Caros leitores e leitoras.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Record pretende processar Fifa por transmissão de Copas

Da Brasil 247

A TV Record reagiu à informação de que a sua principal concorrente, a TV Globo, já garantiu os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022. E bateu forte na concorrente. A emissora carioca fez o comunicado do acerto na terça-feira e, nesta quarta, o canal paulista divulgou uma nota oficial informando sua "absoluta surpresa" sobre a decisão da Fifa. A Record informa que pretende estudar medidas judiciais cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.
De acordo com a Record, a emissora foi informada pela entidade que rege o futebol de que haveria uma licitação para definir a melhor proposta para a transmissão dos Mundiais. A emissora afirma ter como prova e-mails trocados entre executivos da Fifa e da Record após a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.
"No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos", diz o comunicado.
A Record diz, ainda que a concorrência foi anunciada sem que qualquer outra empresa de comunicação do Brasil fosse consultada. E, ao mesmo tempo, a Fifa teria iniciado processos de concorrência em países europeus e sul-americanos, além de Estados Unidos, Canadá e Austrália.
"É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido 'fora do horário comercial', sem ser à luz do dia e de forma transparente", continua o comunicado. "Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora."

Israel fecha dois canais de televisão palestinos em Ramallah

Do Opera Mundi

Soldados e funcionários do Ministério de Comunicações de Israel fecharam nesta quarta-feira (29/02) duas emissoras de televisão na cidade palestina de Ramallah. As Forças de Segurança também confiscaram equipamentos de transmissão e computadores em diversas batidas efetuadas em solo palestino.

A operação aconteceu nesta madrugada nas redações da emissora privada Watan e do canal Al Quds, ligado à universidade palestina de mesmo nome, informaram as redes.

Além disso, quatro funcionários da Watan foram detidos durante algumas horas: o responsável de produção Abdul Rahman Thaher, a correspondente Hamza Salaymeh, o especialista gráfico Ibrahim Milhim e o locutor Ahmad Zaki.

"Me prenderam junto com meus companheiros e armaram uma confusão enorme nos escritórios. Ficaram muito aborrecidos ao ver uma foto de Khader Adnan (um preso palestino que ficou 66 dias em greve de fome) pendurada na parede", afirmou um funcionário à agência palestina Ma'an.

Tanto o exército como o Ministério de Comunicações israelense confirmaram a operação, enquanto o ministro de Telecomunicações palestino, Mashur Abu Daqa, condenou a ação.

O porta-voz do ministério israelense, Yejiel Shavi, afirmou que a transmissão palestina "interferia" nas ondas de rádio e televisão israelenses e na comunicação aérea, o que "poderia fazer com que um dia caísse um avião no aeroporto Ben Gurion", perto de Tel Aviv.

"Se os palestinos não fazem seu trabalho, teremos que fazê-lo nós mesmos", disse, após argumentar que a operação respeita os Acordos de Oslo de 1993.

Esses acordos preveem que tanto Israel como a ANP (Autoridade Nacional Palestina) devem zelar para que suas respectivas transmissões não gerem interferências, enquanto um comitê técnico de especialistas deve estudar as eventuais questões que surjam.

As interferências de emissoras palestinas são uma queixa frequente dos colonos judeus na Cisjordânia, que afirmam ter dificuldades para escutar emissoras em hebraico em suas casas e em seus automóveis.

Por sua vez, uma porta-voz militar israelense indicou que a operação foi feita "conforme a lei" e foi dirigida contra uma emissora "pirata" e "após inúmeros pedidos para que se fossem eliminadas as transmissões ilegais".

"As frequências utilizadas pela estação interferem em outras, incluindo as de canais legais e a comunicação aérea", acrescentou, antes de relatar que foram confiscados vários transmissores.

Por outro lado, o ministro de Telecomunicações palestino afirmou que Israel não tinha feito nenhum pedido prévio a respeito por meio dos canais oficiais e assegurou que as emissoras operavam de forma legal.

"Ao colocar estas duas estações em ponto de mira, a ocupação israelense provoca nossa sociedade e nosso povo, especialmente os jovens", disse em entrevista coletiva concedida em Ramallah.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ONU Mulher seleciona assessor de Comunicação

A ONU Mulheres Brasil e Cone Sul seleciona, até 12 de março, jornalista para desempenhar as funções de Assessor(a) de Comunicação no escritório sub-regional com sede em Brasília (DF).  
 
A oportunidade exige graduação em Jornalismo, mínimo de 5 anos de experiência profissional, preferivelmente em assessoria de comunicação e/ou comunicação institucional. A/o profissional deverá ter o Português como língua materna e fluência em Inglês, sendo desejável conhecimento de Espanhol.
 
Entre as habilidades necessárias, requisita-se conhecimento dos meios de comunicação (escritos e audiovisuais) no Brasil, e ampla rede de contato com os mesmos; conhecimento e sensibilidade sobre o tema de gênero, raça e etnia (experiência nessa área será um importante diferencial, assim como experiência na elaboração de produtos de comunicação com ênfase no engajamento da sociedade na promoção destes temas).
 
É solicitada capacidade para trabalhar com diferentes tipos de atores midiáticos e novas mídias (imprensa, designers, gráficas, etc.), habilidade para trabalhar com a reformulação e atualização de conteúdo de páginas de Internet e experiência em advocacy com atores/instituições políticas.
 
Duração inicial do contrato: até Junho de 2012 (renovação dependerá do desempenho e da disponibilidade de recursos).
 
Localização: Escritório da ONU Mulheres em Brasília, Brasil.

Produtos:
O(a) contratado(a) deverá apresentar um relatório mensal de progresso como produto, relacionado às tarefas realizadas, que contribuam para o cumprimento das atividades acima descritas. O pagamento da cada parcela mensal do contrato estará sujeito à aprovação do relatório.
 
Condições de Trabalho:
• A(O) contratada(o) terá, ao longo de toda a relação contratual, a condição de prestador(a) de serviço autônomo mantendo contrato do tipo IC/SSA.
• Os rendimentos auferidos no âmbito da contratação sujeitam-se às legislações locais de caráter fiscal e de seguridade social, sendo de inteira responsabilidade da(o) contratada(o) o recolhimento, em linha com a legislação local aplicável a autônomos, de impostos e contribuições, tais como Imposto de Renda, encargos sociais e fiscais.
 
Candidatura:
Para se candidatar, favor encaminhar o formulário de P11 (PHF-Personal History Form), contendo a descrição de sua experiência educacional e profissional, e proposta financeira para o email unwomenbra.hr@unwomen.org, citando referência "(nome do candidato) – Especialista em Comunicação¨ até 12 de março de 2012 a 23:59hs.
 
Somente candidaturas que forem avaliadas como qualificadas na fase de avaliação técnico-financeira serão contactadas para eventuais testes e entrevistas.

A ONU está empenhada em garantir a diversidade da força de trabalho em termos de nacionalidade, gênero e cultura. Os indivíduos pertencentes a grupos minoritários, grupos indígenas e pessoas com deficiência, mulheres e afro-descendentes são especialmente encorajados a aplicar. Todas as candidaturas serão tratadas com a maior confidencialidade. 
Para saber mais informações, consulte o Termo de Referência.

EBC faz concurso para estagiários de Comunicação

Estão abertas as inscrições para  primeiro Processo Seletivo de Estágio 2012 da EBC. As vagas são para Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas  via internet, até o dia 17 de março, no site do CIEE (www.ciee.org.br).
Para estudante de Jornalismo há vagas no Rio de Janeiro, São Paulo e em Brasília. Na Capital Federal haverá vagas também para universitários cursando Publicidade e Propaganda.
Os candidatos serão avaliados por meio de uma prova objetiva, que será aplicada na data provável de 23 de março de 2012.
Os estagiários receberão uma bolsa no valor de R$ 600,00  e  auxílio transporte mensal de R$ 132 . A seleção é aberta a todos os estudantes que estejam matriculados em instituições de ensino.
A EBC é gestora da TV Brasil, a TV pública do Brasil, de oito emissoras de Rádios, da Agência Brasil, da Radioagência Nacional, da TV Brasil Internacional e da EBC Serviços

RS: Agência de Desenvolvimento seleciona Jornalista


A Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado do Rio Grande do Sul abiru inscrições para concurso público que irá selecionar jornalistas para o seu quadro. Uma vaga está sendo ofertada, além do quadro de reserva. O salário ofertado é de R$ 5.125,30.
As inscrições serão efetuadas somente pela Internet até o dia 09 de março, através do site www.fdrh.rs.gov.br .
Mais informações, clique aqui.

Fundação Piratini seleciona jornalistas e radialista


A Fundação Cultural Piratini, que opera a FM Cultura e a TV Educativa do Rio Grande do Sul abriu as inscrições para a seleção e contratação, em caráter emergencial e  por prazo determinado, de 59 profissionais, sendo 15 jornalistas. Na área de comunicação, as vagas são para: 
  • Jornalista – 15 vagas - Salário:R$ 2.797,61 
  • Coordenador de Programação – 2 vagas - Salário: R$ 2.629,81
  • Editor de Pós Produção – 2 vagas - Salário:R$ 1.984,02
  • Locutor –Apresentador/Animador – 5 vagas - Salário:R$ 1.984,02
  • Locutor Noticiarista – 1 vaga - Salário:R$ 1.984,02
  • Operador de Áudio – 1 vaga - Salário:R$ 904,62
  • Operador de Câmera – 1 vaga - Salário:R$ 904,62,
  • Operador de Controle Mestre – 2 vagas - Salário:R$ 1.347,83,
  • Operador de Microfone – 1 vaga - Salário:R$ 904,62
  • Operador de Rádio 2 vagas - Salário:R$ 904,62
  • Produtor  Executivo – 13 vagas - Salário:R$ 2.629,81
  • Produtor Gráfico Visual – 1 vaga - Salário:R$ 2.629,8,
  • Roteirista de Intervalos – 2 vagas - Salário:R$ 904,62,
  • Técnico de Externas - 6 vagas - Salário:R$ 1.984,02

O Processo Seletivo será realizado pela Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos  - FDRH. As inscrições serão recebidas no período de 28/02 à 13/03/2012, devendo ser feitas somente pela Internet, acessando o site www.fdrh.rs.gov.br.

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Emissoras de rádio e TV lançam campanhas contra suas obrigações legais

Como todos sabem, no Brasil a exploração de meios de comunicação se dá mediante autorização do Estado. Genericamente podemos chamar estas autorizações de concessões - embora existam denominações legais diferenciadas, outorga, autorização etc. O concessionário deve em contra-partida cumprir determinadas obrigações. Ou seja, o Estado permite que um grupo econômico explore a atividade midiática desde que eles cumpram determinadas obrigações contratuais, a maioria definidas em lei.
Dentre estas obrigações, existe a veiculação nas rádios do programa A Voz do Brasil, cotas mínimas de produção jornalística, de produção de conteúdo nacional nas emissoras de TV. Muitas delas têm função social e datam de décadas, como por exemplo o programa radiofônico de alfabetização, denominado Projeto Minerca o qual as emissoras AM eram obrigadas a veicular após a Voz do Brasil. O programa, com duração de meia hora, foi subsituído por meio de um estranho convênio, firmado entre o ministério da Educação e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV, por comerciais institucionais do governo. Trocou-se a alfabetização de milhões de brasileiros por markerting.
Além da extinção do Projeto Minerva, o poder público deixou também de contar com espaços gratuítos nas emissoras de rádio e TV para veicular suas campanhas públicas de caráter social, como por exemplo vacinação das crianças. Hoje, para o Zé Gotinha aparecer na tela das televisões são necessários alguns milhões de reais para custear a veiculação.
Não satisfeitas em não cumprir seu papel social enquanto concessionária do serviço público, as emissoras se valem agora do espaço que o Estado ljhe concedeu para combater o próprio Estado.
Emissoras de rádio, como a Rede Nova Brasil FM veiculam permanentemente comerciais incitando o cidadão a pressionart a Câmara dos Deputados a aprovar uma lei que acaba com a obrigação de veicular às 19 horas o programa a Voz do Brasil. Estes mesmos comerciais não informam que a Voz do Brasil é o informativo radiofônico em funcionamento mais antigo do Brasil, nem que, segundo as pesquisas de opinião pública,  grande parcela da população defende a manutenção do programa.
Agora é a vez das emissoras de TV Paga. A multinacional Sky lançou uma campanha contra a Lei 12.485/11, que estabelece novas regras para o setor de TV por assinatura. A campanha, voltada para o público final e assinante de TV paga, afirma que uma lei quer trejudicar o espectador determinando  o que ele deve assistir”.
A campanha conta com comerciais na TV e com núncio impresso. A empresa que hoje se limita a transmitir enlatados, a maioria de procedência norte-americana, se insurge contra os itens da lei  ligados às cotas de conteúdo e canais nacionais na programação,.
Não há nenhuma menção a importância destas cotas quanto a geração de empregos no Brasil, desenvolvimento do cinema nacional e preservação da cultura nacional.  
Nas peças, a multinacional Sky i- que se auto-declara a maior operadora latino-americana de serviços de TV por assinatura digital, com aproximadamente de 1.700.000 e em funcionamento há 12 anos no Brasil - incita os espectadores a pressionarem os ministros do Supremo Tribunal Federal a julgarem ilegais as normas da lei que não agradam à operadora de propriedade de Ruppert Murdoch, que também é dono da FOX, da Direct TV e dos tablóides ingleses também é o dono do tablóide ingles, “News of the World”, recentemente envolvido nso escândalos de escuta ilgegal de personalidades britâncias. 
Segundo o informativo Tela Viva News, uma página também foi criada para divulgar a visão da operadora e nela são nformados telefones da Ancine e do Supremo Tribunal Federal para que o espectador se manifestação  contra a lei e sua regulamentação.

