoria voluntária de jornalistas sindicalizados, ou não e deve diminuir 8% do número de profissionais da publicação.No ano passado, o jornal já havia demitido 80 jornalistas e também cortado os salários em 5%. Os profissionais da publicação têm 45 dias para decidir se aceitam o plano, ou não.
TV Brasil terá canal internacional
Fonte: Redação Adnews, com informações do Portal Imprensa
A TV Brasil terá um canal internacional voltado aos brasileiros que vivem no exterior. A divulgação foi feita no Rio de Janeiro na última quinta-feira (15) durante a 2ª Conferência das Comunidades Brasileiras no Exterior por Tereza Cruvinel, presidente da empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A TV Brasil Internacional será exibida em TVs a cabo e por assinatura. Segundo declarou Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, uma “televisão pública pode ampliar o diálogo com os emigrantes, favorecendo a divulgação de serviços consulares, campanhas como o incentivo à participação nas eleições e a educação, com cursos a distância, por exemplo”.
Cruvinel afirma que a programação do canal será ajustada aos horários dos países e conteúdo direcionado ao público que vive no exterior. “Esse público é tão brasileiro quanto nós que estamos aqui. Assim, da mesma maneira que os brasileiros têm canais de comunicação com a EBC, queremos criar um e-mail para que possam mandar pautas, vídeos e sugestões, conclui a presidente da EBC.Atualmente, cerca de 3 milhões de brasileiros vivem no exterior. O primeiro continente a receber as transmissões do novo canal será a África em 2010.
Para mim, não ficou claro se a TV Brasil Internacional vai substituir o Canal Brasil Integración, que tem propósitos diferentes da TV Brasil Internacional. O Canal, veiculado em sua maior parte em espanhol, visa levar informações do Brasil para a América Latina e da América Latina para o Brasil. O Canal é mantido por um consórcio composto pela TV Brasil, TV Senado, TV Câmara e TV Justiça.
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Mídia das Fontes: Corinthians lança O Fiel
.Depois do Flamengo, agora é a vez do Corinthians lançar o seu próprio jornal desportivo. Em parceria com a Novaforma de Comunicação, o Corinthians lançou, dia 16, em São Paulo, o jornal O Fiel. Em seu projeto original, o periódico terá 16 páginas e circulação semanal, focado no futebol. Cada exemplar custará R$ 1,50. O veículo também falará das outras modalidades esportivas do clube e ainda de temas como economia, cidades, internacional, política, geral e variedades. As três primeiras edições circularão somente no clube. A partir do dia 09 de novmebro o jornal estará nas bancas.
O que não se sabe ainda sobre O Fiel e sobre Flamengo é como serão as linhas editoriais. Será apenas a apologia ao clube,? Haverá cobertura da atividade dos demais times? A reportagem de um Fla-Flu falará mal dos tricolores, vai elogiá-lo? Pode-se cobrar credibilidade jornalística destes veículos? Ou são apenas estratégias de marketing, caça-niqueis para aumentar a renda dos clubes?
Aos editores, torcedores e leitores deste blog a palvra está aberta.
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Opinião: A grande imprensa e o profissionalismo. Profissionalismo?
Por Enio Squeff, da Carta Maior
A pauta para investigar a grande imprensa hoje pode ser a seguinte: até onde os coleguinhas - fala-se daqueles mais velhos - acreditam no que escrevem? E por que mesmo que a todo o momento exigem a chancela patronal para exporem seus pontos de vista? Onde é mesmo que a palavra "profissionalismo" entra nesta história?
Das críticas que se faz à grande imprensa, há sempre uma constante: a mídia teria abdicado de toda e qualquer imparcialidade, para cumprir o mandamento patronal de jamais conceder ao governo; ou à imagem que ela própria construiu do governo. Fala-se pouco ou quase nada de um problema cada vez mais crônico - a absoluta, a quase inacreditável falta de profissionalismo na composição do que cada dia se caracteriza mais em mais, como tão somente, armações jornalísticas. Ao que parece, aquele aforismo de Voltaire :"Menti, menti, algo restará" seria ainda aplicável num mundo informatizado e, bem pior, num país em que a cada ataque ao presidente Lula, mais e mais a sua popularidade aumenta. Franklin Martins, quando ainda não era ministro, disse sobre a revista "Veja" (de quem ele ganhou um processo por injúria e difamação), que a "Veja era a maior inimiga da Veja". Seria de se lembrar a recente capa da revista em que à evidência de que o Itamaraty iria vencer a parada em Honduras, era insistiu em que a condução do "affair" pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil, era um rotundo fracasso? Será que algum jornalista ou editor da revista acha mesmo que sem o apoio expresso dos Estados Unidos, os golpistas de Honduras conseguirão se impor?
