Caros leitores e leitoras.

domingo, 29 de agosto de 2010

Argentina: rádios reclamam da baixa receita publicitária

Migajas de una torta cada vez más chica
Por Martín Becerra

De los 8000 millones de pesos que gestiona el mercado publicitario argentino, la radio (AM y FM) sólo absorbe un 3 por ciento. Si el resto de los medios de comunicación acusa la inestabilidad de un mercado que no resuelve integralmente los costos de su funcionamiento, apelando a la periódica condonación de deudas fiscales, previsionales y por multas por parte de un Estado también dadivoso a la hora de extender licencias que perpetúan a los mismos operadores, en la radio el panorama económico es todavía más complejo.

Desde el punto de vista económico, el sistema de medios de la Argentina tiene problemas de subsistencia. El boicot de algunos grandes radioemisores privados a la instalación de repetidoras del Canal 7 estatal en lugares donde sólo funcionaba una emisora propia (como el litigio causado por el Grupo Vila-Manzano en San Rafael, Mendoza) no sólo se explica por la escasa propensión del empresariado vernáculo a aceptar las reglas de la competencia sino porque ello implica compartir una torta publicitaria considerada insuficiente.

Costos de producción altos e ingresos que en el pasado sufrieron los espasmos de la economía argentina son, junto con una muy discrecional intervención que históricamente tuvieron los gobiernos (dictatoriales y constitucionales), los ingredientes de la estructura fuertemente concentrada de los medios.

Pero la radio tiene una peculiaridad: su escala económica es inferior que la de la televisión y que la de la industria gráfica. Sus costos de producción son, también, más bajos. Pero tiene, a diferencia de la televisión, menores restricciones a la competencia porque el uso del espacio radioeléctrico es menos intensivo por parte de las radios, con lo cual en una misma localidad existen muchas emisoras. La radio eludió el problema de producir contenidos variados, emitiendo en cadena programación desde Buenos Aires hacia todo el país, lesionando la voz del interior y su agenda de temas. La nueva Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual deberá corregir esta anomalía.

Aunque la cifra de radios en funcionamiento es una incógnita que despejarán los resultados del censo organizado por la Autoridad de Servicios de Comunicación Audiovisual este año, la estimación de 5 mil estaciones activas parece razonable. De ellas, menos del 3 por ciento se autofinancia con publicidad. Casi todas subalquilan espacios a periodistas que deben, así, reconvertirse en productores y vendedores de anuncios publicitarios. Este esquema económico, que va colonizando espacios televisivos y de la gráfica, confunde roles y vulnera regulaciones.

A su vez, la economía del loteo o del subalquiler predominante en las radios argentinas morigera el control del dueño de la emisora sobre los contenidos que propala. La programación cristaliza un puzzle que en los hechos responde más a terceros actores (anunciantes, productoras sin vínculo societario con la emisora) que al beneficiario de una licencia, dificultando su dominio sobre las voces que se emiten por “su” radio.

Por último, el escenario de apertura y no discriminación por razones económicas que dispone la nueva ley audiovisual hacia las radios sin ánimo de lucro es percibido como una amenaza por los operadores comerciales. Se expone así la complejidad del panorama real de funcionamiento del sistema comercial de radios en el país, imprescindible para imaginar su futuro.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Emprego: SP: Folha contrata Redator de Ilustrada

A Folha de S. Paulo procurar redator colaborador para cobrir férias no caderno Ilustrada até o final de setembro. Experiência em fechamento e conhecimento do Novo Manual de Redação da Folha são habilitações desejáveis.

O processo de seleção inclui testes de conhecimentos gerais, conhecimentos específicos, português e regras de padronização estabelecidas pelo manual, além de entrevista.

Envie um currículo sintetizado em uma página (com formação escolar, domínio de idiomas, cursos de especialização e experiência profissional) e dois exemplos de textos seus sobre assuntos relacionados às áreas especificadas acima, até 28/08, para treina@uol.com.br. Escreva no campo “Assunto” a sigla C-1.122

Candidatos devem ter:

•boa formação cultural
•familiaridade com os temas do caderno _em especial música pop, cinema e literatura.
•domínio da língua inglesa
•conhecimentos de língua espanhola
•domínio da língua portuguesa
Aviso do contratante: mande currículo e texto no corpo da mensagem; links e arquivos anexados não serão considerados.

TV dos Trabalhadores estreia hoje, com Lula

A TV dos Trabalhadores entra no ar hoje às 19h. A data histórica que marca a estreia da primeira emissora de televisão outorgada aos Trabalhadores terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silvia, ministros, prefeitos, parlamentares, dirigentes sindicais, empresários e 1.700 trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, fundador e mantenedor da Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho. A entidade sem fins lucrativos recebeu a outorga da TV em outubro de 2009, após 23 anos de luta e do primeiro pedido oficial feito ao Ministério das Comunicações e intermediado pelo então deputado constituinte Lula.

A programação irá ao ar pelo canal 46 UHF. Também estará em 27 canais comunitários (a cabo) da Grande São Paulo e em mais de 240 pontos de abrangência da Rede NGT em todo o País. A programação será transmitida simultaneamente pela TV Web do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (www.smabc.org.br).

A TVT terá diariamente uma hora e meia de programação própria (veja grade abaixo). Hoje todo o horário será ocupado com a transmissão ao vivo do evento de estreia, que será realizado no Cenforpe, em São Bernardo do Campo.

Seu jornal
O carro-chefe é um jornal ao vivo de 30 minutos – Seu Jornal -, que será exibido de segunda a sexta-feira. Integram a grade outras sete produções envolvendo serviços, debates, documentários, cooperativismo, entrevistas e destaques do mundo do trabalho. Para garantir o restante da programação, foram firmadas parcerias com a TV Brasil (pública) e as TVs Câmara e Senado, que fornecerão noticiário nacional, reportagens especiais e documentários.

Equipe com 70 profissionais é responsável pela produção da programação própria da TVT. Segundo Valter Sanches, foi investido R$ 1 milhão na compra de equipamentos. O custo mensal da programação da TVT está estimado em R$ 400 mil. Por ser educativa, a emissora não pode veicular publicidade nem ter patrocínios, mas apenas apoios culturais.

Para poder habilitar-se legalmente à concessão, o Sindicato fez um aporte financeiro de R$ 15 milhões com recursos próprios (aprovado em assembleia em 2007) na conta da Fundação. Sanches e Sérgio Nobre afirmaram que o Sindicato ira buscar apoios culturais e novos parceiros para a TVT ainda este ano. “Vamos fazer dessa emissora uma grande rede nacional”, afirmou o presidente do Sindicato.

Fundação
A outorga da emissora foi feita em outubro do ano passado em decreto assinado pelo presidente Lula e pelo então ministro das Comunicações, Hélio Costa. Além do Canal 46 UHF, a Fundação também teve outorgadas, no ano passado, mais uma emissora UHF, em São Caetano, e duas emissoras de rádio (uma em São Vicente e outra em São Caetano).

A Fundação foi criada em 10 de setembro de 1991, sem fins lucrativos, para produzir e divulgar programas de conteúdos educativo, cultural, informativo e recreativo, em todo o território nacional. É presidida pelo dirigente do Sindicato Valter Sanches, metalúrgico na Mercedes-Benz, e dirigida por conselho composto por 40 membros eleitos em assembleia a cada três anos, que representam diversas categorias de sindicatos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), como Metalúrgicos e Químicos do ABC, Bancários de São Paulo e do ABC, Petroleiros, Professores e Jornalistas de São Paulo.

Desde 1987
O primeiro pedido de concessão de canais de rádio e televisão para os trabalhadores via Sindicato foi feito em setembro de 1987. A entidade participou de quatro concorrências de concessão de radiodifusão e foi preterida em todas, apesar de ter cumprido todos os requisitos exigidos por lei. Em 1992, houve mais uma negativa, à época já em nome da Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho.

Em abril de 2005, a Fundação conseguiu a concessão do canal educativo 46 UHF, com sede no município de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), com aprovação do Congresso Nacional. Na ocasião, o presidente Lula assinou o decreto da concessão na abertura do 16º Congresso Continental da Ciosl-Orit (Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres – Organização Regional Interamericana de Trabalhadores), que reuniu representantes das principais centrais sindicais de 29 países das Américas.

No ato, Lula lembrou que era deputado constituinte quando levou o deputado federal e então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Vicentinho (PT), para conversar com o ministro das Comunicações à época, Antônio Carlos Magalhães (governo Sarney), e pedir pela primeira vez a concessão.

“O fato de Lula, um operário metalúrgico, ser o presidente da República foi determinante para que o Sindicato/Fundação conseguissem a concessão da TVT e as demais outorgas”, disse Sérgio Nobre.

