Caros leitores e leitoras.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Argentina: o que há por trás de um jornal chamado Clarín (I)

Por Eric Nepomuceno, de Buenos Aires, publicado originalmente em Carta Maior.

No dia 7 de dezembro de 2012, o todo-poderoso grupo Clarín, que além do jornal de maior circulação da Argentina (e um dos maiores da América do Sul) detém, na prática, um império de comunicações no país, terá que começar a de desfazer de vários canais de televisão aberta e a cabo, além de um bom punhado de emissoras de rádio. O grupo tentou denunciar a nova legislação, aprovada por esmagadora maioria no Congresso, mas acumulou derrotas, inclusive da Suprema Corte argentina.
Buenos Aires - O prazo final foi dado: dezembro. Ou, para quem aprecia precisão e detalhe, dia sete de dezembro de 2012, uma quarta-feira. É quando o todo-poderoso grupo Clarín, que além do jornal de maior circulação da Argentina (e um dos maiores da América do Sul) detém, na prática, um império de comunicações no país, terá de se enquadrar na nova legislação – ou seja, começar a de desfazer de vários canais de televisão aberta e a cabo, além de um bom punhado de emissoras de rádio. Num estranho neologismo, a questão é tratada, na Argentina, como ‘desenvestimento’. Ora, na verdade a questão é outra: o grupo terá de começar a se desfazer de um patrimônio que é ilegal. Terá de abrir mão de concessões de licenças para operar rádio AM, FM, televisão aberta e televisão fechada. 

O grupo Clarín tentou, de todo jeito, denunciar essa nova legislação – aprovada, aliás, por esmagadora maioria no Congresso –, questionando sua constitucionalidade e alegando que atingia o direito à liberdade de expressão. A Suprema Corte disse que na nova legislação não há nenhum cerceamento à liberdade de expressão. 

Denunciar atentados à liberdade de expressão cada vez que seus interesses empresariais são ameaçados é característica dos grupos de comunicação que, na América Latina, funcionam como grandes monopólios e, ao mesmo tempo, como ferozes escudeiros do poder econômico. Cada vez que um desses grupos se sente ameaçado, todos, em uníssono, denunciam que os governos estariam fazendo aquilo que, na verdade, esses mesmos grupos praticam descaradamente em seu dia a dia: o cerceamento à liberdade de expressão. À diversidade de informação. 

O caso do grupo Clarín é típico do que ocorre em um sem-fim de países, a começar pelo Brasil, onde um seleto punhado de quatro ou cinco famílias controla ferreamente a distribuição de informação. Na Argentina, como no Brasil, esses conglomerados de comunicação funcionam como a verdadeira oposição ao governo. E não no sentido de vigiar, pressionar, denunciar erros e desvios, mas de lançar mão de todas as armas e ferramentas, por mais venais que sejam, para atacar qualquer governo que atente contra os seus interesses e os interesses de determinado poder econômico, que os monopólios das comunicações defendem movidos a ferro, fogo e ausência total de escrúpulos. 

Vale a pena recordar como atua o grupo Clarín, fervoroso defensor do sacrossanto direito à liberdade de expressão. Sua prática, na defesa desse credo, é no mínimo esdrúxula: controla 56% do mercado de canais de televisão aberta e a cabo, e uma parcela ainda maior das emissoras de rádio; manipula contratos de publicidade impedindo que os anunciantes comprem espaço na concorrência; e, como se fosse pouco, ainda briga na Justiça para continuar exercendo o monopólio da produção e distribuição do papel de imprensa no país. 

Não se trata de discutir o conteúdo – incrivelmente manipulado, aliás – dos meios de informação controlados pelo Clarín em todas as suas variantes. Trata-se apenas e tão somente de discutir até que ponto é lícito que um determinado grupo exerça semelhante controle sobre o volume de informação que chega aos argentinos. 

Diante desse quadro, é fácil entender que o que fez o governo de Cristina Fernández de Kirchner é, para o grupo Clarín, algo inadmissível. Afinal, além da intervenção na fábrica Papel Prensa, fazendo com que o Estado assumisse o controle da produção, distribuição e venda de papel a jornais e revistas, o governo baixou uma lei, aprovada pelo Congresso, que dividiu o espaço da transmissão de televisão aberta e fechada em três partes iguais. 

Um terço desse espaço permanece em mãos de grupos privados, como o próprio Clarín. Outro terço passa a ser dividido entre emissoras públicas (nacionais e estaduais), e o terço final passa a emissoras que estarão sob controle da sociedade civil, através de organizações sociais. Quem está atuando além desses limites terá de abrir mão de licenças e concessões, que na Argentina – como no Brasil – são públicas.

Além disso, quem for dono de canais abertos não poderá ser dono de distribuidoras de canais a cabo numa mesma região. O grupo Clarín tem superposição de canais abertos e fechados em Buenos Aires, Córdoba, Mar del Plata e Bahía Blanca. Vai ter de escolher. Além disso, ao fundir duas distribuidoras de canais a cabo, a Calevisión e a Multicanal, estourou todos os limites de concessões estabelecidos pela lei (são cerca de 225 canais em mãos do grupo, e isso, para não mencionar as estações de rádio AM e FM). 

A nova legislação foi questionada, é claro, por várias corporações que foram e serão atingidos. A gigantesca Telefônica espanhola, por exemplo, controla nove canais de televisão aberta no país. Terá abrir mão de todos, a menos que aceite integrar alguma cooperativa junto a organizações sociais.

