Caros leitores e leitoras.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

DF: Exposição fotográfica retrata o Caminho de Compostela

Vinte telas de grande formato formam a exposição
Siga as setas amarelas, sobre o Caminho de Compostela
O fotojornalista Paulo de Araújo apresentar, na galeria Olho de Águia, em Taguatinga, sua mostra de fotografias Siga as setas amarelas, que tem como tema o Caminho de Santiago de Compostela. 

A mostra visita o mítico Caminho de Santiago de Compostela, que tem seu início na França e término na província da Galicia, na Espanha.
São cerca de 20 imagens ampliadas em grande formato, de uma das paisagens mais intrigantes da Europa, o mítico Caminho de Santiago de Compostela, que ele já percorreu por quatro vezes, sempre de bicicleta, ora sozinho, ora em companhia do grupo que preside, o Instituto Dá Pedal.
Paulo Araújo já percorreu por quatro vezes,
em bicicleta, a rota dos peregrinos.
Gaúcho de Santa Maria, Paulo de Araújo, radicado em Brasília, é fotojornalista, com mais de 30 anos de atividade em jornais e outros veículos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de Brasília, onde se encontra há mais de 20 anos. Com um perfil de trabalho autoral, suas câmeras já focaram os Kalungas, povo quilombola de Goiás, e sobre o Kuarup dos índios Yawalapiti, sobre os quais também produziu videodocumentários.
Essas mostras de fotografias autorais têm sido apresentadas em diversos estados do país, além de Alemanha, França, Espanha e África do Sul. Agora o foco é Compostela, na Espanha.
Não são só as provas físicas que
fazem de Compostela um caminho famoso
Em Siga as setas amarelas, o fotógrafo Paulo de Araújo selecionou imagens produzidas durante a primeira viagem que fez pelo célebre Caminho, sozinho, em 2007, quando percorreu 2.140km de bicicleta, entre Paris e Finisterra. As ampliações foram feitas em lona de vinil, em formato 0,80x1,20cm.
A exposição, que faz parte do Projeto Artista do Bairro, fica aberta até a 15 de Março, na Galeria Olho de Águia, do produtor cultural Ivaldo Cavalcante, localizada na CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12, em Taguatinga Norte.




Serviço:

Exposição Fotográfica: Siga as Setas Amarelas.
Local: Galeria Olho de Águia. Endereço: CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 – Taguatinga Norte.
Visitação até 15 de Março, das 16h às 00h de terça a sábado. Entrada franca.
Contato com o Autor (61) 9291-0923.
Informações: 061 – 99962575 (Ivaldo Cavalcante)


Confira aqui o vídeo da abertura da Exposição
Siga as setas amarelas, tendo como anfitrião o 
fotojornalista Paulo de Araújo


[Veja o vídeo] Impactos sociais e tecnológicos da migração das rádios AM para FM

As emissoras de rádio em ondas médias, OM, ou AM na sigla inglesa, começam a desaparecer no Brasil.
Por decisão governamental, todas elas vão migrar para a freqüência modulada, popularmente chamada de FM. Pouquíssimas emissoras em AM, tais como a Rádio Nacional, da Empresa Brasileira de Comunicação - EBC, vão manter sua transmissão.
Essa migração também fará desaparecer os canais de televisão aberta que utilizam numeração abaixo de 6.
Tive a oportunidade de gravar para o programa Cidadania, da TV Senado, uma entrevista sobre  a Migração das AMs para FMs com o diretor-geral da Abert, Luis Roberto Antonik.
Foram analisados os impactos de isolamento social daqueles brasileiros que vivem nos rincões brasileiros, como a Amazônia, que dependem do rádio para manter-se informado e exercer sua cidadania.
Também abordamos os temas tecnológicos, tais como a necessidade do rádio-ouvinte ter que adquirir novos aparelhos receptores, em especial aqueles que estão acostumados a ouvier o rádio no carro.
O programa será exibido pela TV Senado nas seguintes datas e horários:

  • Sábado (20/2): 7h00
  • 2ª feira (22/2): 13h00
  • 3ª feira (23/2): 20h30
  • 4ª feira (24/2): 7h30
  • 5ª feira (25/2): 8h30
  • 6ª feira (26/2): 13h00


O programa também já está disponível no youtube e  pode ser acessado por este blog.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Análise das mídias: imprensa ignora o desmatamento na Amazônia, em janeiro

Desde o início de 2015, janeiro de 2016 apresentou a cobertura sobre o desmatamento na Amazônia menos expressiva.

