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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Há 40 anos, mataram o Mário Eugênio

Perto da meia-noite de um domingo, Marão saía do Setor de Rádio e TV Sul de Brasília, após gravar seu programa de rádio. No térreo, enquanto abria a porta do carro para ir embora, foi atacado por indivíduos em dois veículos da segurança pública.

 

Por William França, publicado originalmente no Correio da Manhã - edição DF, coluna Brasilianas

Dia 11 de novembro, completaram-se 40 anos de um fato histórico que abalou Brasília: a morte do jornalista Mário Eugênio. Ele era um verdadeiro mito da reportagem policial. Escrevia no “Correio Braziliense” e tinha um programa diário da Rádio Planalto, o “Gogó das Sete”, líder de audiência.

Em 1984, no último ano da ditadura, ele teve coragem de denunciar um Esquadrão da Morte montado por militares do Exército e policiais do DF, que praticavam crimes diversos.

Mário Eugênio acabou recebendo um tiro de escopeta na cabeça e outros cinco tiros no corpo. Foram disparados pelo atirador de elite conhecido nos meios policiais como Divino 45.

Perto da meia-noite de um domingo, Marão saía do Setor de Rádio e TV Sul de Brasília, após gravar seu programa de rádio. No térreo, enquanto abria a porta do carro para ir embora, foi atacado por indivíduos em dois veículos da segurança pública.

Este colunista, à época estudante de Jornalismo no CEUB, era um ouvinte do programa. Acompanhou o noticiário pelo que a equipe do “Correio Braziliense” divulgava – embora, naquela época, não se soubesse tanto dos bastidores.

Hoje, sabe-se que a investigação do crime se deu pelos jornalistas do Correio. Rendeu perseguições, ameaças de morte e um trabalho de abafa por parte das autoridades da Secretaria de Segurança do DF e do Exército. Mas também rendeu um Prêmio Esso Nacional à equipe do jornal (o maior prêmio do Jornalismo brasileiro) e o Prêmio Herzog de Direitos Humanos, da Arquidiocese de São Paulo.

Toda essa história, rica em detalhes, está contada por um dos mais envolvidos em toda a apuração e resolução do crime, o jornalista Renato Riella. Então secretário-executivo de Redação do “Correio Braziliense”, ele chegou no local do crime quando Mário Eugênio ainda sangrava. “Brasilianas” reproduz o relato de Riella na versão digital da coluna.

 Acesse o link da coluna do jornal e boa leitura!

domingo, 3 de novembro de 2019

Sescoop seleciona jornalista, designer e profissional de Marketing


Por Chico Sant'Anna

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) lançou edital de seleção de profissionais em diversas áreas de nível superior e médio. Há uma vaga para Analista de Comunicação Social (Jornalismo) e outra para Analista de Comunicação Visual. Também há uma oportunidade para Analista de Marketing. O Sescoop é uma entidade do sistema “S”, que tem como meta acompanhar as cooperativas brasileiras para oferecer soluções para a sustentabilidade do negócio.
Nos três casos, a jornada de trabalho será de 25 horas semanas, - cinco por dia – com salário de R$ 5.475,17 para os Analistas de Comunicação, já para o profissional de Marketing, a remuneração é de R$ 8.760,28. Os selecionados serão contratados pelo regime celetista e o desempenho das atividades será em Brasília.
Para a função de Analista de Comunicação Social, o candidato deverá ser diplomado em Jornalismo, detento de registro profissional, fluência na língua inglesa (verbal e escrita) e experiência comprovada de, no mínimo, 6 (seis) meses, atuando em cargo de nível superior como Jornalista em Assessoria de Imprensa e/ou Redação em veículo de comunicação, Analista de Comunicação Visual podem se candidatar diplomados em Design Gráfico ou em Publicidade e Propaganda, com experiência pregressa mínima de seis meses de trabalho. Analista de Marketing deverá ser Bacharel em Comunicação Social em uma habilitação com ênfase em Marketing. Também se exige experiência anterior de seis meses de trabalho.
É bem farta a cesta de benefícios extra salários. Ela compreende vale-transporte; auxílio-alimentação e/ou refeição no valor total de R$ 852,96 por mês; assistência médica e assistência odontológica (extensivas aos dependentes legais até 21 anos ou até 24 anos, se universitário); serviço de emergência móvel; seguro de vida em grupo; auxílio-creche no valor de R$ 485,30 (quatrocentos e oitenta e cinco reais e trinta centavos) para filhos de até 60 meses de idade; auxílio a filho com deficiência sem limite de idade e Plano de Previdência Privada MultiCoop.
A inscrição pode ser realizada até às 18 horas (hora de Brasília) do dia 11 de novembro, mediante preenchimento completo do cadastro eletrônico no site www.fapetec.org (banner SESCOOP -> link SESCOOP -> Seleção SESCOOP 01/2019). Outras informações, confira no edital, clicando aqui.

