O governo do presidente Nicola Sarkozy deu um papai noelbem gordo aos empresários da comunicação no fim de 2009. Ao todo, a caixinha que foi distribuída alcançou 80 milhões de euros, algo em torno dos R$ 208 milhões. Foi uma espécie de Proer da Mídia, que se sentia fragilizada com os efeitos da crise financeira internacional sobre suas receitas publicitárias.
O presente mais gordo foi destinado aos veículos impressos: 60 milhões de euros (R$ 156 milhões). Em menor proporção ficaram os mantenedores de páginas jornalísticas na internet não vinculadas a jornais ou outras publicações impressas. Estes empresários vão repartir a bagatela de 20 milhões de euros (R$ 52 milhões), sendo 80%doados a fundo perdido, e apenas 20% como empréstimos. A justificativa é a necessidade de se desenvolver a webimprensa na França.
Em 2010, o Estado francês deve repassar aos meios de comunicação impressos 900 milhões de euros. As principais rubricas são: 419,3 milhões de euros provenientes do plano anti-crise, 270 milhões a título de ajuda postal e 210 milhões de euros em isenções fiscais do TVA.
As perguntas que ficam é como isto afetará a independência editorial dos veículos e que critérios foram utilizados para escolher os jornais e portais beneficiados.
Segundo o cientista Jean-Marie Charon, especialista nos estudos das mídias, não haverá perda de independência jornalística e sem esta subvenção pública muitos meios, principalmente os jornais, iriam desaparecer e com eles a pluralidade informativa.
Para mais detalhes, em francês,leia aqui a reportagem do Le Monde
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