Para ler o restante deste artigo, clique aqui
As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores
A pauta para investigar a grande imprensa hoje pode ser a seguinte: até onde os coleguinhas - fala-se daqueles mais velhos - acreditam no que escrevem? E por que mesmo que a todo o momento exigem a chancela patronal para exporem seus pontos de vista? Onde é mesmo que a palavra "profissionalismo" entra nesta história?
Das críticas que se faz à grande imprensa, há sempre uma constante: a mídia teria abdicado de toda e qualquer imparcialidade, para cumprir o mandamento patronal de jamais conceder ao governo; ou à imagem que ela própria construiu do governo. Fala-se pouco ou quase nada de um problema cada vez mais crônico - a absoluta, a quase inacreditável falta de profissionalismo na composição do que cada dia se caracteriza mais em mais, como tão somente, armações jornalísticas. Ao que parece, aquele aforismo de Voltaire :"Menti, menti, algo restará" seria ainda aplicável num mundo informatizado e, bem pior, num país em que a cada ataque ao presidente Lula, mais e mais a sua popularidade aumenta. Franklin Martins, quando ainda não era ministro, disse sobre a revista "Veja" (de quem ele ganhou um processo por injúria e difamação), que a "Veja era a maior inimiga da Veja". Seria de se lembrar a recente capa da revista em que à evidência de que o Itamaraty iria vencer a parada em Honduras, era insistiu em que a condução do "affair" pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil, era um rotundo fracasso? Será que algum jornalista ou editor da revista acha mesmo que sem o apoio expresso dos Estados Unidos, os golpistas de Honduras conseguirão se impor?
Enio Squeff é artista plástico e jornalista.
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Itamaraty lança Twitter
Lançamento do perfil do Ministério das Relações Exteriores no Twitter
O Ministério das Relações Exteriores lançou perfil no “Twitter”. O endereço eletrônico é www.twitter.com/mrebrasil.
A iniciativa tem o objetivo de tornar mais célere a divulgação de notas à imprensa, avisos às redações, discursos de autoridades do Ministério, inclusões de vídeo no canal do MRE no YouTube e demais atualizações relacionadas à atuação do Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores lançou perfil no “Twitter”. O endereço eletrônico é www.twitter.com/mrebrasil.
A iniciativa tem o objetivo de tornar mais célere a divulgação de notas à imprensa, avisos às redações, discursos de autoridades do Ministério, inclusões de vídeo no canal do MRE no YouTube e demais atualizações relacionadas à atuação do Itamaraty.
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sábado, 17 de outubro de 2009
TELEJORNALISMO EM CLOSE: As notícias que leio conheço antes mesmo de ler
Por Paulo José Cunha
“Trá-lá-lá, trá-lá-lá, ê, ê!
O jornal de manhã chega cedo
Mas não traz o que eu quero saber
As notícias que leio, conheço,
Já sabia antes mesmo de ler...”
Torquato Neto em “Domingou”, de 1967, com Gilberto Gil
Outro dia, quando esteve na Faculdade de Comunicação da UnB para lançar seu livro “Jornal Nacional – Modo de fazer”, perguntei a William Bonner sobre a angústia de fechar o principal telejornal do país sabendo que raramente irá dar uma notícia exclusiva, já que os sites e blogs da internet, com sua ducha permanente aberta despejando informação nova nos computadores do planeta fez com que jornais, revistas, telejornais, radiojornais e até alguns webjornais cheguem velhos ao consumidor.
