Por Dean Graber, do blog de notícias Jornalismo nas Américas.
A maioria das matérias sobre os meios de comunicação no Haiti desta semana se concentrou nas tentativas da imprensa estrangeira de entrar no devastado país. (Veja, por exemplo, Imprensa luta para transmitir um desastre, do New York Times). Uma história do jornal mexicano El Financiero, entretanto, destaca o desafio dos meios de comunicação haitianos de se restabelecer.
O jornal Le Nouvelliste criou um sítio no Facebook, onde reproduziu uma mensagem sobre 63 pessoas soterradas em um mercado. As rádios Kiskeya e Metropole reapareceram na internet, mas vários outros meios de comunicação impressos e eletrônicos continuam sem operar, acrescenta a matéria do El Financiero. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, por suas siglas em espanhol) elogiou os meios de comunicação do país e os seus comunicadores que "se dedicam, com sacrifício, às tarefas de informar e servir ao seu povo".
Carlos Lauria, do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), falou com o repórter haitiano Joseph Guyler Delva, fundador do SOS Journalistes, cujas instalações foram destruídas pelo terremoto. A família de Delva sobreviveu ao desastre. Segundo ele, a maioria dos jornalistas do Haiti está, neste momento, envolvida em questões pessoais. O CPJ avalia as necessidades dos jornalistas haitianos e começa a reunir fundos para ajudá-los, acrescenta o diretor-executivo do CPJ, Joel Simon. Veja como ajudar os jornalistas no Haiti (em inglês).
Os escritórios da AlterPresse também foram destruídos, e ainda que tenham conseguido atualizar o site web, a infraestrutura de comunicação é precária. A RÁdio Metropole informou que ainda não é possivel precisar a magnitude do dano às telecomunicações do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário