Os funcionários da Associated Press (AP) foram orientados a não manifestar suas opiniões nas redes sociais, informou o Poynter, para não colocar em risco a reputação da agência de notícias americana, criada há 165 anos.
Jim Romenesko, em artigo para o Poynter.org, reproduziu um memorando de Tom Kent, editor da AP, sobre posts de profissionais da agência relacionados ao julgamento de Casey Anthony, americana inocentada da acusação de ter matado a própria filha, e à aprovação do casamento gay no estado de Nova York. "Esses posts minam a credibilidade dos nossos colegas, que têm se esforçado tanto para fazer uma cobertura equilibrada e imparcial dos temas", escreveu Kent, acrescentando que, segundo as regras da agência, "quem trabalha para a AP precisa estar consciente de que sua opiniões podem comprometer a reputação da AP como fonte imparcial de notícias".
De acordo com o The Editors Web Log, dois "gigantes" da mídia precisaram enfrentar o impacto das redes sociais. A BBC estava considerando proibir o uso das mídias sociais, enquanto a Reuters designou umeditor para administrar sua presença nas redes sociais. Em maio, a Bloomberg, a Freedom Communications, Inc. e o Toronto Star lançaram regras para o uso das mídias sociais. A American Society of News Editors também divulgou recentemente diretrizes para a utilização das redes sociais.
Embora redes sociais como o Facebook, o Twitter e agora o Google+ estejam se tornado cada vez maispopulares entre os jornalistas, repórteres e comentaristas já tiveram problemas por compartilhar suas opiniões na internet. A veterana editora da CNN Octavia Nasr foi demitida há um ano depois fazer um comentário no Twitter considerado inapropriado.
Em abril passado, a Comissão Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos anunciou que apresentaria uma queixa contra a Reuters, que repreendeu uma repórter por criticar a empresa no Twitter.
Veja o Twitter feed do Centro Knight para mais casos sobre liberdade de expressão e redes sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário