Caros leitores e leitoras.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

De Norte a Sul, concursos para Comunicadores Sociais

Neste fim de ano, cinco concursos para a seleção de profissionais de Comunicação Social movimentam a vida dos concurseiros.
Há vagas para jornalistas em Mato Grosso e Minas Gerais, para Relações Públicas e Programador Visual, em Rondônia, e cadastro reserva no Estado de São Paulo.

Confira abaixo o que está sendo ofertado:

Em Mato Grosso, a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) publicou edital com 52 vagas para técnico-administrativo, sendo uma para jornalista no campus em Cuiabá. As inscrições vão de 1 a 17/12. O profissional aprovado vai receber remuneração inicial de R$ 3.666,54 e trabalhar 25 horas semanais.
  • Confira aqui a página do concurso da UFMT.

Já em Minas Gerais, quem faz a seleção de Comunicador Social é a prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. É ofertada uma vaga com remuneração de R$ 2.165,87. O profissional deve ter ensino superior em qualquer área da Comunicação Social.
  • Confira aqui a página do concurso da prefeitura de Montes Claros.

Ainda em Montes Claros, o Instituto Municipal de Previdência dos Servidores Públicos de Montes Claros (Prevmoc), oferece uma vaga para assessor de comunicação. A remuneração é menor do que na prefeitura. O valor é de R$ 1.327 para uma jornada de 30 horas por semana. Para participar o candidato deve ser graduado em comunicação social ou jornalismo. As inscrições estão abertas e vão até o dia 21/12.
  • Veja aqui a página do concurso

Para cadastro reserva, a Câmara Municipal de Registro, no interior de São Paulo, está com concurso aberto. A remuneração mensal é de R$ 5.187,44. As inscrições podem ser feitas até o dia 22/12. 
  • Confira a página do concurso aqui.

RP e Programador Visual em Rondônia
O Instituto Federal de Rondônia (IFRO) oferece uma vaga para Relações Públicas e outra para Programador Visual. As inscrições podem ser feitas entre os dias 18/11 a 18/12. A remuneração dos dois cargos é de  R$ 3.666,54 e o auxílio-alimentação de R$ 373,00. Detentores de diplomas de mestrado ou doutorado tem direito a adicional de especialização.
O candidato a programador visual deverá possuir graduação em Comunicação Social com habilitação em Publicidade; ou graduação em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual, Já o RP deverá ter graduação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas e registro profissional no Conselho Federal.


domingo, 29 de novembro de 2015

Novo jornal Brasil Popular começa a circular em dezembro

Maquete com o lay-out do Jornal Brasil Popular
a ser lançado dia 4/12.
Uma nova publicação impressa estará circulando, inicialmente, em Brasília a partir do dia 4 de dezembro. Trata-se do jornal Brasil Popular, já existente em formato digital na internet. O Jornal Brasil Popular impresso se propõe a informar em linguagem popular, sem usar de sensacionalismo, para ajudar o leitor a sustentar uma opinião crítica ao que é publicado na grande mídia e apoiá-lo como protagonista das lutas democráticas, a partir de um diálogo franco com a verdade e o mundo real.

O Jornal Brasil Popular terá distribuição gratuita, inicialmente semanal, em formato tabloide, com oito páginas e tiragem de 20 mil exemplares, para distribuição nas camadas populares no Distrito Federal. O jornal impresso terá uma versão digital, para acesso via internet.

Com notícias, reportagens e análises do quadro nacional e internacional, o Brasil Popular pretende, a exemplo da antiga Última Hora, jornal fundado em 12 de junho de 1951 por Getúlio Vargas e Samuel Wainer.
 “Defender as conquistas populares, a democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação soberana e independente, desafiando o golpismo midiático. Estamos seguros de que as forças sociais que foram capazes de eleger por quatro vezes governos progressistas, têm capacidade, e também o dever, de organizar um jornal de grande circulação popular” destacam os editores.


Leia também:

Nova publicação, jornal Brasil Popular, inaugura portal


Raro são os veículos de alcance popular que se contrapõem ao dilúvio de mentiras diariamente lançadas à sociedade. Nosso jornal nasce para combater as iniquidades, defender justiça social e propagar solidariedade. Nasce modesto e com grande chance de êxito, pois abraça uma grande causa e, na história do Brasil, sempre que uma grande causa esteve ameaçada, surgiram jornais porta-vozes em sua defesa, como nas lutas pela abolição da escravidão e pelo fim da ditadura militar.

Essa demanda e essa aspiração explicam o surgimento do Jornal Brasil Popular para defender as causas democráticas, os direitos dos trabalhadores e as políticas de distribuição de renda que farão do Brasil um país mais próspero e mais justo.

NESTE SENTIDO, Convidamos a todos os militantes progressistas que lutam pela efetiva democratização dos meios de comunicação para junto conosco participar do evento de lançamento e distribuição da primeira edição.

PROGRAMAÇÃO

Data- 4 de Dezembro de 2015 (sexta feira)

Local- Rodoviária do Plano Piloto- Banca de Jornal - Plataforma superior

Hora- Inicio- 16h30 Término- 19:00

Após este horário teremos uma atividade cultural na sede da TV Comunitária.

Hora - 20 horas

Local - TV Comunitária 

Endereço - SIG - Quadra 3 Bloco B-46 Edifício Bernardo Monteverde II

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A mídia não reflete a imagem das mulheres?

Por , publicado originalmente em Portugal, no Observador. 

Existe alguma mulher que veja a si mesma nos esteriótipos da publicidade e da imprensa?

Nunca conheci uma mulher que quase chegasse ao orgasmo a comer um iogurte. Nunca conheci uma mulher que se ria para a salada, ou que ficasse em êxtase ao descobrir que a roupa branca saiu da máquina ainda mais branca. Percebo mais ou menos os anúncios glamorosos de perfumes e afins porque até este coração de aço não está acima dos devaneios de um mundo onde vivem só senhoras magras e lindas, que não precisam de se pentear e cheiram a perfume o dia inteiro. Mas cá no mundo real, nunca me vi — ou qualquer mulher que eu conheça — reflectida na ideia do sexo feminino propagada na media, na publicidade ou nas revistas para mulheres.
Rimo-nos muito com os anúncios de outras décadas, que nos lembram como as mulheres eram menosprezadas noutros tempos. Mas se hoje em dia eu for retratada, enquanto mulher, como um ser que fica deslumbrado pela notícia de que tal líquido limpa os canos do lava-loiça, talvez nada tenha mudado demasiado.
As grandes origens das ideias do “que é ser mulher” são as revistas para mulheres. Não as percebo. As suas dicas para escravas de fashion, os seus conselhos para “como fazer tudo e ainda agradar ao seu homem” e os artigos de “como viver a sua vida cheia E manter-se bonita” não são para mim. Tenho quase a certeza de que sou mulher, mas estou-me nas tintas para as celebridades, tenho zero interesse na moda, e desde que passei os 12 anos, nunca precisei que ninguém me explicasse como aplicar a maquilhagem.
Uma das coisas que as marcas, os gurus de marketing, os publicitários inventaram foi a ideia de que nós, as mulheres, precisamos de nos apaparicar, de nos mimar. Faz comichão no meu cérebro a quantidade de vezes que vejo um artigo ou anúncio sobre relaxar, mimar-se, pôr pepinos nos olhos, spas, massagens e tal.
Lembrei-me disso a semana passada ao ouvir uma conversa sobre aparências na rádio 4, da BBC, num programa que é uma espécie de revista de mulher — o único tipo de revista de mulher que aguento, e nem sempre.
Nas discussões, havia sempre alguém que dizia algo como: “e não se esqueçam, o tempo que utilizamos para aplicar maquilhagem, pentear-nos, depilar-nos, pintar-nos as unhas, etc., etc., etc., é muitas vezes a única altura do dia para nós, as mulheres, nos concentrarmos em nós próprias, para nos apaparicarmos, para pensarmos em nós.” Isto foi repetido tantas vezes que quase começámos a aceitá-lo como a verdade. Fiquei a olhar para a rádio (ou antes, para uma janela do browser no meu écran) e a perguntar-me quem é que pensa assim, além das gurus de aparências que inventaram tal ideia.
Em primeiro lugar, passo cinco minutos a aplicar maquiagem e a pentear-me, no MÁXIMO. Se este é supostamente o único tempo no dia que tenho para me paparicar, pois estou muito mal servida pelos serviços de paparicar que forneço a mim própria. Há outras coisas que são supostamente um mimo para nós. Ir ao cabeleireiro é um daqueles mimos, dizem-me. E não, não é. Ir ao cabeleireiro é uma tortura. Ser levada pela cabeça para o lavatório, ouvir bisbilhotices de pessoas que não consigo ver, ter de olhar para mim no espelho gigante durante uma hora ou mais, estar embaraçada demais para dizer que o penteado que me deram é horrível – não, isto não é um mimo. Nem ir às compras, nem ir ao spa, nem essa invenção de que ouvi falar só no outro dia: a “festa para nos mimarmos”. Não quero imaginar que horrores acontecem numa dessas festas.
Em segundo lugar, e mais importante, é que não preciso de me mimar! As únicas pessoas no mundo que precisam de mimos são as pessoas com vidas extremamente complicadas ou as divas, e estas só se tiverem um talento que mereça um bocadinho de mimo.
Gastar tempo comigo própria é, para mim, sinônimo de trabalhar, criar, inventar, pensar, ler, sentar-me num muro a olhar para o mar ou beber gin com uma palhinha, de pijama, sem maquiagem e despenteada.
Gastar tempo comigo própria, rigorosamente, cem por cento, não é maquiar-me, pentear-me, depilar-me, ir à massagista (nunca o fiz e, a não ser que me torne de repente numa futebolista profissional, nunca o vou fazer), ou fazer todas essas coisas que se diz terem o efeito de nos fazerem mais jovens, mais bonitas e mais aceitáveis neste mundo obcecado pela juventude e pelas aparências.
Sim, claro, é só marketing e mais uma maneira dos comerciantes nos venderem mais tralhas, mas a mensagem é tão omnipresente, que há muita gente a achar que é a verdade, que as mulheres precisam de atenção especial para viver. Mantêm a ideia paternalista de que as mulheres são frágeis e delicadas.

Não somos. Nós somos muito, muito mais forte do que parecemos.

Senado debate Canal da Cidadania e financiamento das rádios e TVs comunitárias

O jornalista Paulo Miranda, presidente da
Abcom, levou à CDH as preocupações do
setor com o financiamento dos canais comunitários.
Da Agência Senado

Fruto do processo de digitalização da TV no Brasil, o Canal da Cidadania poderá ser um passo importante na democratização da comunicação, com a construção de um sistema público plural que inclui TVs não-estatais. O assunto foi discutido na segunda-feira (23) pelos participantes de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que debateu os desafios da comunicação pública e dos direitos humanos nas TVs abertas e por assinatura.
O governo prevê a implantação do Canal da Cidadania até 2019 nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Ele vai fazer uso da multiprogramação possibilitada pela TV digital. Serão quatro faixas de conteúdo: a primeira, para municípios; a segunda, para estados; e outras duas para associações comunitárias.
— O Canal da Cidadania é uma revolução. Agora as prefeituras e as comunidades locais vão poder falar na TV aberta. Essa sempre foi a nossa batalha — disse o superintendente-executivo de Relacionamento Institucional da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), André Barbosa.
Além do Canal a Cidadania, também serão criados os Canais do Poder Executivo, da Educação, e da Cultura.
Pola Ribeiro, da Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura, disse que uma maior disseminação dos canais estatais e públicos vai ajudar a diversificar a informação recebida pela população.
— A comunicação privada tem papel importante, mas ela não pode sozinha dar conta da comunicação do país. Não temos que bater altos índices de audiências, mas de referência — disse.
Integrante da Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Bia Barbosa espera que os novos canais incluam a participação de diversos setores da sociedade.
— Se a programação do Canal da Educação for uma programação desenhada e organizada integralmente pelo MEC, a gente está falando de mais um canal estatal e não público — apontou.
De acordo com o representante do Ministério das Comunicações, Otávio Pieranti, o decreto de criação dos canais já prevê mecanismos de participação social na programação. Até hoje, 378 municípios solicitaram a outorga do Canal da Cidadania. Desses, 25 já estão em fase de apresentação de projeto técnico. Após essa etapa, informou, o Ministério encaminhará os pedidos de outorga ao Congresso Nacional, que dará a palavra final.