Concluir que a internet está impondo uma forma nova de fechar a primeira página ou a escalada do Jornal Nacional é muito pouco. Na verdade, o que vem ocorrendo é uma revolução em escala planetária e em ritmo eletrônico na forma de se fazer um troço chamado jornalismo, da primeira à última página. Revolução que alcança, inclusive, a linguagem que acabei de usar, uma vez que o conceito de página, diante de um mundo noticiado em real time, foi virado pelo avesso. Quando bato os olhos em alguns jornais impressos, inclusive os jornalões do eixo Rio-São Paulo, e os vejo repetindo bovinamente o que já saiu no UOL ou no Terra, não consigo conter o riso. Porque, diante do alerta de estudiosos do mundo inteiro, até hoje eles não entenderam que sua função mudou. É muito mais a de contextualizar e analisar do que informar. Os meios eletrônicos - inclusive a televisão! -, já fizeram a fineza de distribuir o que interessa na área do hard-news. Cabe aos impressos (e aos eletrônicos que pretendem resumir o dia) destrinchar a história, torná-la “compreensível”. Quem não faz isso me lembra aquele tempo, e não faz muito, em que os jornais, durante a Copa do Mundo, abriam manchetes no dia seguinte ao jogo dizendo: “Brasil vence a Argentina por 2 x 0”. “Quá! A gente já viu na TV! A gente acompanhou o jogo pelo rádio!” Pois pode ir à banca da esquina e continue a rir, porque mais de meio século depois e muitos jornais continuam a noticiar aquilo que Deus, o Diabo e o mundo já sabiam há muito tempo.
Bonner respondeu à minha pergunta concordando com a angústia. Disse que nesses casos as equipes se esforçam para fazer novas abordagens, ouvir outros personagens. E, sem explicar a razão, garantiu que a audiência do JN cresce quando morre uma pessoa famosa, mesmo que o assunto fique repicando na internet, no rádio e na própria televisão o dia inteiro. Não tive direito a réplica, até porque a prioridade, durante a palestra, era dos alunos. Se tivesse, diria suspeitar que essa elevação de audiência se deve ao grande número de pessoas ainda sem acesso à internet; à necessidade do público à “informação organizada”, capaz de fazê-lo entender a dimensão da notícia; à expectativa de que o JN antecipe as conseqüências e contextualize o fato; e à esperança do público de que o telejornal explore um ou outro ângulo que tenha escapado aos blogs e sites de notícias.
Informação organizada, ângulos inusitados, contextualização e antecipação de consequências. Talvez aí esteja a saída para o imbroglio em que se meteu a imprensa, digamos, tradicional, com a avalanche da internet. Quem tiver juízo vai prestar atenção nesses três aspectos. Quem não tiver, lamento muito, mas vai terminar fechando o boteco. Inclusive o JN.
“As notícias que leio, conheço/ Já sabia antes mesmo de ler”, anunciou premonitoriamente o poeta mais de 40 anos atrás, quando nem se imaginava que um dia existiria uma coisa chamada internet. É bom prestar atenção no que ele escreveu. Naquela época o JN se preparava para usar fraldas...
As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores
“Trá-lá-lá, trá-lá-lá, ê, ê!
O jornal de manhã chega cedo
Mas não traz o que eu quero saber
As notícias que leio, conheço,
Já sabia antes mesmo de ler...”
Torquato Neto em “Domingou”, de 1967, com Gilberto Gil
Outro dia, quando esteve na Faculdade de Comunicação da UnB para lançar seu livro “Jornal Nacional – Modo de fazer”, perguntei a William Bonner sobre a angústia de fechar o principal telejornal do país sabendo que raramente irá dar uma notícia exclusiva, já que os sites e blogs da internet, com sua ducha permanente aberta despejando informação nova nos computadores do planeta fez com que jornais, revistas, telejornais, radiojornais e até alguns webjornais cheguem velhos ao consumidor.
Concluir que a internet está impondo uma forma nova de fechar a primeira página ou a escalada do Jornal Nacional é muito pouco. Na verdade, o que vem ocorrendo é uma revolução em escala planetária e em ritmo eletrônico na forma de se fazer um troço chamado jornalismo, da primeira à última página. Revolução que alcança, inclusive, a linguagem que acabei de usar, uma vez que o conceito de página, diante de um mundo noticiado em real time, foi virado pelo avesso. Quando bato os olhos em alguns jornais impressos, inclusive os jornalões do eixo Rio-São Paulo, e os vejo repetindo bovinamente o que já saiu no UOL ou no Terra, não consigo conter o riso. Porque, diante do alerta de estudiosos do mundo inteiro, até hoje eles não entenderam que sua função mudou. É muito mais a de contextualizar e analisar do que informar. Os meios eletrônicos - inclusive a televisão! -, já fizeram a fineza de distribuir o que interessa na área do hard-news. Cabe aos impressos (e aos eletrônicos que pretendem resumir o dia) destrinchar a história, torná-la “compreensível”. Quem não faz isso me lembra aquele tempo, e não faz muito, em que os jornais, durante a Copa do Mundo, abriam manchetes no dia seguinte ao jogo dizendo: “Brasil vence a Argentina por 2 x 0”. “Quá! A gente já viu na TV! A gente acompanhou o jogo pelo rádio!” Pois pode ir à banca da esquina e continue a rir, porque mais de meio século depois e muitos jornais continuam a noticiar aquilo que Deus, o Diabo e o mundo já sabiam há muito tempo.
