Depois de quase três anos fechado, o Estádio Valmir Campelo Bezerra, mais conhecido como Bezerrão, na cidade-satélite do Gama, será reaberto à população (21/10).
O evento marca a nova fase do estádio,
que passou por várias reformas estruturais. Ao ler a notícia voltei no
tempo. Uma das partidas de futebol mais marcantes do nosso time de jornalistas
do Correio Braziliense foi contra a equipe dos artistas da Tv Globo, na
inauguração do estádio do Gama. Perdemos de um a zero, gol do ator global Nuno
Leal Maia, que no passado chegou a atuar no Santos Futebol Clube.
Nuno Leal Maia chutou a bola do meio-campo e o nosso
goleiro, José Natal, gritou: "deixa que é minha". Quando olhei,
aconteceu o que esperava por jogar vários anos ao lado do vascaíno e editor de
esportes do Correio Braziliense e da TV Globo: a bola passou como uma bala e
foi parar dentro do gol.
Nunca tinha jogado para um estádio lotado. O problema é que
a torcida – na maior parte feminina – torceu o tempo inteiro para os artistas
globais. Houve até briga com o Eliezer Mota, o seu Batista do programa Viva o
Gordo, estrelado pelo Jô Soares. Se não me engano o Mauro Naves, hoje
comentarista de esportes do ESPN, atuou nessa partida. Ele jogava de beque
central. Jogava muito bem por sinal.
Natal
Falando de José Natal, não faz muito tempo estava embarcando
no aeroporto de Congonhas para o Rio quando encontro meu velho amigo sentado
tranquilamente em um dos bancos, aguardando a chamada para entrar no avião e
seguir para Brasília. De repente, surge o time do São Paulo que ia para Belo
Horizonte jogar contra o Cruzeiro. O Rogerio Ceni passou próximo e pedi a ele
que se aproximasse. Ele, gentilmente, veio ao nosso encontro e pude então
apresentar o Natal. “Somos jornalistas antigos em Brasília e o Zé Natal é o
goleiro do nosso time de futebol de campo. E tem mais: ele agarra igual a você.
É um baita goleiro”. Ceni deu os parabéns. Natal, rindo muito, disse: “para com
isso, Tamanini”. Rimos, então, os três juntos.
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