sábado, 5 de outubro de 2019

Fotógrafa Valda Nogueira morre atropelada no Rio


Povos, territórios, ancestralidade e cultura são os temas centrais de seus projetos experimentais e documentais

Texto / Lucas Veloso* | Ediçao / Pedro Borges | Imagem / Carolina Oliveira, do sitio Alma Preta
Nesta madrugada (4), morreu a fotógrafa Valda Nogueira, vítima de uma hemorragia interna. Nas primeiras horas do dia, ela deu entrada hospital municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, após ter sido atropelada por um ônibus enquanto andava de bicicleta. A fotógrafa, de 34 anos, fraturou a bacia e passou por uma cirurgia de emergência, mas os médicos não conseguiram controlar a hemorragia.
Valda Nogueira cursou a Escola de Fotógrafos Populares em 2012 e em 2013 fez o curso Fotografia, Arte e Mercado, ambos no Observatório de Favelas, na complexo da Maré. Atualmente, desenvolvia trabalhos com fotografia documental. Ela também era estudante da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde cursava Artes Visuais. Desenvolvia projetos no coletivo Farpa, na plataforma Women Photograph e no Diversify Photo, MFON Women e Fotografia, Periferia e Memória.
*Colaborou Júlio Cesa
Veja aqui artigo sobre o trabalho de Valda:

Conheça aqui o trabalho da fotógrafa:


domingo, 12 de março de 2017

Dos gabinetes aos grotões, a arte de fazer Jornalismo.

Como setorista do Planalto, Lima Rodrigues cobriu visitas presidenciais ao exterior, como a da foto, no encontro de FHC e George Bush. Hoje, se especializou no jornalismo rural.
Do Salão Verde do Congresso Nacional aos confins da Amazônia, o repórter Lima Rodrigues, que também foi redator dos programas humorísticos de Chico Anísio, mostra na prática que é possível se destacar no jornalismo nacional sem estar nas grandes capitais. Também há notícia nos grotões do Brasil e falta gente para cobri-las.
Após vasta experiência de cobertura política em Brasília, o jornalista Lima Rodrigues, 57, resolveu mudar de cidade e de área e foi para o Pará, onde produz e apresenta há mais de cinco anos o programa independente Conexão Rural na RBATV, Band, canal 30, em Parauapebas, no sudeste do Estado, considerada a capital do minério. O programa é sucesso de audiência. Uma prova disso é que ele recebeu o título de “Jornalista do Ano” em abril de 2013, referente ao ano de 2012.
Com essa bagagem, Lima Rodrigues é convidado agora para falar de sua trajetória a jornalistas Brasil afora. Na agenda desse mês de março está o Road-Show para Jornalistas 2017, que acontece nesse mês de março em diferentes cidades dos Estados de Minas Gerais e São Paulo.  
Natural de Marabá (PA), Lima Rodrigues - que também é poeta cordelista e já escreveu em literatura de cordel as biografias de várias personalidades, incluindo os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff; Luiz Gonzaga, Dominguinhos; entre outras - atuou em Brasília por mais de 30 anos, na antiga Radiobrás, hoje Empresa Brasil de Comunicação e foi correspondente em Brasília de outras emissoras, incluindo as rádios Bandeirantes e Eldorado, de São Paulo.
Seu campo de atuação foi Palácio do Planalto e Congresso Nacional, além de ministérios, como o da Agricultura, além de atuar na comunicação institucional de órgãos públicos, como o Superior Tribunal de Justiça, onde exerceu o cargo de diretor do Núcleo de Rádio.
 “Cobri os principais fatos políticos em Brasília, começando pela campanha das Diretas Já para presidente da República em 1984; a disputa interna dentro do PDS entre Paulo Maluf e Mário Andreazza, a escolha de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral para ser o primeiro presidente civil, após o regime militar; a doença e a morte de Tancredo; a posse do presidente José Sarney; a Assembleia Nacional Constituinte, as CPIs do Congresso, entre elas a do PC, o impeachment de Fernando Collor, enfim, fiz cobertura jornalística no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto do governo Sarney até o governo Lula, incluindo viagens por todo o Brasil e dez viagens ao exterior e em 2010 trabalhei no Comitê Oficial da então candidata Dilma Rousseff”, disse ele, que em 1993/1994 presidiu o Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. Apesar de todo esse currículo, Lima Rodrigues diz que cometeu erros em Brasília “ao pedir demissão de bons empregos na hora errada”.
Em fevereiro de 2011, resolveu ir para Imperatriz (MA). “Aí fui fazer um trabalho para a Cooperativa de Garimpeiros de Serra Pelada lá em Curionópolis e em Serra Pelada, no Pará, e acabei ficando por lá. Primeiro, colaborei com blogs e jornais locais e uma emissora de rádio e depois, em 18 de dezembro de 2011, resolvi colocar no ar, na Rede TV em Parauapebas o programa Conexão Rural. 