Ninguém, em todo caso, fez o estardalhaço que o grupo Clarín está fazendo. Há uma explicação: o grupo decidiu partir, altaneiro, para o tudo ou nada. Confiou no próprio poder e na fraqueza do governo. 
Tropeçou feio: Cristina Kirchner se reelegeu em 2011, e agora a Justiça decidiu que a nova lei tem data, sete de dezembro de 2012, para que seja cumprida.

A fúria do Clarín é evidente e é compreensível. Fez todas as apostas erradas, e está perdendo uma por uma. 

A mais delicada dessas apostas foi a que fez no segundo semestre de 1976, quando ganhou – na base de uma cumplicidade sórdida com a ditadura militar que sufocava o país – o controle da produção e da distribuição de papel de jornais e revistas na Argentina. Foi o auge de seu poder, que agora começa a ser rapidamente minado. Já não há torturadores e militares corruptos e sanguinários a quem recorrer. Restou recorrer à Justiça. Foi quando o grupo começou a perder.

BBC News utiliza foto feita em 2002 no Iraque para ilustrar "matança na Síria"

Publicado originalmente em Irã News
Se hizo en todos los conflictos bélicos de la historia más reciente. En Rumanía, en Irak, en Kuwait, en Irán, en Libia o en Surcorea. Ya en la primera mitad del siglo XX la propaganda antisoviética recurrió a utilizar imágenes de las hambrunas de una época para hacerlas pasar por las de otra.
En la propia Siria ya han empleado en otras ocasiones imágenes de video correspondientes a otro contexto espacio-temporal bien distinto. Hace más de cuatro años, la trampa se preparó a propósito de los disturbios “espontáneos y pacíficos” en Tíbet. Nos mostraron manifestaciones y disturbios de países asiáticos como India o Pakistán, con explicaciones de que todo eso estaba pasando en la tierra de los Lamas.
Cuando los medios mendaces son sorprendidos, a veces pronto, a veces tarde, en sus montajes fríamente planificados y orientados a sucios fines, o bien se escudan en alegaciones relacionadas con simples “errores” humanos, con la consiguiente (e incómoda para ellos) rectificación, o bien insisten, y ello es inútil, en que los equivocados somos los que denunciamos sus malas y obscenas artes.
Pero la propaganda no se detiene. Buscarán otro falaz pretexto para atraer adhesiones populares para sus causas belicistas. Sigamos desenmascarando todas las farsas que detectamos y divulguemos al máximo todo aquello que coadyuve a la desacreditación de los portavoces del devorador imperialismo, el cual es la antítesis misma de cualquier labor básicamente humanitaria.
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La foto, la que realmente fue tomada el 27 de marzo del 2003, muestra a un niño irakí saltando sobre docenas de bolsas blancas que contenían esqueletos encontrados en un desierto al sur de BagdadLa BBC enfrenta críticas luego que
La BBC enfrenta críticas luego que “accidentalmente” utilizara una fotografía tomada en Irak en el 2003 para ilustrar la “una insensible masacre de niños” en Siria.
El autor de esta fotografía, Marco di Lauro, dijo que casi se “cayó de la silla” cuando vio la imagen. Expresó que estaba “asombrado” por la falla de la empresa para chequear sus fuentes.
La foto, la cual realmente fue tomada el 27 de marzo del 2003, muestra a un niño irakí saltando sobre docenas de bolsas blancas que contenían esqueletos encontrados en un desierto al sur de Bagdad.
Sin embargo, fue publicada este lunes en el sitio web de noticias de la BBC bajo el título “Condenan la masacre de Siria en Houla mientras crece la indignación”. La leyenda indica que la fotografía fue proporcionada por un activista y no puede ser independientemente verificada, pero dice que “se cree que muestra los cuerpos de niños en Houla esperando ser sepultados”.

Porta voz da BBC afirma que foto já foi retirada.

Por su parte, Di Lauro, quien trabaja para la empresa Getty Images, expresó: “Me fui a casa como a las 3 a.m. y abrí la página de la BBC, la cual tenía una noticia en el portal acerca de lo que pasó en Siria y casi me caí de la silla”.”Una de mis fotos de Irak fue utilizada por el sitio web de la BBC como ilustración de portada afirmando que esos eran los cuerpos de la masacre del domingo en Siria y que la foto fue enviada por un activista”.
“Sin embargo, la foto la tomé yo y está en mi página web, en la sección especial en relación a una historia que hice en Irak durante la guerra llamada Irak, después de Sadam“.
“De lo que realmente estoy asombrado es de que una organización de noticias como la BBC no chequea sus fuentes y está dispuesta a publicar cualquier foto enviada por cualquiera: activista, periodista o lo que sea. Eso es todo”, precisó.
Agregó que le preocupaba menos una disculpa o el uso de la imagen sin su consentimiento, añadiendo: “Lo que es asombroso es que una organización de noticias tiene una foto que prueba una masacre que sucedió ayer en Siria y sin embargo es una foto que fue tomada en el 2003 de una masacre totalmente diferente”.
“Alguien está utilizando la foto de otro para propaganda a propósito”, dijo.
Un vocero de la BBC indicó: “Tuvimos conocimiento de esta imagen siendo ampliamente difundida en Internet en las primeras horas de esta mañana después de las atrocidades más recientes en Siria”.
“La usamos con una advertencia clara diciendo que no pudo ser independientemente verificada”.
“Se hicieron esfuerzos para rastrear la fuente original de la imagen y cuando se estableció que la imagen era inexacta la retiramos de inmediato

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Censura a fotos da Marcha das Vadias reacende debate sobre política do Facebook

Do Opera Mundi
  
Caso de brasileiras censuradas no final de semana se junta a dezenas de outros registrados ao redor do mundo

A censura imposta pela rede social Facebook ao conteúdo postado por seus usuários é frequentemente alvo de debates pelo mundo, em espacial por causa da relativa arbitrariedade observada em alguns dos casos. No Brasil, o episódio mais recente foi quando o site bloqueou a conta de manifestantes da Marcha das Vadias após elas terem publicado fotos em que apareciam com os seios à mostra.

