A TV Escola, autarquia ligada ao Ministério da Educação, tem como público principal os professores da rede pública, e consequentemente seus alunos. Por isso, sua programação é formada principalmente de programas sobre educação e de programas com foco no conteúdo, organizados segundo as diretrizes do Ministério da Educação por faixa e parâmetros curriculares. “Somos muito procurados por produtores de programação infantil, mas é bom que se saiba que o professor é o principal foco do canal e que existe uma visão muito clara do que pode ser exibido”, explicou o coordenador da TV Escola Érico G. da Silveira durante o 10 Forum Brasil - Mercado Internacional de TV nesta quarta, 3.
Transmitida via satélite para parabólica e por emissoras fechadas DTH, a TV Escola produz grande parte de sua programação diária internamente e também licencia conteúdos de todo o mundo. “Gostaríamos de ter mais programação independente brasileira, mas não encontramos muitos programas adequados em termos de conteúdo”, explicou.
As coproduções são possíveis, mas por meio de editais bastante exigentes. “A vantagem do edital é que escolhemos o que queremos produzir e financiamos tudo. Mas não temos o objetivo de fomento à produção, então trabalhamos junto com a produtora para criar o produto com o conteúdo adequado.” Recentemente, foram encerradas as inscrições para sete editais lançados em parceria com a Unesco, que vão distribuir R$ 6 milhões para a produção.
“Estamos sempre sendo questionados pelos produtores, mas temos regras muito rígidas em relação às licitações e não podemos criar concursos que gerem vínculo com a produção posterior. Por isso não podemos desenvolver pilotos. Mas às vezes conseguimos lançar um edital que leve em conta apenas a melhor técnica e convide mais à autoria. Foi o caso, por exemplo, do documentário ‘A saúde do professor’, que foi resultado de um concurso lançado aqui mesmo neste Forum”, afirmou Erico. O edital foi lançado no 8º Forum Brasil, em 2007, e lançado no segundo semestre do ano passado.
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