Do Mídia e Amazônia

De 2015. janeiro de 2016 foi o mês que registrou o menor número de notícias sobre o desmatamento na Amazônia. 
Além disso, a menção aos dados de monitoramento do desmatamento na Amazônia atingiu o menor nível desde o início de 2015, aparecendo em apenas um texto.
O monitoramento de 44 jornais diários e quatro revistas semanais realizado pelo Mídia e Amazônia registrou que somente 18 matérias no mês, sendo que o tema não ocupou mais que uma ou duas linhas na maioria delas.
Nesse universo, as mudanças climáticas seguiram a tendência do ano passado e foram o tema principal em quase um terço dos textos, relacionando o desmatamento ao aquecimento global. 
E, numa inversão de tendência, o poder público perdeu o posto de ator mais consultado e as universidades e seus pesquisadores ganharam espaço em janeiro, marcando presença em quase metade das matérias analisadas.
As causas e soluções para o desmatamento estiveram presentes em pouco mais de um quarto do noticiário com dimensão média, o equivalente a duas matérias. Já os impactos chegaram à marca de 42,9%, um percentual expressivo, mas que em números absolutos representa apenas três casos.
Temas relacionados ao desenvolvimento continuaram negligenciados pela imprensa, e o desenvolvimento sustentável foi abordado em apenas uma matéria durante todo o mês de janeiro. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Jornalista de Campina Grande lança livro no Senado

Textos suaves, de fácil leitura e compreensão, estão contidos no livro Plumas – paixão, vida e cotidiano em forma di-versos, da jornalista Aline Guedes, a ser lançado em breve, nas cidades de Brasília (DF), Campina Grande (PB) e Rio de Janeiro (RJ). 
Na obra de 68 páginas, o dia a dia, vivências e sonhos são relatados com simplicidade. O objetivo da escritora é proporcionar uma leitura acessível e aprazível para pessoas de todas as idades. 
- É uma visão do mundo pelos olhos da minha alma. Assim como o título sugere, Plumas transmite leveza, levando o leitor a sonhar e a viajar por cada palavra – afirma a autora. 
Para Paulo Ricardo Meira, doutor em Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e prefaciador de Plumas, “trata-se de uma obra tão leve na leitura quanto densa em sua capacidade de, em cada poema, nos lembrar do pouquinho de Aline que temos em cada um de nós”.

Perfil 

Aline Guedes é jornalista. Nascida em Campina Grande, iniciou a carreira na rádio Lagar FM. Foi a primeira assessora do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), onde trabalhou por quatro anos. Em 2011, mudou-se para Brasília, onde integra a equipe da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal. 
Embora escreva desde a adolescência, Aline só agora tomou a decisão de publicar seus livros, incentivada por amigos. Plumas – paixão, vida e cotidiano em forma di-versos é o primeiro de quatro títulos já prontos. 
Sempre transfiro para as letras o que o meu coração sente, mas nunca tive obsessão por publicar. Receber o apoio e sentir o carinho das pessoas têm sido um estímulo sensacional – diz ela.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Violência na TV. O começo do fim para Datena e companhia?

Ministério Público pede, em SP, condenação de programa da TV Record que feriu direitos humanos, ao incitar PM ao assassinato. Estudo revela mais de 60 atentados diários à Constituição.

Por Helena Martins, especial para a Ponte Jornalismo


“Atira, meu filho; é bandido”. Essa foi uma das frases proferidas por Marcelo Rezende, do programa Cidade Alerta, da Rede Record, ao transmitir, ao vivo, uma perseguição policial a dois homens que seriam suspeitos de roubo. A ação culminou com um tiro disparado à queima roupa pelo integrante da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) da Polícia Militar de São Paulo contra aqueles que, repetidas vezes, foram chamados de “bandidos”, “marginais” e “criminosos” pelo apresentador.
A cobertura, feita em junho do ano passado, foi objeto de representação elaborada pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação e pela ANDI – Comunicação e Direitos ao Ministério Público Federal em São Paulo. As organizações apontaram que houve desrespeito à presunção de inocência e incitação à desobediência às leis ou decisões judiciais. No texto, foram descritas as cenas e também as leis desrespeitadas pelo canal, em especial a Constituição Federal, que veda a veiculação de conteúdos que violem direitos humanos e façam apologia à violência, e o Código Brasileiro de Telecomunicações, que determina que “os serviços de informação, divertimento, propaganda e publicidade das empresas de radiodifusão estão subordinados às finalidades educativas e culturais inerentes à radiodifusão” (Art. 38, d).
Agora, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra a Rede Record e a União. O órgão pede que a emissora transmita uma retratação, por dois dias úteis, mostrando não compactuar com o comportamento hostil e com a incitação à violência perpetrada por Marcelo Rezende. Em caso de descumprimento, o grupo deverá pagar multa de R$ 97 mil por dia. O MPF requer ainda que a União cumpra com o seu dever e fiscalize o programa.
As medidas são importantes para enfrentar a perversidade praticada todos os dias pelos chamados programas policialescos. Não é mais possível calar diante de conteúdos midiáticos que se valem de uma concessão pública para ir ao ar e, então, violar direitos de forma sistemática, como comprova pesquisa realizada pela ANDI em colaboração com o Intervozes, a Artigo 19 e o Ministério Público Federal. O estudo (*)aponta que pelo menos 12 leis brasileiras e 7 tratados multilaterais são desrespeitados cotidianamente por esses programas, entre eles a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A análise de 28 programas veiculados por emissoras de rádio e televisão em dez estados diferentes, ao longo de 30 dias, constatou que 1.936 narrativas possuíam violações. Entre elas: 1.709 casos de exposição indevida de pessoa; 1.583 de desrespeito à presunção de inocência; 605 de violação do direito ao silêncio; 151 ocorrências de incitação à desobediência ou desrespeito às leis; 127 de incitação ao crime e à violência; 56 casos de identificação de adolescentes em conflito com a lei; 24 registros de discurso de ódio e preconceito; 18 ocorrências de tortura psicológica e degradante, entre outros crimes.
Os números servem para comprovar práticas que podem ser observadas praticamente sempre que ligamos o rádio e a TV, especialmente no período do almoço ou no turno da tarde, já que, por serem considerados jornalísticos, os tais policialescos não são submetidos à classificação indicativa – permanecendo, assim, facilmente acessíveis às crianças e aos adolescentes. Poucas são as emissoras que não aderiram à fórmula que combina exploração de sensações (a começar pela dor de quem passa por situações violentas), merchandising e populismo. A estética (e, portanto, a ética) deles penetra também os tradicionais programas jornalísticos, inclusive porque estes passaram, na última década, a buscar responder ao crescimento da audiência daqueles.
Como consequência, temos veículos que levam a praticamente todos os lares brasileiros discursos que criminalizam, sobretudo, setores cujos direitos são historicamente negados, como os jovens negros suspeitos de atos infracionais. Discursos que criam estereótipos sobre comunidades ou populações inteiras, que tratam a violência de forma superficial e que apresentam como resposta aos problemas a redução da idade penal e outras expressões do Estado penal.
Ao passo que este vem se tornando cada vez mais necessário para regular a vida em sociedade com base na força, na vigilância, na produção do medo e na exclusão, também cresce o papel dos meios de comunicação na produção do que Eugenio Raúl Zaffaroni chama de “criminologia midiática”. Esta constrói uma imagem do real na qual estão, em lados absolutamente opostos, as pessoas boas, vulneráveis, e a massa criminosa. Isso é feito, claro, por meio da fabricação do estereótipo do criminoso, de campanhas de ‘lei e ordem’, de ideias rígidas, como a suposta impunidade dos adolescentes que entram em conflito com a lei, entre outros artifícios.