Proposta e seus impactos
Ainda com base no informativo Tela Viva News, Sky enumera em sua campanha impressa e em seu website diversos pontos da "proposta da Ancine" (embora muitos destes pontos estejam na própria lei, aprovada pelo Congresso e sancionada pela Presidência, e não na regulamentação proposta pela agência reguladora) e aponta os "impactos para quem tem TV paga". 

Veja a seguir trechos do informe  da Tela Viva News.
 
Entre os pontos destacados pela operadora estão a impossibilidade de cumprimento de cota de conteúdo nacional com conteúdos como programas de auditório; entrevistas; comentários; e transmissões ao vivo de esporte, jornalismo e programas de auditório.
Outro ponto atacado pela Sky na campanha é que a "lei estabelece que o conteúdo esportivo e os canais de esporte não são válidos para cumprir as cotas de conteúdo nacional e de canal nacional". Segundo a operadora, isso criará uma restrição à veiculação de esportes, prejudicando o esporte nacional. Na verdade, a operadora planejava não cumpruir a obrigação legal, maqueando com a transmissão de jogos.
Pela Lei 12.485, vale lembrar, um terço dos canais qualificados devem ser brasileiros. No line-up SD da Sky, se os canais esportivos e noticiosos fossem considerados qualificados, mais 12 canais entrariam na conta, dos quais sete são gerados no Brasil. 
Se apenas os esportivos fossem considerados qualificados, sete entrariam na conta, sendo apenas dois estrangeiros. Portanto, em ambos os casos a operadora sairia com um "crédito" nas cotas. O fato é que esta qualificação está na própria lei, e portanto não se trata de uma decisão "nas mãos da Ancine" e nem pode ser modificada na regulamentação.
O controle patrimonial das obras consideradas independentes, que deve ser das produtoras independentes, também está na campanha da Sky. Segundo a operadora, isto "desincentiva o desenvolvimento da indústria da produção nacional".
A operadora condena ainda a necessidade de qualificação dos conteúdos e dos canais por parte da Ancine e o poder de reclassificar um canal, ou de negar o registro de empresas que atuam no setor.
Em alguns pontos, a operadora induz o leitor ao erro. Por exemplo, segundo a Sky, a proposta da Ancine é que 10% do conteúdo de pay-per-view seja brasileiro e não seja repetido por mais de uma semana. "Impedir reprises restringe o seu acesso a obras brasileiras relevantes (Tropa de Elite, Tropa de Elite 2, Central do Brasil, entre outros)", diz a operadora. No entanto, o prazo de uma semana seria para o cumprimento de cota, o que não impediria a disponibilização do conteúdo "relevante" por mais tempo.
Sobre a obrigatoriedade de disponibilização dos sinais das operadoras à Ancine, sem encriptação, para que a agência fiscalize o cumprimento das cotas, a Sky afirma que "incentiva a pirataria" e "estimula a ilegalidade". No entanto, a lei não obriga que estes sinais trafeguem nas redes das operadoras sem encriptação.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fontes jornalísticas é o tema de jornada em Paris

