Por Sandra Martins
Comparações entre as imprensas produzidas por negros no Brasil e nos Estados Unidos, bem como as suas relações com os movimentos sociais negros nos dois países, tendo como destaque os programas de ações afirmativas. Este é um dos temas a serem abordados no ciclo de palestras e lançamento do livro “Movimento Negro: escritos sobre os sentidos, democracia e justiça social”, organizado pelos professores Amauri Mendes Pereira e Joselina da Silva.
Em destaque, a relevância para a chamada “imprensa negra fluminense” do jornal SINBA que circulou em fins dos anos setenta durante a ditadura civil-militar. Segundo lembrou o jornalista e pesquisador Togo Yoruba, os militantes do movimento negro manifestaram- se nesta época lançando algumas publicações, entre as quais o SINBA, o Jornegro em São Paulo e a revista Tição em Porto Alegre, que teve entre os seus fundadores o jornalista Jorge Freitas integrante da direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ).
Conforme nos recorda o jornalista José Reinaldo Marques, “nos anos oitenta surgiram publicações como a revista paulista “Ébano”, ( NR: que teve na sucursal fluminense a participação do jornalista Miro Nunes, membro da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-SJPMRJ) ) e o jornal carioca “Maioria Falante”, que circulou entre 1987 e 1996 e fundado também por Togo Yoruba. Em 1991, foi lançada no Rio a revista Nós, we around the world e, cinco anos depois, em São Paulo, a revista Raça Brasil, que completa 14 anos de em circulação”.
As palestras e o lançamento do livro “Movimento Negro: escritos sobre os sentidos, democracia e justiça social” acontecem no Centro Cultural Municipal Oduvaldo Viana Filho, na Praia do Flamengo 158 (esquina com rua Dois de Dezembro e próximo ao Largo do Machado), Flamengo, Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 2 de março, às 19h.
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