Emma Kwasnicka/Reprodução
Mas não é de hoje que diversos usuários reclamam de imagens retiradas de seus álbuns sem aviso prévio e sem espaço para interlocução com os administradores. Ano passado, a fotografa brasileira Kalu Brum, de 32 anos, já havia denunciado a retirada de uma foto sua amamentando o filho. O mesmo aconteceu com a norte-americana Emma Kwasnicka (FOTO AO LADO), de 33 anos, que no começo do ano teve a conta suspensa ao postar uma foto sua amamentando um de seus filhos.

Segundo Emma pelo menos outras 30 mulheres tiveram suas contas suspensas por postarem imagens de amamentação em seus perfis.

E não para por aí. Na última semana, a britânica Joanne Jackson, de 40 anos, foi censurada após compartilhar uma imagem de sua mastectomia. Joanne havia acabado de suspender o tratamento para um câncer de mama. Tanto no caso de Emma quanto no de Joanne, a empresa declarou que não tinha nada contra o ato de amamentar ou imagens de mastectomia.

Em abril de 2011, a foto de dois homens se beijando postada por Richard Metzger foi banida. O Facebook se justificou dizendo que pensou existir “sugestão sexual” na imagem e se desculpou, mas Richard se recusou a aceitar o pedido. Para ele, o Facebook não era uma empresa homofóbica, porém, pratica a censura.

Já em dezembro de 2011 uma imagem postada por Rebecca Gomperts, do Womens on Waves, que falava sobre aborto medicamentoso, também foi retirada de seu perfil no Facebook. O medicamento, misoprostol, é liberado nos Estados Unidos.

No entanto, o caso mais polêmico foi no começo do ano, quando um casal postou um álbum com fotos do filho, anencéfalo. Heather e Patrick Walter pediram a um fotógrafo para que acompanhasse o nascimento do recém-nascido até a hora da morte – o processo durou oito horas. O casal compartilhou as imagens com familiares e amigos, mas todas foram banidas da rede. O Facebook repetiu que havia se equivocado e removido sem querer conteúdo que não feria seus padrões.

Procedimento

Segundo os padrões da comunidade do site fundado por Marck Zuckerberg, "o Facebook tem uma política rígida contra o compartilhamento de conteúdo pornográfico e impõe limitações à exibição de nudez". Não há termos específicos para fotos de violência explícita e compartilhamento e venda de informações pessoais postadas nos perfis.

De acordo com o site, para a foto ser excluída é preciso que pelo menos um usuário denuncie a publicação das fotos nosite. Para definir o que pode ou não ser considerado pornográfico ou nudez, cada caso é avaliado separadamente.

Na mesma página, a rede social diz que "se você encontrar algo no Facebook que considerar uma violação aos nossos termos, informe-nos". Apesar do pedido, há a ressalva que "denunciar um conteúdo não garante que ele será removido do site".

Marcha das Vadias

Desde o ano passado, diversas Marchas das Vadias se articulam por meio das redes sociais, principalmente Facebook e Twitter. Elas tiveram início em Toronto, no Canadá, após o policial canadense Michael Sanguinetti declarar em uma palestra sobre segurança na Osgoode Hall Law School que as mulheres não deveriam se vestir como “vagabundas” (sluts, e inglês) e assim evitariam ser vítimas de violência sexual.

Em resposta, estudantes articularam a primeira Slut Walk. Em pouco tempo, diversos países realizaram marchas em apoio às estudantes de Toronto, mas também repudiando a violência machista em seus próprios países. Na Indonésia, por exemplo, aconteceu a Perempuan Mahardhika, marcha que defendeu o uso de mini-saias no país com o maior número de muçulmanos no mundo.

Neste final de semana aconteceu a Marcha das Vadias de Toronto e do Brasil. Milhares de mulheres em diversas partes do mundo saíram as ruas vestidas com lingerie, shorts e saias curtas para protestar contra a culpabilização das vítimas de violência sexual. Algumas manifestantes protestaram com os seios à mostra e com o colo pintado e muitas levaram os filhos. 

Opinião: A desinformação da mídia "de referência"

– Quando os respeitáveis se tornam extremistas e os extremistas se tornam respeitáveis