A justificativa para a seletividade penal necessária à manutenção deste sistema excludente e opressor é, assim, construída e reforçada todos os dias. A retórica de que “bandido bom é bandido morto” é exemplo disso. Ademais, ao praticar populismo penal, apresentando, por exemplo, a privação de liberdade em um sistema penal falido como resposta à demanda de segurança, tais programas – e as emissoras responsáveis por eles – privam a sociedade de ter acesso a uma informação plural, contextualizada e completa. Ignoram, por exemplo, o fato de o Brasil ocupar hoje o patamar de terceiro País com a maior população carcerária – posição que galgou, sobretudo, nos últimos dez anos, quanto também vimos o crescimento da violência, o que deixa claro que a saída proposta é absolutamente equivocada.
A figura carismática, o tom apelativo, a apresentação de respostas fáceis e a tentativa de ocupar o papel do Estado como mediador de conflitos e detentor da possibilidade de aplicação do direito abrem caminhos para a eleição de parlamentares – e, em breve, possivelmente de mandatários de cargos no Executivo. Alçados à posição de representantes da sociedade, esses apresentadores muitas vezes passam a integrar a chamada “bancada da bala” e a adotar agendas conservadoras, em especial em relação à segurança pública e aos direitos humanos, contra os quais também rotineiramente são proferidos discursos inflamados no rádio e na TV.
Para enfrentar essa lógica, é necessária, de imediato, uma mudança de postura dos órgãos responsáveis pela fiscalização dos conteúdos veiculados pelas emissoras de rádio e televisão, em especial o Ministério das Comunicações (MiniCom). Hoje, o Ministério tem recuado de seu poder fiscalizador e sancionador. Além de não monitorar os programas, atua apenas diante de denúncias ou de casos com grande repercussão pública. Além disso, pesquisa mostra que, em diversos casos, houve omissão ou restrição da ação do órgão ao considerar apenas dois dispositivos legais do Código Brasileiro de Telecomunicações para analisar conteúdos, embora haja muitos outros relacionados à questão.
A postura omissa do MiniCom resulta em uma carta branca para práticas criminosas. Entre 2013 e 2014, apenas duas emissoras de TV foram multadas por violações cometidas por programas policialescos: a TV Band Bahia, multada em R$ 12.794,08, e a TV Cidade de Fortaleza, que pagou R$23.029,34. No primeiro caso, a apresentadora Mirella Cunha humilhou um suspeito negro por oito minutos. No segundo, dois programas da emissora veicularam o estupro de uma menina de nove anos de idade. Nas duas situações, a ação do Ministério ocorreu após denúncia e pressão por parte da sociedade civil.
No caso que envolve o apresentador Marcelo Rezende, essa permissividade mais uma vez ficou clara. Assim como o MPF, o MiniCom recebeu do Intervozes denúncia sobre a ocorrência de desrespeito à presunção de inocência e incitação à desobediência às leis ou decisões judiciais. Não obstante, em resposta encaminhada pelo Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica, o órgão disse que segue analisando denúncia, mas que o Poder Judiciário deveria ser procurado em busca de reparação. Segundo o comunicado, “só depois de ocorrer a condenação do culpado, é que o Ministério das Comunicações poderá, com a sentença condenatória transitada em julgado, instaurar processo administrativo contra a entidade detentora da outorga para executar o serviço de radiodifusão, ‘por abuso no exercício da liberdade de radiodifusão por ter sido este meio utilizado para prática de crime’.”.
Além do longo prazo para a sociedade ter retorno de algo que, pelas características da mensagem televisiva, tem forte impacto imediato, em geral as multas são irrisórias e não há uma campanha pública que mostre a ocorrência da sanção nem o problema cometido pela emissora. Assim, essas medidas acabam sendo insuficientes para desestimular práticas equivocadas. Essa situação torna ainda mais urgente a atuação crítica da sociedade e de órgãos com posicionamentos contundentes, como tem sido o Ministério Público Federal, em relação aos grupos midiáticos.
Nunca é demais lembrar que a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa devem conviver harmonicamente com os demais direitos e podem, inclusive, ser fundamentais para a promoção deles, caso sejam utilizadas com esse fim. Diante de tudo isso e tendo em vista a complexa conjuntura vivenciada no Brasil, sobretudo no campo dos direitos humanos, defendemos algo que pode ser feito desde já, como ocorre em democracias consolidadas ao redor do mundo: não aceitar violações. Se não enfrentarmos coletivamente essa agenda, estaremos fadados a viver em uma sociedade paralisada pelo medo e sujeita à reprodução de discursos que ampliam desigualdades sociais e legitimam a exclusão de grupos populacionais por meio da criminalização, do encarceramento ou do extermínio.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Documentário conta a história de personagens que mudaram a vida pela leitura