Veja a reportagem sobre o debate dos desafios da comunicação pública e dos direitos humanos na TV




Financiamento

Outro assunto que mereceu atenção durante a audiência pública foi a sustentabilidade das rádios e TVs comunitárias. O presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários, Paulo Miranda, propôs que o financiamento das TVs estaduais, universitárias, comunitárias e de órgãos públicos deve seguir modelo semelhante ao adotado na lei que criou a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). 
Além de recursos orçamentários da União, a EBC recebe verbas da publicidade institucional do governo, doações e recursos do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).
Outros representantes de rádios e TVs comunitárias sugeriram que o governo federal destine ao menos 10% da verba gasta com publicidade para veículos de comunicação pública e comunitária. Em 2014, a administração pública federal gastou R$ 2,32 bilhões em publicidade.
— Esse bolo é do nosso imposto, é do nosso recurso e nós temos direito de dizer para onde deve ir — disse Paulo Miranda.
Alessandro Godinho, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, pasta que é responsável pela destinação das verbas de publicidade estatal, afirmou que o governo amentou o número de veículos que recebem verbas nos últimos 10 anos. Segundo ele, a audiência é um critério importante, mas não o único considerado.

— O governo evoluiu de um patamar de cerca de 200 veículos programados para quase 4 mil veículos. Somos sabedores que temos um campo para avançar. O recurso é finito e não conseguimos atender às expectativas de todo mundo — assinalou Godinho.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MPF quer cassar licenças de rádio e TV de 40 congressistas

Por Ricardo Mendonça e Paula Reverbel, da Folha de São Paulo
O Ministério Público Federal, por meio de suas sedes estaduais, promete desencadear ações contra 32 deputados federais e oito senadores que aparecem nos registros oficiais como sócios de emissoras de rádio ou TV pelo país.
Entre os alvos da iniciativa inédita -lançada com aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e coautoria do Coletivo Intervozes-, estão alguns dos mais influentes políticos do país, como os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, Edison Lobão (PMDB-MA), José Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Na Câmara, devem ser citados deputados como Sarney Filho (PV-MA), Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher de Jader, Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Casa.
No Ministério das Comunicações, todos eles constam como sócios de emissoras.
Baseado em dispositivo da Constituição que proíbe congressista de “firmar ou manter contrato com empresa concessionária de serviço público” (Art. 54), a Procuradoria pedirá suspensão das concessões e condenação que obrigue a União a licitar novamente o serviço e se abster de dar novas outorgas aos citados.
No total, os 40 parlamentares radiodifusores aparecem como sócios de 93 emissoras.
A primeira leva de ações foi protocolada em São Paulo na quinta-feira (19) contra veículos associados aos deputados Antônio Bulhões (PRB), titular de concessões de rádios em Santos, Gravataí (RS), Olinda (PE) e Salvador; Beto Mansur (PRB), com rádios em Santos e São Vicente; e Baleia Rossi (PMDB), vinculado a duas rádios no interior paulista.
Nas peças (ações civis públicas), quatro procuradores e o advogado Bráulio de Araújo, do Intervozes (entidade que milita na área de comunicação), citam o caso do ex-deputado Marçal Filho (PMDB-MS), condenado no STF (Supremo Tribunal Federal) por falsificação do contrato social de uma rádio.
Conforme o acórdão do STF (documento da decisão final), Marçal falsificou papéis justamente para omitir a condição de sócio da emissora. No processo, os ministros Roberto Barroso e Rosa Weber fizeram considerações sobre o artigo 54 da Constituição, o mesmo evocado agora contra parlamentares radiodifusores.
Barroso disse que a norma “pretendeu prevenir a reunião de poder político e controle sobre veículos […], com os riscos decorrentes do abuso”.
Weber afirmou que “há um risco óbvio na concentração de poder político com controle sobre meios de comunicação de massa” e que, sem a proibição expressa na Constituição, “haveria risco de que o veículo, ao invés de servir para o livre debate e informação, fosse utilizado apenas em benefício do parlamentar”.
Ela lembrou ainda que “tal distorção” foi reconhecida pelo próprio ex-deputado Marçal no processo, quando afirmou que resolveu virar sócio da rádio em seu Estado porque “não teve mais espaço em empresas controladas por seus adversários políticos”.
CONFLITO
Outro argumento das ações da Procuradoria é o do conflito de interesses. Os procuradores lembram que cabe ao Congresso apreciar atos de outorga e renovação de concessões. Conclui então que congressistas radiodifusores “estarão propensos” a votar sempre pela aprovação para não prejudicar futuras análises de seus processos.
As peças citam uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de 2011 que deu aval a 38 concessões e 65 renovações em apenas três minutos e com só um deputado presente. Citam ainda casos de políticos que votaram na aprovação de suas próprias outorgas ou renovações.
Bráulio de Araújo afirma que, no futuro, também poderá entrar com ações contra políticos que escondem a propriedade de rádios e TVs em nome de parentes ou laranjas.
Nessa primeira leva, só serão acionados veículos que têm o próprio parlamentar no quadro societário.
Além dos processos da Procuradoria, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental sobre o tema está sendo formulada para ser levada ao STF. Nesse tipo de ação, os ministros não são provocados a condenar ou absolver casos individuais, mas a analisar a situação em geral à luz da Constituição.
OUTRO LADO
Dos 40 congressistas que constam como sócios de rádios ou TVs, sete creem que a legislação permite esse tipo de participação, desde que eles não exerçam funções administrativas nas emissoras.
Essa opinião foi manifestada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando Collor (PTB-AL), Gonzaga Patriota (PSB-PE), João Henrique Caldas (SD-AL), João Rodrigues (PSD-SC), Ricardo Barros (PR-PR) e Victor Mendes (PV-MA).
“O ordenamento jurídico permite [ser sócio]. Não exercendo direção, não há vedamento legal”, disse Caldas.
Presidente da Frente Parlamentar de Radiodifusão, Rodrigues, que também defende essa tese, afirmou que, se necessário for, deixará a Câmara para manter o controle de sua rádio em Nanoai (RS). “Sou radiodifusor antes de ser deputado. Não vou colocar a minha vida profissional e aquilo que me sustenta fora por causa de um mandato.”
Collor, em nota, afirmou que não participa da gestão das emissoras: “As concessões às empresas da Organização Arnon de Mello estão dentro da legalidade conforme a interpretação corrente das normas constitucionais”.
O Código Brasileiro de Comunicações, de 1962, diz apenas que parlamentar não pode ser diretor de veículo. Não proíbe nem autoriza expressamente a possibilidade de ser sócio. Para os signatários das ações do Ministério Público, a Constituição de 1988 afastou essa dúvida ao dizer que congressista não pode ter “contrato” com concessionárias de serviço público.
Outros quatro parlamentares também confirmaram que são sócios de emissoras: Aníbal Gomes (PMDB-CE), Domingos Neto (Pros-CE), Felipe Maia (DEM-RN) e José Agripino (DEM-RN).
Sócio de uma rádio e uma TV em Natal, outra rádio em Mossoró (RN) e uma terceira em Currais Novos (RN), Agripino disse que todas são herança de seu pai. “Não foram concessões dadas a mim. É uma questão nova para o Judiciário. Além disso, minha participação é minoritária” (ele divide as emissoras com a mãe e dois irmãos).
Neto afirmou que a Difusora de Inhamuns é de sua família “há mais de cem anos” e que ele hoje tem 5% da firma. Maia e Gomes disseram que já eram proprietários de suas rádios antes de assumir mandato. Gomes foi além: “Desconhecia a legislação e achei que era permitido que um deputado mantivesse a rádio, desde que tivesse sido concedida antes do começo do mandato”, afirmou.
Dez afirmaram que não são mais sócios de emissoras ligadas aos seus nomes: Acir Gurgacz (PDT-RO), Afonso Motta (PDT-RS), Antônio Bulhões (PRB-SP), Fábio Faria (PSD-RN), Jaime Martins (PSD-MG), Jorginho Mello (PR-SC), Beto Mansur (PRB-SP), Roberto Rocha (PSB-MA), Rubens Bueno (PPS-PR) e Soraya Santos (PMDB-RJ).
“Tem mais de 20 anos que saí da rádio”, disse o deputado Rubens Bueno. “Comprei e vendi, era uma coisa pequena, insignificante.”
A assessoria de Soraya Santos disse que “há dez anos a deputada transferiu a titularidade [da rádio Cantagalo, no Rio] para uma igreja”.
Bulhões, Motta, Faria, Martins, Mello e Rocha sugerem que há defasagem no cadastro do ministério, hipótese refutada pela pasta.
Rodrigo de Castro (PSDB-MG) disse que a rádio em seu nome “só existe no papel”, nunca funcionou de fato.
Aécio Neves (PSDB-MG), sócio de uma FM em Betim, na região metropolitana de BH, informou que só comentará quando for notificado.
Folha não conseguiu entrar em contato com Átila Lira (PSB-PI), César Halum (PRB-TO), Dâmina Pereira (PMN-MG), José Nunes (PSD-BA), Júlio César (PSD-PI) e Cabuçu Borges (PMDB-AP).
Adalberto Cavalcanti (PTB-PE), Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), Damião Feliciano (PDT-PB), Edison Lobão (PMDB-MA), Félix Mendonça (PDT-BA), Jader e Elcione Barbalho (PMDB-PA), José Rocha (PR-BA), Sarney Filho (PV-MA), Magda Mofatto (PR-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) não responderam.
O Ministério das Comunicações não quis comentar a iniciativa do Ministério Público, pois não foi notificado.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Brasil: Piora a qualidade da banda larga fixa em 2015

Por Tela Viva News

Qualidade do serviço ficou abaixo do verificado nos últimos três anos. Oi, Vivo e Tim tem os piores desempenho no atendimento de metas.


O indicador de medição geral da qualidade do serviço de banda larga fixa recuou para 59,5% do atendimento das metas no primeiro semestre deste ano. De acordo com relatório divulgado pela Anatel na quinta-feira, 19/11, este percentual ficou abaixo dos índices de cumprimento de metas verificados durante os anos de 2012 (70,94%), 2013 (70,55%) e 2014 (67,85%).
As metas relativas à reação do usuário tiveram o pior desempenho: ficaram em 54%, ante 66,8% do ano passado e 80,1% alcançados em 2013. Também caíram os índices referentes a atendimento e rede. Os indicadores que se destacaram com o maior percentual de descumprimento de metas, no primeiro semestre de 2015, foram o de perda de pacote (29,8% das medições ficaram na meta) e o de solicitações de reparo (apenas 12,9% das medições ficaram na meta).

A Cabo Telecom apresentou, proporcionalmente, o maior percentual de cumprimento de metas, com 92,3% de um total de 78 indicadores referentes à área geográfica onde se encontra em efetiva operação, seguida pela Algar (86,7% de 240), Sky (78% de 686), América Móvil (75,4% de 1854), GVT (69,3% de 1458), Sercomtel (66,7% de 78), TIM (50% de 834), Vivo (44,5% de 834) e Oi (31,9% de 1992).

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Editora Abril deixa de publicar revista Playboy

Com base na 247.


Editora Abril, controlada pela família Civita, anunciou que não mais publicará a revista Playboy, um dos mais tradicionais títulos da casa, que estava presente há 40 anos no mercado editorial. Em crise financeira, a Abril, que também edita Veja, decidiu ainda fechar os títulos Men's Health e Woman's Health. A empresa tem encontrado dificuldades para se adaptar à era digital não apenas no mercado erótico, como também em outras áreas de atuação; novas revistas poderão ser fechadas nos próximos meses e a própria Abril pode ser vendida.
Segundo a revista Imprensa, em razão da medida, doze jornalistas que atuavam nas publicações foram demitidos. O resto da equipe será distribuída em outras redações da editora.
Em nota oficial, a Editora Abril informou que a decisão faz parte de uma "estratégia de reposicionamento focado nas necessidades dos leitores e do mercado" iniciado há um ano com a "revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, anunciantes e agências". As marcas serão publicadas pela última vez no próximo mês de dezembro. A Abril informou ainda que os assinantes destas revistas, depois, "poderão optar por outra revista do portfólio Abril, nas versões impressa ou digital".
Com uma linha editorial agressiva, a Abril tem encontrado dificuldades para se adaptar à era digital não apenas no mercado erótico, como também em outras áreas de atuação – novas revistas poderão ser fechadas nos próximos meses e a própria Abril pode ser vendida.
A retirada de circulação das revistas dá, segundo o comunicado da editora, "continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado". O presidente da Abril, Alexandre Caldini, informou que os novos investimentos em expansão digital ancoradas por Big Data e Branded Contente. "Temos marcas fortes, marcas respeitadas, que pautam o país em moda, beleza, política, negócios e diversos outros temas, como o mercado automotivo, design e decoração. O que estamos ofertando ao mercado publicitário com muito sucesso é a Jornada do Consumidor. Nossos anunciantes acompanham seu grupo definido de consumidores nos ambientes on e off-line - na web, nas redes sociais, em nossos sites, em nossas revistas, no mobile, onde seja -, entrando assim nas conversas que definem as decisões dos consumidores.".

Cortes anteriores

Além dos três títulos, a Abril já havia se desfeito de algumas outras marcas em 2015. Em junho, a editora havia demitido 120 funcionários e vendido títulos como Placar, Contigo, Você SA, Você RH, Ana Maria, Tititi e Arquitetura e Construção, repassadas à Editora Caras. No mesmo mês, a revista Educar para Crescer foi descontinuada e Guia Quatro Rodas incorporada às revistas Viagem e Turismo, Veja São Paulo e Veja Rio.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

New York Times: Escapando da realidade com a Tv Globo do Brasil

Publicado originalmente no The New York Times

No ano passado, a revista “The Economist” publicou um artigo sobre a Rede Globo, a maior emissora do Brasil. Ela relatou que “91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, a assistem todo dia: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, só se tem uma vez por ano, e apenas para a emissora detentora dos direitos naquele ano de transmitir a partida do Super Bowl, a final do futebol americano”.
Esse número pode parecer exagerado, mas basta andar por uma quadra para que pareça conservador. Em todo lugar aonde vou há um televisor ligado, geralmente na Globo, e todo mundo a está assistindo hipnoticamente.
Sem causar surpresa, um estudo de 2011 apoiado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o percentual de lares com um aparelho de televisão em 2011 (96,9) era maior do que o percentual de lares com um refrigerador (95,8) e que 64% tinham mais de um televisor. Outros pesquisadores relataram que os brasileiros assistem em média quatro horas e 31 minutos de TV por dia útil, e quatro horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem TV todo dia e apenas 4% nunca assistem televisão regularmente (eu sou uma destes últimos).
Entre eles, a Globo é ubíqua. Apesar de sua audiência estar em declínio há décadas, sua fatia ainda é de cerca de 34%. Sua concorrente mais próxima, a Record, tem 15%.
Assim, o que essa presença onipenetrante significa? Em um país onde a educação deixa a desejar (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico classificou o Brasil recentemente em 60º lugar entre 76 países em desempenho médio nos testes internacionais de avaliação de estudantes), implica que um conjunto de valores e pontos de vista sociais é amplamente compartilhado. Além disso, por ser a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer influência considerável sobre nossa política.
Um exemplo: há dois anos, em um leve pedido de desculpas, o grupo Globo confessou ter apoiado a ditadura militar do Brasil entre 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, o grupo disse, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”.
Com esses riscos em mente, e em nome do bom jornalismo, eu assisti a um dia inteiro de programação da Globo em uma terça-feira recente, para ver o que podia aprender sobre os valores e ideias que ela promove.
A primeira coisa que a maioria das pessoas assiste toda manhã é o noticiário local, depois o noticiário nacional. A partir desses, é possível inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrentar um sério risco de impeachment e que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está sendo investigado por receber propina, recebe menos tempo no ar do que os detalhes dos congestionamentos. Esses boletins são atualizados pelo menos seis vezes por dia, com os âncoras conversando amigavelmente, como tias velhas na hora do chá, sobre o calor ou a chuva.
A partir dos talk shows matinais e outros programas, eu aprendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”. Todo mundo no ar ama todo mundo e sorri o tempo todo. Histórias maravilhosas foram contadas de pessoas com deficiência que tiveram a força de vontade para serem bem-sucedidas em seus empregos. Especialistas e celebridades discutiam isso e outros assuntos com notável superficialidade.
Eu decidi pular os programas da tarde –a maioria reprises de novelas e filmes de Hollywood– e ir direto ao noticiário do horário nobre.
Há dez anos, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o telespectador médio do noticiário “Jornal Nacional” a Homer Simpson –incapaz de entender notícias complexas. Pelo que vi, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a escassez de água em São Paulo, por exemplo, foi destacado por um repórter, presente no jardim zoológico local, que disse ironicamente “É possível ver a expressão preocupada do leão com a crise da água”.
Assistir à Globo significa se acostumar a chavões e fórmulas cansadas: muitos textos de notícias incluem pequenos trocadilhos no final ou uma futilidade dita por um transeunte. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse um repórter sobre o técnico da seleção brasileira. Com frequência, alguns poucos segundos são dedicados a notícias perturbadoras, como a revelação de que São Paulo manteria dados operacionais sobre a gestão de águas do Estado em segredo por 25 anos, enquanto minutos inteiros são gastos em assuntos como “o resgate de um homem que se afogava causa espanto e surpresa em uma pequena cidade”.
O restante da noite foi preenchido com novelas, a partir das quais se pode aprender que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas esmaltadas, saias justas, salto alto e cabelo liso. (Com base nisso, acho que não sou uma mulher.) As personagens femininas são boas ou ruins, mas unanimemente magras. Elas lutam umas com as outras pelos homens. Seu propósito supremo na vida é vestir um vestido de noiva, dar à luz a um bebê loiro ou aparecer na televisão, ou todas as opções anteriores. Pessoas normais têm mordomos em suas casas, que são visitadas por encanadores atraentes que seduzem donas de casa entediadas.
Duas das três atuais novelas falam sobre favelas, mas há pouca semelhança com a realidade. Politicamente, elas têm uma inclinação conservadora. “A Regra do Jogo”, por exemplo, tem um personagem que, em um episódio, alega ser um advogado de direitos humanos que trabalha para a Anistia Internacional visando contrabandear para dentro dos presídios materiais para fabricação de bombas para os presos. A organização de defesa se queixou publicamente disso, acusando a Globo de tentar difamar os trabalhadores de direitos humanos por todo o Brasil.
Apesar do nível técnico elevado da produção, as novelas foram dolorosas de assistir, com suas altas doses de preconceito, melodrama, diálogo ruim e clichês.
Mas elas tiveram seu efeito. Ao final do dia, eu me senti menos preocupada com a crise da água ou com a possibilidade de outro golpe militar –assim como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