por James Petras, publicvado anteriormente no IrãNews
 
Por qualquer padrão histórico, quer envolva o direito internacional, convenções de direitos humanos, protocolos das Nações Unidas ou indicadores socioeconômicos padrão, as políticas e práticas dos regimes dos Estados Unidos e da União Europeia podem ser caracterizadas como extremistas. Com isso queremos dizer que as suas políticas e práticas resultam na destruição sistemática de vidas humanas, habitat e meios de vida em grande escala e a longo prazo que afetam milhões de pessoas através da aplicação direta de força e violência. Os regimes extremistas abominam a moderação, a qual implica a rejeição da guerra total em favor de negociações pacíficas. A moderação busca a resolução de conflitos através da diplomacia e do compromisso e a rejeição do terror de estado e paramilitar, a expulsão e deslocamento de populações civis e o assalto sistemático a sectores populares da sociedade civil.
Na primeira década do século XXI testemunhamos a adoção pelo Ocidente espectro completo do extremismo tanto em política interna como externa. O extremismo é uma prática comum dos auto-intitulados conservadores, liberais e sociais-democratas. No passado, ser conservador implicava preservar o status quo e, no máximo, efetuar ajustes com mudanças nas margens. Os "conservadores" de hoje exigem o desmantelamento por atacado de todos os sistemas de bem-estar social e a eliminação da proteção legal tradicional de trabalhadores e do ambiente. Liberais e sociais-democratas que no passado questionavam ocasionalmente sistemas coloniais estão agora na linha de frente de prolongadas guerra coloniais em múltiplas frentes, as quais mataram e deslocaram milhões de pessoas no Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria.
O extremismo, nos termos dos seus métodos, significado e objetivos, apagou as distinções entre políticos de centro esquerda, centro e direita. Moderados que se opõem às atuais políticas de subsidiar os grandes bancos enquanto empobrecem dezenas de milhões de trabalhadores, são agora etiquetados como "esquerda dura", "extremistas" ou "radicais".
No rastro das políticas extremistas de governo, os respeitáveis e prestigiosos media impressos empenharam-se nas suas próprias versões de extremismo [1]. Guerras coloniais, que devastam a sociedade civil e culturas estáveis enquanto empobrecem milhões no país colonizado, são justificadas, embelezadas e apresentadas como avanços legais e humanos em valores democráticos laicos. Guerras internas por conta de oligarquias e contra trabalhadores assalariados, as quais concentram riqueza e aprofundam o desespero dos esbulhados, são descritas como racionais, virtuosas e necessárias. As distinções entre os media prudentes, equilibrados, prestigiosos e sérios e os sensacionalistas, a imprensa amarela, desapareceram. A fabricação de fatos, as omissões flagrantes e a distorções de contextos são encontradas tanto numa como noutra.
Para ilustrar o reino do extremismo entre o funcionalismo e a imprensa prestigiosa examinaremos dois estudos de caso. Eles envolvem as políticas dos EUA em relação à Colômbia e Honduras e as coberturas do Financial Times e New York Times dos dois países.

Colômbia: A "mais antiga democracia na América Latina" X "A capital mundial de esquadrões da morte"
 
