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domingo, 16 de agosto de 2009

Opinião: TV PÚBLICA - Entre a renovação e o nada

Por Nelson Hoineff, publicado em 4/8/2009 no Observatótio da Imprensa

"Dois textos recentes publicados na Folha de S.Paulo – a reportagem "Tela fria" (30/7) e o editorial "A TV que não pega", no dia seguinte – retomam a discussão sobre a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e a chamada televisão pública brasileira. São anotações essencialmente corretas, mas bastante tímidas. A reportagem tem como mote a saída de Luiz Gonzaga Beluzzo da presidência do Conselho Curador da empresa e o editorial alerta para a falta de penetração da TV Brasil, antes de sugerir a extinção da empresa.
Já que tocou no assunto, a Folha teria feito bem em aprofundá-lo. Os danos causados pelo que tem acontecido nos 19 meses desde que a EBC foi criada vão além do fato de a emissora onerar o contribuinte em 350 milhões de reais por ano em troca de nada. Nesse período de tempo, a EBC acabou comprometendo a utopia da construção de uma TV pública no país, que é em muitas décadas anterior a ela. Pior do que isso: colaborou para sedimentar a idéia de que uma televisão pública não é muito deferente de uma típica repartição pública: atrasada e descomprometida com o desenvolvimento da atividade-fim.

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