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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Conflito entre Jornalismo e Religião gera crise interna na Record

segunda-feira, 31 de outubro de 2011
TV Record terá direitos exclusivos de transmissão do Pan 2019
Do Telacviva news
A Record terá os direitos exclusivos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de 2019, ainda sem cidade-sede definida. A emissora adquiriu todas as plataformas de transmissão previstas para o evento: televisão aberta, canais pagos, internet, celular e "qualquer meio de comunicação que venha a ser desenvolvido". Segundo o comunicado oficial da emissora, o acordo com a Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA) foi concretizado após uma avaliação realizada pelos principais dirigentes esportivos do movimento olímpico sobre a cobertura dos Jogos de Guadalajara, realizada pela Record, Record News e R7 até o momento.
A aquisição dos direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de 2019 dá sequência a um ciclo de investimentos do Grupo Record no movimento olímpico. A emissora já transmitiu os Jogos Olímpicos de Vancouver, em 2010. Depois do Pan de Guadalajara, transmitirá as Olimpíadas de Londres, em 2012; os Jogos de Inverno de Sochi (Rússia), em 2016, e o Pan de Toronto, em 2015.
domingo, 7 de agosto de 2011
Rádio Record demite seus principais astros
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Artigo: RECORD NEWS - Sequestro de Brasília: não basta a instantaneidade
A cobertura ao vivo de um evento não roteirizado, ou seja, quando não se sabe que fatos poderão acontecer, requer alguns predicados da estrutura e dos profissionais que irão fazê-la. Não basta a instantaneidade, é preciso conteúdo. Não basta apenas colocar a imagem no ar, por mais que uma imagem valha por mil palavras. Se assim o fora, bastaria uma câmera ligada na arquibancada de um estádio para a transmissão de um jogo de futebol. O cidadão quer mais, quer detalhes, quer bastidores, enfim, quer que lhe sejam respondidas, no mínimo, aquelas perguntinhas básicas da pirâmide invertida que são ensinadas nas primeiras classes de qualquer curso de Jornalismo.
Como morador de Brasília, e estando fora da cidade, fiquei com a atenção concentrada no desfecho do sequestro que ocorreu numa quadra da Asa Sul, região nobre, do Plano Piloto de Brasília, na terça-feira 14/6. Onde me encontrava, a televisão estava sintonizada na Record News. Não posso garantir, mas creio que a emissora, por ser all news, foi a primeira a entrar no ar com a cobertura. Um repórter – prefiro não declinar o nome –, com apoio de imagens aéreas, narrava ao vivo os acontecimentos. Uma das primeiras falhas desta cobertura foi o fato do repórter não ter ideia do que a câmera do helicóptero mostrava, de não ter o que é tecnicamente denominado de retorno de imagens. Pode parecer preciosismo, mas este detalhe operacional levou muita gente, inclusive as âncoras do telejornal, a entenderem equivocadamente o que se passava.
Faltou informação
Enquanto o repórter narrava em off – apenas sua voz aparecia – a câmera do helicóptero focava um grande sobrado amarelo, levando todos a crer que as mulheres reféns dos sequestradores se encontravam naquela casa. Na verdade, o sobrado estava defronte ao local do crime e era utilizado como apoio pelos policiais militares. Quando estes começaram a entrar na residência – calmamente, pois não era um assalto –, as âncoras interromperam o repórter para anunciar que a polícia invadia o cativeiro. Ledo engano. Alguns momentos chegaram a ser hilários. Sem ver o que era exibido, o repórter narrava o que via e em certo momento disse que o crime acontecia numa casa verde, e a câmera focava uma rosa; em outro, narrou que os policias estavam agachados, mas a imagem mostrou o contingente de pé, atrás de uma cerca metálica. A impressão que passou é que o cinegrafista que se encontrava no helicóptero também não sabia o local exato do sequestro, pois focava distintas casas e, na minha avaliação, nenhuma delas era a correta. Na verdade, pelas imagens que vi na emissora, fiquei sem ter certeza de qual residência fora invadida pelos sequestradores.
Uma pergunta básica que toda reportagem deve responder é o “onde?”, o local dos fatos. A reportagem ao vivo levou muito tempo para situar os espectadores e ainda assim o fez de forma parcial e equivocada. Mas parecia que o repórter não conhecia Brasília, pois não soube situar os fatos nem para os espectadores da capital federal, que gostariam de minúcias, nem aos espectadores do resto do país, que não conhecem Brasília. Aos candangos, bastaria dizer que o sequestro ocorria na Quadra 711 Sul, bloco K, e todo mundo se localizaria. Aos demais brasileiros, deveria ter dito que o sequestro ocorria na Quadra 711 da Asa Sul, uma região residencial do Plano Piloto, entre a principal artéria comercial da cidade, a Avenida W. 3 Sul e a Avenida W. 4 Sul, onde se concentram escolas, igrejas, e clínicas médicas.
Foi necessário quase um interrogatório ao repórter, por parte das âncoras, para que ele desse alguma informação sobre a localidade, e mesmo assim o que passou não estava preciso. Disse que se tratava de uma entrequadra. No jargão de Brasília, entrequadra é a área existente entre duas quadras, comerciais ou residenciais, onde normalmente existe área de lazer ou pequeno comércio. Nenhuma das duas era o caso. Como se vê pelo endereço, o bloco K significa a existência de, pelo menos, outros 11 blocos de casas geminadas – parede com parede – o que poderia, inclusive, dificultar a ação dos policiais no cerco.
Uma “idosa” na faixa dos 40 anos
Na geometria de Brasília, projetada por Lúcio Costa, estas residências têm ruas de acesso pelos fundos e a parte frontal das casas olha para uma área verde, um grande jardim comum a todos. As ruas são como becos, não têm saídas. De carro, só se sai por onde se entrou. A pé, a circulação é longitudinal, paralela aos blocos. Ou seja, uma eventual fuga dar-se-ia pela direita ou pela esquerda. Bem o repórter informou que os sequestradores tinham pelo menos umas quatro rotas de fuga possíveis. Mesmo que somemos a opção motorizada com as a pé, dariam apenas três. Disse mais, informou que o local do crime estava debaixo de frondosas árvores que davam uma cobertura aos delinquentes. Impossível, pois, como informei, entre um bloco e outro existe de fato um grande jardim arborizado, mas nenhuma casa é erguida sob elas: trata-se de área pública não edificável.
Precisão na gramática e na matemática é também um requisito necessário. Na narração da emissora “houveram” muitos erros, mas que talvez fossem admissíveis pelos novos livros didáticos do MEC. Na geometria, raio virou sinônimo de perímetro. A reportagem informou que o cerco policial cobria um perímetro de 500 metros. Ora, então o raio deste cerco seria de apenas 79,5 metros, menor do que a área da residência, sendo que cada bloco residencial nesta região é composto por, pelo menos, uma meia dúzia de casas coladas umas as outras, parede com parede. Sabemos que muitos colegas de profissão optam pelo jornalismo por não serem afeitos aos números, mas precisão é uma exigência fundamental no nosso ramo. Creio que ele queria dizer que o raio do cerco era de 500 metros e mesmo assim teria errado no cálculo, pois a circulação de veículos foi bloqueada numa distância muito maior.
Outro juízo de valor emitido pela reportagem foi quanto à faixa etária de uma das reféns. O repórter informou que havia uma pessoa de idade avançada, dando ideia de ser uma idosa, para revelar, em seguida, que a mesma estaria na faixa dos 40 anos. O comentário dele deixou uma cinquentona que assistia à cobertura indignada.
Falhas e erros bobos
Esta cobertura nos reforça a necessidade de analisar urgentemente o que deve e o que não deve ser levado ao ar em coberturas ao vivo deste tipo. Jornalistas, radialistas e especialistas em casos de sequestros precisam refletir sobre o binômio liberdade de expressão e segurança do cidadão. No caso em exame, ao longo da transmissão, o repórter da Record News informou que existia uma quarta pessoa na residência, que estava escondida, e que passava por celular informações detalhadas à polícia. Certamente, se os marginais estivessem assistindo à cobertura – não sei se o estavam – sairiam furiosos em busca desta refém desconhecida. A informação, embora importante jornalisticamente, poderia ter colocado em risco a vida daquela pessoa.
De um balanço geral, temos que concluir com a ideia com a qual abrimos este texto. Não basta a instantaneidade. Profissionais precisam estar capacitados tecnicamente. Precisam conhecer profundamente a cidade onde vivem. Não basta o lead. Para sustentar uma transmissão ao vivo é necessário cultura geral e precisam de uma retaguarda. Não basta colocar um herói solitário com um celular ou um microfone. E aqui, uma ressalva: nenhuma crítica pessoal ao repórter que lá segurou como podia a transmissão ao vivo da Record News. As críticas são à organização estrutural. Para que se possa fazer um trabalho de qualidade, é necessário primeiro retorno de áudio e vídeo para que se possa narrar o que os espectadores estejam vendo. É preciso uma retaguarda com um núcleo de produção ativo que o municie com informações, pesquisas; ajuda de computação gráfica – o sequestro levou horas e poderia ter contado com uma maquete eletrônica, um mapa de Brasília ou algo parecido. Enfim, precisa um aparato técnico e humano que hoje, salvo raríssimas exceções, o modelo comercial das emissoras não está disposto a custear e, por isso, falhas e erros bobos são levados ao ar desinformando o cidadão e colocando na berlinda a qualidade de nossas televisões. Se num sequestro foi assim, imaginem como teria sido num tsunami.
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sábado, 18 de dezembro de 2010
Record fatura R$ 2,7 bilhões em 2010
O fim do ano de 2010 será muito comemorado pela Rede Record. Devido a grandes sucessos comerciais e de audiência – como as edições de A Fazenda e os Jogos de Inverno, por exemplo – a emissora conseguiu faturar, em 2010, um montante de R$ 2,7 bilhões.