A associação PILAR (Presse, Imprimés, Lecture dans l’Aire Romane, na sua versão em francês) organiza uma jornada en París, versando sobre as fontes jornalísticas. 
Denominada "Las fuentes en la prensa: verdades, rumores y mentiras", ela acontece no Colegio de España, sábado 20 de outubro.
Três eixos nortearão os debates. Veja mais detalhes, em espanhol, abaixo.
1. Relación entre periodismo y fuentes en una perspectiva diacrónica: capacidad y límites de los medios de comunicación como constructores y transmisores de la realidad social.
- De las fuentes periodísticas al « periodismo de fuentes »: ¿Periodistas o publicistas?
 - Papel de las fuentes y función del periodista desde la prensa decimonónica a la esfera pública mediática. El creciente control político de la información pública. -Fuentes y nuevas tecnologías: un periodismo sin periodistas.
- De la fuente a la red: el proceso de construcción, selección y filtros de la información.
2. Información y opinión pública: -El fenómeno del rumor: mecanismos y discursos, vínculos con la propaganda, participación en la construcción de una realidad y tratamiento en el marco periodístico. -El anonimato, las fuentes ocultas y su incidencia en la credibilidad de la información.
3. Escrituras y géneros periodísticos. Lenguajes para crear, narrar e inventar.

Mais informações, clique aqui.

Google cria versão aquática do Street View

Do Brasil 247


O Google deve criar uma versão aquática do Street View na Austrália. O “Catlin Seaview Survey” é uma parceria da gigante de buscas com a Universidade de Queensland e o Caitlin Groupe e vai permitir um verdadeiro ‘passeio’ na grande barreira de coral australiana, um dos patrimônios naturais da humanidade. Assim como o StreetView, a pesquisa no mar contará com diversas câmeras para capturar imagens em 360 graus conectadas a um DPV (Veículo de Propulsão para Mergulho). O aparelho será usado para filmar em águas rasas e profundas, entre 30 e 100 metros, e as imagens serão integradas ao Google Maps.
O objetivo do Catlin Seaview Survey é fazer, por meio de fotos e vídeos, um levantamento das condições desse ecossistema marinho precioso e tão ameaçado pelo aquecimento global e a acidificação dos oceanos. O cientista-chefe do estudo e professor da Universidade de Queensland, Ove Hoegh-Guldberg, afirmou que os dados coletados durantes as expedições ao fundo do mar irão ajudar os pesquisadores a entender como as mudanças climáticas e do meio ambiente podem afetar os ecossistemas da Grande Barreira australiana.
Segundo ele, o destaque do Seaview está na possibilidade de colocar as informações à disposição do público. "Milhões de pessoas vão poder experimentar a vida, a ciência e a magia que existe sob a superfície dos nossos oceanos", exalta. O projeto tem o objetivo de engajar o público na ciência de uma maneira mais próxima e concreta.
Ao todo, serão analisados 20 pontos específicos da barreria. A expectativa é que todas as imagens sejam disponibilizadas para acesso pelo YouTube a partir de setembro.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Opinião: Mídia - Mudanças e desinformação

