Do portal da Fenaj
Estudantes de Jornalismo de diversas cidades do país organizam novas manifestações de desagravo à decisão do STF que aboliu a obrigatoriedade da formação universitária para a profissão de jornalista. Os atos estão marcados para esta segunda-feira, dia 22, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Teresina e Caxias do Sul. Serão simultâneos, a partir das 10h. Em Porto Alegre, haverá manifestação na quarta.
A FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo se engajaram na mobilização e estão convocando profissionais e professores a participarem ativamente.
Também conclamam demais segmentos profissionais, movimentos sociais, parlamentares, autoridades a comparecerem às atividades, levando às ruas o apoio e preocupações que já vêm externando aos jornalistas.
Conforme os Diretórios Acadêmicos dos Cursos de Jornalismo que lideram a organização, serão promovidas passeatas que culminarão com atos e a orientação é para que todos participantes vistam preto, usem nariz de palhaço, levem apitos e empunhem colheres de pau, além de faixas e banners da campanha pela valorização da formação e profissão de jornalista. As manifestações serão simultâneas em todas estas cidades, a partir das 10h desta segunda-feira. Já em Porto Alegre, o Sindicato está convocando mais um ato para quarta-feira.
Veja, a seguir, as informações, cidade por cidade, sobre locais de concentração e trajetos das passeatas.
SÃO PAULO (SP)
DIA: 22/06 – segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: em frente ao metrô Consolação - av. Paulista, altura do nº 2163
PASSEATA: até Hotel Reinascence*
Para quem é de Campinas, às 8h sairá um ônibus da PUC levando os manifestantes até a capital.
BRASÍLIA (DF)
DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Praça dos Três Poderes
PASSEATA : até a Esplanada dos Ministérios
RIO DE JANEIRO (RJ)
DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: ABI
PASSEATA: até o Palácio Tiradentes
TERESINA (PI)
DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Av Frei Serafim (ponto de encontro: Hiperbompreço)
CAXIAS DO SUL (RS)
DIA 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: UCS
PORTO ALEGRE (RS)
DIA 24/06, quarta-feira
HORÁRIO: 13h
CONCENTRAÇÃO: Esquina Democrática
Reação foi imediata: atos e manifestos de repúdio proliferam desde quarta
A reação à decisão do STF começou imediatamente após o julgamento na última quarta-feira. Não só os jornalistas, mas a sociedade brasileira vem demonstrando que ficou perplexa e indignada. Centenas de jornalistas e apoiadores produziram artigos, manifestos e inclusive mensagens ao ministro Gilmar Mendes. A Federação Nacional e Sindicatos dos Jornalistas já receberam milhares de mensagens de solidariedade de outras entidades, movimentos sociais, parlamentares, autoridades e da própria população , colocando-se à disposição para defender e lutar com os jornalistas. Todas serão divulgadas no site da FENAJ a partir da circulação do Boletim ordinário de segunda-feira, que também trará um levantamento completo das manifestações já realizadas e das programadas para os próximos dias.
Os atos de protesto também começaram logo depois da disseminação da notícia. Na quinta, estudantes e professores de Caxias do Sul sairam em passeata de desagravo pela cidade. Em Londrina, profissionais, professores e estudantes, apoiados por parlamentares realizaram um ato público. Na UEPG, em Ponta Grossa, também houve ato. Em Curitiba, a posse da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Paraná se transformou num ato de protesto, com profissionais, professores, estudantes, representantes de entidades de diversos outros segmentos da sociedade, autoridades e parlamentares usando fita preta nos braços em sinal de luto e manifestando sua indignação contra a irresponsabilidade do STF. Na noite de sexta, estudantes da Faculdade de Comunicação (Famecos) da PUCRS, em Porto Alegre, promoveram um ato público em frente da Universidade. Interromperam o trânsito na Avenida Ipiranga, exibindo faixas, cartazes, narizes de palhaço e palavras de ordem contra a decisão. Entregaram à população um panfleto preparado pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, que denunciava o golpe orquestrado pelo presidente do STF, Gilmar Mendes. Um pelotão de choque do 11º Batalhão da Polícia Militar foi até o local para negociar a liberação da via.
A OAB nacional e a FIJ (Federação Internacional de Jornalistas) também logo se manifestaram, emitindo notas, além de outras entidades, instituições, muitos parlamentares e autoridades, todos preocupados com a repercussão danosa da decisão não só sobre o Jornalismo, mas em relação a outras profissões e a própria democracia no país. A FENAJ e os Sindicatos, ao mesmo tempo em que adotam os encaminhamentos necessários para defender a profissão em função do golpe desfechado, vêm conclamando a categoria e seus apoiadores para que reajam a mais este ataque ao Jornalismo. Em nota emitida na quinta-feira, a FENAJ volta a alertar que “Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo"
Mais detalhes sobre as notas da OAB, FENAJ e FIJ estão no portal da Fenaj.
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