Terno e gravata
“Gostava de andar de terno e gravata no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, cujas dependências comecei a frequentar a partir da década de 1980, mas há mais de cinco anos só ando de calça jeans, camisa comum e de botinas. Minha redação é no campo, percorrendo as fazendas do sul e sudeste do Pará, de domingo a domingo. Amo o que faço e adoro o mundo rural”, destacou Lima Rodrigues.
O programa foi ganhando força e em novembro de 2012 fui para a  TV Bandeirantes, a RBATV,  e logo passei a viver e a me dedicar só ao Conexão Rural, no qual todo domingo às 9h, apresento as notícias do agronegócio, da agricultura familiar, do meio-ambiente, da cultura popular e abro espaço para os cantores regionais, incluindo a música sertaneja, a MPB e o forró pé de serra”, explica ele.
Com a experiência do Conexão Rural, Lima Rodrigues ganhou projeção e hoje é o único profissional da Região Norte convidado para falar num Road Show a jornalistas de agronegócio e economia das redações do Sul e Sudeste do Brasil. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Comissão do Senado aprova isenções para equipamentos de imagem

Os equipamentos e materiais importados para uso exclusivo no exercício das profissões de repórter fotográfico e cinematográfico e de outros operadores de máquinas fotográficas e câmeras poderão ser isentos de impostos federais. É o que estabelece o Projeto de Lei (PLC) 141/2015, já aprovado na Camara dos Deputados e agora, dia 24/8, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal. A matéria agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e posterior análise pelo Plenário.
Pelo projeto, a isenção alcança o Imposto de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também as contribuições PIS/Pasep e Cofins. As isenções somente serão concedidas aos equipamentos e materiais que não possuam similar nacional, ou seja, com fábricas brasileiras, e pelo prazo de cinco anos, a partir da publicação da lei.
Haverá também uma série de exigências para conseguir o benefício, como a comprovação do exercício da profissão, a declaração de falta de equipamento similar no mercado nacional e a obrigação de permanecer pelo menos dois anos com o equipamento. O benefício só será concedido nas compras de até R$ 50 mil.
Na Cas, avaliou-se que a variação cambial, agregada a uma alegada defasagem técnica da indústria nacional, poderá gerar um fosso tecnológico e uma perda de competitividade, o que não é bom para o país.
A aprovação contou com o apoio da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc-DF), do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor) e do Sindicato dos Jornalistas do DF (SJP-DF).