Bonner respondeu à minha pergunta concordando com a angústia. Disse que nesses casos as equipes se esforçam para fazer novas abordagens, ouvir outros personagens. E, sem explicar a razão, garantiu que a audiência do JN cresce quando morre uma pessoa famosa, mesmo que o assunto fique repicando na internet, no rádio e na própria televisão o dia inteiro. Não tive direito a réplica, até porque a prioridade, durante a palestra, era dos alunos. Se tivesse, diria suspeitar que essa elevação de audiência se deve ao grande número de pessoas ainda sem acesso à internet; à necessidade do público à “informação organizada”, capaz de fazê-lo entender a dimensão da notícia; à expectativa de que o JN antecipe as conseqüências e contextualize o fato; e à esperança do público de que o telejornal explore um ou outro ângulo que tenha escapado aos blogs e sites de notícias.
Informação organizada, ângulos inusitados, contextualização e antecipação de consequências. Talvez aí esteja a saída para o imbroglio em que se meteu a imprensa, digamos, tradicional, com a avalanche da internet. Quem tiver juízo vai prestar atenção nesses três aspectos. Quem não tiver, lamento muito, mas vai terminar fechando o boteco. Inclusive o JN.
“As notícias que leio, conheço/ Já sabia antes mesmo de ler”, anunciou premonitoriamente o poeta mais de 40 anos atrás, quando nem se imaginava que um dia existiria uma coisa chamada internet. É bom prestar atenção no que ele escreveu. Naquela época o JN se preparava para usar fraldas...
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Registro profissional gera polêmica no Caribe
Um projeto de lei, elaborado pela Comunidade e Mercado Comum do Caribe (Caricom) em 2004 e que institui o registro profissional para jornalistas e demais trabalhadores de comunicação no bloco está gerando polêmica entre os profissionais. Não está claro, mas lendo-se o texto do rascunho do projeto de lei disponível na Internet, todas as profissões e não apenas a de jornalistas seriam geridas por um mesmo sistema.
A proposta institui, em cada país da área de integração do Caribe, Conselhos Profissionais que serão responsáveis pela regulação da profissão e pela emissão dos registros, denominado de licenciamento. A primeira leitura, tais conselhos se assemelham aos Conselhos Federais existentes no Brasil.
A composição do conselho será tripartite: com representantes do governo, dos profissionais e da sociedade. O Conselho definirá os requisitos necessários para obter o registro profissional e será responsável pela verificação do respeito ao Código de ética profissional.
A relação do profissional registrado pelo Conselho com a instituição é de asssociado o que implica no pagamento de contribuições. O Conselho terá direito para suspender temporariamente ou cancelar defintivamente um registro profissional - a exemplo do que ocorre na OAB ou no Conselho Federal de Medicina no Brasil.
Para a Associação de Empregados de Meios de Comunicação do Caribe (ACM, por suas siglas em inglés) a iniciativa pode pode colocar em risco a liberdade de imprensa na região. Ela qualifica o projeto como prejudicial à liberdade de imprensa no Caribe
Segundo o presidente da ACM, Wesley Gibbings, o registro, ou permissão como ele o denomina, para jornalistas constitue em uma ameaça para a liberdade de imprensa e outros direitos. Na visão da entidade, a lei abriria espaço para manipulações e daria aos governos do Caricom o poder para determinar quem pode exercer o jornalismo e quem não.
Este debate nos remete novamente à realidade brasileira. Até 1979, podia ser jornalista quem tivesse um registro profissional e, para tanto, era preciso estar trabalhando na área há pelo menos dois anos. Em outras palavras, eram os empregadores quem decidiam quem poderia ser jornalista. Vale lembrar que a lei obrigava a revisão dos registros - verificar quem continuava a trabalhra como tal - a cada dois anos. A mudança para a exigência do diploma como requisito para o registro, tirou das mãos dos patrões e também do Estado o arbítrio em decidir quem pode ser jornalista. O Estado, via Ministério do Trabalho, passou a ser um mero cartório homologando os requisitos atendidos pelo candidato. Agora, com a decisão do STF, poderemos voltar a situação de arbítrio existente anteriormente.