  • Uma moradora de rua que não sabe ler, mas que não arreda o pé da Biblioteca Parque Estadual do Rio de Janeiro. 
  • Um gari que se apaixonou pelos livros, virou escritor e hoje grava áudio livros para deficientes visuais. 
  • Uma menina pobre que se inspirou em um livro de literatura infantil para virar bailarina e hoje é professora de dança na comunidade carente onde cresceu.

O documentário Leitores sem Fim, produzido pela TV Câmara, com direção e roteiro do jornalista Beto Seabra, relata histórias de pessoas que tiveram a vida modificada pelo hábito da leitura. 
A partir da realidade de bibliotecas públicas localizadas em regiões de baixa renda no Rio de Janeiro, o documentário mostra o novo modelo que se pretende criar de espaços culturais, baseado na experiência exitosa das Bibliotecas Parque da Colômbia.
O documentário mostra também a situação da leitura no Brasil e o esforço de parlamentares para universalizar as bibliotecas escolares no país. Ao contar histórias de vida e o debate político sobre o tema da educação e da leitura, o vídeo aponta saídas para os problemas da violência urbana e da baixa escolaridade entre jovens.

Serviço:

Pré-estreia: 17 de fevereiro (quarta-feira) às 19h – no auditório da TV Câmara
Estreia: 19 de fevereiro (sexta-feira), às 21h30. Reprises: Sábado – 19 h e domingo – 19h
Ficha técnica:
Direção e Roteiro – Roberto Seabra
Duração: 37 minutos
Produção - João Gollo
Edição e Finalização – Guem Takenouchi
Direção de Fotografia - Kátia Coelho
Imagens – Flávio Estevam
Assistente de Câmera e Som Direto – Alessandro Palmier
Videografismo – Diego Cajueiro e Pedro Mafra
Pesquisa - João Gollo e Roberto Seabra
Trilha Sonora Original - Alberto Valério

UERJ seleciona professores de Jornalismo e RP

A Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCS/UERJ) abre, entre os dias 15/2 e 17/2, inscrições para seleção de professores substitutos para os cursos de Jornalismo e Relações Públicas. Os aprovados formarão cadastro de reserva, podendo ser chamados já a partir de 2016.
Os candidatos devem se inscrever em uma das seguintes especialidades:

Jornalismo:
- Webjornalismo
- Radiojornalismo
- Jornalismo e Editoração

Relações Públicas:
- Comunicação Organizacional
- Planejamento de Comunicação
- Assessoria de Imprensa
- Mídias Digitais


Para acessar os editais para Jornalismo e Relações Públicas, clique aqui

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

4ª edição de Brasil Popular traz Beth Carvalho

Por Leite Filho

O jornal impresso Brasil Popular saiu hoje em sua quarta edição, com uma entrevista intimista da rainha do samba Beth Carvalho, que completa 50 anos de carreira musical e outros tantos de militância. Nesta exclusiva com o BrPop a Beto Almeida, jornalista, musicólogo e ativista, Beth expressa sua fé no samba autêntico, no futuro do Brasil, explica sua relação com compositores do proletariado e deixa um recado: "Precisamos defender a Petrobrás, o petróleo, os CIEPse e ainda construir o nosso submarino nuclear".

Distribuído pelos próprios editores e jornalistas na Rodoviária e nos principais centros de aglomeração da capital, o BrPop, é também para impressão pelos sindicatos, organizações estudantis e outros movimentos sociais, em diversos estados. 
Para os internautas, a vida é mais fácil, porque eles terão à mão todo o conteúdo do jornal, no seu formato original de oito páginas, no portal do Brasil Popular

Veja outros temas que esta edição ainda aborda em profundidade:

- Dorival: do lixão ao doutorado. 

