Por Fernando Lauterjung
Foi criada nesta sexta, 30, em São Paulo, a Frente Parlamentar Mista do
Audiovisual, presidida pelo deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) e tendo como
secretária geral a deputada Bruna Furlan (PSDB/SP). "Quando conversei com
o Paulo (Schmidt, presidente da Apro) e com a Sonia (Regina Piassa, diretora
executiva da Apro) sobre a frente, pensei que seria importante ter uma agenda
concreta.
Apresentamos uma com 17 pontos. Temos que fazer avaliações periódicas
e rever a agenda quando necessário. A frente precisa ter objetivo",
destacou Orlando Silva na cerimônia de lançamento, que aconteceu no Museu da
Imagem e do Som – MIS.
"Para nós, produtores,
parlamento é uma coisa muito distante. Mas percebemos que se a gente não
militar, não avançamos em nossas conquistas. Economia criativa representa
apenas 2,7% do PIB, com potencial para chegar a 10%", disse Paulo Schmidt,
da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), no evento.
Participaram ainda das discussões e do lançamento da
frente a Associação Brasileira de Produtoras Independentes de
Televisão (ABPITV), Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários
(Aprosom), Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (Siaesp) e
Sindicato da Indústria Audiovisual (Sicav).
Felipe Trielle, da Aprosom,
destacou a importância do recolhimento de direitos autorais para o setor de
áudio. "Dependemos do cumprimento da lei do direito autoral. Estamos
sofrendo muito, sobretudo no mundo online", disse, sobre um dos pontos a
serem abordados pela frente.
Manoel Rangel, presidente da Ancine, também participou do lançamento. "Sem valentes que decidem abraçar essa causa no Congresso Nacional, não é possível fazer as conquistas necessárias para fazer do Brasil um grande centro produtor de conteúdo. A Ancine está à disposição de vocês, com um corpo técnico capaz. Contamos com vocês para as batalhas de afirmação do audiovisual brasileiro", disse.
Manoel Rangel, presidente da Ancine, também participou do lançamento. "Sem valentes que decidem abraçar essa causa no Congresso Nacional, não é possível fazer as conquistas necessárias para fazer do Brasil um grande centro produtor de conteúdo. A Ancine está à disposição de vocês, com um corpo técnico capaz. Contamos com vocês para as batalhas de afirmação do audiovisual brasileiro", disse.
Veja quais são os 17 pontos a serem
trabalhados pela Frente Parlamentar Mista do Audiovisual:
- Impulsionar a tramitação dos projetos de revisão da Lei de Direitos Autorais
- Revisar a Lei 6.533/78 que regulamenta a profissão de artista e técnicos, incluindo profissões recentes não contempladas e eliminando outras que já não existem
- Propor a inclusão de cotas de produção nacional para segmentos além da TV paga, bem como limitar o efeito de reprises para cumprimento das cotas
- Desonerar a aquisição de equipamentos para o setor
- Impulsionar a tramitação de projetos de lei que tratem da regionalização da produção para a TV
- Atuar, junto ao Mnistério da Cultura, na criação do Laboratório de Desenvolvimento de Incubadoras de Projetos Culturais
- Acompanhar quaisquer medidas legislativas e administrativas para regulamentar a exploração e veiculação de obras na Internet, VOD etc.
- Garantir a destinação de recursos do Fundo do Setor Audiovisual (FSA)
- Garantir os desembolsos do FSA já comprometidos nas chamadas públicas
- Ampliar a quantidade de salas de exibição no país
- Ações para equacionar a distribuição e exibição do audiovisual
- Reforçar a importância do Conselho Superior de Cinema
- Reforçar a importância da Cinemateca Brasileira
- Ações para fortalecer a Secretaria do Audiovisual do MinC
- Ampliar acordos de coprodução internacional
- Ações para facilitar a emissão de vistos de trabalho para talentos estrangeiros
- Ações para facilitar o uso de locações particulares e logradouros públicos em produções
Nenhum comentário:
Postar um comentário