Em rede
A Fundação firmou uma parceria com a Acesp (Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo) para retransmissão da programação da TVT em 27 emissoras comunitárias nas sete cidades do ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – canal 48) e nas seguintes praças: Atibaia, Bragança Paulista, Cubatão, Guarulhos, Itapetininga, Mogi das Cruzes, Osasco, Peruíbe, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Jacareí, São José do Rio Preto, Valinhos, Limeira, Americana, Rio Claro, Sumaré, Hortolândia, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Itapetininga e São Paulo (capital).

Outra parceria foi firmada com a Rede NGT, por seis meses, para retransmitir a programação da TVT a diversas regiões do Estado de São Paulo e do Brasil. São mais de 240 pontos de abrangência em todo o País.Na Grande São Paulo, por exemplo, são 26; na região de Bauru, mais 26; na Grande Rio de Janeiro, 16; em Minas Gerais, 87 (17 no sul-sudeste); na região do Cariri, no Ceará, 24. A população total dessas regiões é de 40 milhões de habitantes e 12 milhões de domicílios com televisores, segundo dados da NGT.

Metalúrgicos na equipe
A TVT dos Trabalhadores vai inovar ao colocar oito metalúrgicos na equipe de reportagem, que também terá a participação de representantes das entidades do movimento social. Nelma Salomão, diretora de jornalismo da emissora, explica que um dos conceitos da programação da TV dos Trabalhadores é estar aberta à participação social. "Esse será um dos nossos diferenciais. A participação de pessoas comuns produzindo conteúdo vem da necessidade de termos a visão desse lado da vida cotidiana, como a dos trabalhadores".

O coordenador de base por São Bernardo do Sindicato, Moisés Selerges será um dos repórteres trabalhadores e define sua participação como um elo entre a categoria e a emissora. "O trabalhador não se vê na TV conforme a sua realidade. Não há um programa que discuta nossos direitos”, por exemplo.

Ele compara sua afirmação com o comum de uma novela "Nunca vimos um personagem dizendo que precisa dormir cedo porque tem de trabalhar no dia seguinte".

Convênios
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, mantenedor da Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho, firmou dois convênios para a transmissão da programação da emissora para o Estado de São Paulo e quase todo o Brasil. Pelo convênio, a Rede NGT levará o sinal a cidades fora do Estado de São Paulo e a Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo fará a tevê chegar às cidades paulistas, entre elas os sete municípios do ABC e os da Grande São Paulo (veja links abaixo).

Os convênios foram firmados porque, neste início, as transmissões ficariam restritas à região de Mogi das Cruzes. O Sindicato-Fundação já solicitou, oficialmente, ao Ministério das Comunicações retransmissoras para montar uma rede de transmissão para todo o País.

Como sintonizar

Canal 48 UHF - ABC e Grande São Paulo
Canal 46 - Mogi das Cruzes e Alto Tietê
TV a Cabo no ABC - ECO TV- canais 96 (analógico) e 9 (digital) NET
TV a Cabo em SP - TV Aberta – canais 9 e 72 TVA (analógico) NET e 186 (digital) TVA
No site da TVT - www.tvt.org.br (disponível a partir de 23/08)

Brasil chega a 187 milhões de telefones celulares e o preço ainda é altíssimo

O Brasil já rompeu a marca dos 187 milhões de telefones celulares em uso. De acordo com o mais recente ranking divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no mês de julho, um total de 1.886.197 de novos aparelhos de telefonia móvel foram habilitados.

O crescimento do mês é 1,02% superior ao registrado em junho. Considerando essas novas habilitações, atualmente, o Brasil possui um total de 96,83 aparelhos para cada grupo de 100 habitantes (de acordo com o critério de Teledensidade, criado pela Anatel).

Entre os meses de janeiro e julho de 2010, um total de 13.061.803 de novos telefones celulares foram habilitados no Brasil. O crescimento do período fica atrás somente dos primeiros sete meses de 2008 – época em que mais de 14,5 milhões de celulares foram habilitados no mercado.

O percentual de telefones que funcional pelo sistema pré-pago continua bastante superior ao da telefonia pós-pago. Enquanto que 82,22% dos celulares existentes no País funcionam pelo primeiro modelo, apenas os 17,18% restantes possuem um sistema pós-pago.

Operadoras
A liderança do setor de telefonia móvel no País continua com a Vivo. No final do mês de julho, a operadora detinha uma fatia de 30,25% do mercado nacional, sendo responsável pela operação de 56.574.744 de aparelhos. A vice-liderança continua com a Claro, que detinha, em julho, 25,42% de participação (o que corresponde a 47.540.659 de celulares em uso).

A Tim ficou em terceiro lugar, aproximando-se da segunda colocada, com uma fatia de 24,05% do mercado (44.976.339 celulares) e a Oi ficou com a quarta posição, com uma fatia de 19,93% do mercado.

Reunidos em Congresso Nacional, jornalistas defendem o diploma para o exercício da profissão

Os jornalistas brasileiros, reunidos em seu 34º Congresso Nacional, realizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, de 18 a 22 de agosto de 2010, dirigem-se à Nação Brasileira para reafirmar a defesa do Jornalismo como bem público essencial à democracia e a defesa dos jornalistas como categoria profissional responsável pela efetiva produção jornalística, dentro do princípio do direito da sociedade à informação.

Há no país uma ação permanente patrocinada pelos grandes grupos de comunicação para desqualificar o Jornalismo, confundindo propositadamente a produção de informação jornalística com entretenimento, ficção e mera opinião. Igualmente, a categoria dos jornalistas sofre ataques à sua constituição e organização.

Por isso, mais uma vez, os jornalistas brasileiros afirmam a defesa da regulamentação da profissão e conclamam a sociedade a apoiar a luta pela aprovação das Propostas de Emendas Constitucionais (PECs), em tramitação no Congresso Nacional, que restituem a exigência da formação de nível superior específica para o exercício da profissão.

Os jornalistas brasileiros entendem que a luta pela regulamentação da profissão e pela democratização da comunicação é de interesse público. Por isso, pedem a continuidade da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) como instância democrática e plural de discussão e deliberação das políticas públicas para o setor.

Em seu 34º Congresso Nacional, os jornalistas brasileiros afirmam a necessidade de dar consequência às decisões da 1ª Confecom e destacam como prioridade a criação do Conselho Nacional de Comunicação como instância deliberativa, a criação do Conselho Federal de Jornalistas (CFJ) e do Código de Ética do Jornalismo e a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa para o país.

Não por acaso, no mesmo período de realização do 34º Congresso dos Jornalistas, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) reuniu-se no Rio de Janeiro para defender seus interesses empresariais, antagônicos aos da grande maioria do povo brasileiro. Falsamente, a ANJ afirma defender a liberdade de expressão e de imprensa, mas aponta para uma autorregulamentação do setor, sob o controle do patronato, em contraposição às propostas de regulação e regulamentação, por lei, defendidas pelos trabalhadores.

Os jornalistas brasileiros denunciam a exploração a que são submetidos pelos donos dos veículos de comunicação, que violam abertamente os mais comuns direitos trabalhistas. Reafirmam sua luta por melhores condições de salário e trabalho, pelo respeito à jornada diária, pela aplicação do Código de Ética da profissão, pela garantia de segurança no exercício profissional e contra a precarização das relações de trabalho. Tomam, ainda, a iniciativa de fortalecer a posição dos jornalistas no âmbito da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras centrais sindicais.

Além das lutas sindicais específicas, os jornalistas brasileiros se comprometem a trabalhar no combate ao racismo e pela promoção de políticas de equidade de gênero, raça e etnia na organização da categoria e na produção jornalística. Também destacam a importância de fortalecer os veículos públicos de comunicação e seus serviços noticiosos, como a Voz do Brasil, ameaçada atualmente por um projeto de lei apoiado pelas empresas jornalísticas.

As lutas da categoria no Brasil somam-se às dos jornalistas de outros países da América Latina e do Caribe, do continente africano e dos demais países reunidos na Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), que estiveram presentes no 34º Congresso Nacional.

Por fim, às vésperas de eleições gerais no país, os jornalistas brasileiros conclamam os candidatos, em nível nacional e estadual, a se comprometerem com as bandeiras da democratização dos meios de comunicação e com a defesa do Jornalismo e da regulamentação profissional dos jornalistas.

