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quarta-feira, 1 de março de 2017

Curso a distância de audiodescrição conquista profissionais

Audiodescrição é a uma faixa narrativa adicional para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais.

Da Ascom Unesp

Os professores especialistas e tutores do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) da Universidade Estadual Paulista (Unesp)  comemoram os resultados  do primeiro curso a distância de audiodescrição, técnica que descreve imagens estáticas e audiovisuais para pessoas cegas, garantindo o seu acesso à educação, cultura e informação.   No ano passado,  380 pessoas inscreveram-se em três turmas do curso “Princípios e Técnicas da Audiodescrição: Aplicabilidade em Contextos Culturais e Educacionais”, sendo que duas turmas já o concluíram.  “Mais do que números, celebramos o engajamento dos cursistas, a expansão dos seus horizontes profissionais e a revelação de novos talentos”, esclarece a professora Ana Julia Perrotti-Garcia, autora do curso, tradutora e audiodescritora.

A pesquisadora paulistana Isabel Gasparri, 37 anos, graduada e pós-graduada em Letras, está envolvida na promoção da acessibilidade por meio da audiodescrição. Ao terminar o curso, ela criou um canal no YouTube para divulgar seus trabalhos e ampliar o conteúdo audiodescrito para pessoas com deficiência visual. A primeira audiodescrição disponibilizada por Gasparri foi a do vídeo “Vamos Jogar?”, referente à campanha de mesmo nome da Unicef e da prefeitura do Rio de Janeiro com o objetivo de  impulsionar a prática segura e inclusiva de esporte por meninos, meninas e adolescentes da América Latina e do Caribe.  “Eu escolhi esse vídeo pela importância do tema. Diversos estudos indicam que brincar é fundamental para o desenvolvimento das crianças, mas muitas delas, infelizmente, ainda têm tal direito negado”, explica. “Além disso, pessoas cegas são protagonistas e podem ter interesse no engajamento em campanhas com temáticas diversas”, completa. Com esse pensamento, a pesquisadora também fez a audiodescrição de imagens estáticas do site Salvo Vidas, que incentiva a doação de sangue.

Além dessas ações, Gasparri  inscreveu um trabalho no festival de filmes com acessibilidade comunicacional Ver Ouvindo, que acontecerá em abril, em Recife, e incluirá uma mostra competitiva de curtas nacionais com audiodescrição. Esta foi uma atividade realizada em conjunto com outra ex-cursista, Milena Schneid Eich, 39 anos, professora das línguas portuguesa e inglesa, de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. “Pensei que seria uma boa oportunidade para trabalhar colaborativamente e fazer parcerias”, conta Eich, que escolheu, para participar desse concurso, audiodescrever o curta-metragem A Fuga do Silêncio, baseado em um conto da escritora argentina Samanta Schweblin e produzido por alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.

“O trabalho fluiu e o resultado nos deixou muito satisfeitas. Ficamos felizes por colocar em prática o que aprendemos até agora”, destaca Eich, ressaltando a importância de outros dois parceiros: Uilian Donizete Vigentim, assessor em acessibilidade do NEaD/Unesp e Manoel Neto,  que possui um estúdio de gravação em Caxias do Sul e auxiliou na mixagem do som.  “O Uilian foi nosso consultor e nos deu preciosas dicas do ponto de vista de quem consome o produto audiodescrito. Enfim, posso dizer que foi um trabalho a oito mãos”. No próximo dia 7 de março, a organização do festival irá divulgar a lista dos selecionados para a mostra.

Para o futuro, ambas fazem planos de profissionalização. “Decidi estudar audiodescrição devido à relevância social da atividade e por conta da proximidade com minha área de formação. Agora, finalizado o curso, estou apaixonada pela atividade e quero atuar profissionalmente”, afirma Gasparri, que gostaria de elaborar a audiodescrição de filmes mudos.  Eich, por sua vez, pretende trabalhar como roteirista e difundir a técnica na região da Serra Gaúcha. “Meu interesse inicial era o de melhorar minha prática em sala de aula, mas fui completamente conquistada e também quero dedicar-me profissionalmente”, diz.