Eduardo Ramos editor do BrPop, e José Rezende Júnior, do site Portal Brasil, contam a incrível história do menino Dorival Gonçalves dos Santos Filho. Com o auxílio da bolsa família, ele conseguiu superar uma infância atribulada no lixão de Piedade, em São Paulo, entrando na faculdade, virando professor e chegando ao doutorado.

- Economia, como baixar juros e aumentar salários em plena crise?

Nosso analista César Fonseca vê boas perspectivas no fato de o ano de 2016 ter começado com 11,67% de aumento do salário mínimo e de o Banco Central conseguiu pelo menos estancar a altya dos juros.

- Fórum Social Mundial, uma voz para todos. 

Isaura Claro esteve na edição especial de Porto Alegre e constata a atuação do FSM pelo planeta: "Não há como reverter o instrumento de voz para todos, construído nestes 15 anos de existência".

- Máfia dos combustíveis no DF:

Romário Schetino e Inês Ulhoa relatam o esquema milionário que combina preço de combustíveis denunciado no Distrito Federal, com gente presa por alguns dias, ação que infelizmente não alterou a contínua alta da gasolina, que, em Brasília, situa-se em R$ 3,97

Crise na EBC: presidente e diretores pedem pra sair.


Interferência governamental na linha editorial dos veículos públicos é apontada como motivo para o pedido de demissão.


Américo Martins, presidente da Empresa Brasil de Comunicação está deixando o comando da EBC, responsável pela TV Brasil e a Agência Brasil. 
O jornalista, que foi diretor-geral da EBC, estava na presidência desde agosto do ano passado. Rumores indicam que ele teria peido demissão alegando ingerência política na EBC.
Além de Martins, deixam a empresa pública Myriam Porto, diretora de produção, e Asdrúbal Figueiró, que acumulava os cargos de diretor-geral e diretor de conteúdo e programação. Ficam, portanto, quatro cargos abertos.
O atual vice-presidente de gestão e relacionamento da EBC, 
Américo Martins assumiu a presidência da empresa em 2015. Sua ascensão coincidiu com uma nova gestão da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), sob o comando do ministro Edinho Silva. Desde então, as entidades representativa de trabalhadores da Comunicação - segundo informa o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal-, denunciam o aparelhamento com nomes indicados pela Secom para cargos de gestão. O "cabidão", como passou a ser conhecido dentro da empresa, tornou-se pauta central da greve de 10 dias que mobilizou quase 1000 trabalhadores da EBC em novembro de 2015.
A EBC é a holding que congrega a TV Brasil, Canal NBR, Rádio Nacional (AM-FM e Ondas Curtas) e Agência Brasil de Notícias.
O braço longo e pesado da Secom também passou a ser sentido na linha editorial. “Na Agência Brasil, principal portal de notícias da empresa, a preocupação com a imagem do governo ganhou espaço. Pautas positivas para o governo, como a transposição do Rio São Francisco, foram impostas sem abrir o devido espaço para o contraditório. Outras, de caráter público, como o futuro do Edifício A Noite, prédio histórico, onde funcionou a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foram proibidas. A contratação de comentaristas e apresentadores ligados ao governo pela TV Brasil também sinaliza para interferência da Secom na linha editorial da EBC” – informa o portal do Sindicato.
As entidades sindicais de Jornalistas e Radialistas do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, bem como a Comissão de empregados da EBC cobram do governo esclarecimento sobre a demissão de Américo Martins e reivindicam a aplicação de mecanismos concretos de preservação e fortalecimento da autonomia da empresa. Requerem ainda transparência na indicação do novo presidente da EBC e participação social nesse processo.
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) manifestou sua preocupação com o “crescente processo de degradação da autonomia da EBC”. Em nota diz haver falta de transparência e de diálogo com a sociedade, por parte do governo, acerca do projeto de comunicação pública a ser implantado no país e reafirma a existência de “interferências e ingerências políticas indevidas, tanto na nomeação de cargos de direção quanto na programação das emissoras e veículos geridos pela EBC”.
Para o Fórum existe no governo confusão entre comunicação pública e comunicação governamental. “O produto dessa confusão traz um enorme prejuízo à própria sociedade brasileira, que se vê impossibilitada de realizar sua experiência de comunicação pública, baseada numa programação educativa, cultural, artística, informativa e científica que promova a cidadania e desenvolva a consciência crítica das pessoas” – diz o fórum.
A EBC divulgou uma curtíssima nota onde afirma que o desligamento da EBC foi motivado por questões pessoais e que na sua curta gestão, “trabalhou para aumentar a relevância dos veículos da EBC, investindo em mais esporte, fortalecendo os conteúdos jornalísticos e apoiando projetos, como a expansão da Rede de TV Digital.”