TV Paga: crise afeta o setor que perde 100 mil assinantes em setembro

Do Tela Viva News

O mercado de TV paga no Brasil teve uma retração de 100 mil assinantes no mês de setembro, fechando o período em 19,48 milhões de acessos. Individualmente, a operadora que mais caiu foi a Sky, com uma contração de 69,5 mil assinantes, fechando o mês de setembro com 5,537 milhões de acessos.
As operações de TV a cabo do grupo América Móvil, operadas pela Net Serviços, e as operações da GVT pertencentes ao grupo Telefônica/Vivo foram os únicos serviços de TV por assinatura do país a terem crescimento no mês de setembro, segundo dados da Anatel. Todas as outras principais operadoras, segundo levantamento da Anatel, tiveram queda.
A Claro TV também teve uma queda significativa, de 51 mil acessos, para um total de 3,04 milhão de clientes. A OiTV perdeu 10 mil assinantes no mês de setembro, para 1,17 milhão. A Net individualmente cresceu 25 mil assinantes, chegando a 7,09 milhões de clientes, e as operações da GVT (hoje Telefônica/Vivo) cresceram 10,7 mil assinantes, o que compensou a queda de 10 mil assinantes das operações da Vivo TV. Com isso, o grupo espanhol ficou praticamente estável no mês de setembro, mas o grupo América Móvil acabou tendo uma retração de base em função da queda na operadora de DTH.
Também conseguiram um pequeno crescimento as pequenas operadoras de TV paga, que adicionaram cerca de 8 mil assinantes no mês de setembro.
Entretanto, com esse resultado de setembro, os últimos 12 meses do mercado de TV por assinatura acumulam um crescimento líquido de apenas 42 mil assinantes. Mantido o ritmo, é provável que o mercado acumule uma perda de 200 mil a 300 mil assinantes no ano, fechando perto dos 19 milhões, número similar ao de julho de 2014.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Acnur contrata consultor em Comunicação Social em Gênero

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil - ACNUR seleciona consultor para a área de "Comunicação Social em Gênero". 
O candidato deverá ser graduado em Comunicação Social (Jornalismo, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas), ter experiência profissional no desenvolvimento de produtos de comunicação social e familiaridade com a temática Gênero, além de ser fluente em Inglês. 
O consultor selecionado irá trabalhar em sua própria casa, mas deve ter disponibilidade para viagens para São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasilia.
O Trabalho demandado deverá ser realizado até 31 de dezembro de 2015 e pela consultoria, o selecionado receberá duas parcelas de R$ 8 mil, cada uma.

Os candidatos interessados devem enviar e-mail para brabr@unhcr.org até o dia 16 de novembro de 2015, seguindo as orientações do Termo de Referência, disponível no linque abaixo mencionado.
Mais informações sobre a vaga, clique aqui. 


domingo, 15 de novembro de 2015

Brasília sedia Fórum Nacional dos Canais Comunitários de TV

O Fórum Abccom 2015 – TVs Públicas em Primeiro Lugar vai ser realizado nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2015, em Brasília com plenárias na sede da Abccom – Associação Brasileira de Canais Comunitários, a serem transmitidas ao vivo pela TV Comunitária (canal 12 na NET e na internet (www.tvcomunitariadf.com). O evento contará com a presença de lideranças de TVs Comunitárias filiadas à Abccom – Associação Brasileira de Canais Comunitários, bem como com a participação de parlamentares, estudantes, acadêmicos, ativistas midiáticos, e lideranças sindicais e populares vinculadas ao movimento de democratização da comunicação.
O Fórum visa reforçar as lutas pela democracia informativa no país por meio das TVs Comunitárias, Canal da Cidadania e TVs Universitárias, Legislativas, da Justiça e Educativas e Culturais, TV Comunitária por Satélite, Canais Saúde, Cultura e Educação, em gestação pelo governo federal. E agilizar o atendimento às principais reivindicações do setor.
Este ano, a novidade fica por conta da manifestação de lideranças em frente ao Palácio do Planalto, na terça-feira, dia 23, às 10h, para marcar a luta das TVs Comunitárias, e de momentos para audiências dos dirigentes dos canais comunitários com os ministros Edinho Silva (Secom - Presidência da República), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo da Presidência da República) e André Figueiredo (Ministério das Comunicações) e com o deputado Fábio Souza, presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação, Inovação e Informática da Câmara dos Deputados.
No Senado Federal, será realizada uma audiência pública sobre “Os desafios da Comunicação Pública e dos Direitos Humanos na TV aberta e por assinatura, na TV Digital no Canal da Cidadania, na banda larga e nas redes sociais” na Comissão de Direitos Humanos  com total cobertura da rede de comunicação da Casa; e ato de relançamento da Frente Parlamentar Mista de Defesa das TVs Comunitárias, cuja adesão passa de 120 parlamentares, no Café do 9º andar da Câmara dos Deputados, na terça, dia 24, às 8h.
Serviço
Fan page: Abccom TVs Comunitárias do Brasil
Facebook: Abccom TVs Comunitárias
Telefone: (61) 9982 - 7705

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

EBC: trabalhadores decidem manter a greve por reajustes dignos

Com base no SJP-DF


Assembleia dos trabalhadores em greve das quatro praças da Empresa Brasiliera de Comunicação (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís), realizada no dia 11/11, rejeitou a proposta colocada pela direção da empresa em mesa de negociação realizada na segunda-feira (9). A diretoria ofereceu 3,5% de aumento salarial e em todas as cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho para este ano e para o ano de 2016. A greve teve início na terça-feira, 10/1.
EBC é a holding que administra a TV Brasil, Rádio Nacional, Agência Brasil, dentre outras mídias, além de ser responsável pela edição da primeira meia hora do programa radiofônico, A Voz do Brasil.
Os servidores da EBC querem que seus salários sejam corrigidos de acordo com oIPCA, que é o Índice que mede os preços ao consumidor em todo país. Além de um chamado aumento linear dos salários, no qual os trabalhadores passariam a receber R$ 450 a mais mensalmente. Os tíquetes alimentação e refeição também são objeto de reivindicação. Os grevistas querem que esse benefício tenha o aumento de 4,25%
Em greve, os empregados das quatro praças da EBC (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís) voltaram a se reunir em assembleia nessa quinta-feira, 12/11. O movimento ganhou grande adesão, com entre 900 e mil trabalhadores cruzando os braços, quase 50% dos empregados da casa sem cargo de chefia ou função. Os empregados aprovaram a continuidade da greve, a manutenção das propostas para as cláusulas econômicas e a cobrança que a empresa negocie as cláusulas sociais.
Os trabalhadores também aprovaram a cobrança para que a empresa não cometa ilegalidades durante a greve na substituição de profissionais e que tire dos créditos os nomes daqueles trabalhadores que pararam. Uma carta à presidenta Dilma também foi encaminhada na assembleia.
A direção da Empresa Brasil de Comunicação enviou ofício afirmando que só voltará a negociar caso os trabalhadores interrompam a greve. Ela entrou com pedido de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho. No entanto, só listou algumas cláusulas econômicas e mais duas de seu interesse (banco de horas e ponto eletrônico). Os trabalhadores rejeitaram a tentativa de fim da greve e reafirmaram que mesmo para uma conciliação no Tribunal é fundamental que as partes dialoguem sobre as cláusulas sociais.
Psol

A bancada parlamentar do Psol na Câmara dos Deputados se solidarizou ao movimento dos trabalhadores da estatal de comunicação. Por meio do seu líder, deputado Chico Alencar, o PSOL manifestou todo o seu apoio a esta luta e considera justas as reivindicações do movimento. Os trabalhadores não podem pagar pela política de ajuste fiscal para os “de baixo”, adotada pelo governo Dilma e que beneficia o capital financeiro, em detrimento de salários dignos e melhores condições de trabalho. A proposta apresentada pela direção da empresa não repõe as perdas da inflação acumulada no último ano, e segue a linha da política oficial de arrocho que o PSOL rejeita.
Os grevistas fizeram uma passeata na Esplanada e um ato em frente ao Ministério do Planejamento. Eles cobraram uma reunião com o Departamento de Governança das Empresas Estatais (Dest), órgão ao qual a EBC está vinculada na parte das relações trabalhistas. Nas falas, os trabalhadores questionaram, por exemplo, por que o Ministério do Planejamento autorizou que a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, oferecesse 8,5% e para a EBC somente 3,5%.

Ministério Público
Às 18h, as entidades representativas, entre elas o Sindicato dos Jornalistas do DF, se reuniram com o gabinete do Procurador-Geral do Trabalho. Na reunião, elas solicitaram que o órgão acompanhe a negociação e denunciaram abusos por parte da empresa como assédio moral, substituição de profissionais e designação de profissionais para ocuparem cargos sem registro profissional ou em desacordo com a legislação. Entre as irregularidades está também o uso de estagiários para substituir o trabalho de profissionais. As entidades também solicitaram auxílio do Ministério Público do Trabalho para uma eventual situação de compensação dos dias parados, já que na greve de 2013 houve muitos casos de abuso. O chefe-de-gabinete do Procurador-Geral explicou que no caso do acompanhamento, como há dissídio em andamento haverá a designação de um procurador. Quanto às denúncias, informou que elas devem ser analisadas pela Procuradoria-Geral do Trabalho da 10a Região. Os representantes dos trabalhadores solicitaram agilidade no encaminhamento do processo.

Adesão
Segundo relatos dos trabalhadores, há setores com 100% dos empregados do quadro parados. Parte dos profissionais se manteve trabalhando com receio de perda de coordenação ou de gratificações. Outra parte não aderiu por motivos diversos. A greve comprometeu diversos serviços da empresa. Telejornais reduzidos, com menos materiais e mais dependentes das emissoras parceiras, rádio com programação musical muito maior e noticiários sem ir ao ar, Agência Brasil com menos matérias.

Nova assembleia
Uma nova assembleia ficou marcada para segunda-feira, 16/11, às 12h30. Caso o TST responda os pedidos de dissídio que foram realizados pela empresa os empregados poderão voltar a se reunir amanhã. Reajuste de 3,5%
O movimento paredista foi deflagrado na última terça-feira, 10/11. A empresa ofereceu reajuste de 3,5% por ano em um acordo de dois anos. Mantido o patamar inflacionário, isso significaria uma perda de cerca de 13% em dois anos nos salários dos trabalhadores. A oferta foi feita sob a justificativa da crise econômica no país. No entanto, os trabalhadores denunciam vários privilégios dado aos gestores e diretores da empresa. Eles lutam por isonomia dentro do quadro de empregados e pressionam para que neste momento de crise a empresa faça cortes em cargos comissionados, nos salários da chefia e em outros benefícios dados aos cargos de direção como: vaga privativa na garagem paga pela empresa, auxílio moradia e diárias recebidas pela direção com valor muito superior aos que são pagos aos empregados.

[Veja o Vídeo] Como são as relações Mídia e Legislativo?

Como é a relação Imprensa e Poder Legislativo?
Qual é a imagem da classe política transmitida pelos veículos de comunicação à opinião pública?
Que papel desempenham as mídias legislativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal?
Existe a necessidade de se criar uma legislação que regule a mídia no Brasil?
Essas e outras questões fazem parte do programa Cidadania, Mídia e Legislativo , da TV Senado, que recebeu a pesquisadora em Comunicação, Zélia Leal Adghirni.

Leia também: 

Jornalista e professora de Comunicação, ela acaba de organizar o livro “Jornalismo e Poder Legislativo” . A obra que reúne pesquisas científicas em Comunicação Social analisa o relacionamento entre a mídia e o Poder Legislativo.
A grade de veiculação na TV Senado do programa Cidadania, Mídia e Legislativo e a seguinte:
      • Domingo (15/11): 7h00
      • 2ª feira (16/11): 20h30
      • 3ª feira (17/11): 7h30
      • 4ª feira (18/11): 8h30
      • 5ª feira (19/11): 13h00
      • 6ª feira (20/11): 20h30.
Veja também os  Cidadanias:

O Cidadania Mídia e Legislativo também está disponível na Internet. Veja abaixo .


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Projeto que tipifica o crime de racismo na internet é aprovado na CDH do Senado

Foto de Geraldo Magela
Da Agência Senado

A veiculação de informações que induzam ou incitem a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional na internet, ou em outra rede de computadores destinadas ao acesso público, deverá se tornar crime com pena de um a três anos de reclusão e multa. É o que prevê o projeto PLS 518/2015, do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta quarta-feira (11).

Veja também a vídeo-entrevista
Existe racismo na mídia brasileira?


A proposta, que seguirá agora para decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), atribui ainda ao juiz o poder de determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, a interdição das mensagens ou páginas que veiculem o conteúdo ilícito.
Ao justificar a iniciativa, Paim argumenta que a internet tem sido usada para a publicação de material racista, para propagação de discurso de ódio e para a disseminação de preconceito “em atitudes que extrapolam, nitidamente, a liberdade de expressão e de opinião, causando prejuízos reais às suas vítimas”.
O relator, senador Telmário Mota (PDT-RR), apresentou análise favorável à matéria. Ele lembra que o Direito Penal exige a exata adequação da conduta ao tipo penal para que seja caracterizado o crime. Nesse sentido, o PLS 518/2015 elimina questionamentos sobre o aumento da pena para o agente que não utilize meios de comunicação social ou publicação tradicional, mas divulgue conteúdo discriminatório ou preconceituoso na internet, inclusive por mensagens de cunho privado.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

[Veja o vídeo] A mídia sabe divulgar os temas de Saúde?