O alto valor é 20% maior do que o faturamento da Record em 2009. O crescimento, entretanto, já era esperado para a maior parte das emissoras de TV uma vez que um ano com eventos de grande importância – como Copa do Mundo e eleições presidenciais – acaba turbinando as programações das emissoras e, consequentemente, atraindo mais anunciantes.
No caso da Record, o ano já deu sinais de que seria positivo desde o início, quando a emissora teve a ousadia de transmitir as Olimpíadas de Inverno de Vancouver, jogos pouco difundidos e bem diferentes da realidade brasileira. No ar no período do carnaval, as atrações conseguiram conquistar a audiência e a emissora registrou bons pontos no ibope.
Na sequência, os realities shows Ídolos e O Aprendiz também conseguiram repetir o sucesso comercial de outras temporadas. Mas foi o reality A Fazenda o responsável pela maior movimentação dos negócios da Record. Com cotas de patrocínio no valor de tabela de R$ 41 milhões, a competição rural formou uma fila de anunciantes que desejavam colocar suas marcas na atração. Dia a dia, pôde ser observado um desfile de merchandising em provas, festas e ações para os participantes.
O sucesso é tanto que a emissora confirmou à reportagem de M&M Online que a quarta edição do reality já está garantida para 2011. A data de estreia, entretanto, ainda não foi definida.
Agora é a vez da Record
Para celebrar o bom momento, a emissora veicula anúncios na imprensa no qual exalta sua equipe e diz, com grande destaque, que “Agora é a vez da Record”. A emissora esclareceu a reportagem, entretanto, que não se trata de um novo slogan institucional, mas apenas de um mote para essa campanha. A assinatura das peças ficou a cargo da Babel.
Os slogans da Record continuam “Uma TV de Primeira” e “A caminho da liderança”. Nessas peças, eles também aparecem, mas em um espaço menor e com maior discrição.
sábado, 26 de setembro de 2009
Globo e Record têm concessões renovadas sem debate público
Por Jacson Segundo, do Observatório do Direito à Comunicação , publicado, em 21/09/2009, no Jornal do Brasil de Fato
As concessões de TV de quatro emissoras da Rede Globo e duas da Record foram oficialmente renovadas na última quinta-feira (10) pelo Congresso Nacional. Assim, as duas empresas ganham permissão para transmitir suas programações por mais 15 anos. No caso da Globo, esse prazo vai até 2022 e da Record, até 2013. Assim como acontece com os outros processos de renovação de outorga na radiodifusão, não houve a participação dos mais interessados no assunto: o público.
As renovações em questão ganham ainda mais importância por se tratarem de emissoras próprias das duas empresas, que respondem hoje por mais de 60% da audiência de TV no país. Além disso, nos dois casos as outorgas renovadas são para as chamadas “cabeça-de-rede”, que centralizam maior parte da produção que é transmitida pelas afiliadas espalhadas pelo país. As emissoras da Rede Globo cujas concessões foram renovadas ficam em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Já as da Record estão situadas no Rio e em Itajaí (SC).
A análise dos processos, que passam por dois ministérios – o das Comunicações e a Casa Civil – e pelo Congresso Nacional, durou pouco mais de dois anos. Este prazo contrasta com a morosidade registrada para os demais processos de renovação. Há casos de emissoras funcionando com licença vencida há mais de 10 anos.
O fato de essas emissoras influenciarem quase toda a população brasileira parece não ter sido motivo suficiente para uma análise menos burocrática e mais transparente de seus pedidos de renovação das outorgas. Na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara Federal - uma das principais instâncias que analisam esses casos -, por exemplo, a aprovação das renovações foi unânime. A participação da sociedade no processo se restringiu a uma Audiência Pública na Câmara, em novembro de 2008, que tratou da renovação de um conjunto de várias licenças, entre elas as da Globo e Record.
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Começa renovação de licenças da Band, Record e Cultura
Mais 17 emissoras de televisão passarão pelo crivo do Congresso Nacional para renovar suas licenças de operação. Depois das concessões da Globo, que estão prestes a serem renovadas após meses de tramitação no parlamento, agora é a vez de empresas como a Record, Bandeirantes, TV Cultura, RBS e Rede 21, entre outras.
O início da análise foi oficializado na terça-feira, 8, com o envio de mensagem do presidente da República para o Congresso Nacional.As concessões das emissoras de televisão para a cidade de São Paulo venceram neste ano. Os decretos renovando as licenças e que serão avaliados pelos parlamentares foram divididos em dois grupos: um com data de 27 de fevereiro de 2009 e outro de 12 de junho de 2009, dias subseqüentes ao vencimento das outorgas. Record, Band, RBS e Rede 21 fazem parte do primeiro grupo e a TV Cultura, do segundo. As concessões de televisão têm prazo de vigência de 15 anos e a decisão de renovar ou não as licenças cabe ao Congresso Nacional.