Os dirigentes demissionários, segundo a EBC, continuam no cargo até a publicação das respectivas exonerações no Diário Oficial. Mário Maurici de Lima Morais, é o cotado para assumir o posto deixado por Martins.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

País perde assinantes de telefonia fixa e de TV paga em 2015

Com base no Tela Viva News

Sinal da evolução tecnológica e da crise econômica. O Brasil fechou o ano de 2015 com menos assinantes de TV paga e também de telefonia fixa.

Em 2015 foram desativados 1,45 milhão de linhas fixas. As maiores perdas vêm das concessionárias, que desativaram no ano 1,78 milhão de acessos, contra um saldo positivo de 330 mil linhas das autorizadas.
Mas as empresas autorizadas também perderam assinantes no segundo semestre. Entre novembro e dezembro de 2015, foram 93,2 mil linhas a menos e 152,7 mil desde junho. A Telefônica foi a de pior desempenho em dezembro, entre as autorizadas, e a Oi, entre as concessionárias. No ano, a Oi perdeu 1,33 milhão de acessos fixos. A Telefônica perdeu 415 mil assinantes. A Algar cresceu cerca de 8 mil assinantes em 2015.
Entre as autorizadas, o grupo Telecom Americas (Claro/NET/Embratel) continua liderando com 11,6 milhões de linhas. A Oi continua como a concessionária com maior número de assinantes, com 14,9 milhões em dezembro. Em junho, o numero de linha ativas da companhia era de 15,5 milhões.
Segundo a Anatel, em dezembro eram contabilizados 859,1 mil orelhões e 177,2 mil de assinaturas do telefone popular (Aice). A densidade do serviço – número de acessos por grupo de cem habitantes – chegava a 21,24. 

TV paga: queda de 2,8%, em 2015

As operadoras de TV por assinatura perderam, no ano de 2015, um total de 535 mil assinantes, ou uma queda de 2,8%, fechando dezembro com 19,05 milhões de acessos, segundo dados da Anatel divulgados nesta sexta, 29. A queda anual acabou sendo menor do que o acumulado dos últimos 12 meses registrados em novembro porque dezembro foi um pouco menos ruim para o mercado (perda de 113 mil acessos, contra uma perda de 235 mil acessos que havia sido registrada no ano anterior, e porque o mês de novembro de 2014 havia sido especialmente ruim para o mercado, e agora este mês deixa de entrar na conta de variação anual. De qualquer maneira, foi o primeiro ano em que o mercado de TV por assinatura perdeu base desde 2002.
O mês de dezembro foi positivo para as operadoras Net, que cresceu 28,8 mil clientes, para 7,165 milhões de acessos; para a Sky, que voltou a crescer em dezembro, acumulando 31,17 mil novos assinantes e chegando a 5,44 milhões de assinantes; e Oi, que cresceu 1,4 mil clientes e totalizou 1,168 milhão de assinantes. Quem mais perdeu base foi a Claro HDTV, que viu uma erosão de 113 mil clientes em dezembro, fechando o mês e o ano com 2,732 milhões de assinantes. Com isso, o grupo América Móvil (que inclui a Net) perdeu 92 mil assinantes no mês, totalizando 9,9 milhões de assinantes de TV paga.

Desempenho anual


A Net foi a operadora que mais cresceu em 2015. A expansão da operadora, segundo dados da Anatel, foi de 365 mil clientes, ou 5,3%. Já a Claro HDTV foi a que mais perdeu base no ano, com 650 mil assinantes a menos (uma queda de quase 20%). A Sky perdeu quase 200 mil assinantes em 2015 no Brasil, com uma retração de 3,6%, e a Oi perdeu 134 mil clientes, com uma queda de 10,4%. A GVT (hoje Vivo TV) cresceu 13,7%, ou 121 mil clientes, e a Vivo TV cresceu cerca de 2%, ou 15,22 mil clientes.