Porto Alegre, 21 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Emissoras devem ganhar R$ 851 milhões com o horário eleitoral

Além da grande desigualdade de tempo entre pequenos e grandes partidos )na França por exemplo todos os partidos têm tempo igual nos meios de comunicação), o horário eleitoral deve render grande compensações financeiras às emissoras de televisão. Embora elas sejam detentoras de concessões públiccas e não paguem nada por este privilégio, elas estão cobrando do governo compensações pelo que elas chamam de perdas de receita. Desta forma, o que é gratuito é o acesso de candidatos, partidos e coligações aos meios de comunicação. A veiculação do horário eleitoral, porém, não é gratuita. Em 2010, segundo o pesquisador Venício Lima, as empresas de comunicação devem ganhar mais de 851 milhões em compensação fiscal.

Leia aqui a análise feita por Venício Lima para a Carta Maior

Guiné Bissau: rádio completa dois anos difundindo a língua portuguesa

Enviada por Marcolino Elias Vasconcelos

Em Canchungo, a 24 de Abril de 2008, Marcolino Elias Vasconcelos, professor – sobretudo de Língua Portuguesa – no Liceu Regional Hô Chi Minh, e António Alberto Alves, sociólogo e voluntário, iniciaram o programa Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand, que tem como objectivo a promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa e desde então mantém a sua periodicidade semanal, todas as quintas-feiras entre as 20.3h e 21.3h na frequência de 103 MHz.
De imediato, para responder a diversas solicitações de apoio educativo, jovens estudantes tomaram a iniciativa de se organizarem em bankada [Bankada é um grupo informal mas estruturado, sobretudo de jovens, que se juntam num local na rua, para ouvirem rádio – neste caso, o programa Andorinha e para praticarem a oralidade em Língua Portuguesa], para ouvirem o programa Andorinha e “praticarem a oralidade e ultrapassarem o receio de falarem em português”! Ao longo desse ano, constituíram-se bankadas nos bairros da cidade de Canchungo (Betame, Pindai, Catchobar, Tchada, Djaraf, rua de Calquisse, Bairo Nobo) e em algumas tabanka (Cajegute, Canhobe, Tame). Complementarmente, foi constituída a bankada central Andorinha, que concentra as suas actividades no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo e que tem organizado algumas iniciativas: sessões de vídeo, acções de sensibilização em escolas, feira do livro.
Esta iniciativa Andorinha surge como pioneira num país onde a utilização da Língua Portuguesa é muito baixa e a sua riqueza parte da própria motivação de jovens estudantes se organizarem em autoformação.

Complementarmente, neste ano lectivo de 2009-2010, estamos a realizar o projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas no sector de Canchungo, Região de Cacheu, Guiné-Bissau. Tem como objectivo a montagem de um projecto bilateral de troca de experiências e intercâmbio entre um estabelecimento de ensino de Portugal e de um congénere na Região de Cacheu (Guiné-Bissau), que poderá proporcionar múltiplas vantagens recíprocas – e despoletar diversas acções de cooperação. Com efeito, a troca de correspondência escolar entre directores, professores e alunos, certamente aumentará o domínio da escrita em Língua Portuguesa entre os guineenses e promoverá o conhecimento sobre a Guiné-Bissau entre os portugueses. [ver descrição em anexo]

Neste sentido, as iniciativas Andorinha passarão a promover o uso oral e escrito da Língua Portuguesa no quotidiano dos jovens e estudantes guineenses.



Em Canchungo e na Região de Cacheu, a designação de “Andorinha” é já sinónimo de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa. Como grupo informal, solicitamos a adesão à CONGAI – Confederação das Organizações não Governamentais e Associações Intervenientes ao Sul do Rio Cacheu, o que foi prontamente aceite.



Do que as iniciativas Andorinha têm realizado desde o início deste ano lectivo 2009-2010, destacamos:

- O envolvimento e formação de jovens das bankada Andorinha para apoiarem e realizarem o programa Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand – todas as quintas-feiras entre as 20.3h e 21.3h na frequência de 103 MHz;

- As acções de apresentação das bankada Andorinha e a sensibilização ao uso da Língua Portuguesa realizadas no Complexo Escolar Santo Agostinho, Escola EBU, Escola 1º de Junho e ADRA – Escola Adventista, em Canchungo, por solicitação dos respectivos directores;

- A organização e realização da actividade “Nô Pensa Cabral!”;

- A entrega da correspondência escolar enviada pelo Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Joaquim de Magalhães de Faro à direcção do Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo;

- A constituição de uma bankada Andorinha em Bissau – na Paróquia de Brá;

- A sessão de apresentação das bankada Andorinha e a sensibilização ao uso da Língua Portuguesa realizada no âmbito do intercâmbio de alunos e professores entre o Liceu Regional Hô Chi Minh e o Liceu Dr. Luís Fona Tchuda de Gabú, sob o lema “Juntos para um ensino de qualidade face aos desafios do futuro”;

- O início da emissão do programa Andorinha na Rádio Babok – todos os domingos, entre as 21h e 22h na frequência de 98 MHz;

- A acção de apresentação das bankada Andorinha e a sensibilização ao uso da Língua Portuguesa realizada no Liceu Domingos Mendonça em Cacheu;

- A entrega da correspondência escolar e de diverso material enviado pelo Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Caíz à direcção e professores da Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” em Tame;

- A visita à bankada Andorinha “Umeeni” em Petabe.



De 19 a 25 de Abril de 2010 comemoramos este segundo aniversário do surgimento das iniciativas Andorinha, com a realização de um conjunto de acções:

- 19 Abril (segunda-feira): Entrega de 433 músicas em Língua Portuguesa, de 93 artistas/grupos de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Timor Leste, à Rádio Comunitária Uler A Baand e Rádio Babok;

- 20 Abril 10h (terça-feira): Inauguração da 2.ª Feira do Livro no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo;

- 20 a 24 Abril (8.3-11h e 16-19h): 2.ª Feira do Livro no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo;

- 24 Abril a partir das 16h (sábado): 2.ª Festa Andorinha na COAJOQ – Cooperativa Agro-Pecuária de Jovens Quadros;

- 25 Abril (domingo): Documentário sobre a Revolução dos Cravos em Portugal.



- A inauguração da 1.ª Feira do Livro no Centro de Recursos em Cacheu;

- A entrega da segunda correspondência escolar enviada pelo Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Joaquim de Magalhães de Faro à direcção do Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo;

- A oferta de 60 t-shirts Andorinha pela empresa Jomav – Importação e comercialização de materiais de construção;

- A cerimónia de tomada de posse da bankada Andorinha Liceu Domingos Mendonça em Cacheu;

- A constituição da bankada Andorinha da Escola 1.º de Junho em Canchungo;

- A entrega da correspondência escolar e de diverso material enviada pelo Agrupamento Vertical de Escolas de Mondim de Bastos à direcção e professores da Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque e à direcção da AFIR – Associação dos Filhos e Irmãos de Cabienque;

- A constituição da bankada Andorinha “União Faz a Força” em Tchulame.



Semanalmente, todos os sábados, pelas 17 horas, a bankada central Andorinha reúne no Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo. Ao longo do mês de Junho realizamos uma reflexão e autoformação sobre o funcionamento de uma associação, que incluiu a concepção e redacção de uma proposta de estatutos. A 19 de Junho fundamos a associação Bankada Andorinha, com a redacção da acta – a que se seguirão os diversos passos legais para a sua efectivação.



De salientar, que esta é uma iniciativa concebida e protagonizada por jovens alunos e professores guineenses, às expensas de trabalho voluntário e esforço e empenho de cada um – sem qualquer apoio de instituições portuguesas responsáveis pela promoção da Língua Portuguesa...

[Para mais informações e imagens, ver www.andorinhaemcanchungo.blogspot.com]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Governo pretende votar proposta de marco regulatório para comunicação

Redação Portal IMPRENSA

Uma proposta de marco regulatório dos serviços de telecomunicação e
radiodifusão oferecidos no Brasil deverá ser enviada para votação no
Congresso até o final deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva pediu aos ministros para se dedicarem "ao fechamento das
questões" sobre o plano e que apresentem sugestões até o final de seu
mandato.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ministro das Relações
Institucionais, Alexandre Padilha, informou que o tema é debatido
internamente e que a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom)
pretende apresentar uma proposta de marco regulatório até o final de
2010.

A Confecom foi realizada em dezembro de 2009, patrocinada pelo governo
federal, e aprovou 633 sugestões para a regularização do setor. Os
principais pontos a serem regulados são os que tratam sobre internet,
direitos autorais, legislação geral para comunicação pública, a
priorização de conteúdo nacional pelas emissoras de TV, definida pela
Constituição Federal, e sobre a regularização da área de comunicação
no país.

Lula também orientou os ministros a simplificarem as regras de
licenciamento ambiental para que as obras de infraestrutura no país se
acelerassem. Além disso, o presidente deseja que um marco regulatório
para o setor de mineração seja definido.