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Livro analisa o vedetismo no jornalismo

Fama e Jornalismo partilham o mesmo espaço na sociedade atual, cercada de mídia


Tradicionalmente, o jornalista é alguém que se apaga ante a objetividade da informação apresentada. A chamada objetividade jornalística, que pede o distanciamento do jornalista em relação ao fato noticioso, vem sofrendo transformações.
Nos últimos anos, num cenário de midiatização, temos observado que alguns jornalistas que transmitem a notícia são também noticiados. Essa dinâmica se evidencia com o aparecimento dos profissionais de jornalismo diante das câmeras de TV e ganha ainda mais força com os movimentos que são provocados pelas redes sociais.
São essas transformações observáveis nas bases do jornalismo e da sociedade que intrigam a jornalista e pesquisadora Ana Lúcia Medeiros, que decidiu observar esse fenômeno no trabalho de doutorado que realizou na Universidade de Brasília.
A tese dá origem ao livro “Noticiador-Noticiado: perfis de jornalistas numa sociedade em midiatização”, que será lançado no restaurante Carpe Diem da 104 Sul, em Brasília, no próximo dia 10 de abril.
A obra aborda os processos de mudança nas lógicas jornalísticas e nas relações que se estabelecem entre jornalistas famosos e seus circuitos de interação, os internautas e telespectadores, que consomem e, ao mesmo tempo, retroalimentam a mídia com informações.
Para realizar o trabalho, Ana Lúcia Medeiros entrevistou profissionais que atuam em emissoras de TV de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Salvador. A autora observa que, ao aparecer, o jornalista evidencia as competências pessoais. O que se manifesta como curioso é que não há um perfil específico do jornalista que adquire o status de celebridade nem um padrão determinado que estabeleça critérios para que um jornalista se torne conhecido.
A pesquisadora observou que cada entrevistado tem em suas singularidades a marca que o faz um profissional famoso. Também verificou que cada um deles reage de uma maneira particular aos processos da fama; assim como averiguou que não há um modo de reação uníssono da sociedade a essa situação da visibilidade adquirida pelo jornalista.
Entrevistas com Tadeu Schmidt, Caco Barcellos, Rachel Sheherazade, Ticiana Villas Boas e Rosana Jatobá dão corpo à obra. Alexandre Garcia, Juca Kfouri, Francisco José, Beatriz Castro e Malu Fontes fazem parte de um trabalho preliminar que permitiu o avanço das observações sobre as particularidades dessa profissão que sofre transformações à medida que a sociedade passa a interagir como coautora nos processos midiáticos, em constante movimento que se manifesta longe de terminar.
  • Lançamento: Restaurante Carpe Diem – 104 Sul – Brasília
  • Data: Domingo, 10 de abril de 2016, a partir das 18h30
  • Preço: R$ 39,00

Sobre a autora:

Ana Lúcia Medeiros é jornalista, formada pela Universidade Federal da Paraíba; doutora e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília. Fez doutorado-sandwich na Université de Rennes-1 (França). Estudos pós-doutorais na Universidade Federal da Bahia. É autora do livro “Sotaques na TV” e de  artigos em livros e publicações acadêmicas na área da Comunicação. Foi ombudsman e repórter (Secom/UnB). Durante o período em que foi professora na Universidade Católica de Brasília (1999-2006) e professora substituta na Universidade de Brasília (2006-2008), idealizou e coordenou as agências de comunicação OPN (UCB) e Facto (UnB). Foi repórter colaboradora do Jornal da USP e trainee em televisão.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Jornalista de Campina Grande lança livro no Senado

Textos suaves, de fácil leitura e compreensão, estão contidos no livro Plumas – paixão, vida e cotidiano em forma di-versos, da jornalista Aline Guedes, a ser lançado em breve, nas cidades de Brasília (DF), Campina Grande (PB) e Rio de Janeiro (RJ). 
Na obra de 68 páginas, o dia a dia, vivências e sonhos são relatados com simplicidade. O objetivo da escritora é proporcionar uma leitura acessível e aprazível para pessoas de todas as idades. 
- É uma visão do mundo pelos olhos da minha alma. Assim como o título sugere, Plumas transmite leveza, levando o leitor a sonhar e a viajar por cada palavra – afirma a autora. 
Para Paulo Ricardo Meira, doutor em Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e prefaciador de Plumas, “trata-se de uma obra tão leve na leitura quanto densa em sua capacidade de, em cada poema, nos lembrar do pouquinho de Aline que temos em cada um de nós”.

