Políticos jovens mostram afinidade com a internet. Folha permanece como mídia de maior credibilidade. Revista Veja e Jornal Nacional se destacam. Influência da Mídia nas decisões da Casa é moderada.
Do Instituto FSB, 15/06/2009
Em um levantamento feito com 235 deputados federais de todas as Unidades da Federação e de 18 dos 19 partidos com representação na Câmara, o Instituto FSB Pesquisa identificou que os deputados federais ainda têm nos jornais impressos sua principal fonte de informação (65%). A mídia impressa é seguida pela Internet (17%), telejornais (13%), rádios (2%), revistas (1%) e por outros meios (2%).
Confirmando o aparentemente inevitável crescimento da Internet como ferramenta predominante de informação, o estudo identificou que a vantagem e predominância dos jornais diminui a cada geração. Entre os deputados com mais de 53 anos (116 entrevistados), a vantagem desta mídia como principal fonte de informação dos deputados federais é de 64 pontos (72% preferem os jornais, contra apenas 8% que dizem preferir a Internet). Já no grupo com idade até 45 anos (57 parlamentares), a diferença cai para 17 pontos.
Quanto à preferência entre os diferentes títulos, mantiveram-se as posições observadas na primeira edição da pesquisa, realizada no ano passado: Folha de S. Paulo (citada por 77% dos deputados como um dos 3 jornais de sua preferência), O Globo (citado por 38%), O Estado de S. Paulo (29%), Correio Braziliense (28%) e Valor Econômico (10%). Outros jornais foram citados com menor frequência, o que sugere uma relevância importante dos títulos editados fora do eixo São Paulo-Rio-Brasília. Em geral, o nível de credibilidade é bom (média 7 numa escala de 0 a 10), com pequena vantagem para os diários econômicos.
A pesquisa também mostra a força de alguns jornais que circulam fora do eixo SP-RJ-DF. Entre eles estão títulos tradicionais como A Tarde, lido por 33% da bancada baiana, o Estado de Minas, lido por 38% da bancada mineira e a Zero Hora, lido por expressivos 71% dos deputados federais gaúchos.
No campo das revistas semanais, a Veja se manteve na liderança, com declaração de 73% dos entrevistados. Em segundo e terceiro lugares estão: Istoé, com 43% e Época, com 36%.
Na mídia eletrônica, os telejornais da Rede Globo tiveram maior preferência: Jornal Nacional (57%), Jornal da Globo (31%) e Jornal da Dez (21%). Com relação às rádios de preferência dos entrevistados estão em destaque a CBN, na liderança com 53%, na sequência, vem a BandNews FM, com 16%, seguida pela Jovem Pan, com 10%.
Na mídia online, o UOL continua em primeiro lugar, com 20%, seguido do Blog do Noblat, com 15%, do G1 (12%), do Terra (11%), Blog do Josias (5%) e iG (1%). No primeiro levantamento feito em 2008, apenas 20% das respostas sobre sites e blogs da preferência do entrevistado não se referiam a um desses seis veículos. “Constatamos que o percentual sobe para 53% na pesquisa deste ano, indicando que a atenção dos parlamentares volta-se a um número mais amplo de sites e blogs, acompanhando a tendência mundial na adoção do uso da internet para pesquisas e obtenção de informação”, completa Wladimir Gramacho, Diretor Executivo da FSB Comunicações.
Outra questão interessante foi sobre a influência que a mídia exerce nas decisões e votos dos deputados. O resultado médio foi moderado - grau 4,5 numa escala de 0 a 10. Entretanto, 30% dos entrevistados afirmam que a força da mídia em suas posições está num intervalo bem mais alto, entre 7 e 10.
O estudo completo pode ser acessado aqui.
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