Por Demétrio Weber, de O Globo On-line, em 30/06/2009.
A comissão criada pelo Ministério da Educação (MEC) para rever o currículo dos cursos de jornalismo vai recomendar a criação de mestrados profissionais, anunciou o coordenador da comissão, professor José Marques de Melo. A ideia é que esse tipo de curso seja o caminho preferencial para universitários de outras áreas que pretendam trabalhar nos meios de comunicação, depois que o Supremo Tribunal Federal acabou com a exigência de diploma para o exercício da profissão.
Cursos de especialização também serão incentivados, mas com outra finalidade, segundo o coordenador do mestrado em jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, Eduardo Meditsch, que também integra a comissão. Ele disse que as especializações deverão ter apenas caráter de aperfeiçoamento, já que a formação inicial será feita mediante cursos de graduação ou mestrados profissionais em jornalismo.
- As especializações servirão para aperfeiçoar profissionais formados de um jeito ou de outro - disse Meditsch, lembrando a ênfase em mestrados profissionais segue o modelo adotado nos Estados Unidos.
O relatório final deverá ser apresentado ao ministro Fernando Haddad na próxima semana, embora o prazo só termine em 19 de agosto. A comissão vai propor mudanças também na graduação. Eles querem aumentar a carga horária das atuais 2.700 horas para 3.200, com estágio de 200 horas realizado obrigatoriamente em empresas de comunicação e não mais nos chamados jornais laboratório das próprias universidades.
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