Perfil 

Aline Guedes é jornalista. Nascida em Campina Grande, iniciou a carreira na rádio Lagar FM. Foi a primeira assessora do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), onde trabalhou por quatro anos. Em 2011, mudou-se para Brasília, onde integra a equipe da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal. 
Embora escreva desde a adolescência, Aline só agora tomou a decisão de publicar seus livros, incentivada por amigos. Plumas – paixão, vida e cotidiano em forma di-versos é o primeiro de quatro títulos já prontos. 
Sempre transfiro para as letras o que o meu coração sente, mas nunca tive obsessão por publicar. Receber o apoio e sentir o carinho das pessoas têm sido um estímulo sensacional – diz ela.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Diploma: Conselho de Comunicação aprova exigência de formação acadêmica para Jornalista

Da Agência Senado

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) aprovou, nesta quarta-feira (6/8), parecer favorável apresentado pelo conselheiro Celso Augusto Schröeder às Propostas de Emenda à Constituição 33/2009 e 386/2009, que determinam a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista.
Item mais polêmico da pauta, o parecer recebeu seis votos favoráveis e quatro contrários. O assunto já havia sido debatido na Comissão Temática da Liberdade de Expressão do Conselho de Comunicação Social, que se manifestou contra a obrigatoriedade do diploma, baseando-se em argumentação apresentada pelos conselheiros Alexandre Jobim e Ronaldo Lemos.
O exercício profissional do jornalismo é regulamentado peloDecreto-Lei 972/69, por sua vez regulamentado pelo Decreto 83.284/79. A regulamentação da profissão previa a formação de nível superior específica em Jornalismo como requisito para o exercício profissional, mas foi modificada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a exigência inconstitucional.
Segundo Schröeder, que preside a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), enquanto foi norma no Brasil, a exigência da formação nunca impediu o direito à opinião e à livre manifestação do pensamento, nem a colaboração, especializada ou não, nos meios de comunicação social.
- Vale ressaltar, ainda, que os parlamentares estão exercendo a função para a qual foram eleitos: legislar, inclusive modificando a Constituição Federal, naquilo que for necessário para o ordenamento constitucional e infraconstitucional, com vistas ao aperfeiçoamento da democracia brasileira – afirma.
Favorável à exigência do diploma, o vice-presidente do conselho, Fernando César Mesquita, atua no jornalismo desde os 15 anos de idade, antes mesmo da regulamentação da profissão. Ele argumentou que a formação é um instrumento importante, inclusive para ampliar os horizontes do profissional.
- Até porque as novas mídias precisam de muita atenção e cuidado – ponderou.
As Propostas de Emenda à Constituição 33 e 386/2009 ainda aguardam aprovação na Câmara dos Deputados.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Comunicadores da EBC (Agência e TV Brasil e Rádio Nacional) podem parar às vésperas da Copa

Jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro podem entrar em greve dia 10/6, ati-véspera da abertura da Copa.
A EBC é a empresa mãe que reúne a TV Brasil, Canal NBR, TV Brasil Internacional, Agência Brasil e Rádio Nacional, além de ser a cabeça de rede do programa radiofônico A Voz do Brasil.
Na quinta-feira (22/5), eles aprovaram indicativo de paralisação com o objetivo de pressionar a direção a fazer uma discussão democrática sobre um Plano de Carreira para os trabalhadores.
Uma nova assembleia nacional será realizada no dia 6 de junho para reavaliar o movimento e o indicativo de paralisação. Nesse meio tempo, os trabalhadores aguardam esclarecimentos da empresa sobre proposta de Plano de Carreira elaborada por consultoria terceirizada.

