A situação dos servidores da Comunicação Social da Câmara Legislativa é mais do que preocupante, ela é caótica na visão dos profissionais que lá atuam. O quatro está bem desfalcado para uma crescente demanda de trabalho, sobretudo dos jornalistas. Há muito não se realiza concurso público na CLDF. Hoje há apenas quatro repórteres concursados para cobrir todas as atividades jornalísticas e culturais da Casa. como sessões plenárias, de comissões, audiências públicas e até organização do Troféu Câmara Legislativa, uma mostra paralela dentro do Festival de Cinema de Brasília. A CCS chegou a ter, no passado, mais de 10 repórteres. Vários deles se aposentaram ou mudaram de empresa.
Pela primeira vez na história da Câmara Legislativa - cabe reconhecer - as três seções da CCS (Divulgação, Relações com a Imprensa e Relações Públicas) estão sendo chefiadas por concursados. É um fator positivo, mas na prática apenas cumpre o que está previsto na Lei Orgânica. Porém, antes era descumprido solenemente. Mas os jornalistas têm que conviver ainda com várias irregularidades administrativas na Casa. Por exemplo, os corredores comentam sobre a nomeação de funcionário(a) fantasma para o cargo de assistente de coordenador(a) de Comunicação. Vale lembrar que atualmente, os servidores da CCS estão sem coordenador há mais de uma semana, por causa do pedido de exoneração da ex-coordenadora, Anna Karolina. E o presidente Cabo Patrício jamais nomeou um substituto para o cargo, desde a sua posse. Assim, os jornalistas concursados estão sendo ainda mais sacrificados com a carência de pessoal e as dificuldades da falta de comando superior. Conforme, ainda a rádio corredor, a atual servidora fantasma seria bem próxima da presidência da Casa.
Por várias vezes, os jornalistas já defenderam a reestruturação da CCS com a realização de novos concursos para acontratação de mais jornalistas. No quadro da CLDF há várias vagas em abert. Também é grande a necessidade de profissionais a fim de atender à demanda, que sempre inclui novos produtos, como colunas para jornal, boletins de rádio. Os jornalistas têm ainda que participar do comitê gestor que administra o novo portal de notícias da Casa e oficinas de gestão estratégica, pois são os principais responsáveis pelas informações veiculadas.
Isto sem contar com a recente reativação da TV Distrital. A direção da Casa optou por tercerizar mão de obra no lugar de realizar concurso público para jornalistas, como fizeram o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e as principais assembléias legislativas estaduais do País.
Em resposta aos apelos revindicando imediata abertura de realização do concurso, a resposta costumeira se ampara ao temos da Mesa Diretora em extrapolar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os gestores da Casa preferem manter no quadro uma grande maioria de servidores comissionados, em vez de aumentar o número de concursados. Assim, obviamente, têm mais controle político na Casa e mais verbas de gabinete... Eles não estão, como nunca estiveram, preocupados com as dificuldades estruturais enfrentadas por vários outros setores da CLDF, como por exemplo, a área de informártica, que vem perdendo muitos profissionais para outras instituições públicas.
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