Os meios de comunicação sabem divulgar os temas de Saúde. A sociedade é devidamente informada sobre esta temática ou prevalece o sensacionalismo e a desconexão com os temas de real interesse dos brasileiros.

Há lobby da indústria farmacêutica e dos produtores de equipamentos sobre a agenda informativa dos meios de comunicação?



Veja também a vídeo-entrevista
Existe racismo na mídia brasileira?


No programa Cidadania da TV Senado, numa conversa com o superintendente regional da Fiocruz em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio, foi feita uma análise do comportamento da mídia na divulgação de assuntos relacionados à Saúde.

Confira na vídeo-entrevista abaixo.



Faculdade de Comunicação da UnB realiza lançamentos de seis livros.

Por Dione Moura


Evento será no Sebinho 406 Norte.

No dia 11 de novembro, a Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília  promoverá o lançamento de seis  obras coletivas de estudos de comunicação, com ênfase nos estudos de jornalismo. O evento acontece no café Sebinho, na 406 Norte, a partir das 19h e contará com a participação dos autores. O evento é organizado pela Linha Jornalismo e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UnB.
Os seis livros apresentam o resultado de estudos e reflexões desenvolvidos por pesquisadores da UnB. Também se propõem a debater questões emergentes do Jornalismo e da Comunicação, a partir do diálogo com pesquisadores de outras instituições de ensino e pesquisa brasileiras e de países como Bélgica, Canadá, França e Portugal. As temáticas cobertas pelos trabalhos incluem as transformações do jornalismo, suas relações com a literatura e a história, o uso da análise de conteúdo como  metodologia de pesquisa, as relações entre mídia e política e o jornalismo no Poder Legislativo.

Série Jornalismo e Sociedade

Dentre os seis livros que integram a noite de lançamentos estão os dois primeiros volumes da Série Jornalismo e Sociedade, uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UnB  e a Editora Insular.
A série contempla a divulgação de estudos empíricos e esforços de teorização que buscam construir/discutir/fazer avançar uma Teoria do Jornalismo e da Notícia, bem como discussões sobre o jornalismo como práxis, as formas de (auto)regulação da profissão e seu papel na promoção da democracia e da cidadania no contexto brasileiro e em comparação com outros países.
Ela conta com um Conselho Editorial formado por professores e pesquisadores de universidades brasileiras e de outros países da América do sul, além de pesquisadores da América do Norte.

As seis obras que forma a coletânea são as seguintes:

Mudanças e Permanências no Jornalismo

Dione Moura, Fábio Pereira, Zélia Leal Adghirni  (Orgs.)

Série Jornalismo e Sociedade, vol. 1.

Este primeiro volume da Série Jornalismo e Sociedade (Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UnB e Editora Insular) analisa as transformações e permanências do jornalismo, suas reais mutações e constâncias, a partir das contribuições expostas e discutidas por primeira vez entre pesquisadores da América Latina e de países francófonos (Bélgica, Canadá e França) durante o I Colóquio Mejor – Mudanças estruturais no jornalismo, no âmbito da Rede de Estudos Sobre o Jornalismo (Réseau d’études sur le journalisme). 

Notícia em fragmentos. Análise de conteúdo no jornalismo

Thaís de Mendonça Jorge (Org.)

Série Jornalismo e Sociedade, vol. 2.

Segundo volume da Série Jornalismo e Sociedade, o livro quer ajudar pesquisadores, professores e alunos, principalmente os de Mestrado e de Doutorado, como também os de Graduação em Jornalismo, no uso da técnica da Análise de Conteúdo de modo mais eficaz, por meio de situações que podem funcionar como modelos deste conjunto de técnicas.

Narrativas da Identidade Brasileira: Jornalismo e redes sociais.

Célia Maria M. Mota e Paulo Henrique Soares de Almeida (Orgs.)

Os textos selecionados para este livro fazem parte de uma pesquisa cujo foco é a análise das representações da identidade nacional em textos de jornalismo, telejornalismo e de redes sociais, área em que os autores produziram diversos artigos apresentados em eventos científicos nacionais e internacionais.

Jornalismo e Literatura: aventuras da memória.

Dione Moura; Elen Geraldes; Fábio Pereira, Madalena Oliveira; Zélia L. Adghirni (orgs)

Edição Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho/Faculdade de Comunicação da UnB

Jornalismo, Literatura e Memória são áreas distintas, mas possuem fortes pontos de encontro. A coletânea traz artigos que  partem falam da junção  entre jornalismo e literatura, em sua maioria, mas que também procuram examinar diversos aspectos da memória (memória política, memória social,  memória coletiva, historiografia e memória, informação e memória, cotidiano e outras interfaces).

Jornalismo e Poder Legislativo: relações entre mídia e política no Brasil

Zélia Leal Adghirni (Org.)


A coletânea reúne oito textos que aproximam o jornalismo e o Poder Legislativo, tomando como pano de fundo o Brasil contemporâneo. Assinados por autores provenientes de várias instituições, e especialmente baseados na capital federal, os capítulos se cruzam, se interrogam e se encontram numa reflexão crítica e profunda sobre as relações entre o Parlamento e a sociedade. Trata-se de uma obra inédita sobre um tema que certamente atrairá a atenção de leitores interessados em conhecer a política representativa e em compreender como os fatos políticos são midiaticamente abordados.

Novos questionamentos em mídia e política

Julián  Hérmann; Liziane Guazina; Fábio Pereira (orgs.)


Este livro trata de Comunicação e Ciência Política trazendo ao debate as relações entre mídia e política – sem liberdade de expressão não há democracia – e a importância da primeira como manifestação do pluralismo político e meio de cobrança junto ao poder público. 
“Fundamentalmente, o nosso intuito é estudar o papel multifacetado e contraditório da mídia – é ela um ator político? público? privado? – nas transformações políticas recentes no Brasil e na América Latina, para entender seus avanços, problemas, paradoxos e ambiguidades. Para isso, nosso ponto de partida é evitar a idealização normativa, tanto da democracia quanto do papel da mídia, verificar os fatos e contrastar as teorias com a realidade empírica”, explicam os organizadores da obra.
Dessa discussão em torno do papel da mídia como ator político, emerge o fato de que muitas teorias ainda precisam ser desenvolvidas sobre a relação entre mídia e política e é nesse sentido que esta publicação pode contribuir.


Serviço
Data: 11 de novembro de 2015 (Quarta-feira)
Horário: 18h30 às 22h
Local: Sebinho 406 Norte, Asa Norte, Brasília, D.F.
Presença dos organizadores e diversos autores na noite de lançamento.