Leia mais

- Governo formula propostas para criar marco regulatório no setor de comunicação
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2009/11/17/imprensa32133.shtml


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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ONU tem vaga para Jornalistas voluntários

Candidatos precisam ter curso superior completo, experiência de rádio,
bom texto jornalístico, inglês avançado para tradução, excelente nível
de português (falado e escrito) e interesse pelas Nações Unidas.

A Rádio ONU em Português está selecionando jornalistas voluntários
para atuar em sua sede em Nova York.

O candidato precisa ter curso superior completo, experiência de rádio,
bom texto jornalístico, inglês avançado para tradução e excelente
nível de português falado e escrito. A Rádio ONU produz material
jornalístico e de informação em Português para África e Brasil.

Rádio e Internet

Os selecionados terão a oportunidade de participar de uma redação de
jornalismo internacional com uma audiência aproximada de 36 milhões de
ouvintes, a maioria vem dos oito países lusófonos, Europa e Estados
Unidos.

A equipe da Rádio ONU transmite, diariamente, noticiários, entrevistas
e programas especiais sobre o trabalho das Nações Unidas no mundo para
rádio e internet.

O voluntariado dura um mês com possibilidade de renovação. O trabalho
não é remunerado.

Interessados devem enviar currículo e carta de apresentação, em
português e inglês, para o e-mail: radioonuemportugues@un.org até 10
de setembro de 2010.

Número de concessões a rádios triplica em ano eleitoral

A história mais uma vez se repete. As concessões de rádio e televisão voltam a ser moedas políticas. Segundo levantamento da Adnews, triplicou o volume de concessões de estações de rádio neste ano eleitoral. Até quando os meios de comunicação ficarão a serviço desta política de toma-lá dá-cá?

Veja abaixo a íntegra da nota da Adnews

Da Redação Adnews em 16/08/2010

O número de renovações ou novas concessões a rádios no Brasil quase triplicou em 2010. Levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostra que, neste ano, o governo federal, por meio da Presidência e do Ministério das Comunicações, favoreceu 183 emissoras em 162 municípios.

As rádios beneficiadas – comerciais ou educativas – estão em sua maioria (57%) ligadas a políticos (76) ou instituições religiosas (28), católicas e evangélicas. Somente a partir de 26 julho, 74 decretos foram assinados, já com campanha eleitoral em curso.

A Folha questionou o Ministério das Comunicações sobre a razão do aumento de concessões justamente em ano de eleição presidencial: em 2006, foram 14; em 2007, 2; em 2008, 9; e, em 2009, 49. Segundo a assessoria da pasta, a alta ocorreu por causa de da criação de um grupo de trabalho no final de 2008 para desafogar o setor. “A expectativa é que esse número cresça ainda mais considerando que o trabalho tende a ficar cada vez mais ágil”, disse a assessoria.

Até março, antes do período eleitoral começar, os últimos decretos foram assinados sob gestão do então ministro Hélio Costa (PMDB). Antes de deixar o cargo para José Artur Filardi Leite, Costa beneficiou, entre outras, rádios do empresário Fernando Sarney – filho de José Sarney (PMDB), presidente do Senado – e do senador Lobão Filho (PMDB-MA) – filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB).

sábado, 14 de agosto de 2010

Vídeo recupera história do sindicato dos jornalistas do DF

Enviado por Luís Turiba

Será no próximo dia 17 de agosto, terça-feira, às 19h30, no auditório Maestro Sílvio Barbato, no SESC do Setor Comercial Sul (Edificio Presidente Dutra, ao lado do Ed. Oscar Niemeyer) o lançamento do projeto "Memórias do Sindicato dos Jornalistas do DF", com uma exposição de fotos de André Dusek e a primeira exibição do DVD "Cadê o Sindicato que estava aqui?", de Luis Turiba e Maxtunay França.
*Histórico*

Jornalistas relembram em vídeo os anos de chumbo *

A sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, no Setor Gráfico, foi um espaço marcante nas lutas pela redemocratização do País, contra a censura e na consolidação da profissão em Brasília.
Assim que a antiga sede foi permutada com a Brasal para a construção de um prédio comercial, surgiu a idéia de documentarmos a transformação do local e montarmos o primeiro capítulo da memória das mil e uma histórias da nossa instituição nos anos 70 e 80.
São inesgotáveis essas histórias, mas o primeiro passo precisava ser dado e assim foi feito. Sob a coordenação do poeta-jornalista Luis Turiba e do produtor audiovisual Maxtunay França, com a participação jornalística do presidente do sindicato, Romário Schettino, todo processo físico foi documentado, até a derrubada das paredes.
Em seguida, todos os ex-presidentes e lideranças notórias do Sindicato foram convocados para um encontro, numa noite chuvosa, no Café Martinica, na 303 Norte. Lá, saudosa e alegremente, uns 15 jornalistas - ex-presidentes, diretores, e outros profissionais que participaram ativamente dessa história - avivaram suas memórias.
Os jornalistas veteranos Clóvis Senna e Rubem de Azevedo Lima nos remeteram à fundação do Sindicato, na década de 60, recuperando episódios importantíssimos.
Depois, outra rodada de depoimentos aconteceu no Clube da Imprensa, resgatando a memório do saudoso e pertubador bloco carnavalesco "Pacotão".
O documentário "Cadê o Sindicato que estava aqui?" é apenas o piloto - um documentário-desafio - de uma série de outros vídeos e atos que pretende levantar a memória do sindicato e de seus integrandes na década de 70 quando, liderados pelo colunista Carlos Castello Branco, o Castelinho, enfrentamos a ditadura militar com nossos textos e pensamentos.
Afinal, nossa memória não pode se perder no tempo. Nossa atuação como cidadãos também é notícia e, portanto, história que merece ser contada.

Receita publicitária: Facebook deve chegar a US$ 1,8 bi em 2011

Do M&M Online

Com seus mais de meio bilhão de usuários, o Facebook deverá atingir receitas de US$ 1,3 bilhão com publicidade neste ano, segundo estimativas da eMarketer, praticamente o dobro dos US$ 665 milhões de 2009. A perspectiva para 2011 é de chegar a US$ 1,8 bilhão, o qeu resultará em um salto de 165% entre 2009 e 2011.

As receitas fora dos Estados Unidos, aliás, saltarão 325% neste mesmo período de comparação, indo de US$ 165 milhões no ano passado para US$ 700 milhões no ano que vem.

O segmento de publicidade que mais cresce é da própria plataforma de publicidade self-serve do Facebook, lançada em 2007, que representa quase metade de todo o investimento na rede social. Grande parte do dinheiro que via para a plataforma é de anunciantes locais, que antes estampavam suas marcas em páginas amarelas.

A outra metade das receitas é oriunda da publicidade em banners. O Facebook tem quase 17% do total de impressões de publicidade neste formato nos Estados Unidos, de acordo com dados da ComScore.

Enquanto o Facebook assiste ao crescimento de suas receitas, o MySpace aposta nas receitas que ainda seguem consigo a duras penas. A rede da News Corp trará US$ 347 milhões neste ano, uma queda de 26% em relação aos US$ 470 milhões do ano passado, sempre com número da eMarketer. A esmagadora maioria das receitas são no mercado norte-americano. Fora, serão US$ 24 milhões em 2010, com tendência a cair para US$ 21 milhões em 2011.

São Paulo: trabalhadores lutam para preservar a Rádio e TV Cultura

Da Redação do FNDC

A defesa do caráter público da Rádio e TV Cultura, bem como a valorização e manutenção dos profissionais que nelas atuam, foram reivindicadas pelos sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas de São Paulo. A manifestação ocorreu durante reunião com o presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora das emissoras paulistas, João Sayad, realizada na manhã da última quinta-feira, 12. Durante a noite houve o lançamento do movimento “Salve a Rádio e TV Cultura”.

O encontro dos sindicalistas com a diretoria da Fundação foi motivado pelas recentes declarações de Sayad sobre reformulações na programação das emissoras, a rescisão de contratos com outras empresas públicas e o consequente corte de funcionários (confira). Segundo o diretor do Sindicato dos Radialistas de São Paulo, Sérgio Ipoldo, Sayad admitiu a crise financeira da Fundação e confirmou a reformulação da grade de programação televisiva com fim dos programas Vitrine, Manos e Minas e Login.

O setor de jornalismo também passará por mudanças editoriais, deixando de ter uma cobertura factual para dar ênfase a debates e entrevistas. O fato deve provocar, de acordo com o radialista, mais demissões, além das cerca de 450 previstas com o encerramento dos contratos com a TV Justiça e TV Assembléia (leia mais aqui). As reformulações já foram aprovadas pelo Conselho Curador da entidade.