Por José Direceu*, na Brasil 247


É didático sobre o comportamento da imprensa brasileira, e sobre os interesses ocultos aos noticiários dos grandes meios de comunicação, observar como são tratadas as informações que envolvem dois países latino-americanos cujos governos levam adiante projetos que privilegiam o combate aos problemas sociais: Cuba e Venezuela.
A má vontade e os preconceitos acabam impedindo a imprensa nacional de fazer um bom trabalho jornalístico e expor aos leitores brasileiros as qualidades e contradições existentes nesses países. O resultado dessa cobertura enviesada é reproduzir e reforçar os rótulos, atuando no sentido contrário do desejável esclarecimento jornalístico acerca das realidades de Cuba e Venezuela. Felizmente, há a Internet para nos informarmos.
Na Venezuela, a escolha de Henrique Capriles Radonski para candidato da oposição nas eleições presidenciais de outubro deste ano levou a uma série de equívocos de informação que só se explicam pela ânsia em macular a figura do presidente Hugo Chávez.
O maior equívoco é a correlação, em nada desinteressada, entre Capriles e o ex-presidente Lula. A associação foi feita após Capriles alterar sua estratégia de ação, colocando-se como um candidato que não faz críticas diretas a Chávez, que goza de alta popularidade. A estratégia foi identificada como semelhante à adotada por Lula em 2002, ainda que a candidatura Lula tenha sido apresentada claramente como de oposição.
Ora, a abordagem escolhida só desinforma e impede saber quem é Capriles. Candidato de centro-direita, pertencente a duas tradicionais famílias de empresários proprietárias de redes de comunicação e de cinemas na Venezuela, Capriles é filiado ao centro-direitista Primeiro Justiça, um dos 20 partidos que integram a coligação oposicionista que vai disputar as eleições, chamada de MUD (Mesa de Unidade Democrática). Portanto, afirmar que há proximidade de ação ou de ideias entre Capriles e Lula é vender gato por lebre, além de contradizer toda a cobertura realizada até hoje, que sempre ressaltou a proximidade entre Chávez e Lula.
Da mesma forma, o sistema de representação na Venezuela é sempre posto sob suspeita, bem como a democracia no país. Mesmo possuindo um dos sistemas de votação mais avançados do mundo, com recursos de conferência de votos que nem o Brasil possui, a mídia brasileira prefere dizer que não há democracia no governo Chávez. Só não explica como é possível a participação de quase 3 milhões de eleitores nas prévias que escolheram Capriles se não há democracia no país.
O mesmo processo de mitificação —e demonização— é aplicado a Cuba. O país é sempre cobrado pelo tratamento dado a presos políticos, mas não se cobra a maior potência do mundo, os EUA, pelo bloqueio econômico que completou 50 anos e impõe, desde fevereiro de 1962, grandes dificuldades à população cubana. A data é um marco importante, porém não se viu a publicação de reportagens especiais que dessem conta da complexidade de questões que envolvem a ilha.
A exceção é a série especial publicada pelo site Opera Mundi, que denuncia os 50 anos de bloqueio econômico dos EUA, abordando inúmeros aspectos fundamentais da vida em Cuba à luz das reformas e ajustes que vêm sendo implantadas no país. As matérias dão um panorama detalhado da história da Ilha e do contexto em que se encontra.
O conteúdo é vasto e instigante. Não ignora o baque para Cuba do bloqueio econômico —diversas vezes condenado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas— e vislumbra os impactos das reformas econômicas que começaram a ser adotadas há dois anos. Ficamos sabendo, por exemplo, que as sanções aos bancos que operavam com Cuba atingiu, inclusive, uma transferência de recursos do Fundo Mundial de Luta contra a AIDS, a Tuberculose e a Malária, revelando o grau de perversidade da política externa dos EUA em relação ao país.
Em uma série de reportagens feitas in locu, conhece-se o drama, a luta e a opressão a que os cubanos foram submetidos, sem esquecer das indagações de uma nova geração de cubanos e das discussões de uma sociedade que se reinventa em meio a tantas dificuldades internas e externas.
Uma das inovações em Cuba é a abertura de pequenos negócios, tidos como passo importante no processo de atualização do modelo econômico. A expectativa é que absorvam parte da massa de trabalhadores que será dispensada de suas funções públicas —entre 500 mil e 1 milhão de cubanos podem ser demitidos de cargos no Estado por conta desse processo de mudanças na economia.
O desafio é criar empregos para centenas de milhares formados e apoiar micro negócios para evitar migração da juventude, a exemplo do que aconteceu com México e países da América Central e, no passado, em vários países da América do Sul. Não é tarefa simples fazer uma transição que abra a economia cubana sem atingir os empregos e afetar os sistemas de Educação e Saúde, referências mundiais. Outras transformações previstas são o pagamento de imposto sobre a renda e a contribuição para a previdência.
Chama a atenção uma frase de Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento cubano) e alto dirigente do Partido Comunista, sobre todo o processo pelo qual a ilha passa: “Precisamos entender qual o socialismo possível, capaz de trazer desenvolvimento e prosperidade para as novas gerações. Não temos medo de criticar nossos próprios erros, pois não há outra forma de construir um projeto histórico de nação”.
Enquanto nossa imprensa fizer, de antemão, a escolha por reproduzir sensos comuns ao invés de produzir novos olhares sobre realidades singulares como as da Venezuela e de Cuba, problematizando-as, perdem a chance de contribuir para melhor compreendermos o que se passa nesses países, prejudicando uma compreensão mais ampla do cenário da América Latina.
O processo histórico de transformações é inexorável. Entender isso é dar um passo decisivo para qualificar o debate que travamos no Brasil sobre nossa política externa. Os meios de comunicação têm papel preponderante, mas até quando vão se furtar a cumpri-lo?
*José Dirceu, 65, é advogado, ex-ministro da Casa Civil membro do Diretório Nacional do PT
AS OPINIÕES AQUI POSTADAS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES

Chega às bancas o novo jornal de Rupert Murdoch

Do Brasil 247

"THE SUN ON SUNDAY”, QUE SUBSTITUI O POLÊMICO E EXTINTO "NEWS OF THE WORLD", CHEGA COM A FILOSOFIA DE RESPEITAR A ÉTICA JORNALÍSTICA


Após o escandalo das escutas do “News of the World”, extinto em julho do ano passado, o magnata Rupert Murdoch lançou, neste domingo, seu novo tabloide, “The Sun on Sunday”. No novo jornal, ele promete respeitar a ética jornalística e pretende bater a concorrência no critétio preços -- cada exemplar sairá por 0,50 libra, cerca de R$ 1,35. “The Sun on Sunday” é apresentado como a edição dominical do diário "The Sun", o mais vendido entre os jornais populares britânicos.
O novo tabloide foi pensado para conquistar as mulheres e as famílias, e, para tanto, será menos obsceno que o “News of the World”, que foi considerado por 168 anos uma tradição dominical para os britânicos. Em sua primeira edição, o periódico substituto oferece o habitual desfile de estrelas e de atletas, como o craque do futebol e ídolo britânico David Beckham. Na capa, a apresentadora de televisão Amanda Holden conta "em exclusiva mundial", em longa reportagem de cinco páginas, como quase perdeu a vida ao dar à luz.
Como era de costume no antigo jornal, “The Sun on Sunday” contém uma musa com pouca roupa em três páginas, numa versão mais recatada. No editorial, o novo jornal diz que os escândalos envolvendo os jornais da News Corp. foram uma experiência para deixar toda a indústria de mídia mais sensata.
O “News of the World” é acusado de ter grampeado ilegalmente até 800 pessoas. Murdoch já desembolsou milhões de libras em indenizações para cerca de cinquenta autores de ações, para evitar processos ainda mais caros. Diante da crise, Murdoch teve que sacrificá-lo em julho, com a esperança de salvar seu grupo multinacional.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Câmara de Resende (RJ) abre concurso para profissional de Comunicação

A Câmara de Resende (RJ) abriu concurso para 29 vagas e cadastro de reserva.Dentre elas, existe uma vaga de cadastro reserva para profissional de Comunicação Social. O edital não informa que hablitação na área de Comunicação Social é desejada. 
A jornada de trabalho é de 30 horas semanais e o salário é de R$  2.277,85.
As provas serão compostas de 50 questões de múltipla escolha, versando sobre temas gerais e especificos da profissão.
As inscrições vão de 27 de fevereiro a 19 de março. Mais informações, clique aqui.

Ex-presidente do SJP-SP assessora Haddad


Com base no Jornalista & Cia


Oficialmente a campanha ainda não começou, mas os candidatos paulistas à eleição municipal já montam as suas equipes. O jornalista Everaldo Gouveia, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e ex-Diário de S.Paulo, deixou a assessoria da Liderança do PT na Câmara Municipal de São Paulo e assumiu a assessoria de imprensa de Fernando Haddad, pré-candidato do partido à Prefeitura da Capital.
Seus contatos são imprensafernandohaddad@gmail.com e 11-9934-8555.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Jornal francês considera "Mulheres Ricas", da Band, uma afronta às mulheres do Brasil.

O reality show Mulheres Ricas, veiculado pela TV Bandeirantes chamou a atenção da imprensa francofônica pelo seu grau de grotesco. O programa foi alvo de de um artigo no webjornal Le Petit journal.com.
O jornal considera o conteúdo do programa uma afronta às mulheres pobres do Brasil.
Veja abaixo, em francês, a íntegra do artigo.

Cinq femmes étalant leur quotidien dans des appartements luxueux, exposant leurs bijoux hors de prix, manipulant des armes à feu ou donnant de l’eau minérale à un bichon maltais…La télé-réalité "Mulheres ricas" fait couler beaucoup d’encre dans un pays encore en proie à de profondes inégalités sociales

L’émission de télé réalité "Mulheres ricas", adaptation brésilienne d’un concept américain, diffusée sur la chaîne Band, a déchaîné les passions au Brésil. Le principe ? Chaque lundi soir, cinq "femmes riches" exposent leur quotidien aux caméras de la chaîne. Nous voilà donc propulsés dans "les mésaventures" de "la socialite" Narcissa Tamborindeguy, la femme d'affaires Val Marchiori, l’architecte Fraccaroli Brunete, la pilote Débora Rodrigues, et la bijoutière Lydia Sayes. Dîners au champagne, vols en hélicoptère, voyages au bout du monde, voitures de luxe, bijoux hors de prix sont étalés à la vue de millions de Brésiliens. Les téléspectateurs regardent donc, une heure durant, ces cinq femmes bavarder, dépenser des sommes faramineuses en robes et autres paires de chaussures et se faire dorloter par un personnel aux petits soins.

Certaines images de leur "vie quotidienne" ont particulièrement marqué les esprits. Lydia Sayeg, dans un stand de tir, clamant son amour pour les armes à feu, Brunete Fraccaroli donnant de l’eau minérale à son bichon maltais dans une tasse, Val Marchiori, en voyage à Buenos Aires, refusant de manger de la saucisse "un plat de pauvre" ou encore la même affirmant qu’elle ne pourrait pas "vivre sans champagne". Certaines phrases resteront aussi dans les mémoires telles que "Etre riche est un délice", "Si l’argent n’est pas gaspillé, il ne circule pas", "Acheter un avion, vous savez pour moi, c’est comme acheter un vêtement!"

"Un affront aux Brésiliens pauvres"
Dans un pays encore en proie à de profondes inégalités sociales, le programme a choqué et les revues les plus sérieuses du pays commentent régulièrement les prestations, souvent décriées, de ces cinq femmes. Le magazine Veja a, par exemple, choisi de donner la parole à la grande bourgeoisie pauliste censée être représentée dans ce programme. Les interviewés condamnent fermement l’émission et s’en prennent à ces femmes qui, selon eux, les "caricaturent". Ainsi Sandra Bork, en charge des boutiques de design Montenapoleone e Kartell déclare: "Cela doit être vrai que le paraître est une addiction pour qu’elles s’exposent ainsi dans un pays où il y a tant d’insécurité." Quant à Kika Rivetti, responsable des boutiques Longchamp de São Paulo, elle affirme que si "la plupart de ses amis possèdent un avion", aucun ne tient de tels propos, car ils connaissent "la valeur des choses".

Quant à l’éditorialiste  Renato Kramer de Folha de São Paulo, il s’interroge : "Il reste difficile de comprendre pourquoi des femmes aussi riches s’exposent ainsi". Et ajoute que le spectacle aurait pu "être drôle s’il n’avait pas glissé vers le pathétique". Le site de l’observatoire de la presse, organisme non gouvernemental, publie, quant à lui, un billet de Francisco Fernandes Ladeira, professeur de Sciences humaines, qui s’insurge contre"l’ostentation" exposée dans ce programme. "Que la télévision nationale exhibe un programme marqué par la futilité et l'ostentation est un affront aux millions de Brésiliens pauvres et affamés."

Les "Mulheres ricas" affolent la toile
A chaque épisode, les réseaux sociaux et les blogs fourmillent de réactions. Les internautes guettent et commentent les fautes de Portugais ou les déclarations controversées. "Mieux vaut regarder ce programme avec un ordinateur près de soi", conseille ainsi le journal O Globo. Les participantes de l’émission tentent, elles aussi, d'expliquer leurs faux pas lors de la diffusion de ces épisodes. L’une d’elles essaie, par exemple, de justifier une de ces chutes en direct de Twitter au moment même de la diffusion du programme. 

Le journal anglais The Guardian s’est également emparé du phénomène. Il relaie lui aussi les critiques glanées sur les réseaux sociaux. "C’est la chose la plus déprimante de l'histoire de la télévision brésilienne", tweete un internaute nommé Richard Cocco. Un autre utilisateur de Tweeter raconte aussi : "Je me suis réveillé au milieu de la nuit avec un cauchemar. J'étais obligé de regarder de nouveau un épisode de Mulheres ricas." Dans les jours suivant le lancement de l’émission, le sujet était le sixième le plus commenté sur Twitter. Les blogueurs ne sont pas plus tendres avec les frasques de ces cinq femmes. Certains considèrent cette émission comme un reflet des dérives d’un pays émergent en pleine croissance économique. Pays qui, selon une étude récente réalisée par Forbes, voit chaque jour plus de 19 Brésiliens devenir millionnaires.
Anne-Louise Sautreuil  (www.lepetitjournal.com - Brésil) mardi 7 février 2012