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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Jovens ainda preferem a TV

A televisão continua como a fonte de informação preferida de oito em cada dez jovens brasileiros para se atualizar sobre o que acontece no mundo. Mas a internet vem ganhando espaço, principalmente nas classes mais altas. Isso é o que aponta o TRU Brasil 2010, estudo anual realizado pela TNS Research International com o público jovem, que nesta edição ouviu 1,5 mil jovens de 12 a 19 anos, das classes A, B, C e D, em nove regiões metropolitanas brasileiras e principais cidades do interior de São Paulo.

O levantamento constatou que os jovens gastam aproximadamente 11 horas por semana vendo TV, e cerca de sete horas na web – e geralmente fazem as duas coisas ao mesmo tempo. Nas classes mais altas – em que se tem internet em casa –, as horas na rede já se equiparam ao tempo gasto vendo TV (dez horas, em média, por semana), e a mídia online é considerada como a mais informativa (por 43% dos respondentes) e imprescindível (50%). Mesmo sendo uma preferência em ascensão, apenas 16% declararam que a internet é a mídia mais confiável.

Na opinião de Jorge Kodja, diretor da TNS Research International e responsável pela pesquisa, o resultado é uma decorrência da falta de conectividade na maioria dos lares em questão, mas também uma prova de que a busca por informação na TV continua tão universal quanto sua presença nos lares brasileiros. O estudo detectou ainda que a Rede Globo concentra 80% da preferência dos adolescentes, independentemente da classe social ou da região do Brasil, seguida do SBT (44%), Rede Record (30%) e MTV (8%). As novelas têm a predileção de 47% deles, enquanto os telejornais, 23%.

Rádio

Um dado que chamou a atenção do instituto foi o desempenho do rádio, companheiro do público em carros, trens, ônibus e celulares. A mídia aparece no estudo como uma das opções preferidas por 22% dos adolescentes, superando a mídia impressa. Os jovens gastam, em média, 8 horas semanais com o meio. Apesar do resultado, desde 2008, quando foi realizada a primeira edição do estudo, o rádio vem perdendo espaço para a TV e a internet até mesmo entre os jovens da classe D.

Mídia impressa

No entanto, quem realmente não está nas graças desse público são os jornais e revistas impressas. O levantamento apontou que os jovens declaram ler cada vez menos os veículos de mídia impressa, sendo que a preferência pela leitura em papel é de 15% para jornais e de 3% para revistas. "Essa é uma tendência inevitável porque, ao oferecer conteúdo similar de forma rápida e gratuita, a internet passa a ser um grande diferencial para essa faixa etária, principalmente entre a população das classes mais baixas", conclui Kodja.

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