Com uma população de aproximadamente 50 milhões de hispânicos nos Estados Unidos, as redes de TV e as produtoras que realizam e distribuem conteúdo para este público estão em evidência no mercado de televisão norteamericano.
Durante o congresso da Natpe 2012, que acontece entre os dias 23 e 25 em Miami, alguns acordos de cooperação foram anunciados para a produção de conteúdos para o mercado hispânico, além de novidades nos canais já existentes.
A Televisa, rede mexicana de televisão, anunciou uma parceria com a tradicional produtora e distribuidora de conteúdos dos Estados Unidos Lionsgate, para a produção de programas de TV para o mercado norteamericano, com histórias e características da comunidade latina. “Para os canais de TV, é uma oportunidade de olhar para esses 50 milhões de hispânicos”, diz o presidente e CEO da Televisa, Emilio Azcarraga, lembrando que destes 50 milhões, cerca de 70% são mexicanos. “A Univision teve muito sucesso com programação para a população hispânica em espanhol. Olhamos para esse acordo com a Lionsgate como uma oportunidade de desenvolver conteúdo para o mercado geral dos Estados Unidos”, disse Azcarraga.
A Univision, porém, não ficou para trás na produção de conteúdo em inglês para o mercado hispânico. Também durante a Natpe, anunciou que o primetime do canal passará a contar com closed caption em inglês.
Novo entrante
Outro acordo que foi fechado recentemente e que afetará o mercado hispânico nos Estados Unidos é o que cria o Mundo Fox, nova rede em espanhol realizada em parceria entre a Fox International Channels e a colombiana RCN.
Apesar de representar mais concorrência, o presidente da Univision, César Conde, afirmou durante a Natpe que a entrada da Fox com a RCN apenas fortalece o mercado. “Achamos que a competição é ótima. É uma outra voz no mercado, falando da importância dessa comunidade”, diz. Além da Univision, a Telemundo apresenta programação em espanhol para a população hispânica dos Estados Unidos.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos canais voltados aos hispânicos é tentar aumentar as receitas publicitárias. Segundo Conde, um dos obstáculos para que isso aconteça são algumas idéias pré-concebidas sobre esses canais. “Existe uma percepção errada de que não há escala para os canais. A verdade é que essas redes têm apelo universal”, diz Conde. “A segunda concepção errada é a de que são pessoas mais velhas que assistem a esses canais, mas isso não é verdade. A terceira é que a língua é uma barreira. Mas existem muitos bilíngües assistindo”, diz.
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