A seguir a elogios absurdos do surgimento da Colômbia como modelo perfeito para a democracia na América Latina no número de Abril da revista Time, bem como do Wall Street Journal, New York Times e Washington Post, o Financial Times publicou uma série de artigos incluindo a inserção de um caderno especial sobre o "milagre" político e econômico do país intitulado "Investir na Colômbia" [2]. Segundo o principal jornalista do FT na América Latina, John Paul Rathborne, a Colômbia é a "mais antigas democracia no hemisfério" [3]. A enlevada louvação de Rathbone do presidente Santos, da Colômbia, vai desde o seu papel como um "influente mediador emergente" para o continente sul americano, tornando a Colômbia segura para investidores estrangeiros e "provocando a inveja" de outros regimes na região com menos êxito. Rathbone dá destaque a um líder de negócios da Colômbia o qual afirma que a segunda cidade do país, Medellin, "está a viver os seus melhores tempos" [4]. Em acordo com a opinião da elite estrangeira e de negócios, o respeitável media da imprensa descreve a Colômbia como próspera, pacífica, amistosa para com os negócios, cobrando os mais baixos pagamentos de royalty de mineração do hemisfério e um modelo de democracia estável a ser emulado por todos os líderes progressistas.
No governo do presidente Santos, a Colômbia assinou um acordo de livre comércio com o presidente Obama, o seu mais estreito aliado no hemisfério [5]. Durante o mandato do antecessor de Obama, George W. Bush, sindicatos, grupos de direitos humanos e de igrejas, bem como a maioria democrata do Congresso tiveram êxito em bloquear qualquer acordo semelhante devido às violações contínuas de direitos humanos na Colômbia. Qualquer oposição semelhante da AFL-CIO e de legisladores democratas evaporou-se quando o presidente Obama adotou o livre comércio, afirmando [haver] uma grande melhoria em direitos humanos e o compromisso do presidente Santos e acabar com assassinato de líderes sindicais e ativistas [6].
A paz, segurança e prosperidade da Colômbia, louvada pela elite do petróleo, mineração, banca e agro-business, são baseadas nos piores registros de direitos humanos da América Latina. De 1986 a 2011, mais de 60% de todos os assassinatos de sindicalistas no mundo tiveram lugar na Colômbia pelo conjunto de esquadrões da morte, militares, policiais e paramilitares, em grande medida às ordens de líderes corporativos estrangeiros e internos [7]. A "paz", tão entusiasticamente louvada por Rathbone e seus colegas no Financial Times, chegou a um preço pesadíssimo. Verificaram-se mais de 12 mil prisões, ataques, assassinatos e desaparecimentos de sindicalistas entre 1 de Janeiro de 1986 e 1 de Outubro de 2010 [8]. Nesse espaço de tempo cerca de 3000 líderes sindicais e ativistas foram assassinados, centenas mais desapareceram e são considerados mortos. O atual presidente colombiano, Santos, era o ministro da Defesa no governo anterior do presidente Alvaro Uribe (2002-2010). Naqueles anos, mais de 762 responsáveis sindicais e ativistas foram assassinados pelo estado ou por forças paramilitares aliadas [9].
Sob os governos dos presidentes Uribe e Santos (2002-2012), mais de 4 milhões de camponeses e moradores rurais foram forçados ao exílio interno e os seus lares e terras foram tomados pelos grandes latifundiários, especuladores e narco-traficantes [10]. A estratégia de contra-insurgência do governo colombiano serve uma função dupla de reprimir a dissenção e acumular riqueza para os seus apoiantes. Os jornalistas do Financial Times encobrem este aspecto do "crescimento ressurgente" da Colômbia pois aplaudem os resultados da "segurança" dos esquadrões da morte, incluindo os mais de US$6 mil milhões de investimento estrangeiro em grande escala que em 2012 entrou nas regiões de mineração e petróleo – em áreas "antigamente perturbadas pela agitação" [11] .
Alguns importantes barões da droga, ligados claramente ao regime Uribe-Santos, foram presos e extraditados para os EUA. Eles testemunharam como financiaram e elegeram um terço dos membros do Congresso filiados ao partido de Uribe-Santos – que o Financial Times descreve como a "mais antiga" democracia da América Latina. Salvatore Mancuso, ex-chefe de 30 mil membros da Auto Defesa Unida da Colômbia (AUC), descreveu como se encontrou com o então presidente Uribe em diferentes regiões do país a fim de lhe dar dinheiro e apoio logístico para a sua campanha de reeleição de 2006. Mancuso, que liderou o maior exército paramilitar de esquadrões da morte da Colômbia (agora fragmentado mais ainda ativo), também afirmou que corporações nacionais e multinacionais financiaram o crescimento e expansão dos esquadrões da morte.
O que Rathbone e seus colegas jornalistas do FT celebram como a ascensão da Colômbia a paraíso do investidor [NR] é feito evidentemente com o sangue e a tortura de milhares de camponeses colombianos, sindicalistas e ativistas de direitos humanos. A história brutal do reinado de terror Uribe/Santos foi completamente apagada do presente relato da "história de êxito" da Colômbia. Registros pormenorizados da brutalidade das matanças e torturas dos esquadrões da morte patrocinados por Uribe/Santos, que descrevem a utilização de moto-serras para mutilar camponeses suspeitos de simpatias de esquerda, estão disponíveis para qualquer jornalista que queira consultar as principais organizações de direitos humanos da Colômbia [12].
Os esquadrões da morte e os militares atuam combinados. Os militares colombianos são treinados por mais de um milhar de conselheiros das Forças Especiais dos EUA. Eles travam guerra de estilo contra-insurgente na Colômbia rural, chegando a aldeias em ondas de helicópteros fornecidos pelos EUA, encerrando num anel de segurança áreas alvo das guerrilhas e enviando as AUC e outros esquadrões da morte para destruir as aldeias, torturar e assassinar camponeses, camponesas e crianças suspeitas de serem simpatizantes da guerrilha e cometendo violações generalizadas. Esta campanha de terror com o patrocínio do Estado expulsou milhões de camponeses das zonas rurais permitindo que generais e barões da droga se apossassem da sua terra.
Advogados de direitos humanos (ADH) são frequentemente alvejados pelos militares e esquadrões da morte. Os presidentes Uribe e Santos habitualmente acusam previamente os trabalhadores de direitos humanos de serem colaboradores ativos das guerrilhas devido ao seu trabalho de revelarem os crimes do regime contra a humanidade. Uma vez etiquetado, os ADHs tornam-se "alvos legítimos" para esquadrões da morte e os militares que operam com impunidade total. De 2002 a 2011 houve 1470 ataques contra ADH, com um número recorde de 239 em 2011, incluindo 49 mortes sob o presidente Santos [13]. Mais da metade dos trabalhadores de direitos humanos são índios e afro-colombianos.
O terrorismo de estado era e continua a ser o principal instrumento de dominação sob os governos dos presidentes Uribe e Santos. Os "campos da morte" colombianos, segundo a Procuradoria Geral, incluem dezenas de milhares de homicídios, 1597 massacres e milhares de desaparecimentos forçados de 2005 a 2010 [14].
Membros corajosos da imprensa colombiana revelaram uma prática, conhecida como "falsos positivos", com numerosas ocorrências em que os militares sequestram secretamente camponeses jovens e rapazes urbanos forçando-os a vestirem-se como guerrilheiros, assassinando-os a sangue frio e a seguir exibindo os seus corpos à imprensa colombiana e internacional como "prova" do êxito do combate de Santos/Uribe contra as guerrilhas. Há 2472 casos documentados de assassínios de "falsos positivos" por militares [15].