Também foi aprovada a formalização junto à EBC de um pedido para que a proposta de Plano de Carreira elaborada pela consultoria seja divulgada na íntegra para conhecimento dos trabalhadores e da sociedade. Isso porque a categoria julga insuficiente a apresentação feita por conferência de vídeo pela direção às comissões de empregados da casa na última quarta-feira (21/05). A direção da EBC se comprometeu a fazer outra apresentação do estudo às diretorias dos sindicatos que representam radialistas e jornalistas da EBC.

Os presentes à assembleia também querem saber se as diretrizes para o Plano aprovadas pela categoria (critérios objetivos de promoção, redução de níveis, remuneração por titulação, participação dos empregados na gestão do Plano, etc.) serão absorvidas no momento de implementação do mesmo. Um ofício com as diretrizes debatidas e aprovadas em assembleias ao longo do último ano e meio foi encaminhado à direção da empresa para que os trabalhadores saibam se há ou não acordo em relação a elas.

A Federação Nacional dos Jornalistas se soma a mobilização dos trabalhadores da EBC na exigência de um debate democrático em relação ao Plano de Carreiras, entendendo que as condições de trabalho dos empregados são determinantes na construção de uma comunicação pública que sirva de fato aos interesses da população brasileira.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Encontro debate racismo na mídia

Da Fenaj

O 1º Encontro Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Enjira) abriu, na manhã de quarta-feira (2) a programação do 36º Congresso Nacional dos Jornalistas, que acontece até o próximo domingo, no Centro de Convenções de Maceió, reunindo cerca de 500 profissionais de todo o Brasil.

Com foco na construção da igualdade racial na mídia e o papel dos jornalistas nesse processo, o encontro trouxe a tona questões como a visibilidade da cultura e das demandas relacionadas à população negra, além da troca de experiência sobre a abertura de espaços para o jornalismo especializado nas questões de gênero, como o Portal Áfricas e cadernos especiais na mídia impressa.

O encontro contou com a participação de profissionais do mais alto gabarito na mídia étnica nacional, a exemplo de Cleidiana Ramos, repórter especial do jornal A Tarde (BA), especializada em questões de identidade e religiosidade afro-brasileira; o jornalista Washington Andrade, diretor-geral do Portal Áfricas; e Rosane Borges, doutora em Ciências da Comunicação, coordenadora do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra.

Eles discorreram sobre questões como o tabu de falar no racismo na imprensa brasileira; das relações diferenciadas da informação com o público negro; da importância de fomentar o debate sobre etnia e raça na mídia brasileira, entre outros assuntos.

Na opinião de Rosane Borges, falar de racismo no Brasil é como olhar diretamente para o sol, pois é algo que cega imediatamente as pessoas. “É algo muito presente e que nos negamos a encarar. O que precisamos é trabalhar para promover a igualdade social e a mídia possui um papel fundamental nisso”, disse ela.

O evento contou com a participação de integrantes das Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojiras) de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas, Paraíba e Bahia, além do Núcleo de Jornalistas Afrobrasileiros do Rio Grande do Sul, que agregam profissionais engajados na discussão da temática, além de representantes dos demais sindicatos da categoria em outros Estados do Brasil.

Na avaliação do presidente da FENAJ, Celso Schröder, foi uma grande honra ter o ENJIRA abrindo o Congresso Nacional dos Jornalistas. “Isto era uma coisa que nós devíamos ao jornalismo brasileiro. Este é um assunto que deve ser extremamente debatido em todas as redações pelo Brasil afora”, afirmou.

Valdice Gomes, presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e coordenadora da Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira) da FENAJ, falou da grande emoção em ver o primeiro Enjira acontecer Alagoas. “Não é de hoje que lutamos por isso, pois sabemos do quanto é fundamental implementar ações voltadas à igualdade racial em todas as esferas da comunicação social”, disse ela.