Ipoldo saudou a disposição de Sayad em disponibilizar espaço na grade para um debate com a sociedade sobre o papel da televisão pública. Também participaram da reunião o presidente o do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), o presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP), Adi Santos, e o diretor de Comunicação da Central, Daniel Reis, além de representantes dos funcionários.

Em plenária realizada durante a tarde, os trabalhadores das emissoras decidiram manter reuniões permanentes às quintas-feiras e solicitar às assessorias jurídicas dos Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas uma análise sobre as possibilidades de brecar as demissões. Além disso, uma comissão de funcionários irá auxiliar as direções das emissoras no mapeamento dos profissionais contratados como pessoas jurídicas para regularizar o vínculo e inibir futuras ações trabalhistas.

Campanha para salvar as emissoras

O lançamento do Movimento Salve a Rádio e TV Cultura ocorreu na noite do dia 12, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (confira aqui). Entre as ações definidas pelo movimento, estão a criação de grupos de trabalho, a elaboração de uma carta aberta para que a sociedade tome conhecimento da atual situação das emissoras, a realização de audiências públicas, a criação de abaixo-assinado e a de um blog. Quem desejar aderir à campanha deve escrever para salvertvcultura@sjsp.org.br.

Ipoldo espera que as ações dos sindicatos possam mobilizar a sociedade junto com os trabalhadores para “definir qual é o papel da rádio e TV pública que queremos e assim preservar esse patrimônio”. O radialista salienta que essa é uma luta difícil quando se prevê, nas posturas do governo estadual, a intenção de extinguir as emissoras públicas em São Paulo.

Próximas ações marcam luta

Na tarde desta sexta-feira, os sindicatos dos Radialistas e Jornalistas se reúnem com os funcionários da TV Assembléia. O término do programa Manos e Minas será pauta de audiência pública na Assembléia Legislativa de São Paulo no dia 24 de agosto. No dia 31, às 19h, ocorrerá no auditório da PUC/SP um debate sobre comunicação com os candidatos ao governo paulista, em que a crise da Cultura deve ser a principal pauta. O encontro é uma iniciativa da Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Estudantes de jornalismo da UnB lançam mais um nº da Campus Repórter

A 6ª edição da revista Campus Repórter será lançada na próxima terça feira, dia 10/8, a partir das 19h30, no Sebinho, da 406 Norte, em Brasília.

Inspirada na revista Realidade, é fruto de um trabalho acadêmico transdisciplinar de alunos e professores da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. A Campus Repórter é feita por meio de um conjunto de disciplinas – de jornalismo, publicidade, desenho industrial – para a experimentação avançada de reportagem no meio impresso.

Com acabamento bem cuidado, fotografias e diagramação sofisticadas, a edição traz as seguintes reportagens:

A reportagem de capa sobre audiodescrição nasceu de um documentário – trabalho de conclusão de curso. Para entender os outros sentidos, além da visão, as repórteres frequentaram o Centro Especial de Ensino para Deficientes Visuais-DF.

A reportagem sobre mulheres que se organizam em cooperativas foi produzida no ABC e aborda o cooperativismo no berço do sindicalismo brasileiro.

Goiás é o cenário da reportagem inserida nos 20 anos de políticas públicas para a infância e a adolescência com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Os repórteres passaram cinco dias em um orfanato para entender a lógica desses espaços.

A história do rock dos anos 60 em Brasília é um híbrido: a pesquisa é reportagem, mas o formato é almanaque; tem fotos resgatadas de álbuns desbotados e formas geométricas inspiradas em cartazes modernistas. Muito antes do mito do Legião Urbana, os jovens cabeludos da capital abriam shows de Roberto Carlos e animavam bailinhos em vários pontos da cidade.

O entrevistado da edição é o cientista político David Fleischer . Às vésperas das eleições presidenciais, o principal desafio a vencer foi a produção de um material com tempo de validade longo, capaz de superar as nuvens que se movem tão rápido no cenário eleitoral.

A sexta edição da revista Campus Repórter será lançada na próxima terça feira, dia 10 de agosto, a partir das 19h30, no Sebinho, da 406 Norte, em Brasília.
Inspirada na revista Realidade, é fruto de um trabalho acadêmico transdisciplinar de alunos e professores da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. A Campus Repórter é feita por meio de um conjunto de disciplinas – de jornalismo, publicidade, desenho industrial – para a experimentação avançada de reportagem no meio impresso.
Com acabamento bem cuidado, fotografias e diagramação sofisticadas, a edição traz as seguintes reportagens:
A reportagem de capa sobre audiodescrição nasceu de um documentário – trabalho de conclusão de curso. Para entender os outros sentidos, além da visão, as repórteres frequentaram o Centro Especial de Ensino para Deficientes Visuais-DF.
A reportagem sobre mulheres que se organizam em cooperativas foi produzida no ABC e aborda o cooperativismo no berço do sindicalismo brasileiro.
Goiás é o cenário da reportagem inserida nos 20 anos de políticas públicas para a infância e a adolescência com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Os repórteres passaram cinco dias em um orfanato para entender a lógica desses espaços.
A história do rock dos anos 60 em Brasília é um híbrido: a pesquisa é reportagem, mas o formato é almanaque; tem fotos resgatadas de álbuns desbotados e formas geométricas inspiradas em cartazes modernistas. Muito antes do mito do Legião Urbana, os jovens cabeludos da capital abriam shows de Roberto Carlos e animavam bailinhos em vários pontos da cidade.
O entrevistado da edição é o cientista político David Fleischer . Às vésperas das eleições presidenciais, o principal desafio a vencer foi a produção de um material com tempo de validade longo, capaz de superar as nuvens que se movem tão rápido no cenário eleitoral.

Jornais para jovens são sucesso na França

Por Vaguinaldo Marinheiro, da Folha Online

Títulos para pessoas de 6 a 18 anos mantêm circulação, apostando em temas como ecologia e entretenimento

Jornais para jovens não são vendidos em banca, e a assinatura de segunda a sábado custa cerca de R$ 20 por mês

Uma editora na França tem conseguido provar que pode estar bem errada a máxima de que crianças e adolescentes não gostam de ler notícias em jornal impresso.

Com três títulos voltados para pessoas de 6 a 18 anos, a La Play Bac não enfrenta crise. Enquanto os jornalões franceses perdem leitores, ela mantém 150 mil assinantes em todo o país. Número que permanece estável há cinco anos.

Como comparação, é metade do que vende o "Monde" hoje. Mas o "Monde" perdeu cerca de 20% da circulação nos últimos cinco anos.

Qual o segredo? "Fazemos jornais que não são chatos. Que levam às crianças e aos adolescentes o que eles querem ler e com uma apresentação colorida e atraente", afirma François Dufour, 42, um dos donos da editora e editor-chefe dos jornais.

"Le Petit Quotidien" (pequeno diário), "Mon Quotidien" (meu diário) e "L'actu" (últimas notícias) são jornais compactos (quatro páginas o primeiro, oito os outros dois), com gráficos coloridos, fotos grandes e textos pequenos.

No cardápio de assuntos, muita ecologia, curiosidades históricas, entretenimento e atualidades.

Na última quinta-feira, o "Le Petit Quotidien", voltado para crianças de até dez anos, trazia na capa a história de um animal que se pensava extinto e que foi fotografado no Sri Lanka. Dentro, uma arte multicolorida com tudo sobre o bicho.

No "Mon Quotidien", para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, o assunto principal era o projeto de uma agência britânica para criar um hotel de luxo nas alturas, dentro de um dirigível. Na página dois, uma arte com tudo sobre os dirigíveis.

"L'actu", cujo público-alvo tem de 14 a 18 anos, falava não só de ganhadores de loterias, mas também do vazamento de documentos sobre a guerra no Afeganistão. Na contracapa, uma entrevista com a atriz Cameron Diaz.

Dufour afirma que são os próprios jovens que escolhem os assuntos. Todos os dias são levados à Redação dois meninos e duas meninas que funcionam como redatores-chefes convidados. Os jornalistas propõem as pautas, eles decidem o que será publicado.

São também os leitores que escrevem as críticas de jogos e livros.

Início

A história dos três jornais começa em 1995. Dufour e dois amigos pensaram que seria um bom negócio fazer jornais que fossem vistos pelos pais como parte do processo educativo dos filhos.

Na época, eles já eram donos de uma editora de livros e jogos infantojuvenis.

Os jornais não são vendidos em banca, é preciso ser assinante para recebê-los em casa, de segunda a sábado.

A assinatura custa 9 por mês, pouco mais de R$ 20.
Durante todo o mês de setembro, início do ano letivo na França, são distribuídos jornais nas escolas do país.