Elas salientam que o curso da Unesp proporcionou-lhes um aprendizado contextualizado. “Aprendi de forma aplicada, o que foi muito mais significativo”, frisa Eich. “O fato de o curso associar teoria e prática foi fundamental para que eu pudesse desenvolver minhas próprias audiodescrições com segurança e qualidade”, garante Gasparri. As duas intencionam continuar os estudos, com cursos avançados e em áreas específicas.  “Diferentemente do que se possa pensar, a técnica não é algo simples, demandando sólido conhecimento teórico, pesquisas sobre assuntos diversos e a prática da alteridade”, conclui Gasparri. 

Devido aos resultados positivos e ao interesse demonstrado pelos cursistas em continuar a formação na área, O NEaD/Unesp ofertará, no segundo semestre de 2017, novos cursos sobre audiodescrição.  Cadastre-se para receber informações:  https://goo.gl/JKwibY

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Projeto exige legenda e audiodescrição em filmes exibidos no Brasil

Tramita na Câmara projeto de lei que exige o uso de audiodescrição e de legenda em português nos filmes exibidos nos cinemas e nos canais de televisão aberta e por assinatura e nos distribuídos pelas locadoras. O objetivo do projeto (PL 4248/12), de autoria do deputado José Chaves (PTB-PE), é estimular o acesso de pessoas com deficiência visual e auditiva às produções artísticas e culturais.
Atualmente, o serviço é oferecido em alguns filmes e seriados em DVD ou exibidos na televisão digital, por meio de canal de áudio opcional, ou ainda em salas de cinema que ofereçam fones de ouvido com receptor sem fio, semelhantes aos usados em eventos com tradução simultânea.
Uma norma do Ministério das Comunicações (Portaria 188/10) determina o uso da audiodescrição em, pelo menos, duas horas semanais na programação das emissoras de televisão aberta que operam em sinal digital. A Portaria 188 também prevê o aumento gradual da quantidade de horas com audiodescrição.
Carência
O deputado José Chaves argumenta que o Brasil precisa evoluir no assunto, apesar de reconhecer que a legislação em vigor já estabeleça medidas válidas. Os filmes distribuídos no território nacional, diz ele, raramente oferecem recursos técnicos que facilitem seu acesso pelas pessoas com deficiência, principalmente a visual.
Lei da Acessibilidade
O projeto de José Chaves altera a Lei da Acessibilidade (10.098/00), que já prevê a existência de espaços específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual nas salas de espetáculos, de conferências e de aulas. A lei também estabelece a adoção, pelas emissoras de rádio e televisão, de medidas que permitam o uso da linguagem de sinais ou de outra específica, a fim de garantir o acesso à informação de pessoas com deficiência auditiva.
Tramitação
O projeto será analisado em conjunto com o PL 3979/00, que aguarda inclusão na pauta do Plenário.
Íntegra da proposta:

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Acessibilidade: TVs terão que assegurar audiodescrição de programas

A partir do dia 1º de julho,entra em vigor a Portaria nº 188 estabelecendo que as emissoras de televisão com sinal digital terão que apresentar pelo menos duas horas semanais o recurso da Audiodescrição nas programações. Entende-se por Audiodescrição toda a narração, em língua portuguesa, integrada ao som original da obra audiovisual, contendo descrições de sons e elementos visuais e quaisquer informações adicionais que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreensão desta por pessoas com deficiência visual e intelectual.

O recurso da narração terá que estar disponível na função SAP (Programa Secundário de Áudio). Os filmes, documentários e programas transmitidos em outro idioma, também terão que ser integralmente adaptados, com dublagem do diálogo ou voz do narrador.