Não é só na TV e na imprensa escrita que os grupos estrangeiros estão burlando a legislação nacional de comunicações e entrando num segmento que é proíbido a não brasileiros. Na verdade, isto se dá graças a ação política dos próprios empresários da comunicação do Brasil que no último ano de FHC, mas com as beneces do PT e demais partidos - salvo o PDT que se rebelou - aprovaram uma mudança na Constituição autorizando a entrada de grupos estrangeiros de forma minoritária no setor.
Os empresários acreditavam que o capital internacional iria vitaminar os grandes grupos, mas o que se vê hoje é que eles preferem criar novos meios e produtos. Depois da entrada do grupo português, com o jornal Brasil Econômico, e de várias operadoras de telefonia no ramo da TV paga, a vez agora é na radiodifusão.
A publicação M&M Online registra que nos próximos dias a Rádio Disney já poderá ser sintonizada, na frequência FM 91,3 Mhz, em São Paulo. Uma faixa que até há pouco tempo contava com programação religiosa. Para atuar no mercado nacional de radiodifusão, em que uma concessionária do serviço de transmissão não pode ter controle de grupo estrangeiro, a Disney se associou na empreitada como minoritária (29%) à empresa Rádio Holding Ltda. de Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em contrato que passou inclusive pelo crivo da Secretaria do Direito Econômico, do Ministério da Justiça.
Uma amostra do que o público-alvo da Disney pode esperar no dial pode ser conferido pela Rádio Disney na web, que está na Lastfm. O rádio é uma mídia já explorada pelo grupo nos Estados Unidos, e a Disney também tem uma emissora na Argentina.
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