Por Susana Hidalgo, em Carta Capital
Na base das Nações Unidas no Haiti não cabe nem um alfinete. Está lotada. Todo mundo que chega a Porto Príncipe com disposição de ajudar se instala com a tenda de campanha nestas instalações, formadas por pré-moldados e piso de cascalho. Há somente um chuveiro, o que provoca filas intermináveis. As mulheres haitianas que limpam os banheiros se oferecem também para lavar roupa por 50 dólares. Quatro crianças adotadas por famílias espanholas estão prestes a deixar o Haiti. Nesta semana já chegaram ao aeroporto de Barajas três menores que foram adotados por famílias de Murcia antes que ocorresse o terremoto.
O governo espanhol também se mobilizou para retirar Kelly do Haiti, uma criança com paralisia que precisa ser operada.
Pouco a pouco a imprensa vai abandonando Porto Príncipe. Ainda que um grande número de jornalistas permaneça no país, vários meios de comunicação já se retiraram. Os jornalistas estadunidenses ainda agüentam, em busca de imagens espetaculares. O edifício da rádio Caribe segue inteiro, mas as rachaduras fizeram com que a equipe de locutores fosse para a rua fazer seus programas. Misturam música com informação sobre os lugares de distribuição de comida. A rádio é, neste momento, a única maneira que os haitianos tem de se distraírem.
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