Honduras: o New York Times e o terrorismo de estado
 
O New York Times publicou um artigo sobre Honduras, onde enfatizava a "cooperação" do regime com a guerra estado-unidense às drogas [16]. O redator do Times, Thom Shanker, descreve uma "parceria" baseada na expansão de três novas bases militares e no estacionamento de Forças Especiais dos EUA no país [17].
Shanker informou acerca do êxito da operação das Forças de Operações Especiais de Honduras sob a direção de treinados das US Special Forces. Na cobertura de Shanker, uma delegação do Congresso dos EUA louvava as Forças de Operações Especiais hondurenhas quanto ao "respeito pelos direitos humanos", citando a descrição do embaixador dos EUA do regime de Honduras como "parceiros entusiastas e capazes neste esforço conjunto" [18].
Há paralelos flagrantes entre a lavagem cerebral do NY Times do criminoso regime extremista em Honduras e a promoção bruta do Financial Times da democracia dos esquadrões da morte na Colômbia.
O atual regime extremista hondurenho, encabeçado pelo "presidente" Lobos, o qual convidou o Pentágono a expandir seu controle militar sobre enormes extensões do território do país, é um produto do golpe militar apoiado pelos EUA que derrubou um presidente liberal eleito democraticamente em 28 de Junho de 2009, um ponto histórico recente que Shanker evita na sua cobertura. Lobos, o presidente predador, mantém o controle através de matanças, prisões e torturas dos seus críticos, incluindo jornalistas, advogados de direitos humanos e juristas, bem como camponeses agora sem terra que exigem uma devolução das suas propriedades depois de terem sido tomadas violentamente por grandes latifundiários aliados de Lobos.
A seguir ao golpe militar, milhares de manifestantes hondurenhos em favor da democracia foram mortos, espancados e presos. Segundo estimativas conservadores do Observatório de Direitos Humanos, 20 dissidentes pró democracia foram assassinados abertamente pelos militares e a polícia [19]. De Janeiro de 2010 a Novembro de 2011 pelo menos 12 jornalistas, críticos do regime Lobos, foram assassinados.
Nas zonas rurais, onde o repórter Shanker do NY Times descreve um festival de amor entre as Forças Especiais dos EUA e os seus equivalentes hondurenhos, 30 trabalhadores agrícolas no vale de Bajo Aguan, no norte de Honduras, foram mortos por esquadrões da morte contratados por poderosos aliados de Lobos [20]. Nenhum militar, polícia ou esquadrão da morte assassino foi levado à justiça. O líder original do golpe, Roberto Micheletti e o seu sucessor, o presidente Lobos, atacaram reiteradamente manifestações a favor da democracia, particularmente aquelas lideradas por professores, estudantes e sindicalistas. Centenas de dissidentes políticos presos foram torturados. Durante o período dos artigos mais eufóricos do NY Times sobre as confortáveis relações entre os EUA e Honduras, o número de mortes entre advogados democratas subiu precipitadamente. Oito jornalistas e comentadores de TV foram mortos durante os primeiro quatro meses de 2012 [21]. No fim de Março e princípio de Abril de 2012 nove trabalhadores agrícolas e empregados foram assassinados por latifundiários apoiantes de Lobos [22]. Com a impunidade reinante no território centro-americano de bases militares dos EUA, nenhum foi preso por estes assassinatos. A cobertura do NYTimes segue a regra da omertà adotada pela Máfia – silêncio e cumplicidade.

Síria: Como o Financial Times absolve terroristas da Al Qaeda
 
Quando terroristas islâmicos apoiados pelo Ocidente vitimam o regime laico da Síria, a imprensa ocidental, especialmente o Financial Times, continua a absolver a utilização de enormes carros bombas por terroristas, os quais mataram e mutilaram centenas de cidadãos sírios. Com cinismo brutal, repórteres ocidentais encolhem os ombros e papagueiam as afirmações dos propagandistas anti-regime baseados em Londres, de que o regime Assad estava a destruir as suas próprias cidades e a matar os seus próprios cidadãos e forças de segurança [23].
Quando o regime Obama e seus aliados europeu abraçaram publicamente o extremismo, incluindo o terrorismo de estado, assassinatos direcionados e os carros bomba em bairros urbanos cheios de gente, a imprensa respeitável aderiu. O extremismo assume muitas formas – da recusa a informar honestamente acerca da utilização de forças mercenárias e a violência para derrubar mais um regime anti-colonial até a expulsão de milhões de camponeses e agricultores. As "classes educadas", o respeitável público leitor rico estão a ser continuamente doutrinadas pelos respeitáveis media ocidentais para acreditarem que o sorridente e pragmático presidente Santos na Colômbia e o eleito presidente Lobos em Honduras têm êxito em estabelecer a paz, a prosperidade com base no mercado, acordos de livre comércio mutuamente benéficos e concessões de bases militares aos EUA – mesmo quando estes dois regime atualmente lideram o recorde mundial de assassinatos de sindicalistas e jornalistas. Em 15 de Maio de 2012, a Comissão Hispânica do Congresso dos EUA concedeu a Lobos um prêmio por liderança em democracia – no mesmo dia em que a imprensa hondurenha relatava o assassinato do diretor de noticiário da estação de rádio HMT, Alfredo Vilatoro, o 25º jornalista crítico morto entre 27 de Janeiro de 2010 e 15 de Maio de 2012 [24].
A adoção do extremismo pela imprensa respeitável e a sua utilização de linguagem demonológica e vitriólica para descrever regimes opostos ao imperialismo vão a par da sua eufórica e efusiva louvação da brutalidade mercenária de estado e pró ocidental. O encobrimento sistemático de crimes pelo jornalismo extremista vai muito além dos casos da Colômbia e das Honduras. O repórter do Financial Times Michael Peel "cobriu" o assalto ao governo líbio de Kadafi sem mencionar a campanha de bombardeamento da NATO que destruiu o mais avançado estado previdência da África. Peel apresentou o surgimento das gangs armadas de fanáticos tribais e terroristas islâmicos como uma vitória da democracia sobre uma "ditadura brutal" [25]. A desonestidade e hipocrisia de Peel é evidente nas suas afirmações ultrajantes de que a destruição da economia líbia, a tortura em massa e os assassinatos com motivações raciais, que se seguiram à guerra da NATO, foram uma vitória para o povo líbio.
O viés totalitário da imprensa respeitável é uma consequência direta do seu servilismo duradouro a políticas extremistas seguidas pelos regimes ocidentais. Uma vez que medidas extremistas, como a utilização da força, violência, assassínio e tortura, tornaram-se rotina de presidentes e primeiros-ministros no exercício do cargo, os repórteres não têm opção senão fabricar mentiras para tornar "respeitáveis" tais crimes, cuspindo um fluxo constante de adjetivos altamente agressivos a fim de converter vítimas em carrascos e carrascos em vítimas. O extremismo em defesa de regimes pró EUA levou aos mais grotesco relatos imagináveis: os presidentes da Colômbia e do México são os líderes das mais perfeitamente economias narcotizadas do hemisfério mas eles são louvados pela sua guerra às drogas, ao passo que a Venezuela, o mais marginal produtor de qualquer droga, é estigmatizado como um grande narco-pipeline [26] .
Artigos sem base factual, os quais são inúteis como fontes de informação objetiva, levam-nos a procurar uma lógica subjacente. A Colômbia assinou um acordo de livre comércio, o qual beneficiará exportações estado-unidenses para a Colômbia num rácio de dois para um [27]. A política do acordo de livre comércio do México beneficiou o agro-business estado-unidenses e retalhistas gigantes num rácio semelhante.
Todas as formas de extremismo permeiam os regimes ocidentais e encontram justificação e racionalização junto aos media respeitáveis cujo trabalho é doutrinal a sociedade civil e transformar cidadãos em cúmplices acríticos do extremismo. Ao infindavelmente anteceder "reportagens" sobre o presidente Putin da Rússia qualificando-o como tirano autoritário da era soviética, os media respeitáveis evitam qualquer discussão da melhoria do padrão de vida russo e do triunfo eleitoral com mais de 60%. Ao exagerar um passado autoritário do presidente líbio assassinado, as suas vastas obras públicas, programas de bem-estar social, de generosa imigração e de ajuda à África sub-saariana podem ser relegadas ao esquecimento. O louvor da imprensa respeitável aos esquadrões da morte dos presidentes Santos e Lobos faz parte de uma mudança sistemática em grande escala e duradoura da pretensão hipócrita de seguir as virtudes de uma república democrática para a adoção aberta de um império virulento e assassino. No novo código dos jornalistas, o extremismo em defesa do império já não é vício.