Outras preocupação no Caribe é com o que lá é denominado jornalistas cidadãos - pessoas que operam blogs e outros meios alternativos sem qualquer formação profissional ou acreditação institucional. Tais pessoas querem ser reconhecidas formalmente como jornalistas (o mesmo irá acontecer no Brasil se uma nova legislação não for aprovada), mas os meios de comunicações caribenhos tradicionais não vêem como tal.
A reação dos blogueiros do caribe já se iniciou. Gibbings, Laughlin e Georgia Popplewell, do Global Voices Online, esperam gerar uma rede internacional que se intere sobre o projeto e que permita uma mobilização contrária. Em Trinidad e Tobago a Media Association of Trinidad and Tobago já começou a se mobilizar contra a iniciativa da Comunidade do Caribe.
Não foi possível auscutar o posicionamento das entidades tradicionais que representam os jornalistas na região, tais como os sindicatos nacionais, os Colégios de Periodistas (espéciede Conselho Federal ou Ordem) nem mesmo a Felap - Federação Latino-americana de Periodistas.
Se você quisuer entrar neste debate, o espaço deste blog está aberto, aproveite-o. E se quiser debater com as entidades caribenhas, um caminho é o blog, em inglês, Caribbean Free Radio.
A proposta institui, em cada país da área de integração do Caribe, Conselhos Profissionais que serão responsáveis pela regulação da profissão e pela emissão dos registros, denominado de licenciamento. A primeira leitura, tais conselhos se assemelham aos Conselhos Federais existentes no Brasil.
A composição do conselho será tripartite: com representantes do governo, dos profissionais e da sociedade. O Conselho definirá os requisitos necessários para obter o registro profissional e será responsável pela verificação do respeito ao Código de ética profissional.
A relação do profissional registrado pelo Conselho com a instituição é de asssociado o que implica no pagamento de contribuições. O Conselho terá direito para suspender temporariamente ou cancelar defintivamente um registro profissional - a exemplo do que ocorre na OAB ou no Conselho Federal de Medicina no Brasil.
Para a Associação de Empregados de Meios de Comunicação do Caribe (ACM, por suas siglas em inglés) a iniciativa pode pode colocar em risco a liberdade de imprensa na região. Ela qualifica o projeto como prejudicial à liberdade de imprensa no Caribe
Segundo o presidente da ACM, Wesley Gibbings, o registro, ou permissão como ele o denomina, para jornalistas constitue em uma ameaça para a liberdade de imprensa e outros direitos. Na visão da entidade, a lei abriria espaço para manipulações e daria aos governos do Caricom o poder para determinar quem pode exercer o jornalismo e quem não.
Este debate nos remete novamente à realidade brasileira. Até 1979, podia ser jornalista quem tivesse um registro profissional e, para tanto, era preciso estar trabalhando na área há pelo menos dois anos. Em outras palavras, eram os empregadores quem decidiam quem poderia ser jornalista. Vale lembrar que a lei obrigava a revisão dos registros - verificar quem continuava a trabalhra como tal - a cada dois anos. A mudança para a exigência do diploma como requisito para o registro, tirou das mãos dos patrões e também do Estado o arbítrio em decidir quem pode ser jornalista. O Estado, via Ministério do Trabalho, passou a ser um mero cartório homologando os requisitos atendidos pelo candidato. Agora, com a decisão do STF, poderemos voltar a situação de arbítrio existente anteriormente.
Outras preocupação no Caribe é com o que lá é denominado jornalistas cidadãos - pessoas que operam blogs e outros meios alternativos sem qualquer formação profissional ou acreditação institucional. Tais pessoas querem ser reconhecidas formalmente como jornalistas (o mesmo irá acontecer no Brasil se uma nova legislação não for aprovada), mas os meios de comunicações caribenhos tradicionais não vêem como tal.
A reação dos blogueiros do caribe já se iniciou. Gibbings, Laughlin e Georgia Popplewell, do Global Voices Online, esperam gerar uma rede internacional que se intere sobre o projeto e que permita uma mobilização contrária. Em Trinidad e Tobago a Media Association of Trinidad and Tobago já começou a se mobilizar contra a iniciativa da Comunidade do Caribe.
Não foi possível auscutar o posicionamento das entidades tradicionais que representam os jornalistas na região, tais como os sindicatos nacionais, os Colégios de Periodistas (espéciede Conselho Federal ou Ordem) nem mesmo a Felap - Federação Latino-americana de Periodistas.
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