O Congresso dos Jornalistas é um evento promovido pela FENAJ, este ano realizado pelo Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, com patrocínio do Governo de Alagoas, Prefeitura de Maceió, Sebrae, Petrobras, Federação da Indústria do Estado de Alagoas e Governo Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, Ministério do Esporte e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Livro do Jornalista Cid Benjamin com história da luta armada é lançado em Brasília

Com base no texto dLeticia Fernandes, publicado em O Globo


“Tá em cana”. Era 21 de abril de 1970 quando Cid Benjamin, líder estudantil e dirigente do segundo MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), ouviu as palavras do major Moacir Fontenelle. Num gesto instintivo, aplicou-lhe um golpe de judô — Cid era faixa preta e tinha sido campeão brasileiro juvenil —, fazendo com que o major caísse sobre o balcão da padaria no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio, “aparelho” onde Cid se encontraria com um companheiro.
É assim que o jornalista, de 64 anos, começa o seu livro de memórias, “Gracias a la vida — Memórias de um militante”, que será lançado na noite do dia 12/02, em Brasília, às 19h, na Livraria Cultura do Casa Park.
Cid Benjamin, ativista partidário, jornalista e professor universitário, militou na luta armada nas décadas de 60 e 70 e participou do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Depois de preso, foi exilado e morou na Argélia, no Chile, em Cuba e na Suécia.
Sua exposição aos fatos nos garante estar diante de um dos mais consolidados e objetivos relatos sobre esses anos de nossa história. Em suas memórias, Cid apresenta ainda outros episódios importantes da história do PT na década de 1990, como as denúncias ao partido e ao ex-presidente Lula e dos fatos paralelos e comprometedores no episódio do assassinato do prefeito Celso Daniel, em Santo André, São Paulo..

Sobre o autor:

Nasceu em Recife, filho de militar, foi líder estudantil e dirigente do Movimento Revolucionário 8 de Outubro - MR8. Engajou-se na luta armada contra a ditadura militar e participou como protagonista do sequestro do embaixador dos Estados Unidos. Foi preso, torturado e libertado em troca embaixador da Alemanha. Ao retornar em 1979 ajudou a fundar o PT e é um dos fundadores do PSOL

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Câmara dos Deputados: PEC do Diploma recebe parecer favorável de relator

Com base no portal O Jornalista

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) apresentou no dia, 24/6, parecer favorável à PEC 206/2012, que tem o objetivo de restituir a exigência da formação superior para o exercício da profissão de jornalista. Conhecida como PEC do Diploma, a matéria já aprovada no Senado Federal no ano passado, chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no ano passado.

No parecer, o deputado aponta que:
"Com efeito, respeitosamente, ousamos discordar do entendimento firmado pela excelsa Corte da Justiça, pois não vislumbramos que a referida obrigatoriedade de diplomação para o exercício da atividade profissional ofende a liberdade de pensamento, de expressão ou de comunicação, independentemente de licença (Art. 5º, incisos IV e IX da CF)".



Depois de apresentado o parecer de admissibilidade do relator, a PEC terá que ser votada na CCJ. Se for aprovada, será criada uma comissão especial para analisar o mérito da PEC, que ainda terá que ser votada em dois turnos pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

terça-feira, 12 de março de 2013

Jornalista Abdias Silva é tema de livro



Romance biográfico será lançado em Brasília no próximo dia 15

Caríssimo Abdias é um romance inspirado na vida do jornalista Abdias Silva. Basicamente, o livro conta a história de uma viagem a bordo do Ita entre o Maranhão e o Rio Grande do Sul, mas é dentro desse navio que, por meio de diálogos entre um jovem jornalista e um jornalista já aposentado, a narrativa é construída. Essas duas personagens têm íntima relação com a figura real que motivou o trabalho.

Abdias era piauiense e fez carreira numa das folhas mais tradicionais do Rio Grande do Sul: O Correio do Povo. A vida de Abdias como gaúcho nasceu no ano de 1939, a partir de uma carta que escreveu ao escritor Erico Verissimo com um pedido de emprego. O escritor, que já era nacionalmente famoso, mandou buscar o jovem estudante e lhe deu um emprego na Revista do Globo. Depois disso, Abdias viveu quase 30 anos em Porto Alegre, e saiu do Sul apenas quando se mudou para Brasília, em 1967.