Notas
[1] Há um consenso geral de que os media respeitáveis incluem The Financial Times, The New York Times, The Washington Post e The Wall Street Journal.
[2] Financial Times (FT) 5/8/12; Ver também FT (5/4/12) " Colombia looks to consolidate gains in country of complexities"
[3] FT 5/8/12 (p. 1)
[4] FT ibid
[5] BBC News , May 5, 2012
[6] ibid
[7] Renan Vega Cantor Sindicalicidio! (Un cuento poco imaginativo) de Terrorismo Laboral Bogotá, Feb. 25, 2012.
[8] ibid.
[9] ibid.
[10] Inforrme CODHES Novembre 2010.
[11] FT 5/8/12 p. 4.
[12] Ver os Annual Reports of CODHES, Reiniciar and Human Rights Watch
[13] Claroscuro Informe Anual 2011; Programa Somos Defensores Bogota 2012; Corporacion Colectivo de Abogados. Jan. – March 2012.
[14] Fiscalia General. Informe 2012
[15] http://www.falsos.positivos.blogspot.com
[16] Thom Shanker "Lessons of Iraq Help US Fight a Drug War in Honduras" New York Times, May 6, 2012.6
[17] ibid
[18] ibid
[19] Human Rights Watch, World Report 2012
[20] Honduran Human Rights, May 12m, 2012.
[21] ibid
[22] ibid
[23] O infame encobrimento dos carros bomba é obra do jornalista-estrela do FT no Médio Oriente. Ver Michael Peel e Abigail Fielding-Smith "At Least 55 Die in two Damascus Explosions: Responsibility for Blasts Disputed", FT 5/11/12.
[24] Honduras Human Rights, April 24, 2012.
[25] Michael Peel, "The Colonels Last Stand" FT 5/12 – 13/12
[26] Um dos mais infames narco-traficantes paramilitares da Colômbia descreveu os estreitos laços financeiros e políticos entre os terroristas das Autodefesas Unidas da Colômbia e o regime de Uribe-Santos. Ver La Jornada 5/12/12.
[27] BBC News, 5/15/12. Segundo a US International Trade Commission as estimativas do valor das exportações dos EUA para a Colômbia poderiam subir a US$1,1 mil milhões ao passo que o crescimento das exportações da Colômbia podia crescer US$487 milhões.
[NR] O Estado português também promove o investimento na Colômbia.   Ver Missão empresarial à Colômbia, 28 de Maio a 1 de Junho de 2012 , iniciativa da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP)
O original encontra-se
 em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=31056
Este artigo encontra-se em http://resistir.info

