Do Opera Mundi
Como um dos requisitos para selar a paz na Colômbia, as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC querem que o sistema de meio de
comunicações naquele país seja democratizado. No âmbito das negociações do fim
da guerra civil que já dura meio século, foi apresentado na quarta-feira
(07/08) propostas para a democratização da informação e dos meios de
comunicação no país. As sugestões incluem redistribuir frequências de rádio e
televisão de maneira igualitária para os setores públicos e privados, a desconcentração
dos monopólios de comunicação e o controle social dos meios de comunicação.
Antes de começar a reunião com a mesa de negociações em Havana,
Cuba, onde os delegados do governo e da guerrilha dialogam pelo fim do
conflito, Marco León Calarca, um dos membros das FARC leu um comunicado com as
sugestões sobre o setor de comunicações.
Calarca disse que os meios poderiam promover assuntos ligados à
educação, desenvolvimento e a promoção de uma cultura democrática e
participativa. “Poderiam ser criados mecanismos para garantir o controle social
sobre a imprensa [rádio, jornais impressos e televisão]”, disse.
As FARC também defenderam medidas de “desconcentração” da
propriedade dos meios de comunicação e a definição de regras destinadas a
impedir o monopólio, bem como fortalecer os meios estatais.
O comunicado acrescentou que o espectro de frequência para
rádios deve passar por um processo de revisão e ser dividido novamente, em
partes iguais, para emissoras públicas e privadas. As FARC reivindicam a
provisão de condições especiais para que a oposição política no país tenha
acesso à propriedade e programação de meios de comunicação e também garantias
de acesso às comunidades camponesas, indígenas e aos setores sociais excluídos.
Outra proposta é a criação de um fundo de financiamento para
meios alternativos e comunitários.
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