O
Departamento da Banda Larga do Ministério das Comunicações (MiniCom) chamou
representantes de organizações das telecomunicações e radiodifusão para propor
que rádios comunitárias e públicas possam se tornar provedores de internet.
Como entidades sem fins lucrativos, ambos os serviços de radiodifusão, público
e comunitário, poderão dispor de conexões sem fio à Internet sob a licencia
Serviço Limitado Privado (SLP).
De
acordo com o MiniCom, o licenciamento para os serviços seria simples e rápido e
poderia ser feito em qualquer município do país. Existem áreas, sobretudo
rurais, que são classificadas como preferenciais como Norte e Nordeste do
Brasil.
Segundo
a Telebrás, poderão ser solicitadas licenças também em municípios onde já há
oferta do serviço por entidades comerciais. O diretor comercial da Telebrás,
Francisco Zioguer, acredita que as rádios poderão contribuir com maior alcance
do serviço de banda larga se tiverem estrutura técnica e financeira suficiente.
Entretanto, o custo da implementação do serviço varia de R$ 4 mil a R$ 16 mil,
valor considerado alto pelas emissoras comunitárias que não tem fins
lucrativos. Por isso, seria necessário um projeto por parte de algum órgão
público que garanta esse passo inicial.
Para o
representante nacional da Amarc Brasil, Arthur William, a possibilidade de
oferecer o serviço em municípios com dificuldade de acesso à internet abre a
possibilidade de reconhecimento do papel das rádios comunitárias no Brasil. No
entanto, ele destaca que as comunitárias continuam sendo perseguidas dentro da
sua principal atuação que é difusão de cultura e informação de suas
comunidades. Ele também vê nessa proposta a possibilidade de criar alternativas
para sustentabilidade das emissoras, já que , por exemplo, são proibidas de
fazer publicidade.
Estiveram
presentes a Telebrás, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), a
Associação de Rádios Públicas (ARPUB) e a Associação Mundial de Rádios
Comunitárias do Brasil (Amarc Brasil).
Nenhum comentário:
Postar um comentário