Morre pioneiro do jornalismo desportivo candango

Com base no texto de Ellis Regina

O jornalismo esportivo vive hoje, 29/5, um dia de luto. Faleceu, nesta terça-feira, à noite, o precursor do jornalismo desportivo em Brasília, Jorge Martins, conhecido pelo espírito amigo, solidário e pioneiro. 
Ao lado do jornalista Nilson Nelson, narrou  para Rádio Nacional a  única corrida de Fórmula 1 realizada em Brasília, em 1974. Junto com Nilson, fundou , em 1976, a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), entidade que começou com quarenta associados e, hoje, possui mais de oitocentos membros. Era o autor da tradicional Coluna Crocodilo, ícone na crônica esportiva do DF. Foi homenageado nove vezes com o prêmio Bola de Ouro, um Oscar do esporte. 
Na sua luta diária pelo esporte da cidade, também buscava mais espaço nas emissoras de rádio, inclusive para os profissionais desempregados. 
“É sempre uma luta, falta apoio maior das empresas, as rádios aqui e alguns jornalões vivem da Publicidade do governo e, quando ele falta, a crise é grande. Os jornalões e as emissoras de TV conseguem sobreviver, mas, geralmente, o pessoal do esporte do rádio sofre mais. As emissoras não têm interesse em manter uma equipe, as equipes são obrigadas a arrendar espaço. A cada ano, as emissoras acham que deveriam receber um pouco mais. O pessoal tem de viver correndo”, relatou em entrevista que concedeu em fevereiro, pouco antes de adoecer.
Jorge Martins estava internado desde o início desta semana no Hospital Brasília, vítima de uma pneumonia. Ele vinha lutando contra um câncer. Todos os esforços foram feitos para a doação de sangue nos últimos dois dias para o nosso querido “Jorginho”. A associação aproveita para agradecer a todos, membros ou não, que apoiaram este ato.
Jorge Martins, conforme o jornalista Vicente Limongi Neto, era botafoguense, carioca. Jornalista, pioneiro de Brasília, presidente da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos-ABCD-. Tendo sido, ao lado do saudoso jornalista Nilson Nelson, um dos fundadores da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos-Abrace..
Trabalho em diversos jornais, dentre eles, o Diário Carioca, Diário de Notícias, Jornal de Brasília, e editor de esportes do Diário de Brasilia, Última Hora/DF, Correio do Brasil, Correio Braziliense, Revista Gol e repórter da Revista Placar e Jornal dos Sports, além de ter apresentado nas TVs do Distrito Federal programas desportivos na TV Capital (Camera 8) por 9 anos e, ainda, no "Brasília Urgente (2 anos)., Nos jornais Diário de Brasília e Correio do Brasil, também foi editor-geral. Atualmente, participava do Programa Fibra Esportes, da Rádio Fibra de Brasília.

 Jorge será homenageado na Enciclopédia do Rádio Esportivo Brasileiro, graças à iniciativa das professoras  Nair Prata e Maria Cláudia Santos. Será uma bela homenagem!

Embraer e Telebrás se unem para lançar satélite

Por Rubens Glasberg do Telaviva news

Nos próximos dias deverá ser publicado o decreto presidencial criando a joint-venture entre a Embraer (51%) e a Telebras (49%) para formar a empresa responsável pelo Br1Sat, o novo nome do projeto até aqui denominado Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). 
A empresa se chamará Visiona. Cabe à Telebras a especificação do satélite (feita em conjunto com a PUC-Rio). Ele terá apenas banda Ka e banda X (para uso militar). A Embraer está encarregada de comprar o primeiro satélite e atuar como integradora dos próximos, cuidando ainda de capacitar a indústria nacional.
Nas próximas semanas deverá ser publicada uma RFP para a escolha do fornecedor do Br1Sat. O satélite será operado pela estatal Telebras e a posição já está sendo coordenada junto à UIT.
Segundo comunicado oficial das empresas, Telebras e a Embraer assinaram nesta terça, dia 29, o acordo de acionistas para constituição da Visiona Tecnologia Espacial S.A. A Visiona terá sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos, São Paulo.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Argentina: multinacionais deverão reduzir sua presença em meios de comunicação

De Medioslatinos
  
Con el fin de adecuar sus inversiones a la nueva Ley de Servicios de Comunicación Audiovsual argentina, las filiales de los grupos Prisa y Telefónica deberán desprenderse de algunos de los medios de comunicación que manejan en el país. El Grupo Prisa es dueño de Radio Continental en Buenos Aires y de otras cuatro emisoras en Buenos Aires y otras ciudades. 
Por este motivo, la Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual (AFSCA) ha cuestionado la duplicidad de frecuencias y la mayoría de capital extranjero. La empresa Telefónica, por su parte, es adjudicataria de Telefé en la capital del país y de ocho canales más de televisión abierta en provincias. 
Las autoridades cuestionan que el grupo posee más licencias de las permitidas, que las empresas son controladas en un 100% por capitales extranjeros, cuando la ley permite un máximo de 30% y que el propietario preste un servicio público, algo prohibido por la ley.

Información publicada en el sitio web del periódico español El Mundo. Para más detalles haga click aquí.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

UnB seleciona professor de Audiovisual

A Faculdade de Educação da Universidade de Brasília - UnB/FE/MTC está com inscrições abertas até o dia 22 de junho para o concurso de professor adjunto na área de audiovisual para o Departamento de Métodos e Técnicas.
A seleção oferece uma vaga em regime de dedicação exclusiva. A remuneração é de R$ 7.627,02.
O candidato deverá ser detentor do título de Doutor em Educação, Comunicação ou área afim.
Mais informações, clique aqui.
Informações sobre o edital 239, clique aqui.
Ficha de inscrição online, clique aqui.

Argentina: Suprema Corte nega que nova Lei de Comunicação afete a liberdade de imprensa

De Medioslatinos

Luego de tres años de debate, la Corte Suprema de la Argentina determinó por unanimidad que el Grupo Clarín deberá vender parte de sus empresas, a fin de ajustarse a la nueva Ley de Comunicación Audiovisual que rige en el país. 
Según el fallo de la Corte, "el plazo de 36 meses de la cautelar se cuenta a partir del 7 de diciembre de 2009 y vence el 7 de diciembre de 2012". El Grupo Clarín había presentado en octubre de 2009 una medida cautelar sobre el Artículo 161 de la nueva ley, que establecía la "obligatoriedad de desinvertir para aquellos grupos que superan el límite de la regulación legal". 
Según los Jueces no existen argumentos que relacionen directamente la norma de desinversión" plasmada en el artículo 161 la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual con alguna afectación concreta a la libertad de expresión. 
"Debe existir una afectación concreta de la libertad de expresión para invalidar una norma de regulación de la competencia, lo que en el caso no se ha demostrado, al menos en el campo de la medida cautelar", declararon ante la agencia Dyn/Telam.

Información publicada por en el periódico La Capital de Argentina. Para más detalles haga click aquí