Ao
contrário do que aconteceu em países vizinhos, até hoje o Brasil não julgou os
crimes cometidos depois do golpe militar de 1964. O governo brasileiro também
não conseguiu informar aos familiares o paradeiro dos restos mortais de dezenas
de desaparecidos durante o regime. Por isso, o país foi condenado pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos. O programa da TV Brasil Caminhos
da Reportagem que vai ao ar na quinta-feira
(2/02), às 22h, mostra o que o Brasil vem fazendo para tentar passar a
limpo os crimes de Estado cometidos nos anos de chumbo e os desafios que ainda
tem pela frente.
A
equipe de reportagem percorreu antigos centros de tortura, onde se praticaram
crimes contra brasileiros e estrangeiros contrários ao regime. Mostra antigos
arquivos secretos e entrevista vítimas do regime militar, historiadores e
autoridades que lutam para que essa história seja conhecida e nunca mais se
repita.
Entre
os entrevistados estão os jornalistas Jarbas
Silva Marques, Lucas Figueiredo e Rose
Nogueira; o brigadeiro Rui
Moreira Lima, os pesquisadores Maria
Celina d’Araújo e Rubim
de Aquino; os advogados Antônio
Modesto da Silveira e Cesar
Brito; o procurador Marlon
Alberto Weichert e a vice-presidente da ONG
Tortura Nunca Mais no Rio de Janeiro, Vitória
Gabrois, além da coordenadora do Projeto República da UFMG, Heloisa
Starling.
O
programa mostra ainda a ditadura em países vizinhos, como Argentina, Chile e
Uruguai, que estão à frente do Brasil na punição dos culpados. Foram mais de 30
mil desaparecidos e 50 mil presos, torturados e exilados. A justiça dos três
países já prendeu 700 participantes desses regimes ditatoriais e continua
processando mais de mil acusados.
Reapresentação:
sábado para domingo (20), à 1h00
2 comentários:
por questão de justiça, os contra a ditadura eram todos santos, não cometeram nenhuma atrocidade? os sequestros; assaltos a bancos, assassinatos de militares, e tantos outros, eram contra o regime ou não seria para tirar proveito de alguma situação? A história conta que haviam bandidos tanto de um lado quanto do outro.
Quem tem medo escreve como anonimo. Se esconde. Medo de quê? Talvez de defender um governo torturador, assassino, ladrão, como foi o da ditadura. Ocorre que a tortura é o ato mais covarde que alguém pode praticar - é agredir uma pessoa sem nenhuma chance de defesa, para dizer o mínimo. Os assassinos da época da ditadura sabem que agiram assim, covardemente, e não querem que se revelem seus nomes. Se eles têm tanta coragem para dizer que o outro lado também fez isso ou aquilo, que assumam seus atos. Mas, como disse, têm medo. Falta coragem. No fundo, sempre foram uns medrosos a serviço da ditadura (de um goevrno ilegal, torturador). Fizeram o trabalho sujo e agora querem se esconder, continuar anônimos.
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