"Jornais para adultos não são prazerosos"

O hábito de fazer jornais com pouco texto, para serem lidos em dez minutos, parece ter moldado o raciocínio de François Dufour, um dos proprietários da La Play Bac.
Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, suas respostas são curtas e diretas. Assim como sua explicação para a perda de circulação dos jornais "para adultos" na França: não são prazerosos para os leitores.

Folha - O senhor prova, com seus jornais, que crianças e adolescentes gostam de ler notícias. Qual a receita?
François Dufour - Publicar notícias para crianças e para adolescentes, em vez de publicar notícias para adultos explicadas para crianças. Além disso, fazer um jornal que seja lido em apenas dez minutos.

Como o senhor escolhe os assuntos que publica e o que vai para a primeira página?
Nós trazemos para a Redação todos os dias quatro estudantes, duas meninas e dois meninos. Eles funcionam como redatores-chefes convidados. Os jornalistas propõem os temas. As crianças escolhem o que as outras vão ler.

O senhor lançou "Mon Quotidien" em 1995. Por que acreditou que um jornal para crianças e adolescentes seria um bom negócio?
Porque pais gostam de pagar para a educação de seus filhos.

Seus jornais são lucrativos? Quanto de seu faturamento vem de anúncios?
Sim, são lucrativos. Os anúncios respondem por 10% do faturamento de 18 milhões.

O senhor acredita que seus leitores migrarão para os "jornais de adulto" no futuro?
Não se os "jornais de adulto" não derem a eles o mesmo prazer de leitura.

Por que, na sua opinião, os jornais estão perdendo leitores na França?
Porque o conteúdo deles não é bom.

Qual será o futuro dos jornais impressos?
Só sobrevivem se tiverem bom conteúdo, que significa bom jornalismo com boa apresentação gráfica.

O direito à Comunicação na berlinda do STF

Natália Suzuki, em Carta Maior

Hoje, quarta-feira (4), está marcado o julgamento, no Supremo Tribunal Federal, da ação apresentada pelo Psol - Partido Socialismo e Liberdade que contesta a constitucionalidade do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, criado em 2006. Da forma como a TV digital foi criada aqui, parece que ela é apenas uma melhoria tecnológica a ser agregada aos meios de comunicação já existentes. Mas, na verdade, ela é a criação de um novo serviço, já que permite uma série de possibilidades de interação e de uso de outros canais de comunicação. Organizações da sociedade civil defendem que sejam concedidas novas outorgas e não apenas o repasse direto da transmissão digital aos antigos donos da mídia.

A Comunicação é um direito humano. No entanto, ele é mais complicado de ser debatido e garantido por ser mais abstrato do que outros. É por isso também que damos menos importância à questão. Não sentimos o impacto da sua violação da mesma forma quando somos privados do direito à saúde ou à educação. Mas o prejuízo é grande e vem a longo prazo, especialmente porque ele é primordial para a garantia de outros direitos tão essenciais às nossas vidas.

Na próxima quarta-feira (4/8), está marcado o julgamento, no Supremo Tribunal Federal, da ação que contesta a constitucionalidade do ato que criou o Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre em 2006.

O que está por trás disso é a contestação do tradicional monopólio da mídia brasileira. Da forma como a TV digital foi criada aqui, parece que ela é apenas uma melhoria tecnológica a ser agregada aos meios de comunicação já existentes, ou seja, uma mera atualização da transmissão analógica de uma programação audiovisual.

Mas, na verdade, ela é a criação de um novo serviço, já que permite uma série de possibilidades de interação e de uso de outros canais de comunicação por meio da multiprogramação e da recepção móvel feita, por exemplo, por celulares.

Por isso, organizações da sociedade civil, como o Intervozes e a Conectas, defendem que sejam concedidas novas outorgas e não apenas o repasse direto da transmissão digital aos antigos donos da mídia, como foi feito há quatro anos.

A forma como o sistema de TV Digital foi criado no Brasil é inconstitucional, porque viola os artigos 220 e 223 da Constituição. Ambos proíbem a formação de monopólios e oligopólios, obrigando que as concessões sejam avaliadas e aprovadas pelo Congresso Nacional, o que não foi feito até então.

Para muita gente, tudo não passa simplesmente do aspecto tecnológico de como as imagens das novelas vão chegar até nós. Uma porção de atrizes entrou em parafuso com o temor de que nem o pancake e nem o botox seriam suficientes para eliminar as marcas de expressão aos olhos do telespectador embabascado com tamanha beleza e futilidade.

Contudo, o maior prejudicado com essa história é o público. Além da imagem em alta definição e de um som mais perfeito, o sistema é uma oportunidade única de ampliar o restrito mundo dos sete canais da TV aberta, fortalecendo a liberdade de expressão.

A comunicação tem um papel formativo na vida das pessoas, porque a informação contribui diretamente para a educação e para a cultura. Ninguém duvida de que a pluralidade de ideias e a maior variedade de formas de expressão contribuem para a promoção do debate e do diálogo.

Uma comunicação mais plural é um instrumento de reivindicação e de denúncia para quem ainda está à margem dos direitos fundamentais e, por isso, o seu uso deve ser mais democrático e ampliado. É só por meio da informação não homogênea que é possível alcançar o desconhecido e, assim, começar a compreendê-lo para, então, superar o preconceito.

Hoje, as quatro emissoras líderes concentram 83,3% da audiência e 97,2% da receita publicitária. Quão plural isso pode ser?

Esta é a terceira vez que o caso da TV digital tenta ser julgado no STF. Em maio, simplesmente saiu da pauta sem nenhuma explicação. Por isso, antes de torcer para que a ação tenha sucesso, é preciso energia positiva para que, ao menos, vá a julgamento.

(*) Natália Suzuki é jornalista, graduada pela USP, e especialista em Direitos Humanos pela Universidade de Bolonha. Foi repórter da Carta Maior das editorias de meio ambiente e movimentos sociais entre 2006 e 2007.

Opinião: Liberdade de expressão: o "efeito silenciador" da grande mídia

Por Venício Lima, em Carta Maior

A interdição do debate verdadeiramente público de questões relativas à democratização das comunicações pelos grupos dominantes de mídia funciona como uma censura disfarçada. Este é o “efeito silenciador” que o discurso da grande mídia provoca exatamente em relação à liberdade de expressão que ela simula defender.

Desde a convocação da 1ª. Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), em abril de 2009, os grandes grupos de mídia e seus aliados decidiram intensificar a estratégia de oposição ao governo e aos partidos que lhe dão sustentação. Nessa estratégia – assumida pela presidente da ANJ e superintendente do grupo Folha – um dos pontos consiste em alardear publicamente que o país vive sob ameaça constante de volta à censura e de que a liberdade de expressão [e, sem mais, a liberdade da imprensa] corre sério risco.

Além da satanização da própria CONFECOM, são exemplos recentes dessa estratégia, a violenta resistência ao PNDH3 e o carnaval feito em torno da primeira proposta de programa de governo entregue ao TSE pela candidata Dilma Roussef (vide, por exemplo, a capa, o editorial e a matéria interna da revista Veja, edição n. 2173).

A liberdade – o eterno tema de combate do liberalismo clássico – está na centro da “batalha das idéias” que se trava no dia-a-dia, através da grande mídia, e se transformou em poderoso instrumento de campanha eleitoral. Às vezes, parece até mesmo que voltamos, no Brasil, aos superados tempos da “guerra fria”.

O efeito silenciador
Neste contexto, é oportuna e apropriada a releitura de “A Ironia da Liberdade de Expressão” (Editora Renovar, 2005), pequeno e magistral livro escrito pelo professor de Yale, Owen Fiss, um dos mais importantes e reconhecidos especialistas em “Primeira Emenda” dos Estados Unidos.

Fiss introduz o conceito de “efeito silenciador” quando discute que, ao contrário do que apregoam os liberais clássicos, o Estado não é um inimigo natural da liberdade. O Estado pode ser uma fonte de liberdade, por exemplo, quando promove “a robustez do debate público em circunstâncias nas quais poderes fora do Estado estão inibindo o discurso. Ele pode ter que alocar recursos públicos – distribuir megafones – para aqueles cujas vozes não seriam escutadas na praça pública de outra maneira. Ele pode até mesmo ter que silenciar as vozes de alguns para ouvir as vozes dos outros. Algumas vezes não há outra forma” (p. 30).

Para ler o restante deste artigo, clique aqui.
As opiniões aqui expressas são responsabilidade de seus autores.