Argentina: Novo governo acusado de perseguir jornalistas

O jornalista e radialista Victor Hugo Morales
afirma ter sido demitido por pressão do
 presidente argentino, Mauricio Macri.

Por Bruno Cirillo, do Ópera Mundi

'Estamos presenciando uma adulteração feroz da democracia' na Argentina, diz Victor Hugo Morales, demitido da rádio onde trabalhou por 30 anos após posse de Macri.

O jornalista e radialista Victor Hugo Morales foi demitido numa segunda-feira, 11 de janeiro, um mês após Mauricio Macri assumir a presidência da Argentina. Voz crítica do atual governo, que considera “o rosto do grupo Clarín”, Morales foi dispensado pela Rádio Continental, a terceira mais ouvida do país, pouco antes do início do seu programa matinal. Ele teve alguns minutos para se despedir da audiência que liderava, após 30 anos de trabalho. No dia seguinte, milhares de pessoas protestaram contra sua demissão na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires.
Victor Hugo Morales (centro, ao microfone) durante
protesto contra sua demissão em Buenos Aires.
O locutor recebeu Opera Mundi em seu apartamento na avenida do Libertador, zona nobre da capital, localizado a duas quadras de onde vive Macri. Por coincidência, naquele dia (21 de janeiro), o vizinho presidencial estava em Davos, na Suíça, buscando potenciais investidores e uma aproximação com o premiê britânico, David Cameron, durante o Fórum Econômico Mundial. “Mais uma vez, a Argentina está do lado do Fundo Monetário Internacional”, lamentou Morales. “O país está recuperando a proteção do FMI e sua credibilidade com a bancada internacional, em uma nova relação com o poder financeiro. Ao mesmo tempo, aqui, há uma falta de respeito brutal com os valores da república e da democracia.”
Para criar um ambiente propício a investimentos estrangeiros, Macri está se valendo de velhas receitas neoliberais: redução das taxas para a exportação de produtos agropecuários; fim da restrição à compra de moeda estrangeira (o que já derrubou o peso argentino ante o dólar); abertura para as importações, que eram restritas até então; e a retirada dos limites para grandes operações de crédito e para a entrada de capital especulativo no país.
No entanto, a população está presenciando o que Morales considera “um panorama político bastante pobre”, com a demissão em massa de funcionários públicos; a prisão arbitrária da líder política Milagro Sala; repressões violentas a protestos (o que não acontecia no governo anterior); a nomeação de dois magistrados para a Corte Suprema de Justiça, sem o aval do Legislativo; e o cerceamento da Lei dos Meios com a assinatura de cinco decretos presidenciais – no total, foram 260 canetadas do presidente somente no primeiro mês de sua gestão.
O que sucede, segundo o jornalista, “é um claro entorpecimento das funções do Estado, com 12 ou 14 empresas importantes designando suas funções, a partir de lobbies”. Sua principal crítica na área econômica vai contra a abertura comercial. Segundo ele, a ex-presidente Cristina Kirchner conseguiu manter estável o nível de emprego ao fortalecer do mercado interno, restringindo as importações – de fato, nas ruas de Buenos Aires, o desemprego não parece ser uma preocupação maior do que a inflação, que se mantém em 30% ao ano. “Abrir as portas para as importações vai ser completamente devastador para a economia argentina”, acredita Morales.
“Para os macristas, há uma recuperação da forma de desenvolvimento que eles conhecem, em que o impulsor é o FMI. Tudo o que está acontecendo com a Europa, na Espanha por exemplo, tem a ver com o FMI; o que já viveu a economia da América Latina [entre as décadas de 1980 e 1990] tem a ver com o FMI. É a reaparição de um modelo que trabalha à revelia do povo”, observa Morales, considerado “peronista” por uma colega da rádio onde trabalhava – o peronismo é uma corrente política da esquerda dos anos 1940 e 1950 à qual parte significativa da população argentina é fiel até hoje. “É a chegada da direita ao poder por via democrática, algo que nunca havia ocorrido na Argentina. A direita sempre teve que apelar para as ditaduras. Estamos presenciando uma adulteração feroz da democracia”, afirma.