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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Financial Times aponta novo rumo para imprensa

Jornal inglês é o primeiro no mundo a assumir que a notícia online tem prioridade sobre o que será publicado no dia seguinte; prenúncio do fim do papel

Publicado anteriormente na Brasil 247
Nos debates sobre o futuro do jornalismo em que tem participado, Sérgio D'Ávila, diretor de redação da Folha, tem deixado claro que a prioridade do grupo é o papel. Informações relevantes têm sido guardadas para a edição do dia seguinte. É uma estratégia, mas que começa a ser contestada por publicações internacionais. Jornal inglês é o primeiro no mundo a assumir que a notícia online tem o prioridade sobre o que será publicado no dia seguinte, num prenúncio do fim do papel. 
Leia, abaixo, na reportagem de Reportagem de Kate Holton,distribuída pelo noticiário da Reuters:
O Financial Times (FT) planeja cortar cerca de 25 postos de trabalho como parte de um plano de reestruturação do grupo para reduzir custos e se concentrar principalmente em seus serviços digitais, disse o seu editor.
Em um email enviado aos funcionários e obtido pela Reuters, Lionel Barber disse que iria embarcar num programa para "remodelar o FT para a era digital". Ele não deu detalhes sobre onde os empregos seriam cortados do quadro total da equipe de 600 pessoas.
"Nós precisamos garantir que estamos servindo a plataforma digital primeiro, e o jornal em segundo", Barber disse no email enviado na segunda-feira. "Esta é uma grande mudança cultural para o FT, que só deve ser alcançada com maiores mudanças estruturais."
O famoso jornal com páginas cor de salmão tem sido um dos títulos de maior sucesso na iniciativa online, cobrando as pessoas pela leitura de suas notícias em um modelo sob medida, que as permite ler um determinado número de artigos por mês antes de terem que pagar uma taxa.
Essa abordagem tem ajudado a impulsionar as assinaturas digitais, que excederam a circulação impressa pela primeira vez no primeiro semestre de 2012.
"Nossas decisões anteriores de aumentar os preços, cobrar por conteúdo e construir um negócio de assinaturas provaram ser ousadas e sábias. "Enquanto muitos de nossos rivais têm lutado para encontrar um modelo de negócio rentável, e, por isso, anunciaram duras perdas de emprego, temos sido pioneiros da indústria. Este não é o momento para vacilar. "
Barber disse que o programa de redundância voluntário proposto reduziria os custos em 1,6 milhão de libras (2,5 milhões de dólares) neste ano. Ele estimou que poderia resultar em uma redução líquida efetiva de cerca de 25 pessoas, ou cerca de 4 por cento do total, após a introdução de 10 postos de trabalho a mais no digital.

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