Base de dados reúne informações sobre cursos de jornalismo no mundo inteiro

Você está buscando informações sobre um curso de jornalismo em uma universidade na Guatemala ou um professor de jornalismo no Brasil? Entre na base de dados do Conselho Mundial de Educação em Jornalismo e da Fundação Knight.
O novo Censo Mundial de Educação em Jornalismo traz uma lista completa de nomes, telefones e sites dos programas de educação em jornalismo no mundo inteiro. A informação pode ser localizada por país.
Atualmente, 2.338 cursos de jornalismo estão listados no diretório, e outras informações podem ser enviadas ao censo por aqui.
Quase 30% de todos os programas de educação em jornalismo incluídos na lista do censo estão localizados na América do Norte. Apenas 9% estão na América do Sul.
Para entrar na base de dados, clique aqui.

UFF seleciona professor para o deptº de Estudos Culturais e Mídia

Está aberta a inscrição para o concurso para professor assistente 40h, dedicação exclusiva no departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense, para a área de Realização em Mídias Audiovisuais.
Os dados gerais relativos ao concurso podem ser obtidos nos links abaixo:
http://www.uff. br/copemag/ editais/2010/ 155/edital- 155-2010. pdf
http://www.uff. br/copemag/ editais/2010/ 155/anexo- 1-edital- 155-2010. pdf
http://www.uff. br/copemag/ editais/2010/ 155/anexo- 2-edital- 155-2010. pdf
http://www.uff. br/copemag/ editais/2010/ 155/anexo- 3-edital- 155-2010. pdf

O departamento não estabelece pré-requisitos quanto à formação do candidato, exceto o fato de terem concluído o mestrado.

Os dados específicos relativos ao concurso podem ser obtidos no link abaixo.
http://www.uff. br/copemag/ editais/2010/ 155/ementa_ realizacao- em-midias- audiovisuais- assistente- de.pdf

terça-feira, 3 de agosto de 2010

'Newsweek' é comprada por empresa de áudio

Do Blog do Noblat

O grupo Washington Post Co., que publica o jornal homônimo, fechou nesta segunda-feira a venda da revista "Newsweek" para Sidney Harman, fundador da empresa de equipamentos de áudio Harman International Industries Inc. A revista, que enfrenta dificuldades financeiras, estava à venda há três meses.

Os termos do acordo não foram divulgados e a venda não terá efeito material nas contas do Post Co., informou o grupo em comunicado. Na semana passada, o site da revista "Advertising Age" registrou rumores de que Harman levaria a revista por US$ 1, o que não foi confirmado. O Post Co. manterá os ativos e passivos dos planos de aposentadoria e algumas obrigações trabalhistas.

O Post Co. anunciara em maio que venderia a revista, que controla desde 1961. A circulação (número de exemplares vendidos) de revistas semanais como "Newsweek" e "Time" vem caindo à medida que os leitores buscam informações na internet, onde as atualizações são mais frequentes.

COMUNICAÇÃO PÚBLICA: A longa jornada pelas rádios e TVs cidadãs

Por Luiz Martins da Silva, em O Observatório da Imprensa


Sistemas públicos de radiodifusão existem por todo o mundo, mas circunstâncias históricas próprias da formação histórica e cultural brasileiras quase têm impedido que o público brasileiro tenha acesso a uma programação audiovisual não-mercadológica, de qualidade e seguindo padrões éticos, ou seja, respeitando o decoro para com a pessoa humana, especialmente da criança e do jovem. Esse atavismo começa a se reverter com a proximidade cada vez maior do modelo de gestão e de conteúdos que vem sendo implantado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Distinguir o público do privado, do governamental e do estatal sempre foi uma dificuldade no Brasil, posto que essas fronteiras já viessem confusas na própria gênese do Estado português, muito antes do "achamento" do Novo Mundo.

Já foi uma dificuldade consolidar Portugal como Estado soberano na própria Europa devido ao assédio das potências econômica e militarmente superiores, como Inglaterra, França, Espanha e Holanda. O desafio se tornou maior ainda com a descoberta do Brasil – territorialmente dez vezes maior que Portugal – e das colônias nos outros continentes. Governar significava também conceder: patrimônios e poderes. "Aqui, del Rey", bradavam pessoas privadas concessionárias de autorizações para legislar, cobrar impostos e serem donas – donatárias – de terras, na metrópole e nas colônias do império.

Instrumentalização do bem público com fins privados

Não haveria porque estranhar que, mesmo séculos depois, as concessões de canais de rádio e televisão viessem a se equiparar à antiga repartição de espaços e poderes públicos, como os que se aglutinam nas mãos dos detentores das emissões de ondas de radiodifusão (rádio e TV). Ao contrário, no entanto, do destino das antigas capitanias hereditárias – um fiasco econômico –, os novos capitães-de-indústria (no caso, da indústria cultural) lograram ser tão poderosos, a ponto de, por vezes, não serem um braço estendido do Estado, ao revés, braços fortes capazes de exercer pressão sobre o próprio Estado.

Mas, quem é o Estado no Brasil? E por que na Europa, berço da formação histórica brasileira, não se faz muita distinção entre Estado e governo e entre o estatal e o público? A resposta chama-se "patrimonialismo", um conceito sociológico que vem de Max Weber, mas brilhantemente interpretado pelo jurista brasileiro Raimundo Faoro, num livro indispensável para entender como todo esse processo de apropriação do público pelo privado tornou-se tão inerente à máquina administrativa no Brasil: Os donos do poder.

Patrimonialismo significa a instrumentalização do bem público com fins privados. Exemplo? O usufruto privado de concessões públicas de canais de rádio e TV. E a tal ponto de esses canais serem "vendidos", de particular para particular. Volta e meia se sabe da "venda" de uma emissora, diretamente de um "proprietário" para outro, sem que ao menos o poder concessionário, o Estado tenha sido consultado.

Conteúdos educativos e científicos

Um dos grandes problemas do Estado no Brasil é precisamente o fato de que onde o Estado é subsumido pelo governo e este por partidos políticos, grupos econômicos, oligarquias ou uma hibridização de tudo isso sob a forma de interesses cruzados. A própria renovação das concessões não é objeto de publicidade, não se divulga, não há audiências públicas sobre o mérito da renovação ou exigência de uma contrapartida em termos das finalidades constitucionais para os canais de radiodifusão:

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

Somente a partir da Constituição de 1988 houve referência específica à necessidade de criação de um sistema público de radiodifusão, até por uma questão de dotar a programação brasileira de maior pluralidade, evitando-se a supremacia hegemônica de conteúdos de entretenimento, já que ficou tácito (no segmento privado) que essa seria uma tarefa das emissoras estatais e públicas e nãos das emissoras "comerciais".

No Brasil, ao contrário do que ocorre em outros países – Estado Unidos como o exemplo maior –, o Estado não explora serviços de radiodifusão. Em outros países, no entanto, a ideia é que o Estado precisa de canais de rádio e TV, para a difusão de conteúdos de interesse e utilidade públicos – incluindo educação e cultura. Na Europa, os serviços de radiodifusão eram exclusivamente estatais, depois é que surgiram as concessões privadas, estabelecendo-se a partir das décadas de 80 e 90 o que foi apelidado de duopólio (metade estatal e metade privado).

No Brasil, os governos sempre demonstraram interesse pelo domínio de uma parcela da mídia, daí, a radiodifusão estatal. A Rádio Nacional, a expressão maior do radialismo no Brasil, foi criada em 1936. É interessante verificar que as primeiras rádios brasileiras foram criadas sob o regime de "sociedade". A primeira delas, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, de 1923, tinha por finalidade divulgar conteúdos educativos e científicos.

Um embrião e uma expectativa

Somente em 1988, a Constituição Federal (Art. 223) estabeleceria uma complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal. Em que pese o empoderamento da sociedade civil, sobretudo a partir da "constituição cidadã", esta categoria sociológica chamada público nem sempre encontra facilmente formas de institucionalização, razão pela qual até o momento não foi criado um Sistema Público de Radiodifusão no Brasil. E não era de se estranhar que o primeiro simulacro de algo parecido com esse sistema tenha surgido por iniciativa do governo. Estamos falando da Empresa Brasil de Comunicação, substituta da Radiobrás e herdeira de um conjunto de emissoras estatais de rádio e TV, entre elas, a TV Brasil, que se vem estruturando, ano após ano, para funcionar como um verdadeiro ente público – e não estatal e governamental. Entre essas formas de institucionalização estão a criação de um Conselho Curador – com representantes da sociedade civil – e de mecanismos legais de auto-sustentação financeira, bem como a busca de uma programação genuinamente educativa, cultural e jornalística, isenta de orientação político-partidária.

