De O Globo online
O Brasil tem o quinto maior número de linhas telefônicas do mundo, 4,4% do total de telefones fixos e móveis existentes no planeta, e é o primeiro no ranking da América Latina, de acordo com pesquisa da consultoria Everis, de negócios, tecnologia da informação e outsourcing, que engloba dados de 49 países.
Segundo o estudo, o Brasil encerrou o ano passado com 41,1 milhões telefones fixos e 150,6 milhões de celulares. São cerca de 191,8 milhões de linhas, quase a população do Brasil, atualmente em 192.082.193 de habitantes.
No ranking geral, o primeiro lugar é ocupado pela China, com 999,6 milhões de linhas telefônicas, seguido pelos Estados Unidos, com 421,8 milhões, Índia, com 384,8 milhões e Rússia, com 232,1 milhões. Já os últimos lugares são ocupados, em boa parte, por países latino-americanos, como Paraguai, com 6,2 milhões, Bolívia, com 5,5 milhões e Uruguai, com apenas 4,5 milhões de linhas telefônicas. Apesar dos baixos números apresentados, esses países estão entre os que apresentaram maior crescimento de linhas, respectivamente, 20,9%, 40,3% e 12,5%.
"A telefonia móvel está em rápida expansão em todo o mundo. Os menores ritmos de crescimento apresentados por alguns países são explicados pelo fato de já existir um elevado número de linhas", afirma em nota Teodoro López, vice-presidente da Everis Brasil.
"Além disso, aqui se observa uma relação inversa entre PIB e renda e o crescimento no número de linhas: os cinco países com maior crescimento em telefonia móvel no período 2004 - 2008 (Bangladesh, Vietnã, Nigéria, Índia e Quênia) estão entre os mais pobres analisados pelo estudo", acrescenta.
No final de 2008, havia mais de 3,212 bilhões de linhas telefônicas móveis no mundo, um aumento de 18,5% em relação ao ano interior. A China mais uma vez é o país com mais celulares, com 634 milhões, seguida da Índia (346,9 milhões), Estados Unidos (270,5 milhões) e Rússia (187,5 milhões). Entre os países latino-americanos, Uruguai, Peru e Colômbia foram os que tiveram maior expansão no período analisado, com crescimento médio anual de 55,5%, 50,4% e 41,2, respectivamente.
Quanto aos preços, a diferença entre fixo e móvel é de 25% no Braisl e na Colômbia. Além disso, em seis de cada 10 países pesquisados o custo do móvel supera esse patamar em relação ao fixo. O Equador é o caso mais extremo, com o celular custando 700% a mais do que o fixo, seguido por Venezuela, onde a linha móvel é 253% mais cara que a fixa, e Argentina, com 160%.
No entanto, a América Latina não tem apenas países com custo alto de telefonia móvel. No ranking de países das linhas móveis mais baratas, encontram-se Bolívia, com linhas móveis 74% mais baratas que as fixas, Chile e Peru com 50%, México com 33% e Paraguai, com linhas móveis com preços 21% mais atrativos que a telefonia convencional.
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