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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Internet deve passar de 15% para 21% de share no bolo publicitário mundial,

Por Daniele Frederico, de Cannes, do TelaViva news


Em 2014, a Internet deve ter 21% dos investimentos globais em publicidade. O crescimento do meio, que em 2009 teve 15% do bolo, estaria ligado à queda dos investimentos em mídia impressa. A televisão, por sua vez, deve manter-se intacta. Os dados fazem parte do estudo Global Entertainment and Media Outlook 2010-2014, da PriceWaterhouseCoopers (PwC), que teve alguns de seus resultados apresentados no Mipcom 2010, mercado internacional de conteúdos que acontece até dia 8, em Cannes.

Segundo Marcel Fenez, líder da área de entretenimento e mídia da empresa, o estudo mostrou que em 2009, a TV tinha 36% de share nos investimentos publicitários, e em 2014, esse share deverá ser de 37%. A Internet, por sua vez, teve em 2009 15% de share, e em 2014 deve ter 21% do total de investimentos publicitários. "Esses dólares que vão passar para a Internet devem sair principalmente dos impressos: jornais e revistas", analisa Fenez.

A TV por assinatura, ainda segundo o estudo, deve ser o segundo segmento mais forte em expansão de receitas até 2014, perdendo apenas para os vídeo games.

Fenez afirmou durante sua apresentação que existem três desafios-chave a serem encarados hoje: o surgimento do poder da mobilidade e dos devices; o crescimento da dominância das experiências na Internet e a ligação de todas as mídias a ela; e o crescente engajamento e disponibilidade para pagar pelo conteúdo, impulsionados pela melhoria das experiências de consumo, qualidade e conveniência.

Fatia do bolo

Produção de conteúdo próprio, investimento em digital, construção de marca e expansão para outros territórios. Essa é a receita do CEO da BBC Worldwide, John Smith, para aumentar as receitas do grupo diante desse cenário. Segundo Smith, a produção de conteúdo próprio permite a comercialização de produtos, uma vez que os direitos são mantidos. Um dos focos para essa comercialização são os mercados internacionais. "Hoje 55% das nossas receitas são internacionais", contabiliza. A maior parte dessas receitas são provenientes dos Estados Unidos.

Além disso, a BBC prepara-se para lançar uma versão internacional de seu aplicativo de visualização de conteúdo online, o iplayer, no ano que vem.

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