A autora do livro é formada em publicidade e em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, além de ser neta do biografado. O tema foi o alvo da monografia final de conclusão do curso. Depois de mais de dois anos de pesquisa, projeto final de curso em Jornalismo pela UnB, o livro reúne, além do romance, uma série de fotos e textos do biografado, numa espécie de memória fotográfica e textual. A parte de arquivo aparece para complementar e apresentar ao leitor as referências reais do romance que ele tem em mãos. A própria direção de arte do livro, desenvolvida pela designer Flora Egécia, contribui compor um projeto único que reúne o romance biográfico,por um lado, e a memória de crônicas, fotografias e cartas de Abdias Silva,por outro.

A primeira edição do livro, a ser lançada no próximo dia 15, em Brasília, saiu pela Editora Casa das Musas, de Brasília.

Serviço:

Lançamento: “Caríssimo Abdias,um romance biográfico”  
Data e horário: sexta-feira, 15/03/2013, às 19h.  
Local: Restaurante Carpe Diem, 104 sul, Brasília, DF      
Preço: O livro será vendido por R$ 30,00.
Contato com a autora: marianacapelo@gmail.com; (061) 92311803.

terça-feira, 5 de março de 2013

Rogério Dy La Fuente é o primeiro ombudsman das mídias do Senado Federal


Jornalista dos quadros do Senado Federal,
Dy La Fuente tem mestrado em Comunicação Social
com pesquisa no campo da Comunicação Legislativa.
O Jornalista Rogério Dy La Fuente, analista legislativo do Senado Federal, foi designado ombudsman das mídias daquela Casa do Congresso Nacional. Formado em Jornalismo e Mestre em Comunicação Social, pela Universidade de Brasília, com pesquisa sobre Comunicação Legislativa, é servidor concursado dos quadros da Casa, atuava como editor na Rádio Senado, e será o primeiro profissional a ocupar o cargo recém criado
A nomeação de Dy La Fuente foi definida no dia 28/2 e publicada no Boletim Administrativo do Senado Federal, no dia 4/3. O seu mandato será de dois anos e caberá a ele analisar se TV, rádio, agência e jornal da Casa estão fazendo uma cobertura jornalística de qualidade das atividades legislativas e responderá reclamações e sugestões dos cidadãos.
Caberá ao ombudsman analisar se as mídias legislativas
estão fazendo uma cobertura jornalística de qualidade e

 responder as reclamações dos cidadãos.
O Senado criou o cargo de ombudsman, que ficará responsável por fazer uma avaliação diária sobre a cobertura jornalística dos veículos da Casa e por receber e responder críticas, dúvidas, elogios e sugestões da sociedade. O servidor que for indicado exercerá a função por até dois anos.
Ombudsman é uma palavra sueca que quer dizer representante do povo e é usada em diversos países para designar o cargo de ouvidor-geral de governos, instituições e empresas.
No jornalismo, o ombudsman é o responsável por fazer uma crítica interna das publicações e dos noticiários e por receber, avaliar e encaminhar as reclamações e sugestões da sociedade.
O diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Fernando Cesar Mesquita, disse que a criação do cargo de ombudsman tem objetivo de melhorar a qualidade da informação oferecida aos leitores, ouvintes e telespectadores dos veículos de comunicação da Casa e aperfeiçoar o trabalho da TV, da Rádio, da Agência e do Jornal do Senado:
— É uma forma de o cidadão fazer valer os seus direitos, protestar, reclamar, dar sugestões.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que é jornalista, disse que a medida vai garantir o equilíbrio e a imparcialidade no noticiário do Senado.
— A instituição tem a obrigação de abordar todos os temas de maneira equilibrada. Não se pode imaginar que fique a serviço de um ou outro grupo dentro do Senado. Deve dar cobertura igualitária a todos os parlamentares — disse.
A Secretaria Especial de Comunicação Social divulgará como a população poderá ­­se manifestar, por e-mail, ­­telefone e redes sociais. O ­ombudsman terá 24 horas para responder ­­as questões, apresentar soluções ou informar o encaminhamento das demandas.