Difícil entender como uma entidade criada pelo Estado/governo não se venha contagiar por interesses de um partido no governo. E há o risco de que tudo volte a ser reestruturado, como tem ocorrido a cada grande guinada política no comando da administração pública. O que se chama hoje EBC já foi Radiobrás, que já foi EBN (Empresa Brasileira de Notícias), que já foi Agência Nacional.

Nasceu a filha antes do pai, isto é, a EBC é uma realidade, um embrião e uma expectativa de que o Brasil venha a ter um sistema público com sustentabilidade e independência, como ocorre aos sistemas inglês, da BBC, e norte-americano PBS (Public Broadcasting Service). É interessante lembrar que esses sistemas são privados (com finalidade pública) e não estatais.

Busca não é por audiências massivas

Em termos de uma ética para um sistema público de radiodifusão, permanecemos ainda lacunares, já que o Manual de Jornalismo da Radiobrás – um raro exemplo de guia de princípios brasileiro está marcado por esse estigma bem brasileiro. Cada governo quer imprimir a sua ‘marca’ em tudo e se diferenciar da gestão anterior, ainda que a gestão anterior tenha sido da mesma orientação política. A Radiobrás do primeiro governo Lula não veio a ser a mesma entidade do governo Fernando Henrique Cardoso, da mesma forma como a EBC foi criada para se distinguir da Radiobrás do próprio Lula.

A expectativa dos que torcem pelo surgimento de um autêntico ente público de radiodifusão no Brasil é a de que a EBC venha a ser a BBC brasileira. Não que tenha de ser uma cópia da "melhor TV do mundo" – denominação que gerou o livro de Laurindo Leal, esse professor da USP que trabalhou na BBC e escreveu mais um livro sobre o sistema inglês – Vozes de Londres: memórias brasileiras da BBC –, e que é ouvidor-geral da EBC, além de apresentador do programa Ver TV, um dos principais momentos televisivos de "leitura crítica da mídia", ao lado do Observatório da Imprensa, este, liderado pelo veteraníssimo Alberto Dines.

Um olhar sobre a grade de programação da EBC, a partir das propostas do seu Plano de Trabalho 2010, proposto pelo seu Conselho Curador, é suficiente para que o telespectador se admire do quanto uma proposta de conteúdos informativos, educativos e culturais pode ser rica em alternativas à radiodifusão comercial. Um problema, no entanto a ser também vencido é a baixíssima audiência da TV Brasil, a despeito da sua programação de alta qualidade. Mas os índices de audiência vêm subindo, a ponto de ocasionalmente tocarem os 10%, comparativamente às redes privadas. Ocorre que, ao contrário do império dos índices de audiência sobre o sistema privado, a busca das emissoras públicas não deve ser prioritariamente por audiências massivas, embora isso seja desejado. Em nenhum lugar do mundo, no entanto, as emissoras públicas gozam de liderança em popularidade.

Útil e agradável

A EBC é um conglomerado – Rádios Nacional de Brasília, da Amazônia, do Alto Solimões, do Rio de Janeiro e MEC AM RJ e a Radioagência Nacional – juntamente com a TV Brasil. Neste momento, os esforços do "sistema EBC" convergem para a formação de uma rede pública de radiodifusão, incluindo as emissoras estatais (federais, estaduais e municipais), para isso, superando numerosos problemas técnicos e tecnológicos que marcaram a vida do segmento estatal, especialmente no que se refere à antiga TV Educativa. Outra fronteira já em vista é a cooperação com sistemas públicos estrangeiros, especialmente os do Mercosul.

Pode ser que o advento da digitalização da TV e do rádio no Brasil venha facilitar a consolidação de um Sistema Público de Radiodifusão e, com ele, o desaparecimento do segmento estatal, dando lugar ao ingresso do Brasil no seleto clube de países que se podem orgulhar de terem uma alternativa cidadã de programação, isenta de "baixarias" comerciais e políticas.

São as seguintes as emissoras que compõem com a TV Brasil a "rede pública" de televisões no Brasil: Redesat, TO – Palmas, TO; RTVE Goiânia – Goiânia, GO; TV Aldeia – Rio Branco, AC; TV Antares – Teresina, PI; TV Aperipê – Aracaju, SE; TV Brasil Pantanal – Campo Grande, MS; TV Ceará – Fortaleza, CE; TV Cultura – Belém, PA; TV Cultura – Florianópolis, SC; TV Cultura – Manaus, AM; TV Educativa – Vitória, ES; TV Minas – (RedeMinas) – Belo Horizonte, MG; TV Pernambuco – Recife, PE; TVE Bahia – Salvador-BA; TVE Curitiba – Curitiba, PR; TVE Maceió – Maceió, AL; TVU Cuiabá – Cuiabá, MT; TVU João Pessoa – João Pessoa, PB; TVU Natal – Natal, RN; TVU Recife – Recife, PE.

Um passo seguinte será a inclusão de centenas de emissoras de rádio e TV abrigadas sob os mais variados regimes ‘públicos’ de radiodifusão, entre elas, as rádios e TVs universitárias e comunitárias. Não seria demais fantasiar o dia em que o próprio Estado brasileiro, que muito se tem destacado na figura de um "estado anunciante" (mais de um bilhão de reais investidos por ano na mídia comercial – administração direta e indireta) passe também a agendar publicidade paga nos veículos públicos. Seria o máximo da sustentabilidade do sistema público. Entretanto, a cultura do patrimonialismo no Brasil estabeleceu nesse etos um valor quase intransponível: verba publicitária de governo é exclusividade do sistema privado de radiodifusão.

E a iniciativa privada? É capaz de anunciar – não estamos nos referindo a itens de consumo, mas publicidade institucional –, seria capaz de agenda mídia paga num sistema público? Pouco provável que essa estrada de mão única se transforme, no Brasil, numa via de mão dupla. Ironicamente, um dos oásis de programação de natureza cultural e educativa (não-estatal) no Brasil é o Canal Futura, um conglomerado cuja sustentabilidade se deve a junção de esforços e patrocínios corporativos de uma dúzia de "Parceiros do Futura". E se imaginássemos um "horizonte ético" (expressão do mobilizador social José Bernardo Toro) em que o estatal e o privado se juntassem numa parceria público-privado para uma radiodifusão pública de qualidade e sem finalidades comerciais? Possivelmente, o público estaria disposto até a pagar (por alguma forma, taxa, assinatura etc.) por um serviço público tão útil e agradável

Direitos das Fontes

O blog Quando as Fontes Pautam, editado pelo jornalista Aldo Antonio Schmitz, discute esta semana os direitos das fontes de notícias, que se arrogam uma série de prerrogativas, geralmente não reconhecidas pelos jornalistas.
Para mais detalhes e participação neste debate, clique aqui.

México:Jornalistas protestam contra a violência, mortes e sequestros

Os jornalistas mexicanos, alvo de atentados, sequestros e até mortes, organizam uma passeata de protesto, a Marcha do Silêncio, prevista para o o dia 7/08.
Confira abaixo, em espanhol os detalhes desta manifestação.



PERIODISTAS ORGANIZAN MARCHA DE SILENCIO PARA EL 7 DE AGOSTO

Periodistas de todo el País están organizando una marcha en silencio para el próximo 7 de agosto que partirá del Ángel a la Procuraduría General de la República (PGR) a fin de exigir protección al trabajo periodístico, así como, la presentación con vida de periodistas que están desparecidos y justicia por quienes han sido asesinados desde el año 2000 a la fecha.
Se indica en la invitación que “es una marcha del gremio para el gremio”, cuya replica se hará en todos los Estados a la misma hora, “porque la desaparición de compañeros y el asesinato de periodistas no puede seguir siendo la tónica que marque nuestro ejercicio profesional como periodistas”.
“Es una marcha sin membretes, sin consignas políticas ni protagonismos, ni está encabezada por ninguna figura pública o política, es una marcha de periodistas que defendemos nuestra libertad de ejercer nuestro trabajo sin presiones”, se precisa.
La marcha del silencio se organiza a raíz del secuestro de 4 periodistas en Durango, quienes fueron liberados con vida. Ante este hecho y otros, los periodistas se ponen de pie para decir "basta" al crimen organizado, a la mafia, la corrupción y a las autoridades, quienes tienen la obligación de protegerlos.
A través de un comunicado, luego del secuestro ocurrido en Durango, los periodistas mexicanos han manifestado lo siguiente: “Los periodistas y comunicadores padecemos, al igual que toda la sociedad, la violencia que azota al país. Lamentamos profundamente lo que está sucediendo. Nuestra labor es la de informar. Por ello, sostenemos nuestra convicción de denunciar con toda energía cualquier hecho de violencia, incluidos aquellos que atenten en contra de un medio de comunicación o un periodista”.